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A medula óssea é uma estrutura que fica dentro dos ossos do corpo, responsável pela produção das células do sangue e das células de defesa, que cuidam da imunidade do nosso corpo. Entre as células sanguíneas produzidas na medula óssea, estão os glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as plaquetas, todas substâncias muito importantes para o transporte de oxigênio, hormônios e nutrientes para o organismo.

 

Se há algum problema na fabricação dessas células na medula, o corpo sofre consequências e a pessoa pode desenvolver leucemia, linfomas, anemias graves ou outras doenças do sangue, como explicaram o diretor do Centro de Medula Óssea do Inca, Luis Fernando Bouzas, e a hematologista Yana Novis.

 

Há ainda a produção da célula-tronco, que pode dar origem a todos esses componentes do sangue - glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. A célula-tronco está presente também na medula óssea, no sangue periférico ou até mesmo no sangue que vem do cordão umbilical do bebê. Se há algum defeito nessas células-tronco, o paciente pode desenvolver alguma doença, como a leucemia, e pode precisar de um transplante de medula óssea, para "trocar" essa medula com defeito por outra saudável. A leucemia, como explicou o médico Luis Fernando Bouzas, é a principal indicação para esse tipo de transplante.

 

Entre os sinais de alerta da leucemia, estão o cansaço, sangramento sem origem clara, mancha na pele sem motivo aparente, suor em excesso durante a noite e inchaço dos glânglios linfáticos. No caso de qualquer um desses sintomas, é importante investigar e, houver necessidade, buscar doadores compatíveis – na família ou no banco de doadores de medula.

 

No entanto, é muito difícil achar um doador compatível e, por isso, os médicos ressaltam a importância de doar para aumentar as possibilidades para os pacientes que precisam. Pessoas de 18 a 55 anos em bom estado de saúde podem se cadastrar para doar e, depois, precisam manter o cadastro atualizado para serem encontradas se houver necessidade.

 

De acordo com o médico Luis Fernando Bouzas, existem dois tipos de doação: a tradicional, em que é retirado o sangue da medula diretamente da bacia, com uma agulha e também sob anestesia. Nesse caso, é retirado de 10% a 15% das células e, depois de 15 ou 20 dias, elas já se regeneram e não prejudicam a qualidade de vida do doador. Há ainda a possibilidade do doador receber uma medicação injetável durante 4 ou 5 dias para estimular as células a saírem da medula, irem para o sangue e serem coletadas através da veia.

Em algumas situações, existem tratamentos alternativos ao transplante, especialmente para crianças, e é possível ainda utilizar medicamentos para extrair células-tronco do sangue do próprio paciente. Como explicou a hematologista Yana Novis, uma das maneiras de encontrar as células-tronco é através do sangue do cordão umbilical após o nascimento do bebê. Esse sangue, antes jogado no lixo, foi utilizado para transplante pela primeira vez em 1988 e passou, desde então, a salvar vidas.

 

Como mostrou a reportagem do Phelipe Siani, a obtenção desse sangue do cordão umbilical não prejudica a saúde da mãe ou do bebê e o material pode ser armazenado por anos. Quando obtido, esse sangue é guardado em um banco de cordão, que pode ser público ou privado. No público, onde os custos são cobertos pelo Sistema Único de Saúde, as células-tronco armazenadas vêm de doações voluntárias e sigilosas e podem ser usadas por qualquer pessoa desde que haja compatibilidade.

 

 

No banco privado, as células-tronco do sangue de cordão são armazenadas para uso próprio ou de pessoas da família, caso haja necessidade. Nesse caso, portanto, todos os custos são dos pais que contratam o serviço. No entanto, nem sempre é possível utilizar o próprio sangue e há algumas contraindicações, como o tratamento de doenças de origem genética ou certas leucemias já que o material pode carregar os mesmos “defeitos” responsáveis por algum desses problemas.

 

 

Bem Estar G1

downPesquisadores americanos fizeram testes de um novo tratamento em camundongos com condição similar à síndrome de Down que foi capaz de melhorar o aprendizado e a memória dos animais, além de aparentemente eliminar um efeito comum do distúrbio - o cerebelo com tamanho menor do que o normal.

