Sai, zica! Este foi o sentimento do torcedor do Santos na noite desta quarta-feira (16), quando jogando na Vila Belmiro, superou o Atlético-MG por 2 a 0, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, e venceu a primeira na competição nacional após o retorno à elite.

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Entretanto, nem só de alegria viveu o torcedor santista. Ainda na primeira etapa, Neymar voltou a sentir uma lesão na coxa esquerda, e foi substituído. Com contrato somente até junho, o camisa 10 novamente deve parar por um bom tempo. Passará por exames de imagem nesta quinta-feira.

Na primeira lesão, foram 42 dias distante dos gramados. Domingo o time visita o São Paulo no MorumBis sem sua principal contratação. Até o fim do mês, ainda são compromissos com o Red Bull Bragantino e com o CRB na estreia da Copa do Brasil.

Com o resultado, o Santos foi a quatro pontos e saltou para a 12ª colocação da tabela de classificação, deixando a zona de rebaixamento, lugar onde os mineiros seguem amargando, na cice-lanterna, com dois.

O JOGO Neymar era a arma santista na Vila Belmiro. Pela primeira vez na carreira no banco de reservas na função de treinador, César Sampaio mexeu na escalação do Santos. O substituto de Pedro Caixinha, demitido, voltou com o garoto Bontempo no meio-campo, escalou o astro Neymar como titular pela primeira vez neste Brasileirão após retorno na etapa final diante do Fluminense e deu nova oportunidade a Barreal.

Em Neymar estava a grande esperança para o Santos desencantar neste retorno à elite nacional. Mesmo ainda não estando 100% fisicamente após mais de um mês tratando uma lesão muscular na coxa esquerda que o tirou até da seleção brasileira – jogou com uma proteção no local. Não por acaso, os primeiros lances do camisa 100 (alusão ao número de partidas na Vila Belmiro) foram um tanto desastrados e sem tanta mobilidade.

O brilho ficou para a defesa do time paulista. Após um início de muito equilíbrio, o Peixe conseguiu abrir o marcador aos 23 minutos, quando em cobrança de escanteio, a bola sobrou para Zé Ivaldo mandar uma bomba no ângulo de Everson.

Apenas três minutos depois, Bontempo recebeu de Tiquinho Soares na direita, avançou até a área e tocou na medida para Barreal, no meio da área, apenas escorar para o gol e ampliar a vantagem. Entretanto, a alegria não durou muito na Vila Belmiro.

Futebol interior

Foto: Raul Baretta / Santos FC

Com um futebol impositivo desde o início, o Flamengo passou fácil pelo Juventude ao golear, por 6 a 0, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O espetáculo foi como a torcida gosta, com virada de três e final de seis.

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Além de mostrar um futebol agressivo, a maior goleada da competição deixou o time carioca na liderança, com os mesmos 10 pontos do Palmeiras, porém, com maior saldo de gols: 9 a 4. O time gaúcho segue com seis pontos, em sétimo lugar.

Esta foi a primeira vitória flamenguista como mandante, porque na estreia tinha empatado por 1 a 1 com o Internacional. A última participação em casa tinha sido ruim, com a inesperada derrota por 2 a 1 para o Central Córdoba-ARG, pela Libertadores.

A torcida, mais uma vez, festejou nas arquibancadas, com muitos gritos, aplausos e cantorias. Mas também protestou pelo alto valor dos ingressos. Para o ‘sócio torcedor’ o preço varia de R$ 80 a R$ 200, mas para o torcedor comum o valor ficou mais alto, de R$ 100 a R$ 500. Entre várias faixas vistas nas mãos dos torcedores, uma delas dizia: ‘Ingresso Caro, Arquibancada Vazia’.

MUDANÇAS PONTUAIS

Como tinha previsto algumas mudanças pontuais para preservar o elenco, o técnico Filipe Luís realmente trocou algumas peças. Na defesa, Danilo entrou ao lado de Léo Pereira, além de formar o ataque com os velozes Plata e Michael.

Em campo, o Flamengo foi um verdadeiro rolo compressor. Aos seis minutos, Arrascaeta quase abriu o placar com um chute diagonal e que passou perto da trave esquerda. De seus pés nasceu o primeiro gol, aos 12 minutos. Do lado direito, o uruguaio cobrou falta no meio da pequena área, onde Erick Pulgar saltou entre dois zagueiros e desviou de cabeça. A bola entrou no ângulo.

Mantendo a pressão, o segundo gol saiu aos 17 minutos, numa triangulação pelo lado esquerdo. Michael deixou a bola com Gerson que acionou Plata em velocidade. O atacante ganhou a corrida com um adversário e deu um leve toque por cima do goleiro Gustavo.

PROTESTO E VIBRAÇÃO

Ao mesmo tempo em que protestava, a torcida empurrava o time, que não diminuía a intensidade. O terceiro gol saiu aos 21 minutos, em outra falta batida por Arrascaeta pelo lado direito. Desta vez, quem apareceu para cabecear foi o zagueiro Danilo, que marcou seu primeiro gol com o ‘manto rubro-negro’, como postou em suas redes sociais.

