A vitamina D é um nutriente essencial para o organismo, fundamental para a formação e manutenção dos ossos, em conjunto com o cálcio. Além disso, desempenha papel importante no fortalecimento do sistema imunológico e contribui para o bom funcionamento dos músculos e das células cerebrais.
Apesar de sua importância, a vitamina D não está presente em muitas fontes alimentares. Além da exposição à luz solar, alguns alimentos são boas fontes de vitamina D, como salmão, cavala, sardinha, carne vermelha e gema de ovo. Contudo, devido a restrições alimentares ou preferências pessoais, muitas pessoas recorrem aos suplementos para suprir a demanda diária desse nutriente.
Os suplementos de vitamina D são eficazes, mas alguns erros comuns podem comprometer sua absorção pelo organismo. A seguir, veja quais cuidados tomar para aproveitar ao máximo esses suplementos.
A importância do magnésio para a vitamina D A vitamina D depende do magnésio para desempenhar suas funções no corpo. Quando a ingestão de vitamina D é elevada, é fundamental garantir uma quantidade adequada de magnésio. Isso ocorre porque a vitamina D eleva os níveis de cálcio, e o magnésio atua regulando esse cálcio para proteger a saúde cardíaca.
Vitamina K2: aliada essencial O excesso de cálcio no organismo pode causar problemas como hipercalcemia, formação de cálculos renais e até
insuficiência renal
. A vitamina K2 é responsável por direcionar o cálcio para os ossos e dentes, evitando seu acúmulo nas artérias. A forma MK7 da vitamina K2 também possui propriedades anticancerígenas, reforçando a importância de manter a ingestão diária recomendada de vitamina D em conjunto com essa vitamina.
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Nem todos os suplementos são iguais A absorção da vitamina D pode variar conforme a qualidade e a biodisponibilidade dos suplementos. Pesquisas indicam que a administração por injeção de vitamina D3, isolada ou combinada com comprimidos de vitamina D2, pode proporcionar níveis séricos mais elevados do que outras formas de suplementação.
Medicamentos que interferem na absorção da vitamina D Alguns medicamentos podem prejudicar a absorção da vitamina D, mesmo quando os suplementos são adequados. Estatinas e
esteroides
, por exemplo, reduzem o
colesterol
, que é essencial para a produção da vitamina D, podendo diminuir sua eficácia.
O papel do zinco na conversão da vitamina D Outro ponto importante é a associação da vitamina D com o zinco, que atua como catalisador, ajudando a transformar o colesterol em vitamina D e garantindo níveis adequados no organismo.
Sintomas da deficiência de vitamina D A falta dessa vitamina pode causar sintomas variados
, como fadiga, dores ósseas e musculares, além de aumentar a frequência de infecções devido ao enfraquecimento do sistema imunológico. Mudanças de humor, depressão, queda de cabelo e dificuldade na cicatrização também são comuns. Em crianças, a deficiência pode provocar raquitismo, com ossos frágeis e crescimento prejudicado.
Nos adultos, a perda de densidade óssea eleva o risco de fraturas, e dores crônicas, especialmente nas articulações e região lombar, podem se manifestar. Como esses sinais podem ser sutis ou confundidos com outras condições, o diagnóstico mais seguro é feito por exame de sangue.
A Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) promoveram uma reunião estratégica, nessa terça-feira (3), para tratar das ações conjuntas de prevenção e controle da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no território piauiense.
Participaram do encontro os coordenadores Simone Lima, de Defesa Animal; Cléber Braga, substituto do Programa de Sanidade Avícola, e Cecília Melo, da Vigilância Epidemiológica, além de técnicos da Secretaria da Saúde. A iniciativa faz parte do plano estadual de intensificação da vigilância e monitoramento em áreas consideradas de maior risco para a introdução da doença.
De acordo com Simone Lima, a articulação entre os órgãos estaduais tem caráter preventivo e visa garantir agilidade na identificação e contenção de possíveis focos da influenza aviária, preservando os plantéis avícolas e a segurança sanitária da cadeia produtiva. “Reforçamos que o Piauí não registra nenhum caso da doença. O consumo de carne de frango e ovos permanece seguro para a população”, destacou a coordenadora de Defesa Animal da Adapi.
As medidas reforçam as determinações do decreto nº 23.837, de 19 de maio de 2025, que declara estado de emergência zoossanitária em todo o Piauí, facilitando os trâmites para aquisição de materiais, equipamentos e intensificação das ações de vigilância em granjas comerciais, criações de subsistência e áreas de maior vulnerabilidade.
