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O autoexame mamário foi uma técnica altamente difundida entre as mulheres como meio de rastreamento para o câncer de mama. No entanto, o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional do Câncer) ressaltam que o método ajuda a identificar alertas, mas não garante o diagnóstico precoce da doença.

A técnica consiste em apalpar os próprios seios como maneira de verificar mudanças nas mamas.
Os órgãos afirmam que a orientação atual é que as mulheres observem e façam a autopalpação sempre que se sentirem confortáveis para isso, mas isso não requer dia ou técnica específica, conforme a informação disseminada por anos.

A recomendação era fazer o autoexame mensalmente entre o 7º e o 10º a partir do 1º dia da menstruação; para examinar a mama esquerda, colocar a mão esquerda atrás da cabeça e apalpar com a direita e vice-versa.

Segundo a cirurgiã oncologista Fabiana Makdissi, chefe do Departamento de Mastologia do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, a palpação nunca foi um método de rastreamento, apesar de assim ter sido divulgado, mas sim de autoconhecimento. "O rastreamento é feito por meio de mamografia e deve ser realizado como forma de prevenção. Já se a mulher apresenta algum sintoma, como a presença de um carocinho no seio, o exame não será mais de rastreamento, mas sim de busca de diagnóstico", explica.

A médica explica que, quando o tumor pode ser percebido pelo autoexame significa que já está em estágio avançado, ressaltando que nem todo nódulo é tumor.
O Ministério da Saúde, o Inca e a ciurgiã ainda assim recomendam o autoexame, ressaltando a importância de também fazer um acompanhamento das mamas nas consultas de rotina com o ginecologista. É possível também fazer um acompanhamento com um médico especializado em mamas, o mastologista.

Segundo Fabiana, a mamografia permanece indicada apenas após os 40 anos, idade a partir da qual há um aumento de risco da doença. A faixa etária de 50 e 69 anos é a que apresenta maior taxa de casos de câncer de mama.

Ela ressalta que o autoexame não substitui o exame de mamografia, que deve ser realizado para firmar o diagnóstico. A mamografia é sugerida a mulheres abaixo de 40 anos caso haja histórico familiar da doença.

Leia também: Número de mamografias entre 50 e 69 anos é o mais baixo em 5 anos

"O autoconhecimento da mama é importante em qualquer faixa etária. Quando a mulher se conhece, ela sabe quando há uma mudança. O importante é não surtar quando apalpar um nódulo. Você deve ir ao médico, que fará a análise e verificará o período hormonal no qual você está para exames e avaliar se o nódulo é benigno ou maligno", afirma.

Outros sinais que podem servir de alerta são secreções, que não sejam leite, saindo da mama, vermelhidão e descamação, irritações que tornam a pele parecida com casca de laranja, dor ou inversão do mamilo e inchaço das mamas.

 

R7

 

Os parasitas da malária evoluíram para ser mais infecciosos na hora do dia em que os mosquitos se alimentam, para maximizar as chances de disseminação, mostra um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade de Edinburgh nesta quinta-feira (4).

A descoberta explica por que as pessoas com a doença sofrem episódios regulares de febre. Estes ocorrem quando os parasitas que causam a malária se replicam na corrente sanguínea de pessoas ou animais infectados, em preparação para serem apanhados por um mosquito picador.

O estudo é o primeiro a fornecer fortes evidências para essa ideia, que foi sugerida pela primeira vez há 50 anos.

Como o uso crescente de mosquiteiros por pessoas nas regiões afetadas leva os mosquitos a se alimentarem durante o dia, os parasitas da malária também podem ter que adaptar seu comportamento para que possam espalhar a infecção durante o dia, sugerem os resultados.

Experimento com ratos

Os cientistas estudaram os ritmos diários de parasitas da malária e os mosquitos vetores, ou seja, os mosquitos que os espalham.

