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Crianças com autismo conseguiram avanços em suas habilidades sociais utilizando uma combinação de um aplicativo de smartphone com o Google Glass a fim de melhorar sua capacidade para decifrar as emoções transmitidas pelas expressões faciais das pessoas.

O resultado foi obtido em um estudo piloto realizado por cientistas da Universidade Stanford (Estados Unidos) e publicado nesta quinta-feira, 2, na revista científica Digital Medicine.

O autismo é um distúrbio de desenvolvimento caracterizado por déficits sociais, dificuldade de comunicação e comportamentos repetitivos.

A terapia se baseia no aplicativo desenvolvido pelos cientistas de Stanford, que fornece algumas pistas sobre a expressão facial das pessoas às crianças que usam o Google Glass. Ligado ao smartphone por uma conexão sem fio, o dispositivo semelhante a um par de óculos é equipado com uma câmera que registra o campo de visão do usuário, além de uma pequena tela e um alto falante que dão a ele informação visual e auditiva.

Enquanto a criança interage com outros indivíduos, o aplicativo identifica seus nomes e emoções pela tela ou pelo alto falante. Depois de três meses de uso regular do sistema, os pais das crianças com autismo envolvidas no estudo relataram que elas passaram a fazer mais contato visual e a se relacionar melhor com as pessoas.

De acordo com os autores do estudo, as terapias precoces para o autismo têm se mostrado especialmente eficazes, mas muitas crianças não são tratadas rápido o suficiente para obterem os benefícios máximos. Atualmente, por causa da falta de terapeutas especializados, as crianças podem levar até 18 meses para receberem um diagnóstico antes de começarem o tratamento.

"Temos muito poucos médicos especializados em autismo. A única maneira de enfrentar esse problema e criar sistemas domésticos de tratamento que sejam confiáveis. Essa é uma necessidade muito importante que não é atendida", disse um dos autores do estudo, Dennis Wall, que é professor de pediatria e ciência biomédica de dados em Stanford.

Os pesquisadores relatam que, antes de participar do estudo, olhar nos olhos de outra pessoa era algo opressivo para o garoto Alex, de 9 anos. Sua mãe, Donji Cullenbine, tentava estimular delicadamente o contato visual, sem sucesso.

"Eu sorria e dizia para ele: 'você olhou para mim três vezes hoje'. Mas na verdade não via avanço nenhum.", disse a mãe. Segundo ela, o novo dispositivo mudou o que Alex sentia ao olhar para o rosto dos outros . "Funciona como um ambiente de jogo, no qual ele queria vencer. Ele queria acertar qual era a emoção da pessoa e tinha uma recompensa imediata quando acertava", contou.

"Superpoderes"

Os cientistas batizaram a nova terapia de "Óculos de Superpoderes" para que ela fosse mais atraente para as crianças. A terapia se baseia na análise comportamental aplicada, um tipo de tratamento para o autismo no qual os médicos ensinam o reconhecimento de emoções utilizando exercícios estruturados, como cartões que mostram rostos expressando diferentes emoções.

Embora a análise comportamental aplicada tradicional ajude as crianças com autismo, segundo os autores, esse tipo de terapia tem algumas limitações. Ela precisa ser feita individualmente por terapeutas treinados, os cartões nem sempre capturam toda a gama de emoções humanas e as crianças podem ter dificuldades para transferir o que aprenderam para suas vidas cotidianas.

A equipe coordenada por Wall decidiu utilizar os princípios da análise comportamental aplicada em um sistema capaz de trazer para os pais e as situações cotidianas para o processo de tratamento.

A solução foi construir um aplicativo para smartphones que utiliza o campo da inteligência artificial conhecido como "aprendizado de máquina", no qual os algoritmos reconhecem padrões e, à medida que recebem mais dados, adaptam-se a novos cenários e corrigem suas decisões com o mínimo de intervenção humana.

Utilizando o aprendizado de máquina, o aplicativo reconhece oito expressões faciais básicas: alegria, tristeza, raiva, nojo, surpresa, medo, desprezo e neutralidade. O aplicativo foi treinado com centenas de milhares de fotos de rostos que mostravam as oito expressões. Ele possui também um mecanismo que permite aos usuários calibrarem a leitura para indicar expressões neutras, quando necessário.

