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Um novo estudo conduzido por pesquisadores japoneses, publicado nas revistas científicas Cellular and Molecular Biology e Nature, revela um caminho promissor para superar a resistência de células cancerosas a tratamentos e frear a metástase.

figo

A pesquisa foca no benzaldeído, um composto aromático encontrado naturalmente em diversas frutas como amêndoas, damascos e figos.

O desafio do câncer A resistência a medicamentos e a capacidade do câncer de se espalhar –o que é chamado de metástase– são dois dos maiores obstáculos no tratamento da doença.

Frequentemente, as células cancerosas desenvolvem uma característica chamada plasticidade epitelial-mesenquimal (EMP). Esta plasticidade permite que as células mudem de forma, percam a adesão entre si e adquiram a capacidade de migrar e invadir outras partes do corpo, contribuindo diretamente para a metástase.

Os pesquisadores identificaram que o benzaldeído atua especificamente em uma interação entre duas proteínas: a 14-3-3ζ e a histona H3 fosforilada na serina 28 (H3S28ph). Os nomes parecem difíceis, mas o g1 explica:

14-3-3ζ: esta proteína é encontrada em altas quantidades em muitos tipos de câncer humano e está associada a um prognóstico desfavorável. Ela impulsiona vias de sinalização relacionadas ao desenvolvimento do câncer, metástase e resistência à quimioterapia e à radioterapia. H3S28ph: é uma modificação em uma proteína chamada histona H3, que desempenha um papel importante na regulação dos genes e tem sido responsável pela transformação maligna dos tumores e pela resistência a tratamentos. O estudo destaca que a interação entre essas duas proteínas é crucial para a plasticidade das células cancerosas (EMP) e para a resistência ao tratamento do câncer.

O benzaldeído, por sua vez, consegue inibir a interação entre elas, atuando de forma engenhosa no combate ao câncer. Veja como ele age:

Quebra de conexões: o benzaldeído inibe a interação entre a proteína 14-3-3ζ e suas "clientes", incluindo a H3S28ph. Isso significa que esse composto impede que essas proteínas se liguem adequadamente, o que estimula o câncer. Desregulação de vias do câncer: ao interromper essa ligação, o benzaldeído leva a uma redução da ativação de várias proteínas que estão superativas no desenvolvimento do câncer. Impacto nos genes: consequentemente, o benzaldeído "quebra" a expressão de múltiplos genes ligados à resistência ao tratamento, à capacidade de formar metástases (EMT) e à "célula-tronco do câncer". Reversão da plasticidade: nos modelos testados pelo estudo, o tratamento com benzaldeído suprimiu o estado de plasticidade epitelial-mesenquimal (EMP) das células tumorais, dificultando sua capacidade de se espalhar. Metodologia: combinação de experimentos em laboratórios e em animais Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores fizeram:

Testes em laboratório (células):

O benzaldeído foi testado em 21 linhagens de células cancerosas humanas e em oito linhagens de células não cancerosas. Observou-se que o composto foi significativamente mais tóxico para as células cancerosas do que para as não cancerosas. Um achado importante foi que células cancerosas que já eram resistentes a tratamentos — como à radioterapia e à imertinibe (um inibidor de tirosina quinase para câncer de pulmão) — apresentaram maior sensibilidade ao benzaldeído. Isso sugere que esse composto pode ajudar a superar a resistência aos medicamentos. Foram realizadas análises detalhadas para entender como o benzaldeído afetava as vias de sinalização dentro das células e a interação entre as proteínas citadas acima. Análises genéticas foram feitas para identificar quais genes tinham sua expressão alterada pelo benzaldeído, confirmando a quebra de genes ligados à resistência e à metástase. Também foi realizado um ensaio para avaliar a capacidade do benzaldeído de suprimir a capacidade de auto-renovação das células cancerosas, o que foi confirmado. Testes em animais (camundongos):

Utilizou-se um modelo de camundongos com câncer de pâncreas, transplantando células tumorais. Os camundongos foram tratados com um derivado do benzaldeído, o CDBA, administrado por injeção intraperitoneal. Os resultados mostraram que o CDBA inibiu o crescimento do tumor pancreático e suprimiu a metástase para os pulmões e o derrame pleural. A análise dos tecidos tumorais dos camundongos confirmou que o CDBA reduziu as proteínas H3S28ph, LIN28B e E2F2 e induziu uma mudança morfológica nas células tumorais, passando de um estado EMP para características menos sujeitas à metástase.

