Um ataque de pânico é uma súbita e intensa crise de medo, acompanhada por sintomas físicos e emocionais angustiantes. A pessoa pode sentir ansiedade extrema, perda de controle e até medo de morrer, mesmo sem um motivo aparente.

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Os episódios costumam durar poucos minutos, mas podem se repetir várias vezes ao dia ou semanalmente.

Os sinais de um ataque de pânico podem ser físicos e psicológicos:

Físicos: Taquicardia, falta de ar, dor no peito, tremores, suor excessivo, tontura, náusea e formigamento.

Psicológicos: Medo intenso, sensação de irrealidade, dificuldade de concentração e temor de um novo ataque.

Devido à gravidade dos sintomas, muitas pessoas confundem o ataque de pânico com problemas cardíacos, tornando essencial uma avaliação médica.

Quando procurar ajuda? Se os ataques se tornam frequentes ou interferem no dia a dia, buscar apoio profissional é fundamental. Isso é ainda mais importante quando os sintomas surgem pela primeira vez, para descartar outras condições de saúde.

Opções de tratamento

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ajuda a modificar padrões de pensamento negativos.

Terapia de Exposição: Reduz o medo de situações que desencadeiam crises.

Mindfulness e Meditação: Técnicas que promovem o controle emocional.

Medicação: Em alguns casos, ansiolíticos ou antidepressivos podem ser indicados por um médico.

Com o tratamento adequado, é possível reduzir a frequência dos ataques e melhorar a qualidade de vida. Se você ou alguém que conhece enfrenta essa situação, procurar ajuda pode fazer toda a diferença.

Catraca Livre

Foto: © iStock/Chinnapong

Sabemos que a água é fundamental para a nossa sobrevivência, mas será que beber mais do que o habitual realmente é benéfico? Com tantas recomendações sobre a quantidade ideal de água a ser ingerida, um novo estudo revisou 18 ensaios clínicos para tentar entender melhor os efeitos desse hábito.

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A pesquisa, liderada por Benjamin Breyer, da Universidade da Califórnia-San Francisco, contou com a colaboração de pesquisadores de outras instituições renomadas, e foi publicada na JAMA Network Open.

Um dos achados mais interessantes foi o impacto do aumento da ingestão de água na perda de peso e na prevenção de pedras nos rins. Três estudos mostraram que consumir cerca de 500 ml de água antes das refeições ajudou os participantes a perderem até 100% mais peso do que aqueles que mantiveram seus hábitos inalterados.

A explicação está na água sendo uma poderosa aliada da saciedade, reduzindo o apetite e, por consequência, a quantidade de alimentos consumidos. Além disso, dois estudos apontaram que esse aumento da ingestão também diminui a recorrência de pedras nos rins, com uma redução de até 50% nos episódios.

Isso significa que beber mais água pode ser uma forma simples, barata e eficaz de cuidar da saúde renal e ajudar a manter o peso sob controle.

Embora o impacto na saúde renal e no controle de peso seja o mais consistente, alguns estudos também sugerem que a água pode trazer benefícios em outras condições, como enxaquecas, infecções do trato urinário e controle do diabetes.

Por exemplo, mulheres que aumentaram sua ingestão de água em 1.500 ml diários relataram menos infecções urinárias e períodos mais longos sem que os sintomas voltassem. Da mesma forma, um estudo com pacientes diabéticos revelou que o aumento do consumo de água ajudou a reduzir os níveis de glicose no sangue, especialmente entre aqueles com glicemia mais alta.

No entanto, esses efeitos não foram consistentes em todos os estudos, o que indica que mais pesquisas são necessárias para realmente entender como a água pode impactar essas condições.

As descobertas do estudo nos mostram que a água é ainda mais essencial para nossa saúde do que imaginávamos. Porém, como em tudo, o equilíbrio é fundamental, e beber água demais pode ser prejudicial.

Fique atento à cor da urina como um indicador de hidratação e ajuste conforme necessário. Mais pesquisas são necessárias para entender os outros benefícios que água pode trazer para a nossa saúde. Até lá, continue se hidratando!

Mega Curioso

(Fonte: Getty |mages/Reprodução)

A cafeína é conhecida como a culpada pela associação entre o consumo excessivo de café e a maior propensão a problemas como insônia e até mesmo o aumento da pressão arterial. Entretanto, como a bebida não se resume à cafeína e, sim, a uma soma de compostos protetores, a literatura científica coleciona evidências sobre seus benefícios.

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Uma recente revisão, publicada no periódico GeroScience, relaciona a ingestão do café com a redução do risco de males cardiovasculares, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica – distúrbio marcado pelo acúmulo de gordura abdominal, hipertensão, além de taxas elevadas de glicose e de alterações nos níveis de colesterol. Doenças renais também são destaques no artigo.

Para estabelecer as associações, os pesquisadores se debruçaram em 284 estudos. “O trabalho traz várias evidências de que o cafezinho faz bem para a saúde, mas, ainda assim, vale frisar que mais pesquisas são necessárias”, avalia o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital Israelita Albert Einstein.

