O aumento nos níveis de açúcar no sangue, conhecido como hiperglicemia, é um dos principais indicativos de diabetes, uma condição que, se não tratada adequadamente, pode gerar complicações graves à saúde. Infelizmente, muitas vezes, esse aumento ocorre sem sintomas evidentes até atingir níveis muito elevados. Por isso, é importante estar atento aos sinais e buscar ajuda médica quando necessário.

Sinais comuns de açúcar elevado no sangue Os sintomas da hiperglicemia podem variar de pessoa para pessoa. No entanto, existem alguns sinais mais comuns que podem indicar que os níveis de glicose estão elevados:

Sede excessiva A sensação de sede intensa é um sintoma clássico de hiperglicemia. O corpo tenta eliminar o excesso de glicose pela urina, resultando em desidratação. Micção frequente Com o aumento da produção de urina, causado pela tentativa do corpo de eliminar o excesso de glicose, a pessoa sente uma necessidade constante de urinar. Fome constante Mesmo após as refeições, a sensação de fome persistente pode ocorrer, devido à dificuldade do corpo em processar adequadamente o açúcar. Exames de rotina: prevenção é o melhor remédio Embora os sinais do corpo sejam importantes, exames laboratoriais são fundamentais para um diagnóstico preciso. Indivíduos com fatores de risco, como obesidade ou histórico familiar de diabetes, devem realizar exames regulares para monitorar os níveis de açúcar no sangue e prevenir complicações.

Como controlar o açúcar elevado no sangue A boa notícia é que é possível controlar os níveis elevados de glicose com algumas mudanças no estilo de vida. Aqui estão algumas dicas para manter o açúcar no sangue sob controle:

Adote uma alimentação balanceada

Optar por alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, pode ajudar a estabilizar os níveis de glicose.

Evite o consumo excessivo de açúcar refinado e alimentos processados.

Controle as porções

Evite exagerar no consumo de carboidratos, que se transformam em glicose.

Manter um equilíbrio nas porções ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue.

Pratique atividade física regularmente

Exercícios aumentam a sensibilidade das células à insulina, o que facilita o uso adequado da glicose pelo corpo.

Atividades como caminhada e natação são ótimas escolhas.

Hidratação adequada Manter-se hidratado é fundamental para o bom funcionamento dos rins e para a eliminação do excesso de glicose.

Atenção aos sintomas de diabetes: procure ajuda médica

Fique atento a sinais como sede excessiva, cansaço, visão embaçada, cicatrização lenta, perda de peso inexplicada e aumento na frequência urinária. Identificar esses sintomas de forma precoce pode evitar complicações graves, como doenças cardíacas e renais.

Controle de açúcar no sangue com legumes O controle de açúcar no sangue pode ser eficazmente auxiliado pelo consumo de legumes. Ricos em fibras e nutrientes, esses alimentos ajudam a regular os níveis glicêmicos. Incorporá-los à dieta diária pode ser uma estratégia simples e natural para prevenir picos de glicose e melhorar a saúde metabólica.

Catraca Livre

Beber café logo ao acordar pode trazer mais benefícios do que apenas aumentar a energia. Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que esse hábito está associado a uma menor probabilidade de morte por doenças cardiovasculares. Essa relação foi destacada em uma pesquisa recente publicada no European Heart Journal.

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Os efeitos do café da manhã na saúde do coração Pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de mais de 40 mil pessoas ao longo de quase 20 anos e observaram que o consumo matinal de café está relacionado a um impacto positivo na saúde do coração. Os participantes que tinham esse costume apresentaram um risco 31% menor de morrer por doenças cardiovasculares, além de uma redução de 16% no risco de morte por qualquer causa.

De acordo com Lu Qi, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard e um dos líderes da pesquisa, “nossas descobertas indicam que não é apenas a quantidade de café consumida que importa, mas também o horário em que a bebida é ingerida”.

Por que o horário do consumo faz diferença? Os pesquisadores sugerem que beber café mais tarde no dia pode prejudicar os ritmos circadianos, o chamado “relógio biológico” do corpo. Consumir cafeína no período da tarde ou noite pode interferir na produção de melatonina, hormônio essencial para a regulação do sono.

