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Um estudo publicado na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, revelou que mulheres que convivem com estresse crônico têm uma maior facilidade de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Segundo a pesquisa, mesmo níveis moderados de estresse já aumentam em 78% o risco de derrame em mulheres.

Os pesquisadores analisaram 426 pessoas entre 18 e 49 anos que tiveram um AVC isquêmico sem causa aparente e compararam os dados com um grupo controle, formado por outras 426 pessoas sem histórico da doença. Os participantes responderam questionários sobre seus níveis de estresse no último mês e, os que já tiveram um AVC, 46% relataram estresse moderado ou alto.

O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, explica como o estresse pode impactar a saúde. “Quando estamos sob pressão, nosso corpo libera substâncias como as catecolaminas, que aumentam a pressão arterial, esse é um fator de risco importante para o AVC”, destaca.

“O AVC isquêmico ocorre quando uma artéria fica obstruída, impedindo a passagem de oxigênio para as células do cérebro, que acabam morrendo. Esse tipo de derrame é o mais comum, representando 85% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde”, explica o Dr Victor Hugo.

Além do estresse, o especialista destaca que outros fatores podem aumentar o risco de AVC em mulheres, como uso de anticoncepcionais hormonais, enxaqueca com aura, hipertensão, tabagismo e gestação sem acompanhamento adequado. “As oscilações hormonais na mulher, especialmente durante a gravidez e a menopausa, podem impactar a saúde vascular, aumentando a vulnerabilidade ao AVC”, alerta.

Como reduzir o estresse e prevenir o AVC? Algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar a controlar o estresse e diminuir os riscos de um AVC.

Movimente-se mais: atividades físicas liberam endorfinas e ajudam a aliviar a tensão; Relaxe: técnicas como meditação, respiração profunda e ioga são eficazes para manter o equilíbrio emocional; Cuide da alimentação: incluir frutas, vegetais e alimentos ricos em ômega-3 melhora a saúde vascular; Evite sobrecarga: organizar melhor a rotina pode ajudar a reduzir o estresse diário. “Embora o estudo não prove que o estresse seja a causa direta do AVC, os dados mostram a necessidade de atenção à saúde mental, com estratégias mais eficazes de prevenção, especialmente entre as mulheres”, conclui o especialista.

Outras dicas de Saúde na Catraca Livre Uma pesquisa recente revelou que a prática de atividades físicas traz benefícios para a saúde do coração, independentemente do dia da semana em que são realizadas. Entenda por que praticar exercícios apenas aos finais de semana também é benéfico para o corpo.

Catraca Livre

Um dos maiores riscos para a nossa saúde, principalmente à medida que envelhecemos, é o aparecimento de doenças cardiovasculares. Monitorar o desenvolvimento desses problemas nem sempre é fácil, mas uma das maneiras de se fazer isso é medindo e acompanhando a pressão arterial.

A pressão arterial nada mais é que o nível de pressão com que o seu sangue circula através dos vasos sanguíneos. Ela é utilizada para avaliar o estado de saúde do sistema cardiovascular e a pressão alta (hipertensão) está associada a falhas desse sistema. Em termos práticos, o aumento da pressão se deve à contração dos vasos por algum motivo, fazendo com que o sangue tenha menos espaço para circular.

Por isso, é importante acompanhar e estar atento à pressão arterial, pois essa medida é o que permite que os profissionais da saúde observem e intervenham preventivamente para evitar doenças que ameacem a vida — uma vez que a hipertensão está entre as principais causas de morte, principalmente entre os idosos.

Antigamente, a pressão arterial era comumente medida com esfigmomanômetros de mercúrio, que hoje já são substituídos pelos aparelhos medidores de pressão eletrônicos, de encaixar no pulso. Por isso que a unidade de medida utilizada para aferir a pressão arterial chama-se milímetros de mercúrio (mmHg).

Vale ressaltar também que a medição da pressão arterial é dupla (x por x). De um lado, mede-se a pressão máxima atingida quando o coração bombeia sangue, chamada de pressão sistólica. Do outro, está a pressão mínima de nossas artérias quando o coração recebe sangue, intitulada pressão diastólica.

