O público de 25 anos de idade – homens e mulheres - começa a ser vacinado em Barão de Grajaú-MA contra o novo coronavírus.
A Saúde baronense está com o processo de vacinação avançado e para a vacinação de hoje uma grande fila está formada.
O Carlos Iran, do Piauí Notícias, está acompanhando a vacinação que envolve vários profissionais em saúde. As doses são da Pfizer e Coronavac e a cidade baronense recebeu nessa última etapa, mais de 1.800 doses.
A Saúde Pública da Inglaterra disse nesta sexta-feira (6) que indícios iniciais levam a crer que os níveis de coronavírus encontrados em pessoas infectadas com a variante Delta são semelhantes quer tenham sido vacinadas ou não, o que pode ter implicações em sua transmissibilidade.
"Algumas descobertas iniciais... indicam que os níveis do vírus naqueles que se tornam infectados com a Delta já tendo sido vacinados podem ser semelhantes aos níveis encontrados em pessoas não-vacinadas", informou a Saúde Pública da Inglaterra em um comunicado.
"Isto pode ter implicações na transmissibilidade das pessoas, quer tenham sido vacinadas ou não. Entretanto, esta é uma análise exploratória inicial, e novos estudos direcionados são necessários para confirmar se é este o caso."
O aumento do número de internações por covid-19 de idosos acima dos 80 anos em São Paulo e no Rio de Janeiro, observado por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), expôs uma preocupação que existe entre cientistas desde o começo da vacinação: por quanto tempo a imunização contra a covid-19 permanece após o esquema vacinal completo?
Para a infectologista Rosana Ritchman, diretora clínica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, a volta de casos de infectados entre os idosos não é surpreendente.
“Imaginávamos que as novas internações dos idosos começariam a acontecer. Porque essas pessoas receberam o imunizante há mais tempo e sabemos que, com o passar dos meses, a quantidade de proteção vai declinando”, explica a médica.
O infectologista Carlos Fortaleza, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp, pede cautela na análise dos dados levantados pelo Grupo de Métodos Analíticos em Vigilância Epidemiológica da Fiocruz.
“Isso é uma coisa muito sutil para dizer que é uma tendência. Tenho muito cuidado para fazer esse tipo de avaliaçã. É preciso esperar um tempo para ter dados robustos. Existe uma variação normal, uma semana mais, outras, menos. Se toda semana a mais eu falar de aumentou e na semana a menos eu comemorar que melhorou, estarei sempre falando alguma coisa com dados de curto tempo”, afirma Fortaleza.
Os motivos para esta volta podem estar ligados a dois fatores, segundo os especialistas: ação menor de imunizantes entre os idosos e o uso da CoronaVac na faixa etária, que, de acordo com estudos, a eficácia é menor com o passar do tempo e nos mais velhos.
“Alguém de 80 anos responde pior à vacina do que alguém jovem. A duração de proteção em alguém de 80 anos, eu imagino que seja mais curta mesmo. Juntamos ao fato de que muitas pessoas nesta faixa etária tomou a CoronaVac, que sabemos que tem uma proteção inferior ao ser comparada com as outras. Não para doença grave, mas de uma maneira geral. Não é surpreendente que após seis, sete meses as pessoas comecem a adoecer”, diz Rosana.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 5,07 milhões de pessoas acima de 80 anos receberam o imunizante produzido pelo Instituto Butantan; enquanto 3,41 milhões foram vacinadas com a AstraZeneca, fabricada no Brasil pela Fiocruz.
O tema discutido pelo Ministério da Saúde e por especialistas é sobre a necessidade da dose de reforço para os mais velhos e qual imunizante seria o mais indicado para garantir o controle da doença. Fortaleza ressalta que o momento do país não é confortável para usar vacinas revacinando pessoas mais velhas.
“Tem gente estudando isso e temos de esperar. Agora, no Brasil, precisamos de uma força-tarefa para vacinar todo mundo. A proteção contra a covid não é individual e sim coletiva. Se muita gente estiver vacinada, o vírus circula menos e protege todo mundo. Não dá para desviar doses antes de vacinar a população inteira. Pode reduzir os problemas em alguns grupos, mas dificultar o controle da covid como um todo”, observa o infectologista.
Na última quarta-feira (4), a OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu aos países que estão aplicando doses de reforço que parem a vacinação e doe para os países mais pobres que ainda não têm produtos suficientes para aplicar na população.
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou, no dia 28 de julho, que a pasta está financiando um estudo, que será feito pela Universidade de Oxford, sem participação do Instituto Butantan, para definir a estratégia de vacinação no país.
“O ideal seria que tivéssemos vacina para todo mundo, tanto para completar a imunização quanto para dar o reforço em quem precisa. Em termos de saúde pública, creio que Ministério vai querer acabar logo com a vacinação, pelo menos de primeira dose, da população adulta. Em termos individuais, é claro que seria ideal a terceira dose”, afirma Rosana.
A empresa de biotecnologia norte-americana Moderna informou nesta quinta-feira (5) que a proteção contra casos sintomáticos de covid-19 da vacina desenvolvida por ela se mantém em 93%, muito próximo dos 94,1% observados logo após a vacinação.
Com isto, a vacina da Moderna é a que mais mantém a eficácia mais alta no período. A da Pfizer, que apresentou cerca de 95% de proteção contra casos sintomáticos alguns dias após a segunda dose, apresentou uma redução média para 83,4% depois de seis meses.
"Estamos satisfeitos que nossa vacina contra covid-19 esteja mostrando eficácia durável de 93% por seis meses, mas reconhecemos que a variante Delta é uma nova ameaça significativa, portanto, devemos permanecer vigilantes", afirmou o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, em comunicado ao mercado financeiro no balanço de resultados da empresa no segundo trimestre.
As vacinas da Moderna e da Pfizer utilizam tecnologia de RNA mensageiro e são as que, nos estudos até o momento, conferiram as mais altas taxas de proteção contra a covid-19.