Segundo Wall, as crianças que têm desenvolvimento normal aprendem a reconhecer as emoções ao fazer contato visual com as pessoas ao seu redor. Para as crianças com autismo, o processo é diferente. "Eles não absorvem essas situações sem um tratamento direcionado", disse o cientista.

No estudo, 14 famílias testaram os Óculos de Superpoderes em casa por um período médio de 10 semanas. Todas elas tinham uma criança com idades enter 3 e 17 anos, com diagnóstico confirmado de autismo. A terapia foi utilizada pelo em menos três sessões de 20 minutos por semana.

Brincadeira terapêutica

No início e no fim do estudo, os pais completaram questionários para fornecer informação detalhada sobre as habilidades sociais de seus filhos. Em entrevistas posteriores, os pais e as crianças descreveram os resultados do programa terapêutico em suas famílias.

Os pesquisadores estabeleceram três maneiras para utilizar o programa de reconhecimento de emoções. No modo "jogo livre", as crianças usavam o Google Glass enquanto interagiam ou brincavam livremente com seus familiares, enquanto o aplicativo fornecia a elas as dicas visuais e auditivas cada vez que uma emoção era reconhecida nos rostos em seu campo de visão.

No modo "adivinhe minha emoção", um dos pais simulava uma expressão facial correspondente às oito emoções básicas e a criança tentava identificá-la. A brincadeira ajudava as famílias e os cientistas a acompanhar os avanços da criança na identificação de emoções.

Já no modo "capture o sorriso" é a criança quem dá a outra pessoa pistas sobre a emoção que deseja provocar, até que a pessoa a expresse. O objetivo é ajudar os cientistas a avaliar a capacidade da criança para compreender diferentes emoções.

De acordo com o estudo, as famílias relataram aos pesquisadores que o sistema é "envolvente, útil e divertido", que "as crianças se mostraram dispostas a usar o Google Glass" e que "os dispositivos resistiram bem ao desgastes por serem usados por crianças."

Doze das 14 famílias, incluindo a do menino Alex, disseram que as crianças fizeram mais contato visual depois de receber o tratamento. Em poucas semanas de envolvimento nos testes, Alex começou a se dar conta de que os rostos das pessoas dão pistas para suas emoções. "Ele me disse: 'mamãe, eu estou conseguindo ler as mentes'. Meu coração se encheu de emoção. Gostaria que outros pais tivessem a mesma experiência", disse a mãe.

Entre as famílias cujas crianças tinham um autismo mais severo, a escolha pelo modo "jogo livre" foi menos frequente, segundo os cientistas.

Redução de sintomas

Em uma escala padronizada para avaliar as habilidades sociais das crianças, aplicada com base em um questionário, foi registrada uma redução média de 7,38 pontos ao longo do estudo, indicando sintomas menos severos de autismo. Nenhum dos participantes teve aumento nos pontos, indicando que ninguém teve piora nos sintomas.

Seis dos 14 participantes tiveram uma redução dos pontos grande o suficiente para descer um degrau na classificação de severidade do autismo. Quatro deles tiveram a classificação alterada de "severo" para "moderado", um passou de "moderado" para "leve" e um de "leve" para "normal".

Os cientistas afirmam, no entanto, que esses bons resultados precisam ser interpretados com cuidado, já que se trata de um estudo piloto, que não envolveu um grupo de controle. Ainda assim, Wall afirma que "os resultados são promissores".

Segundo Wall, alguns dos comentários dos pais nas entrevistas ajudam a ilustrar a melhora no quadro das crianças. "Os pais disseram coisas como 'alguma chave foi acionada, meu filho está olhando para mim', ou 'de repente o professor veio me dizer que meu filho está envolvido nas aulas'. Tudo isso é muito reconfortante e animador para nós", afirmou Wall.

A equipe de cientistas agora está terminando um teste da terapia mais amplo, com controle aleatório. Eles também planejam testar a terapia em crianças que acabaram de ser diagnosticadas com autismo e estão na fila de espera para tratamento. A Universidade de Stanford já deu entrada em um pedido de patente para a nova tecnologia.