Michael ainda perdeu chance incrível aos 29, quando Alex Sandro cruzou da esquerda e o ‘baixinho’ apareceu livre na pequena área, porém, tocou de canela e a bola saiu. Os times foram para os vestiários com o placar de jogo decidido.

JUVENTUDE MUDA NO INTERVALO

No início do segundo tempo, o técnico Fábio Matias apareceu com três alterações, com as entradas de Gilberto, Ênio e Marcos Paulo nas vagas, respectivamente, de Matheus Babi, Batalla e Adriano Martins. Do lado do Flamengo, Alex Sandro, sentindo dores musculares, já tinha saído no primeiro tempo para a entrada de Ayrton Lucas.

O cenário foi mantido, com domínio completo dos flamenguistas. O quarto gol saiu aos 10 minutos, quando Michael enfileirou três adversários e fez o passe para Arrascaeta, na frente da área. O meia ajeitou de esquerda e já bateu com a perna direita, de primeira, surpreendendo o goleiro.

Sentindo a vitória nas mãos, Filipe Luís passou a poupar seus jogadores. Pedro entrou no lugar de Arrascaeta, Everton Cebolinha na vaga de Michael e Luiz Araújo no lugar de Erick Pulgar. O Flamengo não desacelerou, inclusive, marcando a saída de bola gaúcha.

PEDRO EM DOSE DUPLA

A expectativa da torcida era pela atuação de Pedro, que não decepcionou ao fazer o que mais sabe: gol. Wesley fez o cruzamento, pela direita, o zagueiro subiu errado e Pedro teve que se abaixar para tocar de cabeça: 5 a 0, aos 25 minutos.

E o artilheiro, que ficou sete meses fora de campo para se recuperar de uma cirurgia no joelho, provou estar com ritmo e disposição. Aos 32 minutos ele entrou na área driblando e foi derrubado por Felipinho: pênalti. Na cobrança, o goleiro Gustavo fez a defesa, mas no rebote, Pedro se esticou e tocou na bola com o bico da chuteira: 6 a 0.

CLÁSSICO NO SÁBADO

Pela quinta rodada, o Flamengo vai fazer o clássico com o Vasco, sábado, às 18h30, no Maracanã. O Juventude vai tentar sua terceira vitória como mandante diante do Mirassol, domingo, a partir das 11 horas.

Futebol interior

Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira, o São Paulo visita o Botafogo, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, às 18h30 (de Brasília), no Nilton Santos. A última vitória do Tricolor sobre o Alvinegro carioca foi em dezembro de 2020.

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Na ocasião, o São Paulo recebeu o Botafogo no dia 9 de dezembro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2020. O Tricolor goleou por 4 a 0, com gols de Brenner (dois), Reinaldo, de pênalti, e Hernanes.

Desde então, foram nove duelos entre as duas equipes, com cinco vitórias do Botafogo e quatro empates. Somente em 2024, os clubes se enfrentaram em quatro oportunidades, com três empates e uma vitória do Glorioso, que ainda eliminou o Tricolor nas quartas de final da Copa Libertadores.

A última partida entre São Paulo e Botafogo aconteceu no dia 8 de dezembro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2024. Jefferson Savarino e Gregore marcaram para a equipe carioca. Enquanto William Gomes descontou para o Tricolor. A vitória garantiu o título da competição para o Glorioso.

Nesta quarta-feira, o São Paulo busca sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro. A equipe do técnico Luis Zubeldía vem de empate diante do Cruzeiro em 1 a 1, no último domingo, e ocupa a 15ª posição, com três pontos conquistados.

Por outro lado, o Botafogo, que perdeu para o Red Bull Bragantino por 1 a 0, no último sábado, busca se recuperar na competição. O clube carioca é o 10º colocado, com quatro pontos somados. Retrospecto entre São Paulo e Botafogo nos últimos nove confrontos

22/02/2021: Botafogo 1 x 0 São Paulo (Campeonato Brasileiro)

16/06/2022: Botafogo 1 x 0 São Paulo (Campeonato Brasileiro)

09/10/2022: São Paulo 0 x 1 Botafogo (Campeonato Brasileiro)

15/04/2023: Botafogo 2 x 1 São Paulo (Campeonato Brasileiro)

19/08/2023: São Paulo 0 x 0 Botafogo (Campeonato Brasileiro)

24/07/2024: São Paulo 2 x 2 Botafogo (Campeonato Brasileiro)

18/09/2024: Botafogo 0 x 0 São Paulo (Copa Libertadores)

25/09/2024: São Paulo 1 (4) x (5) 1 Botafogo (Copa Libertadores)

08/12/2024: Botafogo 2 x 1 São Paulo (Campeonato Brasileiro)

Gazeta esportiva

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

O Vasco foi a Fortaleza nesta terça-feira empolgado pelas duas vitórias em sequência na temporada (contra Puerto Cabello e Sport) e com chances de dormir na liderança do Brasileirão. Mas a euforia deu lugar a motivos para se preocupar depois da derrota por 2 a 1 para o Ceará, a segunda da equipe de Fábio Carille no campeonato.