Qual é o valor normal da pressão arterial? Levando em consideração a diversidade de pessoas, não existe uma resposta exata para essa questão, pois pode haver variações no que é considerado uma pressão normal. No entanto, é comum que uma pressão arterial saudável esteja abaixo de 120 e 80 mmHg (12 por 8) de pressão sistólica e diastólica, respectivamente.

Uma pressão acima de 120 mmHg e abaixo de 130 já é considerada alta, pois a hipertensão começa a ser diagnosticada entre 130 e 140 mmHg. Enquanto isso, a pressão arterial baixa, chamada hipotensão, apesar de causar sintomas mais leves, como tontura e desmaio, também traz riscos à saúde. O normal é que a pressão não fique abaixo de 90 e 60 mmHg.

Como controlar a pressão arterial Em artigo publicado no MinhaVida, o cardiologista Pedro Mekhitarian explica quais são as causas da hipertensão. “Normalmente, é causada quando há uma resistência e endurecimento maior dos vasos sanguíneos para a passagem do sangue, o que demanda uma força maior do coração para o bombeamento do sangue. Isso pode ser um processo natural do corpo, mas é aumentado com alguns dos fatores de risco”, diz.

Não só relacionado a problemas pulmonares, o uso do tabaco é um desses elementos que pode prejudicar a saúde cardiovascular. Para evitar que isso aconteça, é recomendado não fumar. O álcool é outro fator de risco que, quando consumido em excesso, pode levar à hipertensão. Além disso, o diagnóstico de diabetes e o excesso de peso também estão associados à doença.

Assim, para manter a saúde em dia, uma das recomendações é controlar a pressão arterial e sempre estar atento a ela. Sabemos que cada organismo age de uma maneira, porém, existem algumas mudanças no estilo de vida que podem ajudar na prevenção tanto da hipertensão como da hipotensão.

Praticar exercícios físicos regularmente é uma alternativa para evitar o sedentarismo e passar longe da hipertensão. Você pode começar com atividades simples, como a caminhada. Outra orientação é seguir uma dieta saudável, aumentando o consumo de frutas e vegetais e reduzindo a ingestão de alimentos ultraprocessados ou que possuem grandes quantidades de sódio.

Em entrevista ao MinhaVida, a nutricionista Catia Medeiros explica que, embora não tenha cura, a hipertensão pode ser controlada através do consumo de alguns alimentos ricos em potássio. “[O nutriente] está presente no inhame, feijão preto, abóbora, cenoura, espinafre, maracujá, laranja, banana e em diversos outros alimentos”, afirma. Então, capriche no prato e movimente-se para garantir uma qualidade de vida melhor!

Minha vida

A estimativa é que até 2050, os diagnósticos de demência vão triplicar no mundo. Esse cenário pode parecer assustador, porém, cientistas apontam que é possível prevenir essa condição.

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Uma série de hábitos saudáveis ao longo da vida podem proteger o cérebro e reduzir as chances de desenvolver a doença.

Quais são os momentos-chave para prevenção? Segundo pesquisadores, algumas fases da vida são especialmente essenciais para adotar hábitos que previnem o desenvolvimento de demência, como a infância, a adolescência e a fase adulta.

É nessas etapas que adotar comportamentos saudáveis é mais crucial. A seguir, entenda quais são esses comportamentos.

1) Estudar e estimular a atividade cognitiva é essencial A manutenção de atividades cognitivas a partir dos 45 anos e a continuação da educação até o final da adolescência são fundamentais para garantir um melhor funcionamento cerebral na velhice.

2) Controle da pressão arterial Estudos indicam que a hipertensão está ligada a um maior risco de desenvolvimento de demência na terceira idade. Por isso, é fundamental manter a pressão arterial sob controle.

3) Prevenir lesões cerebrais Evitar lesões cerebrais é um dos passos para prevenir a demência. O uso de capacete em determinadas atividades esportivas, por exemplo, é uma medida eficaz de proteção.

4) Cuidados com a audição Acredita-se que há um aumento no risco de demência para cada 10 decibéis de comprometimento auditivo. Portanto, é essencial proteger a audição, evitando ambientes muito barulhentos e controlando o volume do fone de ouvido.

5) Evitar o diabetes Ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios regulares e manter um peso adequado são algumas das principais formas de evitar o diabetes, condição que está entre os fatores de risco para a demência.