O especialista chama a atenção para as diferentes versões de grãos e as distinções na forma de preparo e mesmo para a quantidade e maneira como a bebida é ingerida. “Os indícios referem-se ao consumo moderado”, comenta o nutrólogo. Algumas diretrizes médicas sugerem entre três e quatro xícaras diárias para um adulto saudável.

Recomenda-se ainda não ultrapassar a marca de 400 mg de cafeína por dia. Em média, uma xícara (150 ml) de café coado contém 100 mg da substância. Já o tipo expresso tende a apresentar 150 mg da substância estimulante em 75 ml, que é a quantidade que se costuma beber por xícara nessa versão.

As melhores dicas direto no seu WhatsApp! Participe do canal da Catraca Livre. 🌟 Exageros, especialmente, no período da tarde, podem atrapalhar o sono. Isso porque a cafeína interfere com neurotransmissores – mensageiros químicos responsáveis pela comunicação entre os neurônios – envolvidos com o aumento da disposição e redução da sensação de fadiga.

Fórmula protetora Além dessa função estimulante, há indícios de que a cafeína oferece proteção cardiovascular. A substância faz parte da família das xantinas e apresenta ação antioxidante e anti-inflamatória, feitos que ajudam a resguardar o endotélio – tapete celular que recobre os vasos.

Mas outros componentes da bebida são mencionados no novo estudo pelos mesmos benefícios. É o caso dos polifenóis, com destaque para o ácido clorogênico, que combate o estresse oxidativo e blinda as artérias.

Demais componentes do grupo, como enterodiol e enterolactona, também são citados no trabalho, mas pelo potencial na modulação dos níveis de glicose no sangue. O que ajuda a explicar o elo com a redução do risco de diabetes tipo 2.

O café oferta ainda sais minerais, caso do potássio e do magnésio, além da niacina, uma vitamina do complexo B. Esse trio de micronutrientes se mostra aliado da saúde cardiovascular.

Formas de consumo Toda essa riqueza costuma se manter nas diferentes maneiras de preparo, mas o tipo expresso – que é obtido a partir de alta pressão por meio de uma máquina específica – tende a concentrar mais dos compostos.

Já o coado, em filtro de papel ou coador de pano, tem uma vantagem. É que, nesse tipo de preparação, a filtragem retém moléculas gordurosas presentes nos grãos, caso do cafestol, que podem elevar os níveis de colesterol.

A maneira de adoçar pode comprometer as benesses da bebida. Para alguns apreciadores, que conhecem todas as sutilezas de sabor, o certo é tomar o café puro. Para quem não tem o paladar treinado, o açúcar pode ser um parceiro, desde que com moderação.

“Pacientes com diabetes devem redobrar a atenção”, ressalta o médico. O ideal é seguir as orientações do profissional de saúde que faz o acompanhamento. Cukier lembra ainda que cada grama de açúcar oferece quatro calorias, daí que extrapolar nas colheradas acaba contribuindo para o ganho de peso. “Os adoçantes artificiais podem ser utilizados, eventualmente, mas sem exagero”, sugere o médico.

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O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) afeta muitos jovens, resultando em sintomas como hiperatividade, impulsividade e dificuldade de concentração.

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No entanto, um estudo conduzido na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, revelou um tratamento simples e acessível que pode ajudar a aliviar esses sintomas: a massagem tátil.

Como a massagem tátil ajuda no TDAH? O estudo envolveu 14 jovens com idades entre 15 e 17 anos diagnosticados com TDAH. Durante 10 semanas, esses jovens receberam uma sessão semanal de massagem tátil, realizada por massoterapeutas certificados.

A massagem, que foi aplicada com movimentos lentos e pré-determinados, teve como objetivo aliviar os sintomas do transtorno e melhorar o bem-estar dos participantes.

Os resultados mostraram que, após o tratamento, houve uma redução significativa nos sintomas de hiperatividade, impulsividade e déficit de atenção.

Além disso, a massagem também ajudou a diminuir a irritação e comportamentos desafiadores. Surpreendentemente, os efeitos positivos permaneceram por um tempo, com alguns benefícios visíveis até três meses após o término do tratamento.

Outros benefícios da massagem Outro benefício observado foi a melhoria na qualidade do sono dos jovens. Muitos participantes relataram que ficaram mais tranquilos e conseguiram adormecer com mais facilidade após as sessões de massagem.

Isso é especialmente relevante, pois problemas de sono são duas vezes mais comuns entre jovens com TDAH em comparação com seus pares.

O que dizem os especialistas? A principal autora do estudo, Anna-Carin Robertz, doutoranda da Sahlgrenska Academy, destacou que a massagem tátil é uma opção de tratamento segura e eficaz.

Embora o estudo tenha sido realizado com um número pequeno de participantes, os resultados são promissores e podem abrir caminho para alternativas de baixo custo, que também podem reduzir a dependência de medicamentos.

“A massagem tátil parece ser um tratamento seguro e eficaz para adolescentes com TDAH. Nosso estudo é pequeno, mas contribui para uma base científica sobre as prioridades de saúde. Talvez haja uma oportunidade de criar uma forma mais simples de tratamento, para que seja mais eficiente em termos de recursos para o sistema de saúde oferecê-lo”, disse Robertz em comunicado.

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