Quando o ciclo circadiano é alterado, existe um aumento na pressão arterial e nos níveis de inflamação, fatores que contribuem para doenças cardiovasculares. Já pela manhã, o corpo está naturalmente em estado de alerta devido à maior atividade do sistema nervoso simpático. Tomar café nesse horário potencializa seus efeitos positivos sem comprometer os ritmos biológicos.

Qual a quantidade ideal de café pela manhã? A pesquisa também revelou que a quantidade de café ingerida pela manhã influencia os benefícios observados. Os participantes que consumiam de duas a três xícaras diariamente apresentaram a maior redução nos riscos de mortalidade. Beber apenas uma xícara ou menos também mostrou efeitos positivos, mas em menor intensidade.

Por outro lado, ingerir mais de três xícaras não demonstrou impactos negativos claros, embora os especialistas reforcem que o consumo moderado é a melhor opção para garantir segurança e benefícios à saúde.

O café é indicado para todos? Apesar das vantagens para a saúde cardiovascular, o café pode não ser adequado para todas as pessoas. Indivíduos com gastrite, colesterol alto ou outras condições específicas devem ter cautela com a forma de preparo da bebida e evitar o consumo excessivo.

Consultar um profissional de saúde antes de aumentar a ingestão de café é fundamental para evitar complicações. Embora mais estudos sejam necessários para confirmar todas as descobertas, as evidências atuais sugerem que tomar café pela manhã pode ser um hábito benéfico para a saúde do coração. Mais um aliado para a saúde do coração Além do café matinal, outro alimento pode ajudar na saúde cardiovascular: a casca da banana. Segundo matéria da Catraca Livre, esse ingrediente, geralmente descartado, é rico em fibras e antioxidantes que contribuem para a redução do colesterol e da inflamação. Incorporar hábitos simples pode fazer a diferença para um coração mais saudável.

Catraca Livre

Foto: © iStock/manassanant pamai

Uma colaboração entre pesquisadores dos estados de São Paulo e do Ceará e da Universidade de Hong Kong resultou na descoberta de um novo coronavírus em morcegos, o primeiro na América do Sul intimamente relacionado ao causador da síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês).

morcego

O estudo foi publicado no Journal of Medical Virology.

“Ainda não podemos afirmar se ele tem a capacidade de infectar humanos. No entanto, encontramos partes da proteína spike do vírus [que se liga à célula de mamífero e inicia a infecção] que sugerem uma potencial interação com o receptor utilizado pelo MERS-CoV. Para saber mais, planejamos realizar experimentos em Hong Kong ainda este ano”, conta Bruna Stefanie Silvério, primeira autora do estudo.

Silvério realizou mestrado na EPM-Unifesp (Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo) com bolsa da Fapesp e atualmente faz doutorado na instituição.

No total, os pesquisadores identificaram sete coronavírus em amostras de cinco morcegos coletadas pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde do Ceará), em Fortaleza, destacando a grande diversidade genética de coronavírus encontrada. Os animais pertenciam a duas espécies diferentes (Molossus molossus e Artibeus lituratus), sendo uma insetívora e outra frugívora.

Em outro estudo realizado pelos grupos do Lacen-Fortaleza e da Unifesp, foram encontradas variantes de vírus da raiva de saguis em morcegos (leia mais em: agencia.fapesp.br/44897).

“Os morcegos são importantes reservatórios de vírus e, por isso, devem ser alvos de vigilância epidemiológica contínua. Esse monitoramento permite identificar os vírus em circulação, antecipar potenciais riscos de transmissão para outros animais e até mesmo para os humanos”, lembra Ricardo Durães-Carvalho, professor da EPM-Unifesp e orientador de Silvério.

O pesquisador coordena o projeto “Morcegos: vigilância epidemiológica, filodinâmica de alta resolução, busca e design de peptídeos de interesse biotecnológico em vírus emergentes e reemergentes”, apoiado pela Fapesp.

Mers-CoV O coronavírus causador da Mers foi identificado pela primeira vez em 2012, na Arábia Saudita, e provocou mais de 800 mortes, com casos registrados em 27 países.

Os pesquisadores brasileiros conseguiram identificar uma sequência genética com 71,9% de similaridade ao genoma do Mers-CoV. O gene que codifica a proteína spike apresentou 71,74% de identidade com a spike do Mers-CoV, isolado de humanos na Arábia Saudita em 2015.