Em um experimento em laboratório com ratos, os cientistas usaram a luz e a escuridão para alterar separadamente os horários de dia e noite dos mosquitos e parasitas da malária. Ao alimentar alguns insetos durante o dia e outros durante a noite, eles aprenderam como a capacidade de ambos (os parasitas de causar infecção e a vulnerabilidade dos mosquitos a doenças) variavam dependendo da hora do dia.

Seus resultados mostraram que os ciclos de febre na infecção por malária provavelmente evoluíram para produzir formas do parasita que são infecciosas para os mosquitos em sincronia com os ciclos de alimentação dos insetos. Eles também mostraram que os mosquitos são mais suscetíveis à infecção durante o dia.

A Dra. Petra Schneider, da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Edimburgo, disse: "Há muito se suspeita que parasitas da malária cronometram sua replicação para maximizar suas chances de transmissão por mosquitos. Nossas descobertas fornecem informações valiosas sobre como esta doença se espalha, e poderia informar medidas para controlá-lo".

A malária

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Estes mosquitos costumam circular mais ao entardecer e ao amanhecer. Mas também picam durante a noite, em menor quantidade.

Pode causar febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Algumas pessoas também podem apresentar náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Dentre os métodos de prevenção estão o uso de redes protetoras em janelas e portas, mosquiteiros e repelentes.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

 

G1

tratalternatUm estudo da Universidade Yale, dos Estados Unidos, comprovou que pessoas com câncer potencialmente curáveis que optam por terapias alternativas no lugar de tratamentos convencionais têm maior risco de morte. A pesquisa foi publicada no Journal of the National Cancer Institute.
O radiologista Skyler B. Johnson, que liderou a equipe da pesquisa, definiu no estudo a medicina alternativa como terapia não comprovada administrada no lugar do tratamento convencional, ressaltando não se tratar do mesmo que “tratamentos complementares ou integrativos, que são usados como acréscimos ou complementos, ao tratamento padrão do câncer”.

Foram analisados 281 pacientes com tumores malignos de mama, pulmão, colorretal e próstata, sem metástase, ou seja, que ainda não haviam se espalhado para outros órgãos além do local de origem.

Aqueles que utilizaram medicina alternativa como substituta de tratamentos convencionais apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes e meia maior do que pacientes que receberam terapias padrão.

Entre as mulheres com câncer de mama, a escolha de medicamentos alternativos resultou em um aumento de quase seis vezes na chance de morte durante o período de acompanhamento de cinco anos e meio.
Para pacientes com câncer colorretal que optaram por tratamentos alternativos, a taxa de mortalidade foi quatro vezes e meia maior. Já para aqueles com câncer de pulmão, a taxa foi duas vezes maior.

Apenas homens com câncer de próstata que rejeitaram tratamentos convencionais não apresentaram nenhuma diferença no risco de morte em relação aos que utilizaram somente terapias alternativas ao longo do período de acompanhamento. Os pesquisadores acreditam que isso esteja relacionado ao lento crescimento do câncer de próstata.

Mais de 80% dos pacientes com câncer afirmaram optar por uma ou mais formas de medicina alternativa, que vão do uso de ervas medicinais à prática da ioga, conjuntamente com tratamentos médicos com eficácia comprovadas cientificamente, no Integrative Cancer Answers, segundo o The New York Times.

Mas apenas um número pequeno de pessoas, porém significativo, ainda segundo o jornal norte-americano, relataram rejeitar os tratamentos tradicionais oferecidos pelos oncologistas com a justificativa de evitar efeitos colaterais tóxicos.

 

R7

Thinkstock

baconComer bacon e salsicha com frequência pode aumentar o risco de câncer de mama, conclui estudo publicado recentemente no International Journal of Cancer.

Em uma revisão sistemática de 15 pesquisas, cientistas de diversos países - entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Itália -, apontaram no levantamento que mulheres que consomem altos níveis de carne processada apresentam um risco 9% maior de desenvolver a doença, em comparação com aquelas que comem pouco.

