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Um estudo realizado na Itália mostrou que uma a cada duas pessoas que contraíram a Covid-19 e foram hospitalizadas, mesmo que com casos leves ou moderados, apresentaram problemas cognitivos ou distúrbios após se recuperarem da doença.

A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (21) pela Academia Europeia de Neurologia (EAN).

O estudo foi liderado pelo diretor da Unidade de Neurologia do Hospital San Raffaele, de Milão, e professor da Universidade Vita-Salute San Raffaele, Massimo Filippi, e contou com a participação de 49 voluntários com diagnóstico positivo para o coronavírus Sars-CoV-2.

"O nosso estudo confirmou problemas cognitivos significativos e psicopatológicos associados à infecção por Covid-19 que persistiram por diversos meses após a remissão da doença", disse Filippi ao apresentar a pesquisa.

Cada voluntário foi submetido a uma extensa avaliação neuropsicológica e a uma ressonância magnética dois meses após a remissão, ou seja, quando a doença está sob controle e não apresenta mais sintomas.

Os pesquisadores mostraram que quase um paciente em cada cinco (18%) apresentou distúrbio de estresse pós-traumático, 16% tiveram distúrbios depressivos, 16% apresentaram problemas de funções executivas, como problemas de planejamento e velocidade de elaboração de informações, 6% tiveram problemas de memória de longo prazo e outros 6% tiveram problemas de natureza visual-espacial. Cada pessoa pode ter mais de um sintoma.

"Uma descoberta inesperada é que as mudanças nas funções executivas por nós analisadas, que podem fazer com que seja difícil se concentrar, planejar, pensar ou lembrar, atingem até 3 pacientes em cada 4 na faixa etária entre 40 e 50 anos.

Falamos de pacientes hospitalizados, mas muitos com casos moderados", acrescentou a pesquisadora e que fez parte do estudo, Elisa Canu.

No entanto, os estudiosos não conseguiram determinar se as alterações neuropsicológicas estão diretamente ligadas à infecção ou são uma consequência indireta dela, assim como falta entender se esses danos serão permanentes. (ANSA).

Ansa

De acordo com dados levantados pelo ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o epidemiologista Wanderson de Oliveira, o imunizante CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, é a vacina que mais protege contra casos graves de Covid-19, prevenindo até 97% das mortes de pessoas infectadas.

Wanderson atualmente é o secretário de Serviços Integrados de Saúde do STF (Supremo Tribunal Federal) e fez o levantamento sobre a eficácia das vacinas por meio do sistema OpenDataSus, do Ministério da Saúde.O estudo levou em consideração o período de duas semanas após a aplicação da segunda dose da vacina e analisou as taxas de eficácia contra casos graves da Astrazeneca (90%), Pfizer (80%), Janssen (85%) e Sputnik V (85%).

A Coronavac também tem 50,4% de eficácia para casos muito leves e 77,96% de eficácia para casos leves que requerem atendimento médico.

VejaSP

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta segunda-feira (21) uma orientação de como notificar um evento adverso de vacina ou de medicamento.

A agência explica que, para notificar, não é preciso ser profissional de saúde. "Qualquer cidadão pode realizar a notificação por meio de um sistema eletrônico específico para essa finalidade: o VigiMed", informou, por meio de nota. A Anvisa ressalta que o sistema é utilizado desde 2018 no lugar do Notivisa. Segundo a agência, o programa é "intuitivo, tem navegação rápida e oferece orientações sobre o preenchimento dos campos obrigatórios". "Além disso, a transmissão das notificações está harmonizada internacionalmente. Em outras palavras: as informações do Brasil podem fazer parte do banco de dados da OMS e ganhar escala global", acrescenta.

Desde a implementação desse sistema, houve um crescimento no número de notificações realizadas diretamente pelos cidadãos, passando de 64,7 por milhão de habitantes, em 2018, para 120,7 por milhão de habitantes, em 2020, de acordo com a Anvisa.

"É importante observar que a qualidade dos dados inseridos no VigiMed é fundamental para subsidiar a análise pelas equipes técnicas especializadas da Anvisa", ressalta.