A Adapi reforça à população algumas recomendações importantes:
• Não há registro de casos de influenza aviária no Piauí. As ações têm caráter exclusivamente preventivo.
• O consumo de carne de frango e ovos continua seguro, sem risco de transmissão da doença.
• Em caso de identificação de aves comerciais ou migratórias com sintomas neurológicos ou respiratórios, como desorientação ou andar em círculos, a ocorrência deve ser imediatamente comunicada.
Silenciosa, a fluidez sanguínea acaba por passar despercebida e despertar pouca preocupação, mas qualquer disfunção nesse sentido pode representar um risco grave à saúde. A trombose é a formação de um coágulo – também conhecido como trombo – dentro de um vaso sanguíneo, bloqueando parcial ou totalmente o fluxo de sangue. Pode ocorrer em veias (trombose venosa) ou em artérias (trombose arterial).
Algumas características e hábitos tornam o indivíduo mais propenso à trombose, segundo o Dr. Mauro Freire, cirurgião vascular do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” no Rio de Janeiro.
Mas traumas e período pós-operatório aumentam o risco, deixando pacientes em geral expostos ao problema. Isso ocorre porque ambos podem desencadear uma série de fatores que favorecem a formação de coágulos sanguíneos.
“O risco de trombose aumenta após praticamente qualquer cirurgia, mas é maior em certos tipos de procedimentos, especialmente aqueles que envolvem imobilidade prolongada, trauma significativo ou que tenham afetado grandes vasos sanguíneos”, destaca o especialista.
Cirurgias ortopédicas, como de substituição de quadril e joelho, por envolverem grandes ossos e imobilidade pós-operatória prolongada; abdominais e pélvicas, especialmente de câncer ou ginecológicas; cardíacas, incluindo a colocação de stents ou pontes de safena, e neurológicas, como as de coluna ou cérebro, são as que mais apresentam risco elevado de trombose.
Outros fatores de risco Tempo de recuperação, predisposição genética, idade avançada, obesidade, tabagismo e uso de contraceptivos hormonais podem favorecer ainda mais o surgimento desse quadro.
Por esses motivos, em situações de trauma ou após uma cirurgia, médicos frequentemente recomendam medidas preventivas, como anticoagulantes, meias de compressão ou mobilização precoce.
A trombose pode ser fatal em certos casos, especialmente quando um coágulo de sangue se forma em uma veia profunda (trombose venosa profunda – TVP), geralmente das pernas, e se desloca para o pulmão, causando uma embolia pulmonar.
Nessa última, o risco é mais significativo no caso de uma TVP, um coágulo pode bloquear artérias pulmonares, levando à diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo e oxigenação no corpo.
Outra situação em que a doença pode ser particularmente perigosa inclui trombose arterial, coágulo em artérias como as que levam sangue ao coração ou ao cérebro, podendo causar infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou acidente vascular cerebral (AVC), ambos com potencial letal.
Há também a Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide, uma condição autoimune que aumenta o risco de trombose, podendo levar a complicações fatais se os coágulos se formarem em locais críticos. Já o risco de trombose levar à morte depende da localização do coágulo, do tamanho e da rapidez com que o tratamento é iniciado.
“Existem protocolos de profilaxia da trombose implantados nas unidades de saúde que são de extrema importância e que auxiliam na diminuição dos eventos trombóticos dos pacientes internados, salvando vidas. A doença, que não é tão rara, pode ser evitada com medidas simples já estabelecidas no sistema de saúde”, afirma o médico.
Os tipos mais comuns Trombose Venosa Profunda (TVP): ocorre, geralmente, nas veias profundas das pernas. Se um pedaço do trombo se desprender, pode chegar aos pulmões, causando embolia pulmonar, uma condição grave.
Trombose arterial: ocorre nas artérias, interrompendo o fluxo sanguíneo para órgãos vitais, como coração e cérebro. Pode levar a ataques cardíacos ou derrames.