 

Segundo a pesquisa, a aplicação de uma única dose de um composto em roedores recém-nascidos fez com que o cerebelo crescesse normalmente, conforme os camundongos ficassem adultos. Os cientistas, no entanto, disseram ser necessária cautela quanto ao composto, que tem como principal componente uma molécula que ainda não foi testada em pessoas com Down.

 

Não há certeza sobre a segurança de sua aplicação em humanos, afirmam os pesquisadores.

 

A pesquisa foi publicada na revista "Science Translational Medicine" nesta semana.

 

Promessa

Os resultados positivos dos experimentos trazem uma promessa no desenvolvimento de remédios para tratar o distúrbio, que podem ou não incluir a molécula estudada. "A maioria das pessoas com síndrome de Down tem um cerebelo que é 60% do tamanho normal", disse Roger Reeves, professor da Universidade de Medicina Johns Hopkins, de acordo com uma nota divulgada pela instituição.

 

"Tratamos os camundongos em condição análoga à síndrome de Down com um composto que acreditamos que pode normalizar o crescimento do cerebelo, e funcionou muito bem. O que não esperávamos eram os efeitos na memória e aprendizado, que são controlados geralmente pelo hipocampo, não pelo cerebelo", afirmou o cientista.

 

Pessoas com síndrome de Down, afirma o estudo, em geral possuem três cópias do cromossomo 21 ao invés das duas normalmente encontradas. Como resultado, estes indivíduos possuem cópias extras de mais de 300 genes contidos no cromossomo - os efeitos são problemas intelectuais, traços faciais marcantes e algumas vezes problemas cardíacos e outras consequências para a saúde.

 

Geneticamente modificados

Nos testes, a equipe da Universidade Johns Hopkins utilizou camundongos geneticamente modificados para ter cópias extras de cerca de metade dos genes do cromossomo humano 21, provocando condições similares às da síndrome de Down, como cerebelo menor e dificuldade em aprender sobre como se mover em um labirinto.

 

O composto foi injetado nos roedores após nascer, enquanto os cerebelos ainda estavam se desenvolvendo. "Nós fomos capazes de normalizar completamente o crescimento do cerebelo até eles atingirem a fase adulta com apenas uma dose", afirmou Reeves. Mais pesquisas são necessárias para entender exatamente como o tratamento funciona, detalhou o cientista. Em princípio, a análise de certas células do hipocampo ligadas no aprendizado e afetadas pelo Down parecem não ter sido alteradas pela substância, afirmam cientistas.

 

 

G1

mitos-dentesNa hora de escovar os dentes, todo mundo tem uma mania, um truque, uma dica. Mas a boa escovação dos dentes não tem muito segredo: basta uma escova adequada, com creme dental em quantidade moderada, e limpar os dentes em todos os lados.

 

A cirurgiã-dentista Marcela Encinas, da Clínica Sorridents, desvendou algumas lendas ouvidas por aí. Saiba o que é verdade ou mito:

 

Escovar os dentes com água quente é prejudicial

MITO. O bochecho com água morna só não é recomendado se o paciente estiver em tratamento ou possuir alguma infecção que haja o risco de formação de abcesso ou pus.

 

Não se deve bochechar água após o enxaguatório bucal

DEPENDE da marca. Muitos produtos colocam esta dica porque em sua composição há substâncias que não devem ser removidas dos dentes.

 

Deve-se escovar os dentes imediatamente após as refeições

MITO. Pode-se escovar até uma hora depois. Há estudos que apontam que escovar logo após a ingestão de alimentos ou bebidas ácidas pode até ter efeito erosivo. De qualquer forma, escovar após a alimentação é totalmente indicado.

 

Excesso de escovação pode ser prejudicial

MITO. A escovação como ação mecânica ajuda na remoção da placa bacteriana. Ela somente se torna prejudicial dependendo da qualificação da pasta de dente. Se ela for muito abrasiva, por exemplo, pode desgastar os dentes.

 

Uma boa escovação não é demorada

MITO. Especialistas dizem que é preciso pelo menos dez minutos para escovar todos os lados dos dentes e passar o fio dental.

 

Escova não deve ser trocada periodicamente ou após infecções

MITO. A escova deve ser trocada quando as cerdas estiverem gastas ou após uma infecção bucal, pois as bactérias podem se proliferar na escova.

