Antes de tudo, nós devemos saber que esta erva não pode ser consumida por mulheres grávidas, já que esse chá pode causar aborto, e pessoas com problemas renais, doenças hepáticas ou que tomam anticoagulantes também não devem consumi-lo. Para preparar um bom chá você deve ferver uma xícara de água e adicione uma colher de sopa de folhas de boldo secas e picadas, tape a xícara e deixe repousar por 10 ou 15 minutos.
O boldo tem muitos componentes com propriedades antioxidantes que previnem várias doenças, reduzindo a ação de radicais livres no nosso corpo. Além disso, o boldo tem propriedades laxantes, diuréticas, antibióticas, anti-inflamatórias. Estimula a produção de bílis, que ajuda a tratar problemas do fígado e da vesícula biliar, icterícia, hepatite e cálculos biliares, entre outros problemas.
Ele também é usado para melhorar a digestão, aliviar a constipação e a melhorar a saúde intestinal como um todo. O boldo tem sido usado para tratar a insônia, vertigem, reumatismo, cistite, dores de ouvido e prevenção de coágulos de sangue por diluição do sangue.
Por suas propriedades antibacterianas, ele também é usado para combater a gripe, os resfriados, para eliminar vermes e doenças como sífilis e gonorréia.
Agora que você conhece os enormes benefícios do boldo, comece a utilizá-lo mas não com muita frequência, pois como já foi mencionado, se o boldo for consumido com uma grande frequência ele causa vários problemas, por isso o ideal é que você utilize-o durante uma semana e fique cerca de uma semana e meia sem utilizá-lo e assim por diante, isso já evita os diversos efeitos colaterais à longo prazo que o boldo causa.
A cura do câncer é o sonho de muitos pesquisadores e nos últimos anos uma técnica que pode revolucionar o tratamento da doença vem se aperfeiçoando: a virusterapia, o uso de vírus geneticamente modificados para atacar as células tumorais.
A Fundação Instituto Leloir, da Argentina, anunciou recentemente dois importantes avanços. Junto a colegas de Chile, Grã-Bretanha e Estados Unidos, os cientistas da instituição conseguiram adaptar um vírus que causa gripe e conjuntivite, o adenovírus, para atacar com sucesso o câncer de pele e de pâncreas em camundongos.
O diretor da equipe do Leloir, Osvaldo Podhajcer, chefe do Laboratório de Terapia Celular e Molecular e pesquisador sênior do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet), disse à BBC Mundo que foi possível reduzir ou eliminar tumores sem danificar outros tecidos.
Isso ocorreu porque os cientistas modificaram o DNA de modo que o vírus só possa se reproduzir em células cancerosas. A técnica representa um grande avanço em relação aos tratamentos convencionais para o câncer, como a quimioterapia ou radioterapia, que deixam sequelas graves.
Além disso, o trabalho pode ter um enorme impacto sobre a cura do melanoma e do câncer de pâncreas, duas das doenças mais mortais.
"Esses dois tipos de câncer são os menos propensos a receber tratamento não-cirúrgico", disse à BBC o oncologista Eduardo Cazap, presidente da União Internacional de Controle do Câncer (UICC, na sigla em Inglês).
Riscos
Quando se fala de um vírus geneticamente modificado, há sempre o temor de que esses avanços científicos representem um grande risco no futuro, a possibilidade de causarem uma pandemia.
Essa é a premissa do filme de 2007 Eu Sou a Lenda, com Will Smith, em que um cientista consegue curar o câncer, modificando o vírus da varíola, mas a mutação do vírus acaba convertendo todos os seres humanos - menos o personagem de Smith - em zumbis.
Neste sentido, os especialistas do Instituto Leloir disseram à BBC que optaram por trabalhar com o adenovírus porque é um vírus pouco perigoso, muito estável, o que exclui qualquer risco de mutação.
Na verdade, Podhajcer explicou que trabalhou com essas duas formas de câncer pela falta de tratamentos conhecidos e pela alta incidência na população.