Para realizar a notificação, é preciso identificar o produto e informar o fabricante e o número do lote. "Não é preciso ter certeza de que o medicamento é a causa da reação. A suspeita já é suficiente. A ideia é manter o monitoramento de modo a garantir que os benefícios do uso de medicamentos e vacinas sejam maiores que os riscos por eles causados", finaliza a agência.

R7

alzaimehDepois de 18 anos sem um novo remédio para a doença de Alzheimer, o FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta medicamentos nos Estados Unidos, aprovou o Aducanumab, que será comercializado com o nome de Aduhelm. Desenvolvido pelo laboratório Biogen, ele interfere no processo de perda cognitiva em casos iniciais da doença.

O Alzheimer é uma doença progressiva, sem cura, que se desenvolve de forma insidiosa, com perda da memória e piora do desempenho das funções do dia-a-dia, conforme descreve o neurologista Gustavo Melo. “A doença de Alzheimer é uma doença que gera uma incapacidade enorme para o indivíduo, familiares e para a sociedade em geral. É uma condição que limita não só o paciente, mas também uma rede de pessoas que estão ligadas ao cuidado dele", afirma.

Ele ressalta que a tendência é que a prevalência da doença aumente muito nos próximos anos com o envelhecimento da população. O Brasil possui cerca de 1 milhão de pessoas com Alzheimer, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Não só os pacientes e familiares, mas toda a comunidade científica e médica anseia por um tratamento que interfira no curso da doença, tornando-a mais lento ou, na melhor das hipóteses, interrompendo a progressão dos sintomas", diz.

Um dos fatores que leva ao declínio cognitivo progressivo do Alzheimer é o depósito da proteína B amilóide no cérebro, de acordo com o Manual Merck de Medicina. Melo explica que esse novo medicamento age contra o acúmulo dessa proteína.

"Já se sabe que a doença de Alzheimer possui diversos mecanismos patológicos, no entanto um deles parece ter um papel relevante na apresentação da doença. Esse mecanismo patológico que estou falando é o acúmulo de placas B amiloides no cérebro. Um anticorpo que atue contra os emaranhados de proteína B amilóide, teoricamente, age evitando o depósito e a 'intoxicação' do cérebro por estas placas", explica.

O médico afirma que o remédio é indicado para casos iniciais do problema porque foi testado nesse estágio. “A doença é considerada um continuum, ou seja, ao longo dos anos ela vai apresentando estágios. Podemos resumir da seguinte forma: existe uma fase pré-clínica em que o paciente tem a patologia instalada no cérebro, mas ainda não apresenta sintomas. Isso pode acontecer de 10 a 15 anos antes do início dos sintomas. A outra, seria a fase clínica, em que o paciente começa a apresentar sintoma. De uma maneira geral, na demência pela doença de Alzheimer, os sintomas iniciam-se com queixas sutis relacionadas à memória, como pequenos esquecimentos na rotina", esclarece.

O neurologista diz que ainda não há previsão de o medicamento chegar ao Brasil. O remédio deve ser avaliado e aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O tratamento anual custa em torno de US$ 56 mil (equivalente R$ 282 mil), segundo publicado pelo jornal norte-americano The New York Times.

A última aprovação de um remédio para a doença no Brasil data de 2003. "É uma doença complexa em que os mecanismos fisiopatológicos que provocam o adoecimento são diversos e consequentemente dificultam a ação terapêutica por uma só via", explica Melo.

Embora aprovado nos Estados Unidos, o medicamento foi alvo de polêmica. Durante os estudos, o remédio não apresentou efeito o que levou à interrupção dos ensaios clínicos. O fabricante retomou a pesquisa e apresentou resultados positivos.

“Acredito que a polêmica na aprovação existe devido ao fato de ter acontecido uma reanálise dos dados do estudo, o que foi muito questionado e também pelo fato de tratar-se de uma aprovação acelerada que exige ainda uma observância detalhada e séria de como serão os desfechos clínicos nas próximas pesquisas. Inclusive, o FDA sugere uma fase 4 dos ensaios clínicos que permitam observar estes resultados”, finaliza o médico.

R7

Foto: Pixabay