Os achados confirmam descobertas anteriores da Organização Mundial de Saúde (OMS), que coloca as carnes processadas na lista de alimentos que considera cancerígenos.

Especialistas recomendam, no entanto, cautela em relação aos resultados do estudo, já que as pesquisas avaliadas têm definições diferentes do que seria "consumo elevado" e, muitas vezes, têm caráter observacional - ou seja, levam em consideração informações fornecidas pelos pacientes, não sendo suficientes para estabelecer relação direta de causa e efeito.

Qual é o risco?

No Reino Unido, cerca de 14 em cada 100 mulheres terão câncer de mama em algum momento de suas vidas.

O aumento de 9% no risco sinalizado pelo estudo poderia se traduzir em aproximadamente um caso "extra" a cada 100.

A ONG britânica Cancer Research UK, dedicada a combater a doença, estima que cerca de 23% dos cânceres de mama podem ser prevenidos.
Estima-se que cerca de 8% dos casos sejam motivados ​​por excesso de peso e obesidade, enquanto outros 8% pelo consumo de álcool.

Os autores do estudo, publicado no International Journal of Cancer, afirmam que a relação que eles encontraram se refere apenas à carne processada, e não à carne vermelha.

A OMS lista a carne processada como cancerígena, principalmente devido a evidências que a associam a um risco elevado de câncer de intestino, enquanto a carne vermelha é classificada como "provavelmente cancerígena".

O que é carne processada?

A carne processada é modificada para estender o prazo de validade ou alterar o sabor - é geralmente defumada, curada, salgada ou contém conservantes.

Entre elas, estão o bacon, linguiça, salsicha, salame, carne enlatada, carne seca e presunto.

Existem diferentes teorias de por que esse tipo de alimento pode aumentar o risco de câncer - uma delas diz que o conservante pode reagir com a proteína da carne, tornando-a cancerígena.

Até que ponto as descobertas são confiáveis?

O estudo, que inclui dados sobre mais de um milhão de mulheres, mostra uma ligação entre o consumo de carne processada e o risco de câncer de mama, mas não está claro se esse tipo de alimento realmente causa a doença.

Há outras questões a serem consideradas.

Os 15 estudos analisados têm diferentes definições para o que seria uma taxa de consumo elevada.

Por exemplo, uma pesquisa do Reino Unido classifica o alto consumo em mais de 9 gramas por dia - o equivalente a apenas duas ou três fatias por semana, enquanto outros estudos consideram uma quantidade muito maior.

Além disso, a maioria das pesquisas analisadas é observacional, então não conseguem provar relação de causa e efeito, se baseando na memória das participantes sobre o que e quanto comeram.

Os pesquisadores registraram o relato das mulheres e as acompanharam para ver se desenvolveriam câncer de mama.

Mas o problema desta metodologia é que quem consome mais ou menos carne processada também pode ter outros hábitos diferentes, que podem explicar as diferenças no risco de desenvolver a doença.

Devemos cortar a carne processada?

A principal autora do estudo, Maryam Farvid, da Escola T.H. Chan de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, recomenda reduzir o consumo de carne, em vez de eliminá-la por completo.

Atualmente, o sistema público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) recomenda não ingerir mais de 70g de carne vermelha e processada por dia.

Gunter Kuhnle, professor associado de nutrição e saúde da Universidade de Reading, no Reino Unido, que não participou do estudo, disse que era "questionável" se as pessoas deveriam reduzir seu consumo de carne vermelha e processada por causa desta pesquisa.

Segundo ele, o risco real representado pelas carnes processadas é "muito pequeno" para o indivíduo e mais relevante para a população em geral.

Ele diz, no entanto, que os resultados do estudo devem ser acompanhados para investigar a relação entre carne processada e câncer - e verificar se o risco associado pode ser reduzido, por exemplo, por meio de novos métodos de produção de alimentos.

 

BBC News

Foto: Getty Images /BBC NEWS BRASIL