O que favorece a trombose após trauma ou cirurgia Imobilização prolongada: diminui o fluxo sanguíneo nas veias, especialmente nas pernas, favorecendo a formação de coágulos. Lesão dos vasos sanguíneos: o trauma ou a própria cirurgia podem causar danos aos vasos sanguíneos, o que ativa o sistema de coagulação. Resposta inflamatória: tanto o trauma como a cirurgia desencadeiam uma resposta inflamatória no corpo, que pode aumentar a coagulação do sangue. Sintomas Inchaço: um dos sinais mais comuns, geralmente em uma perna, podendo causar dor ao toque. Dor ou sensibilidade: geralmente na panturrilha ou coxa, piorando ao caminhar ou ficar de pé. Vermelhidão ou descoloração: a pele sobre a área afetada pode ficar vermelha ou azulada. Calor: sensação de calor na região do coágulo. Veias dilatadas: veias podem ficar mais aparentes ou saltadas na área afetada. Se a trombose se deslocar e atingir os pulmões (embolia pulmonar), os sintomas podem incluir falta de ar súbita; dor no peito, que pode piorar ao respirar fundo; tosse, que pode vir acompanhada de sangue; tontura ou desmaio.
De acordo com o Dr. Mauro, esses sintomas indicam uma emergência médica e necessitam de tratamento imediato.
Como evitar? Manter-se ativo e evitar longos períodos de imobilidade, como ficar sentado ou deitado por muito tempo. Quem trabalha sentado deve se levantar e caminhar a cada hora. Beber bastante água, pois ajuda a manter o sangue fluido e a evitar o risco de formação de coágulos. Evitar fumar. Manter o peso saudável. Usar meias de compressão, especialmente pessoas com varizes ou que passam muito tempo em pé. Medicamentos anticoagulantes para pessoas com maior risco, como aquelas com histórico de trombose ou condições genéticas, o médico pode prescrever anticoagulantes para prevenir a formação de coágulos. Tentar se movimentar durante viagens longas de avião ou de carro. É importante levantar-se e alongar as pernas a cada duas horas para melhorar a circulação. Se houver fatores de risco, é fundamental consultar um médico para uma avaliação mais detalhada e orientações personalizadas.
Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que um em cada três municípios brasileiros (33,7%) enfrenta problemas de desabastecimento de vacinas.
O relatório, produzido em maio de 2025, envolveu 1.490 cidades de todos os estados da federação e apresenta melhora em comparação ao mesmo estudo realizado em setembro de 2024. Ainda assim, a CNM se diz vigilante.
Em nota ao g1, o Ministério da Saúde afirmou que "mantém cronograma de entrega de vacinas" e que "estão previstas novas remessas de doses das vacinas de dengue, varicela e as demais que compõem o calendário nacional" (leia a íntegra).
Segundo a pesquisa, 33% dos municípios apresentaram alguma piora na distribuição de vacinas em comparação ao ano passado, e um em cada quatro municípios respondeu haver falta de alguma vacina em todas as três pesquisas. Por outro lado, 64,2% dos municípios apresentaram melhora no abastecimento.
Em setembro, mais da metade das cidades do país enfrentavam desabastecimento vacinal –eram 70,3% delas em escassez. Atualmente, apesar da queda, a carência envolve os seguintes imunizantes:
Varicela. Lidera a lista pela terceira pesquisa consecutiva, sendo mencionada por 32% dos municípios com problemas de falta de vacina. A escassez do imunizante, que protege crianças de até quatro anos contra a catapora, persiste em 338 municípios respondentes, com uma média de desabastecimento superior a 90 dias. A cobertura atual da vacina contra Varicela é de 74,46%, abaixo da meta de 95%. Tetraviral (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela). Está em falta em 16% das localidades que relataram desabastecimento (165 municípios). Vacina contra a covid-19. Apresenta escassez em 174 localidades, afetando 9% dos municípios em relação à imunização de adultos e 8% quando se trata da vacina em crianças. A indisponibilidade do imunizante contra a covid-19 foi recorrente nas edições anteriores e continua na atual, o que pode estar relacionado ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Falta de vacinas tem motivos diferentes Em entrevista ao g1, a infectologista Luana Araújo explica que as razões para a escassez de duas vacinas essenciais –a tríplice viral e a da covid-19– são diferentes.
Segundo a médica, a vacina da varicela sofreu um desabastecimento em escala global. “Houve um problema na produção, que é bastante restrita em termos de números de fornecedores, e isso resultou na redução do estoque mundial nos últimos tempos”, diz Luana.