O trabalho sobre o câncer de pâncreas foi feito em parceria com duas universidades do Chile, Concepción e Andrés Bello, o que é raro na América Latina. Os cientistas estabeleceram um marco ao compactarem o ADN para fazer com que o vírus se multiplique mais rápido.
O estudo foi publicado na revista Molecular Therapy, da Associação Americana de Terapias Celulares e Genéticas.
Enquanto isso, a pesquisa sobre o câncer de pele foi feita em conjunto com as universidades de Londres, Birmingham e St. Louis, onde também houve progresso.
Mais eficácia
"Pela primeira vez que conseguimos mudar geneticamente um vírus para tirar vantagem das características das células cancerosas e as atacar", disse Podhajcer. Segundo o especialista, isto deu ao vírus 40% mais de eficácia.
O trabalho foi publicado no Journal of Investigative Dermatology. Apesar da importância destes estudos, os autores ressaltaram que ainda é muito cedo para estabelecer se o impacto real será a cura para o câncer. Primeiro, é preciso percorrer todas as etapas de testes pré-clínicos e clínicos, um longo processo que leva anos e exige grande financiamento.
Se tudo der certo, o Instituto Leloir estima que o tratamento estaria disponível em cerca de cinco anos. No entanto, Cazap adverte que muitos casos de sucesso em roedores não funcionam em testes em humanos.
"O potencial dessas descobertas é muito interessante, mas você tem que ver se funcionam", disse ele.
Um produto à venda no supermercado sob o termo ‘sem lactose’ no rótulo não significa que esteja livre da presença de leite de origem animal. É o que descobriu, a duras penas, a leitora Márcia Lemos Bento, de São Paulo, mãe de uma garota de dois anos e meio com alergia à proteína do leite. A menina apresentou reação alérgica no domingo, 1º, após ingerir um achocolatado da marca Piracanjuba. O produto ‘zero lactose’ continha leite de vaca em sua fórmula. “Quando eu vi sem lactose, achei que não tinha leite. Comprei umas 10, 15 caixinhas. Para mim sem lactose era algo que não tinha leite”, conta.
Revoltada com a situação, a avó da criança, Gilda Ramos, mandou mensagem ao VC no G1 relatando o caso. Ela reclama que o indicativo na embalagem de que o produto possui leite em sua fórmula era muito pequeno. “Havia letras garrafais indicando ‘zero lactose’, porém letras minúsculas, que necessitavam de uma lupa ou lente de aumento para citar os ingredientes: leite integral, soro de leite”.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a marca Piracanjuba não fere nenhuma regulamentação de indicação de ingredientes. O órgão afirma que “a empresa é obrigada a expor todos os ingredientes do produto no rótulo, o que foi feito no caso. Não existe uma determinação de que produtos sem lactose alertem para a presença de leite”. O órgão ainda não se pronunciou sobre qual é a taxa máxima de lactose que um produto pode possuir para ser considerado 'sem lactose'.
A Laticínios Boa Vista, que controla a marca Piracanjuba, explica que o produto ingerido pela menina somente é recomendado para pessoas que tem intolerância a lactose, e não para alérgicos à proteína do leite, já que ainda há presença do produto de origem animal na fórmula do achocolatado. “Como a própria consumidora identificou na embalagem, o produto contém leite e sua neta não poderia consumir nenhum produto que contenha leite. Lamentavelmente, a consumidora leu a embalagem apenas após o consumo”, diz.
Segundo a nutricionista e professora do curso de Nutrição da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Adriane Elisabete Antunes de Moraes, “o produto só será ‘deslactosado’ se o leite e soro de leite empregados tiverem sido tratados com a enzima lactase até a quebra de pelo menos 99,5% da lactose”, afirma. Ela explica que a lactase é responsável por digerir o leite no organismo, transformando a lactose em dois açúcares – glicose e galactose. A pessoa que tem intolerância à lactose não produz essa enzima em quantidade suficiente no corpo. Por isso, precisa de uma ajudinha extra, com a retirada da lactose pelo tratamento dado ao leite.
