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Um novo estudo realizado nos Estados Unidos, com participação brasileira, revela que os níveis de determinados aminoácidos no organismo podem ser utilizados como marcadores para o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

 

De acordo com os autores da pesquisa, publicada recentemente na revista científica Genomic and Precision Medicine, a descoberta poderá ser uma importante ferramenta para rastrear os problemas cardiovasculares de forma antecipada.

 

Segundo eles, essas doenças se desenvolvem em longo prazo durante a vida de uma pessoa, de forma silenciosa - isto é, quando aparecem os sintomas, o problema já está em estágio avançado - e por isso é importante descobrir novas ferramentas que ajudem a antecipar o diagnóstico.

 

Em julho de 2017, o cardiologista brasileiro Paulo Harada, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Universidade de São Paulo (USP), já havia publicado, em parceria com cientistas da Universidade de Harvard (Estados Unidos), um estudo que revelava um novo marcador capaz de prever o risco futuro de diabetes, mesmo antes do exame mostrar glicose alta.

 

Desta vez, os pesquisadores analisaram aminoácidos de cadeia ramificada que tem sido apontados como marcadores de risco futuro de diabetes e descobriram que o nível desses aminoácidos também está associado ao risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em mulheres.

 

Segundo Harada, a associação é especialmente forte nos pacientes que desenvolveram diabetes ao longo do estudo. "Ou seja, esses aminoácidos demarcaram um caminho comum entre o desenvolvimento do diabetes e das doenças cardiovasculares", disse Harada ao Estado.

 

Os aminoácidos de cadeia ramificada - isoleucina, leucina e valina - são considerados aminoácidos essenciais, porque não são produzidos pelo organismo e precisam ser obtidos na dieta. Embora esses aminoácidos sejam utilizados em nutrição esportiva, segundo Harada, o estudo não permite dar nenhuma recomendação sobre redução ou aumento do seu uso.

 

"Não sabemos se as alterações nos níveis desses aminoácidos são apenas um termômetro, ou se eles são um fator causal das doenças cardiovasculares. Por isso não há como fazer nenhuma recomendação para aumentar ou reduzir a ingestão desses aminoácidos.Nosso estudo não trata desse aspecto e não permite tirar conclusões sobre isso", alerta Harada.

 

Segundo Harada, o estudo foi possível graças às novas tecnologias de metabolômica - que é o estudo do conjunto das moléculas produzidas no organismo quando alguma substância é metabolizada.

 

"Com essas técnicas, podemos analisar centenas, às vezes milhares de moléculas de uma vez, a fim de determinar quais têm alguma relevância. Analisando os aminoácidos de cadeias ramificadas, mostramos que sua ocorrência em altos níveis nos permite prever um maior risco cardiovascular", disse Harada.

 

Como os pesquisadores também observaram que a associação entre o nível dos aminoácidos e as doenças cardiovasculares é mais forte nos pacientes que desenvolveram diabetes, o estudo também demarcou um caminho comum entre as duas doenças.

 

"Há uma sobreposição bem evidente entre as duas doenças. De um lado, grande parte dos diabéticos têm risco maior de sofrer de uma doença cardiovascular - que é uma das principais causas de morte nesse grupo. Por outro lado, grande parte das pessoas que têm problemas cardiovasculares também apresenta diabetes", disse.

 

Como essa associação já era conhecida, ela foi o ponto de partida para o estudo, com foco no aspecto sobre o qual havia poucos dados disponíveis: as doenças cardiovasculares. Segundo Harada, houve uma associação do alto nível dos aminoácidos com risco futuro de enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral e revascularização coronariana.

 

"A parcela de 20% dos pacientes que tinham o marcador em níveis mais elevados apresentou também um risco 30% maior de desenvolver essas doenças cardiovasculares em um período de 18 anos, em comparação à parcela de 20% dos pacientes com níveis mais baixos do marcador", afirmou Harada.

 

Visão privilegiada. Para confirmar se os níveis de aminoácidos realmente estavam funcionando como marcadores para o risco de doença cardiovascular associada à diabetes, os cientistas fizeram ajustes em modelos estatísticos para outros marcadores que servem exclusivamente para identificar riscos cardiovasculares - como PCR e HDL. O teste resistiu ao ajuste e a associação foi anulada.

 

"Ou seja, descobrimos que esses aminoácidos marcam exatamente esses riscos e não outras coisas. Por isso percebemos que esse marcador tem o potencial para acrescentar algo: está enxergando coisas que outros marcadores não vêem."

 

Assim como as doenças cardiovasculares, o diabete também é um processo lento e insidioso, que acaba iludindo os exames tradicionais: quando eles detectam o problema, ele já está em estágio avançado.

 

"É um processo que se estende pela vida toda e parecia absolutamente silencioso. Mas os marcadores que estamos identificando estão mostrando que há uma forma de rastrear essas doenças de forma bastante antecipada", afirmou o cientista.

 

Além de Harada, participaram do estudo Joann Manson, Deirdre Tobias, Patrick Lawler, Olga Demler, Paul Ridker, Susan Cheng e Samia Mora.