Para verificar se ela pode se ligar às células humanas, será necessário fazer experimentos em laboratórios com alto nível de biossegurança. Esses testes estão programados para acontecer na Universidade de Hong Kong ainda este ano.

Silvério se prepara para um estágio na Escola de Saúde Pública da instituição, onde será orientada pelo pesquisador Leo L. M. Poon, coautor do trabalho publicado agora.

Outro vírus, mesmo morcego Em trabalho prévio, publicado na mesma revista, os pesquisadores identificaram um vírus emergente em humanos, o gemykibivirus, descoberto na mesma amostragem realizada no Lacen de Fortaleza.

Os pesquisadores encontraram grande semelhança com um gemykibivirus identificado em amostras do líquido cefalorraquidiano humano. O mesmo vírus também foi identificado em amostras de bancos de sangue, o que havia dado origem a um trabalho liderado por pesquisadores do Hemocentro de Ribeirão Preto e do Instituto Butantan apoiados pela FAPESP (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/41787).

Trabalhos anteriores já haviam relatado a presença do gemykibivirus em pacientes com HIV, sepse de origem desconhecida, pericardite recorrente e casos de diarreia e encefalite de causa inexplicada. É a primeira vez que se identifica esse vírus em morcegos.

O vírus encontrado exigiu o desenvolvimento de novos primers, pequenos trechos de DNA que se ligam a determinadas partes dos genomas que se quer conhecer. Neste caso, os primers foram desenvolvidos especificamente com base na sequência genética do gemykibivirus detectado em humanos.

“A falta de sequências virais disponíveis em bancos de dados impediu que pudéssemos analisar mais a fundo esses vírus. Ao mesmo tempo, o fato de identificarmos agentes virais tão pouco conhecidos torna nosso trabalho uma base para futuras investigações”, afirma Silvério.

Para Durães-Carvalho, “nossos estudos demonstram a importância de tornar esse tipo de análise mais sistemática, otimizada e integrada, com a participação de diversos setores, gerando dados em plataformas unificadas que possam ser utilizados pelos sistemas de saúde para monitorar e até prever novas epidemias e pandemias”, conclui.

Agência Fapesp

Foto: Larissa Leão Ferrer de Sousa

Pesquisadores da Universidade de Oxford realizaram um estudo que sugere que a vacina contra herpes-zóster, conhecida como Shingrix, pode diminuir o risco de demência em até 17%. Os efeitos da vacina foram mais evidentes em mulheres, resultando em um aumento de 5 a 9 meses de vida sem demência, o que oferece uma perspectiva promissora para a saúde cerebral.

O que é herpes-zóster?

Herpes-zóster é uma infecção viral causada pelo mesmo vírus que provoca a catapora, o varicela-zóster. Esse vírus pode ficar adormecido no corpo por anos e se reativar com o enfraquecimento do sistema imunológico, levando ao surgimento de erupções cutâneas dolorosas. É mais comum em pessoas idosas, sendo potencialmente grave à medida que a idade avança.

O efeito da vacina na demência Estudos anteriores já haviam sugerido uma possível ligação entre a infecção por herpes-zóster e o aumento do risco de demência. Com base nesses dados, a vacina foi associada a uma redução significativa no risco de desenvolvimento de demência, retardando seu progresso. Os pesquisadores acreditam que isso ocorre porque a vacina não só protege contra o vírus, mas também pode ter efeitos benéficos diretos na saúde cerebral.

Mecanismos possíveis e a necessidade de mais pesquisa O professor John Todd, da Universidade de Oxford, explicou que uma das explicações para esse efeito pode ser a ação da vacina contra o vírus varicela-zóster, que é associado ao aumento do risco de demência. Além disso, a vacina pode conter substâncias que atuam diretamente no cérebro, contribuindo para a melhoria da saúde mental. No entanto, os pesquisadores enfatizam que mais estudos são necessários para compreender completamente o impacto da vacina nesse contexto.

Sintomas de demência: sinais ocultos Existem sinais de demência que raramente são reconhecidos. Segundo a matéria da Catraca Livre, mudanças na percepção de tempo, dificuldade para fazer tarefas diárias simples e alterações no comportamento podem ser indicadores de que algo não está certo. Fique atento a esses sintomas, que muitas vezes são negligenciados.

Catraca Livre