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No Castelão, a defesa do Vasco teve uma noite infeliz e foi determinante para a derrota. No primeiro gol, João Victor recuou errado de cabeça, e Lucas Freitas demorou demais para reagir e acompanhar Pedro Raul. No segundo, Guilherme e Pedro Raul apareceram completamente sozinhos dentro da área para ampliar a vantagem.

Mas o problema não foi apenas a fraca atuação defensiva. O time de Carille voltou a apresentar enorme dificuldade para acelerar as jogadas, como o próprio treinador reconheceu na coletiva depois da partida. Sem Philippe Coutinho, que foi poupado por controle de carga e nem sequer viajou para Fortaleza, a equipe criou muito pouco, em especial nos primeiros 60 minutos do jogo.

A caminho do fim da sua passagem pelo Vasco, Payet mais uma vez decepcionou como substituto do Coutinho e não foi o homem da criação do qual o time precisava. O francês resumiu sua atuação a uma finalização perigosa com sete minutos de partida e só. Outro que repetiu postura apagada foi Benjamín Garré, que visivelmente só tem sido titular na ponta direita do Vasco porque Adson ainda não tem condições de começar jogando.

Diante da necessidade de diminuir o prejuízo no placar, a exemplo do que já havia acontecido na rodada passada, o Vasco melhorou no segundo tempo com as entradas de Adson, Jair e Rayan. O jovem atacante foi o melhor em campo, mesmo tendo atuado por apenas 45 minutos. Foi dele a assistência para mais um gol de Pablo Vegetti. Que bom que o capitão vascaíno, artilheiro do campeonato com quatro gols, está sempre ali para marcar, mas o jogo do Vasco não pode depender apenas disso.

Quem tem um elenco top-8 no país, como definiu o presidente Pedrinho antes do início do Brasileiro, não pode apostar as fichas em Alex Teixeira e Jean David para evitar uma derrota fora de casa. O chileno entrou aos 48 minutos do segundo tempo e provocou a revolta da torcida com dois ou três toques na bola - em um deles, foi desarmado no ataque e quase deu um gol para o Ceará.

Como foi o jogo Carille precisou driblar desfalques importantes para escalar o Vasco nesta terça-feira. Além de Maurício Lemos, que se recupera de uma fratura na costela e já não havia atuado contra o Sport, o técnico não teve à disposição Coutinho (poupado) e Tchê Tchê (que não viajou por um problema familiar). Lucas Freitas, Payet e Paulinho ganharam as respectivas vagas.

A finalização de Payet aos sete minutos foi a única chance do Vasco no primeiro tempo inteiro. Arrastado em campo, sem opções para sair com a bola e sofrendo com a marcação do Ceará, a equipe não conseguia levar perigo ao gol defendido por Bruno Ferreira. Paulinho ainda está longe de ser o jogador que era antes da lesão no joelho, e Payet não é capaz de entregar o que Coutinho vem entregando nos últimos jogos. O meio de campo virou um vazio de ideias.

Como se não bastasse, a partir dos 15 minutos Pedro Raul passou a levar a melhor sobre a defesa vascaína em praticamente todas as bolas levantadas na área. João Victor e Lucas Freitas tiveram dificuldades em encaixar a marcação no ex-atacante vascaíno, que abriu o placar aos 29 porque os zagueiros cochilaram no mesmo lance.

Descontente com a postura da equipe, como deixou claro na coletiva depois da partida, Carille colocou Jair, Adson e Rayan em campo no intervalo. E repetiu as substituições que havia feito contra o Sport, com Adson caindo pela direita e Rayan, pela esquerda.

O Vasco melhorou a ponto de acertar suas únicas quatro finalizações na direção do gol: dois chutes de Rayan e um de Jair de fora da área, e o gol de cabeça de Vegetti já nos acréscimos. O time de Carille passou a dominar as ações a partir dos 20 minutos aproximadamente, mas um novo lance de desatenção da defesa interrompeu o ensaio de reação: Pedro Raul marcou o segundo para o Ceará.

A equipe conseguiu o gol tarde demais, apenas aos 47 minutos. Diante do histórico recente do adversário, que mostrou dificuldade para segurar placares neste início de campeonato, o Vasco até se animou, mas tropeçou nas próprias pernas e não foi capaz de pressionar o Ceará. Com seis pontos e uma sequência de quatro jogos longe de São Januário, dois deles contra Flamengo e Palmeiras, o time precisa apresentar uma melhora a curto prazo se quiser voltar a pontuar.

GE

Foto: Baggio Rodrigues/AGIF