Só que quando uma pessoa tem alergia à proteína do leite, a história é outra. “[Neste caso] só a lactose foi desdobrada previamente. Se você reconstitui o leite, ele contém a proteína e a gordura”, afirma a Doutora Yu Kar Ling Koda, chefe da Unidade de Gastroenterologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP. Ela esclarece que as substâncias listadas na embalagem, como o leite integral e o soro de leite, podem dar algum tipo de reação em quem tem esse tipo de alergia “porque a matéria-prima [do produto] foi o leite de vaca”. A avó da garota confirma a suposição. “Ela só toma leite de soja, só come chocolate orgânico. Até se ela toca em um queijo fresco, tem reação. Só que a gente sempre compra o que é zero lactose, confia que não tem leite”, afirma Gilda.
Koda diz que é comum os pais se confundirem ao receber o diagnóstico de alergia ao leite ou intolerância à lactose. “Às vezes, [as reações em intolerantes à lactose e alérgicos à proteína] são parecidas, principalmente em crianças. Quando dizemos ‘alergia’, logo vem à cabeça que podem aparecer erupções na pele e coisas desse tipo, mas em crianças os sintomas podem ser vômito, diarreia, mal estar. Os sintomas confundem mesmo”. A médica ainda recomenda que pessoas com esse tipo de alergia somente consumam produtos cujo componente de proteína não seja de origem animal, como a soja.
Márcia conta que foi bem orientada pela pediatra de sua filha sobre a doença. “A médica foi clara. Deu que ela tem alergia a proteína do leite. Ela não pode [comer] nada que tenha leite, nem derivados, queijo, biscoito que tem leite”, afirma. Porém, a mãe tem medo de que o mesmo deslize aconteça com outras pessoas, por isso reforça o alerta. “Eu errei e olha que tenho experiência com isso. Imagina se é com alguém que é leigo, na escolinha. Ia dar o mesmo produto sem saber tem leite”, afirma.
O clareamento dos dentes, procedimento cada vez mais procurado pelos pacientes insatisfeitos com as manchas, pode trazer desconfortos muito maiores para quem o faz de maneira inadequada. O uso de kits clareadores de forma exagerada ou sem orientação profissional pode causar danos à saúde oral do usuário, inclusive, lesões cancerígenas.
A dentista da Sorridents, Andrea Serikawa, explica que o clareamento nunca é feito de uma só vez. Como se trata de um procedimento repetitivo, pode irritar a mucosa e causar lesões que podem vir a se desenvolver como tumor. “Isso porque há a proliferação inadequada de células, por um estímulo externo ao organismo. Isso faz com que haja uma desorganização da composição celular”, diz.
Por isso, a importância do acompanhamento profissional se dá no momento em que é imprescindível prevenir o contato da mucosa com os produtos. Em geral, nos consultórios, é aplicada uma camada de resina que protege a gengiva e mantém o material somente nos dentes. “Cabe ao dentista avaliar o progresso após o procedimento e se houve lesões”, aponta.
O consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Mauro Piragibe, destaca que o clareamento feito de forma indiscriminada pode causar ulcerações nas mucosas como lábios e bochecha, na língua e na gengiva, além de hipersensibilidade nos dentes e até mesmo reabsorções na raiz. “Pode haver danos como queimaduras que, dependendo do grau, podem virar pequenas aftas, ulcerações maiores e até perda de tecido gengival”, diz.
Controvérsias
Para o oncologista Ricardo Caponero, da Clinonco, o desenvolvimento de doenças a partir do contato da água oxigenada com a mucosa não está comprovado. “A água oxigenada é rapidamente degradada e libera oxigênio em forma de gás e água. Mesmo sendo um radical livre altamente reativo, usado sobre a pele, o oxigênio é liberado na atmosfera, sem nenhum efeito lesivo conhecido”, pontua.