Conclusão e próximos passos Os achados deste estudo são promissores. O benzaldeído, um composto de origem natural, demonstra a capacidade de inibir o crescimento de células cancerosas resistentes a tratamentos e, mais importante, de suprimir a metástase.

A pesquisa sugere que o benzaldeído ou seus derivados podem oferecer uma nova estratégia para superar os desafios da resistência a tratamentos e da metástase no câncer. Embora a inibição direta da proteína 14-3-3ζ seja complexa devido às suas funções em células normais, o mecanismo de ação do benzaldeído pode contornar essa dificuldade.

Este estudo representa um importante passo fundamental, abrindo caminho para futuras investigações e, potencialmente, ensaios clínicos para validar o uso do benzaldeído como uma nova terapia anticancerígena.

G1

Foto: Lum3n no Pexels

A inauguração do serviço gratuito de inserção do DIU de cobre na Policlínica de Floriano, nesta sexta-feira (04), marca um avanço significativo nas políticas públicas de saúde da mulher no município. A ação integra as comemorações pelos 128 anos da cidade e foi celebrada com a presença de autoridades, profissionais da saúde e representantes da gestão municipal.

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Sobre o serviço:

  • O DIU de cobre é um método contraceptivo não hormonal, com eficácia superior a 99% e duração de até 10 anos.
  • É indicado para mulheres que desejam evitar a gravidez de forma segura, sem os efeitos colaterais comuns aos métodos hormonais.
  • A inserção será feita pela enfermeira especialista Dra. Shelma Feitosa, com apoio de equipes capacitadas para acolhimento, orientação e acompanhamento.

Impacto local:

A iniciativa reforça o compromisso  com o cuidado integral à saúde da mulher, ampliando o acesso a métodos contraceptivos modernos e gratuitos.

A Policlínica de Floriano, que já é referência em atendimentos especializados, passa a oferecer mais uma alternativa de planejamento familiar com qualidade e segurança.

Com informações da ASCOM

Independentemente da forma de medir, existem diretrizes sobre a quantidade diária recomendada de açúcar adicionado ou natural a ser consumido.

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O que os especialistas definem como a quantidade recomendada de açúcar por dia? Para os fãs de alimentos doces e de drinks açucarados, essa é uma resposta valiosa, já que o açúcar é considerado um verdadeiro inimigo da saúde e já sabemos que é importante controlar o consumo diário.

No entanto, é comum que se pense que todo açúcar é ruim para o corpo. Será? De acordo com especialistas, isso não é totalmente verdade.

Confira o que dizem os profissionais de saúde e nutrição sobre a quantidade recomendada de açúcar por dia e quais são as diferença entre açúcares naturais e processados. Ao Real Simple, eles também explicaram como equilibrar sua ingestão de açúcar.

Quais são as recomendações da ingestão diária de açúcar Independentemente da forma de medir, existem diretrizes sobre a quantidade diária recomendada de açúcar adicionado ou natural a ser consumido. Seja em gramas, colheres de chá ou calorias, você precisa ter uma ideia do que é considerado ideal ingerir diariamente.

Açúcar adicionado: As Diretrizes Dietéticas para Americanos 2020-2025 recomendam que os açúcares adicionados não representem mais de 10% das calorias diárias. A American Heart Association sugere um consumo ainda menor, variando de 100 a 150 calorias diárias, dependendo do sexo designado ao nascer.

Açúcar natural: Não há um limite específico para a ingestão diária de açúcares naturais presentes em frutas, vegetais e leite, pois a OMS não considera esses açúcares em suas diretrizes, devido à ausência de efeitos prejudiciais associados ao seu consumo. No entanto, os açúcares naturais são incluídos na contagem de "Açúcar Total" nos rótulos dos alimentos.

Açúcar natural x açúcar adicionado: "Quando você come os açúcares naturais, seu corpo precisa fazer a extração e o refinamento. Você precisa 'trabalhar' para obter o açúcar, o que, de certa forma, neutraliza o excesso de energia que ele traz", explica o cardiologista Alejandro Junger.

Com os açúcares processados adicionados, o processo é diferente. "Se a extração já foi feita em uma fábrica, você recebe a recompensa sem o esforço, e isso leva o seu metabolismo a um desequilíbrio prejudicial à saúde", acrescenta o médico funcional. Então, qual é a diferença entre o açúcar natural e o açúcar adicionado?

Como os açúcares processados afetam nossa saúde Com o tempo, o excesso do consumo de açúcar pode causar inflamação e deixar o corpo lento, causando desequilíbrios de peso, afetando o humor e levando a condições perigosas, como o diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

"É como ar para o fogo da inflamação, que começa se manifestando como resistência à insulina, depois endurecimento das artérias, seguido por um efeito de bola de neve que termina em uma avalanche", diz o Dr. Junger.