 

O Estadão

zikaPesquisa publicada nesta quarta-feira (4) na "Science Translational Medicine" mostrou que as alterações associadas ao zika devem persistir por anos. Ainda, em experimentos em macacos, pesquisadores identificaram que as anomalias no cérebro foram consistentes com mudanças de comportamento.

 

Por esses achados, a recomendação de especialistas associados ao estudo é que crianças com anomalias provocadas pelo vírus da zika devem ser acompanhadas a longo prazo.

 

O estudo norte-americano comprovou o que já se percebe com muitas das crianças brasileiras -- por aqui, elas são acompanhadas por equipes multidisciplinares: neurologistas, pediatras, fisioterapeutas, cardiologistas, oftalmologistas, entre outros.

 

O experimento foi realizado no Centro de Infecções em Crianças Emory, uma fundação localizada em Atlanta, nos Estados Unidos. Cientistas demonstraram que seis macacos infectados com zika durante seu desenvolvimento fetal tiveram anomalias similares a infecções por citomegalovírus e HIV.

 

   "As alterações neurológicas e comportamentais encontradas em macacos persistiram meses depois que o vírus saiu da corrente sanguínea", disse Ann Chahroudi, principal autora do estudo, em nota.

 

"Por isso, recomendamos mais do que o simples monitoramento de crianças", completa.

 

Em exames de imagem, cientistas verificaram que os macacos tinham alterações cerebrais consistentes com as mudanças de comportamento observadas.

 

Além de anomalias persistentes, eles observaram outras regiões cerebrais alteradas indiretamente pela inflamação deflagrada pelo vírus.

 

Muitos estudos brasileiros já observaram a persistência das anomalias em crianças. Os testes com o zika vírus em macacos, no entanto, vão permitir que as anomalias sejam acompanhadas mais de perto e que tratamentos sejam testados ao longo do tempo.

 

   "Temos esperança de que nosso futuro nosso estudo possa limitar o efeito do vírus da zika no cérebro em desenvolvimento", concluiu Chahroudi.

 

G1

Foto: Royal Swedish Academy of Sciences

O Piauí notificou 547 casos suspeitos de dengue, em 2018, e no mesmo período do ano passado, foram 1005 notificações, o que representa uma redução de 45,6% dos casos. Foi o que apontou o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, apresentado hoje, 4 de abril.

 

Também houve redução nos casos de chikungunya, de 61% em relação ao mesmo período de 2017. Em 2018, foram 145 casos foram notificados e no passado, 376.

 

Os casos de febre amarela, foram três casos notificados e descartados no ano passado. Este ano, foi notificado e descartado um caso.

 

Alerta aos municípios

Apesar da constante queda nas notificações, a Secretaria de Saúde chama atenção do fator que pode contribuir para uma “aparente” queda nos indicadores: a subnotificação dos casos, aliada ao autodiagnóstico, quando o paciente, ao se considerar doente com dengue, não procura o serviço de saúde e, portanto, não é notificado como suspeito da doença. Isso faz da doença uma preocupação contínua dos órgãos de vigilância em saúde no estado.

 

O técnico de Vigilância em Saúde, da Secretaria, Antônio Manoel, explica qual o impacto dessa subnotificação. “Ela pode sim camuflar uma situação real do agravo, seja por falta de alimentação do próprio sistema pelos municípios, seja por que o paciente se autodiagnostica e não procura mais o serviço de saúde. Então, é importante que os municípios alimentem o sistema”, pede.

 

O período chuvoso também é um momento que exige atenção por parte da população e serviços de vigilâncias. “Estamos num período chuvoso, o que propicia o aumento de possíveis criadouros dos mosquitos, por isso mesmo a população não pode relaxar em fazer sua parte”, alerta.

 

Confira o boletim

 

Sesapi

Por dia, perdemos cerca de 150 fios de cabelo. Isso acontece quando mexemos no cabelo, no banho, quando penteamos, passamos a mão e secamos. Mas algumas situações servem de alerta: muitos fios de cabelo no travesseiro, fios pela roupa/corpo durante o dia, cabelo ralo.

 

De acordo com a endocrinologista Larissa Garcia Gomes, a queda de cabelo muitas vezes está ligada aos problemas hormonais. A testosterona, hormônio masculino, é a principal causa de calvície. A síndrome do ovário policístico (SOP) aumenta a testosterona em mulheres. Além da queda de cabelo, outros sintomas também aparecem como amento de acne, pelos e massa muscular.

 

Veja outras causas de queda de cabelo: estresse, amamentação, pós-cirurgias, deficiência de nutrientes, menopausa, sífilis, genética, alterações hormonais, oleosidade excessiva no couro cabeludo.

 

Hoje existem vários tratamentos para queda de cabelos, como mostrou a dermatologista e consultora do Bem Estar Marcia Purceli no programa desta quarta (4). Vale lembrar que cada tipo de cabelo exige um tipo de cuidado – se for oleoso, o ideal é levar todos os dias; normais e secos, lavar um dia sim, outro não; cabelos muito secos, ressecados, podem ficar até dois dias sem lavar.

 

G1