6) Prática de exercícios físicos Os exercícios físicos são benéficos para a saúde do cérebro. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica por semana.

Lembrando que essas são apenas algumas das principais ações para proteger o cérebro da demência. Outras atitudes podem incluir parar de fumar, ter uma vida social e evitar o consumo exagerado de álcool.

O importante é manter um estilo de vida saudável para garantir um futuro saudável e com qualidade.

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Foto: © mr.suphachai praserdumrongchai/istock

Uma pesquisa inovadora, publicada na revista científica Cells, apresenta um novo método para combater o câncer, incluindo casos metastáticos e terminais. A técnica, baseada em engenharia genética, modifica as células tumorais para que o sistema imunológico consiga identificá-las e eliminá-las com mais eficiência. Os testes mostraram resultados positivos tanto em experimentos com animais quanto em pacientes humanos.

Uma estratégia inspirada em xenotransplantes O ponto de partida para essa abordagem veio de estudos sobre xenotransplantes, que envolvem a utilização de órgãos de porcos em humanos. Uma das principais dificuldades desses procedimentos é a forte resposta imunológica do organismo contra os tecidos transplantados, que são rapidamente atacados e rejeitados pelo corpo.

A partir dessa observação, os cientistas desenvolveram um vírus modificado capaz de induzir as células cancerígenas a produzir açúcares específicos encontrados em células de porcos. Esse processo faz com que o sistema imunológico reconheça os tumores como corpos estranhos e os ataque com mais intensidade.

Superando o desafio do reconhecimento imunológico Uma das principais dificuldades no tratamento do câncer é que as células tumorais se originam do próprio organismo, dificultando sua identificação pelo sistema imunológico. Com a modificação genética proposta nesse estudo, essa barreira é superada, pois as células cancerosas passam a apresentar características que as diferenciam das saudáveis. Assim, o corpo passa a reagir de forma mais agressiva contra elas, aumentando as chances de eliminação do tumor.

Resultados promissores em macacos e humanos Os primeiros testes foram realizados em macacos Fascicularis, uma espécie cuja fisiologia é bastante semelhante à humana. Os animais foram induzidos ao câncer de fígado e divididos em dois grupos: um recebeu o vírus modificado, enquanto o outro recebeu um placebo. O grupo controle sobreviveu, em média, por quatro meses, enquanto todos os macacos tratados com a nova terapia viveram por mais de seis meses.

🔑 Quer acesso exclusivo a conteúdos relevantes? Entre no canal da Catraca Livre no WhatsApp! 💬 Na fase de testes clínicos com humanos, 23 pacientes com câncer avançado e resistente a tratamentos convencionais participaram do estudo. Entre os tipos de câncer incluídos estavam fígado, pulmão, mama e ovário. Após três anos de acompanhamento, os resultados foram animadores:

1 paciente teve remissão completa; 8 apresentaram redução significativa dos tumores; 12 mantiveram a doença estável, sem progressão; Apenas 2 não responderam ao tratamento. Próximos desafios e perspectivas Apesar dos avanços significativos, os pesquisadores alertam que a técnica ainda precisa ser aperfeiçoada antes de sua aplicação em larga escala. Um dos principais desafios é evitar reações imunológicas excessivas, que poderiam levar o organismo a atacar tecidos saudáveis.

O virologista Masmudur Rahman, da Universidade do Arizona, destacou a importância de mais estudos: “Os resultados são encorajadores, mas precisamos compreender melhor quais pacientes se beneficiarão mais dessa abordagem e garantir sua segurança a longo prazo”.

A equipe liderada por Yongxiang Zhao já planeja avançar para as fases 2 e 3 dos testes clínicos, envolvendo um número maior de pacientes. O objetivo é confirmar a eficácia e segurança do tratamento em diferentes tipos de câncer, abrindo novas possibilidades para o combate à doença.

Cânceres silenciosos: a importância do diagnóstico precoce Alguns tipos de câncer, como de ovário, fígado, pâncreas e rim, podem se desenvolver de forma silenciosa, alerta a Catraca Livre. Sintomas inespecíficos dificultam a detecção precoce, o que reforça a necessidade de exames regulares e atenção a sinais como perda de peso, cansaço extremo e alterações digestivas. O diagnóstico precoce é importante para aumentar as chances de tratamento.

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