 

Agência Estado

Bactérias podem surgir após anos de uso em próteses cranianas, utilizadas principalmente em casos de AVC (acidente vascular cerebral), traumatismos cranianos e tumores para substituir parte da caixa craniana.

cranioO neurocirurgião André Gentil, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que, de maneira geral, tratam-se de bactérias de baixa virulência que podem se alojar na prótese durante a cirurgia e formar uma camada de proteção, chamada de biofilme, que as isola da ação de antibióticos, criando um ambiente propício para seu lento crescimento.

“Nesses casos, a infecção pode ficar aparente somente após muito tempo, por exemplo, em um momento de queda da imunidade do paciente”, afirma.

Ele explica que uma outra possibilidade de infecção bacteriana se dá quando um novo agente infecciona a região da prótese tardiamente, trazido pela corrente sanguínea ou por meio de uma incisão mal cicatrizada.

“Uma outra complicação tardia que pode ocorrer quando se utiliza osso para a cranioplastia é um tipo de necrose por falta de vascularização, que pode resultar na reabsorção do osso. Esse tipo de complicação parece ocorrer com mais frequência em pessoas que tiveram o osso partido em vários segmentos”, afirma.

O neurocirurgião ressalta que toda infecção deve ser tratada precocemente e de modo adequado para evitar o risco de bacteremia, quando as bactérias atingem a circulação sanguínea, e em situação mais grave, con

De maneira geral, para tratar uma infecção em uma prótese é necessário removê-la por meio de cirurgia e garantir que o antibiótico elimine a bactéria por completo. Segundo o médico, a escolha do antibiótico apropriado e o tempo do tratamento serão guiados pelo exame de cultura do material infectado. “A participação de um infectologista no tratamento é importante”, afirma.

Somente quando não houver mais sinais de infecção será realizada uma nova cranioplastia, ou seja, a colocação de uma nova prótese. Ele explica que isso pode levar semanas e até meses.

“Tratar uma infecção associada a uma prótese sem a retirada da mesma é incomum, porque os agentes infecciosos podem estar protegidos pela formação do biofilme e ficarem imunes a ação dos antibióticos”, afirma.

Não existe material que seja mais imune a infecções, de acordo com o neurocirurgião. “Uma revisão sistemática de toda a literatura médica disponível sobre esse assunto, avaliando mais de 2 mil cranioplastias, concluiu que o tipo de material utilizado não influenciou a taxa de infecções, seja osso autólogo ou material sintético”.

O neurocirurgião explica que as guerras do século 20 e o grande aumento do número de traumas cranianos impulsionaram uma busca por materiais sintéticos, em especial, metais e plásticos.

Cranioplastia tem mais de 500 anos

As cirurgias de crânio estão entre as primeiras da humanidade. Ele explica que há evidências científicas de cranioplastias feitas com metais preciosos pelos povos Incas e cirurgiões no século 16.  A frequência do procedimento aumentou mais ainda a partir do século 19, quando foram desenvolvidas técnicas de autoenxerto, nas quais ossos de outra parte do corpo são utilizados para corrigir a falha craniana.

Os índices de infecção diminuíram à medida em que se aperfeiçoaram as técnicas de assepsia e os cuidados durante e após o procedimento. Apesar da longa história desse tipo de cirurgia, ainda não existe consenso sobre qual o melhor material a ser utilizado.

"Muitos estudos foram feitos para isso, mas nenhum conseguiu comprovar de modo inequívoco um que seja de fato melhor", explica o neurocirurgião.

Já foram estudados alumínio, ouro, prata, platina, chumbo, ligas de metais, aço inoxidável, titânio, celuloide, metil-metacrilato (um tipo de resina de acrílico), polietileno, borracha de silicone, hidroxiapatita, corais e cerâmicas, entre outros.

Ele afirma que os dois materiais atualmente mais utilizados no mundo são titânio e metil-metacrilato. “Mas ambos estão sujeitos a infecção”.

Um estudo do neurocirurgião britânico Anthony Wiggins, baseado em 14 anos de experiência com o uso de cranioplastias de titânio, relatou a ocorrência de infecção em 16% dos pacientes operados.