“O Brasil chegou a apelar à Organização Pan-Americana de Saúde por doses, recebendo algumas delas com atraso. Como a vacina faz parte do calendário vacinal e tem uma demanda considerável, reabastecer os estoques a níveis que permitam sanar as ausências e continuar a vacinação das crianças no tempo correto levará um período significativo.” Já no caso da vacina da covid-19, Luana detalha que a situação é atribuída a "erro gerencial". Ainda segundo ela, houve dificuldades na negociação e na elaboração dos pregões para a aquisição do imunizante.
“Essa falha no gerenciamento não só causou desabastecimento, mas também levou à desatualização da vacina. O Brasil tem um contrato vigente desde o início da pandemia que prevê o fornecimento de vacinas atualizadas. No entanto, esse erro gerencial fez com que o país tivesse, por um período, apenas vacinas que não eram adequadas ao momento epidemiológico”, diz a infectologista.
Luana ressalta que a formulação das vacinas previstas para o próximo período no hemisfério norte já tem composição diferente, indicando uma mudança na epidemiologia. "Só agora estamos vacinando pessoas vulneráveis com vacinas mais atualizadas", diz.
Impactos e desafios regionais Minas Gerais vive situação de emergência em saúde pública devido ao avanço dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com 8.800 casos e 442 óbitos registrados em 2025 até 10 de maio.
O estado também concentra a maioria dos casos de coqueluche no Brasil (373 casos até abril de 2025), uma doença respiratória altamente contagiosa que teve um aumento de mais de 3.000% nos casos confirmados em 2024 em comparação com o ano anterior.
Na terceira edição da pesquisa da CNM, 51% dos municípios mineiros (124 de 241 respondentes) relataram falta de vacinas.
Pernambuco também se destaca, com 53% dos municípios participantes com escassez de imunizantes.
Motivos para a falta de doses De acordo com a pesquisa atual, as cidades enfrentam problemas na logística de distribuição. Entre os 1.490 municípios que responderam sobre motivos para perda de vacinas por prazo de vencimento:
32% (540 municípios) afirmaram ter recebido doses do Estado com data de vencimento muito próxima. 27% (452 municípios) responderam que há baixa procura da população. 26% (431 municípios) relataram que os frascos de vacina eram multidose e ultrapassaram a validade após a abertura. 10% (176 municípios) assinalaram que receberam vacinas em volume maior que o público-alvo. Ainda de acordo com a publicação, a manutenção das salas de vacinas também representa um desafio financeiro para os municípios. A pesquisa mostra que 17% deles investem mais de R$ 240 mil por ano para garantir seu funcionamento pleno e, segundo a CNM, isso acontece muitas vezes sem apoio financeiro adequado.
A CNM reitera que a falta de vacinas nos municípios é um cenário grave e apela por urgência na disponibilização de imunizantes pelo Ministério da Saúde para proteger a população, especialmente as crianças.
Apesar da melhora observada, a persistência da falta de vacinas em um terço dos municípios ainda suscita preocupações para evitar o retorno de doenças já eliminadas, que requerem coberturas vacinais altas e homogêneas. Dos 19 tipos de vacinas com cobertura divulgada de janeiro a abril de 2025, apenas seis atingiram as metas estipuladas.
Posicionamento do Ministério da Saúde "O Ministério da Saúde mantém cronograma de entrega de vacinas a todos os estados, que são os responsáveis pela distribuição nos municípios. O quantitativo é definido conjuntamente com os gestores locais. O Brasil registra aumento das coberturas vacinais em todo o país, resultado das ações de incentivo do Ministério da Saúde – como vacinação nas escolas e a volta das grandes mobilizações nacionais, como o Dia D de vacinação contra a gripe – e da garantia de abastecimento.
Sobre a vacina de Covid-19, em 2025, já foram entregues 11,6 milhões de doses para o público infantil e adulto. Foram aplicadas 3,9 milhões até o momento.
Em relação a vacina da dengue, o Ministério da Saúde adquiriu todo o quantitativo de doses disponibilizado pelo fornecedor. Em 2025, foram distribuídas 1,9 milhão de doses e, deste total, 1,7 milhão foram aplicadas.
Quanto à vacina varicela, o cronograma de solicitação dos estados e municípios tem sido atendido conforme disponibilização do fornecedor. Neste ano, já foram entregues 2 milhões de doses e 1,7 milhão aplicadas.
Estão previstas novas remessas de doses das vacinas de dengue, varicela e as demais que compõem o calendário nacional de vacinação no país."