 

Para uma boa limpeza, é preciso bastante creme dental para fazer espuma

MITO. O que promove a limpeza é a ação de escovação e não a pasta de dentes. A quantidade de creme dental indicada é equivalente a um grão de ervilha.

 

Fio dental não precisa ser usado em toda escovação

MITO. Precisa sim. Mas como os especialistas sabem que é difícil manter este hábito várias vezes por dia, o indicado é passar pelo menos na última escovação, antes de dormir.

 

Limpar a língua não é tão importante quanto escovar os dentes

MITO. Não adianta caprichar na escovação e não limpar a língua. A higienização tem de ser feita para eliminar sujeiras e bactérias, e pode ser realizada com limpadores, raspadores ou com a própria escova. Na língua pode se formar a saburra lingual – uma camada esbranquiçada de bactérias que é responsável pelo mau hálito.

 

Qualquer escova serve para limpar os dentes

 

MITO. Isso vale somente para o tamanho da cabeça da escova e não para o número de cerdas e funções. Ou seja, uma pessoa com arcada menor deve utilizar uma escova menor, para que seja feita uma limpeza eficiente. Mas as cerdas, na maioria das vezes, devem ser ultramacias e em maior quantidade possível.

 

Terra

Há três meses, o Bem Estar iniciou a série ‘Meu filho não come’, com a Manu e o João, duas crianças que tinham diversas dificuldades na alimentação.

 

Nesta quarta-feira, 4, a série chegou ao fim e o programa recebeu o endocrinologista Alfredo Halpern e o pediatra, nutrólogo e consultor do quadro, Mauro Fisberg, para dar dicas para outros pais que sofrem do mesmo problema.

 

Antes de tudo, é importante estabelecer uma rotina alimentar na casa, hábito que faz bem para o metabolismo não só das crianças, mas também dos adultos. Fora o horário, é essencial que a família se acostume a comer junta para que todos possam se incentivar a comer melhor e a fugir das besteiras.

 

De acordo com os especialistas, vale lembrar que a refeição em família deve ser um momento leve e algumas coisas precisam ficar de fora.

 

Por exemplo, discussões, problemas e brigas são fatores que atrapalham muito a hora de comer e podem prejudicar principalmente as crianças. O mesmo vale para brinquedos e aparelhos eletrônicos, que podem distrair os pequenos e trazer diversos impactos negativos na hora de comer.

 

Em relação à altura da criança na mesa, o nutrólogo Mauro Fisberg explicou que depende muito da idade. Por exemplo, no caso de crianças de 6 meses a 3 anos, o ideal é usar um cadeirão; até os 4 anos, a cadeirinha; dos 4 aos 6 anos, uma almofada ou alguns livros. De acordo com o médico, colocar esses objetos pode deixar a criança mais confortável e evitar problemas como dor nas costas.

 

Outra dica importante e que ajudou principalmente a Manu a comer melhor é o timer de cozinha. Segundo o nutrólogo Mauro Fisberg, esse objeto pode ser usado até mesmo no caso de adultos que têm dificuldades para comer já que ajuda a estabelecer um prazo mínimo da refeição - o ideal é que demore, pelo menos, 20 minutos.

 

Para evitar que as crianças comam muitos doces ou outras besteiras entre as refeições, é bom deixar à mostra potes com alimentos saudáveis, como frutas e legumes. Na casa da Manu, por exemplo, o pote de doce estava sempre ao alcance da pequena e, por isso, ela tinha o hábito de comer durante o dia, o que, segundo o nutrólogo Mauro Fisberg, pode ser uma armadilha.

 

Por último, os médicos alertaram que, durante a refeição, um pouco de sujeira não faz mal e é completamente natural. Toda limpeza excessiva pode prejudicar a hora de comer, especialmente no caso das crianças.

 

 

Todas essas dicas ajudaram os pais da Manu e do João e, depois de três meses com a equipe de especialistas do Bem Estar, as crianças começaram a se interessar mais pelos alimentos, a experimentar opções novas, como mostrou o programa. Segundo o nutrólogo Mauro Fisberg, apesar de três meses ser um período curto, já pode ser um começo bastante importante para criar uma educação alimentar que pode durar por toda a vida.

 

G1