No geral, existe uma tendência a utilizar o próprio osso do paciente para fazer a reconstrução, mas nem sempre isso é possível, porque depende de uma estrutura de banco de ossos que não está disponível na maioria dos hospitais, segundo Gentil.

Ele informa que a prática de guardar o osso na região da gordura abdominal ainda existe, mas parece estar associada a um maior índice de infecção e reabsorção.

“A vantagem de utilizar o mesmo osso, além do formato ser ideal, é estimular um processo chamado osteocondução, no qual células osteoprogenitoras ao redor do defeito craniano promovem regeneração óssea. Porém, um estudo recente analisando 950 implantes ósseos verificou que a ocorrência de reabsorção chegou a 20% e foi a principal causa de necessidade de reoperação”, afirma.

Pesquisas recentes sobre materiais sintéticos buscam alternativas que também permitam algum tipo de regeneração óssea, em um processo chamado de osteoindução.

Também têm sido estudadas formas de reproduzir o formato do osso original com materiais sintéticos baseado em exames de tomografia computadorizada, utilizando técnicas semelhantes a impressoras 3D, em um procedimento chamado de prototipagem. De acordo com o neurocirurgião, o principal fator limitante dessa técnica, por enquanto, é seu alto custo.

 

R7

Foto: Flickr/EquipeMM

A visão é um sentido dinâmico e muda conforme o tempo. Os oftalmologistas Emerson Castro e Newton Kara José Junior demarcaram os principais problemas, de acordo com cada etapa da vida.

Infância: cerca de 6% de todas as crianças até a idade escolar têm algum problema na visão. Para 95% dos problemas há solução. De todos os problemas, os mais comuns são: hipermetropia fisiológica, ambliopia, estrabismo e catarata congênita.

Atenção aos sinais de problemas na infância:

Reflexo do olho branco
Baixo rendimento escolar
Apertar os olhos para enxergar
Grudar o rosto no computador ou no livro para enxergar
Reclamar que não está enxergando
Dispersão na sala de aula
Adolescência e adulto jovem: os problemas estão relacionados ao fator genético. A miopia aparece mais nessa fase. Outro problema que pode surgir é o astigmatismo.

Aos 40 anos: é comum acontecer a famosa vista cansada, ou presbiopia. Mas é preciso ficar alerta também com o glaucoma, um problema silencioso, que não apresenta sintomas, mas pode levar à cegueira.

Idoso: após os 50 anos, alguns problemas podem surgir como a catarata. Nem sempre é preciso operar. A degeneração da parte mais nobre da visão – degeneração macular relacionado à idade (DMRI), também pode surgir.

 

G1 Bem Estar

cancerprostataAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a inclusão de indicação terapêutica do medicamento Xtandi (enzalutamida) para o tratamento de homens com câncer de próstata não metastático resistente à castração. O produto será comercializado na forma farmacêutica de cápsula gelatinosa, com concentração de 40 miligramas (mg).

O produto tem registro na Anvisa desde dezembro de 2014, com indicação aprovada como antineoplásico para o tratamento de câncer de próstata metastático resistente à castração, em adultos que são assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos, após falha de terapia de privação androgênica. Também tem uso aprovado para tratamento de câncer de próstata metastático resistente à castração em adultos que já tenham recebido terapia com docetaxel.

Segundo a agência, estudos realizados pela indústria apontam que o Xtandi apresentou melhora na sobrevida livre de metástases. Testes indicaram que o medicamento reduziu em 70,8% o risco de agravamento da doença quando comparado ao placebo, além de ter aumentado a mediana da sobrevida livre de metástases de 14,7 meses (no grupo placebo) para 36,6 meses no grupo da enzalutamida (diferença de 21,9 meses).

Tratamento

Após a avaliação inicial e diagnóstico de câncer de próstata, a maior parte dos homens passa por tratamento local primário, com intenção curativa. A terapia de privação androgênica, por meio da castração cirúrgica ou medicamentosa, é frequentemente iniciada em homens com aumento do antígeno prostático específico, depois da realização de terapia primária.

Após a terapia de privação androgênica, o próximo estado clínico mais frequente no atual modelo de progressão da doença é o câncer de próstata resistente à castração. Homens com este quadro podem ter doença metastática ou não-metastática.

 

Agência Brasil