Os açúcares naturais são saudáveis? O açúcar natural pode ser encontrado em frutas, vegetais e muitos produtos lácteos. Esse termo se refere ao açúcar encontrado naturalmente no alimento, não é adicionado a ele. "Os açúcares são importantes para a vida e o reparo celular", explica o cardiologista.

No entanto, embora seja fundamental controlar a ingestão de açúcar, uma dieta sem açúcar não é uma escolha sustentável para a maioria das pessoas, nem saudável, como explica Holly Lorusso, instrutora de diabetes no Yale New Haven Hospital.

"Nosso corpo precisa de algum tipo de carboidrato. Quando não estamos ingerindo esses alimentos, nos sentimos preguiçosos e cansados", afirma ela, ressaltando que todos os carboidratos são decompostos em nosso corpo como açúcar.

Isso inclui amidos (grãos, legumes e batatas), vegetais, frutas e laticínios: "Muitos desses alimentos contêm açúcar natural, mas são benéficos com todos os outros nutrientes que contêm."

Como equilibrar sua ingestão de açúcar natural Uma dieta equilibrada é importante. Quando se trata de açúcar, em geral, não deve ser consumido em excesso. "Procure consumir de 40 a 50% do total de calorias provenientes de carboidratos", diz Lorusso.

Mas isso também depende muito do seu estilo de vida, como aponta Junger: "Se você estiver correndo uma maratona ou trabalhando duro fisicamente, talvez precise de mais carboidratos do que se estiver apenas descansando na praia."

"Se estiver grávida ou lutando contra a gripe, suas necessidades de açúcar podem ser dez vezes maiores do que em outras ocasiões", acrescenta.

Os especialistas alertam que é melhor comer uma banana com 14 gramas de açúcar (natural) do que um lanche processado com baixo teor de açúcar. Essas escolhas ajudarão a reduzir seu consumo de açúcar.

Tudo gostoso

Um novo estudo internacional acende um sinal de alerta sobre o consumo diário de bebidas adoçadas – como refrigerantes e sucos industrializados – e o risco elevado de desenvolver câncer de fígado.

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Segundo a pesquisa publicada na revista Journal of the American Medical Association (JAMA), mulheres que ingerem uma ou mais porções dessas bebidas por dia têm 85% mais chances de desenvolver a doença em comparação com aquelas que consomem menos de três latas por mês.

Além disso, a taxa de mortalidade por doenças hepáticas crônicas também apresentou aumento expressivo – 68% maior entre as consumidoras frequentes dessas bebidas.

E os refrigerantes diet? Eles também preocupam Se você pensa que a solução está nas versões diet, é melhor repensar. O estudo mostrou que o consumo diário de bebidas adoçadas artificialmente também representa um risco aumentado: 17% mais chance de câncer de fígado em comparação a quem consome com pouca frequência.

Por outro lado, não foi observada uma diferença significativa na taxa de mortalidade por doenças hepáticas entre consumidoras diárias de bebidas dietéticas e aquelas que consomem esporadicamente.

Estudo acompanhou mais de 160 mil mulheres por duas décadas A pesquisa foi conduzida por cientistas do Hospital Brigham da Mulher, em Harvard, e analisou dados de 161.808 mulheres, com idades entre 50 e 79 anos. Destas, cerca de 99 mil participaram da avaliação de bebidas com açúcar, enquanto outras 65 mil foram analisadas quanto ao consumo de versões adoçadas artificialmente.

Durante os 20 anos de acompanhamento, a taxa de incidência de câncer de fígado entre as grandes consumidoras de bebidas adoçadas foi de 18 casos por 100 mil pessoas ao ano.

Conclusões e cuidados recomendados O câncer de fígado é considerado um dos tipos mais letais, com menos de 40% de sobrevida em cinco anos. No Brasil, é o 15º câncer mais comum, com variações regionais e entre sexos.

Embora mais pesquisas sejam necessárias, os dados já servem de alerta para mulheres na pós-menopausa, que compõem o grupo analisado. A recomendação dos especialistas é clara: priorizar água, sucos naturais e bebidas com menos aditivos para reduzir os riscos.

Câncer de fígado: atenção aos sintomas comuns Especialistas alertam para sinais iniciais do câncer de fígado, como fadiga, dor abdominal e perda de peso. A detecção precoce é essencial para o tratamento eficaz. Clique aqui para saber mais.

Catraca Livre

Foto: © iStock/magicmine