• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

covidtestO CT Vacinas, núcleo formado por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), desenvolveu um teste para diagnosticar a covid-19, que diminui as chances de o resultado ser de falso negativo ou falso positivo.

Trata-se de um teste Elisa, nome que deriva da abreviação de "ensaio de imunoabsorção enzimática" (em inglês, enzyme-linked immunosorbent assay), em referência à técnica usada. Pelo mundo, o método consolidou-se, há anos, como ferramenta de detecção do HIV.

Além de rápido, o teste concebido pelo CT Vacinas tem a vantagem de ser mais barato que outra opção existente, o RT-PCR (do inglês reverse-transcriptase polymerase chain reaction), cujo custo varia de R$ 280 a R$ 470 na capital paulista, conforme apurou a Agência Brasil, após contatar três redes de laboratórios.

Como os testes rápidos, o Elisa também é sorológico (feito a partir da procura por anticorpos no sangue), com a diferença de que pode ser realizado somente em laboratórios, ainda que o equipamento necessário seja relativamente simples. Após as validações iniciais, a próxima etapa é obter a certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"No caso do Elisa, de metodologia completamente diferente [em relação aos testes rápidos], tira-se uma amostra de sangue maior, precisa-se de 1 mililitro, pelo menos. Então, é necessária uma agulha para coletar o sangue. O processo de detecção da presença do anticorpo é muito mais sensível", diz a coordenadora do CT Vacinas, Santuza Ribeiro.

"Por isso, mesmo que a pessoa tenha baixas quantidades de anticorpo, não se detecta naquele teste rápido, mas pode-se detectar no Elisa. Não se consegue fazer o Elisa em um balcão de farmácia, por exemplo. Por outro lado, há uma sensibilidade muito maior. Outra vantagem é que, com o Elisa, consegue-se uma redução não só de falso negativo, mas de falso positivo, que é quando se tem uma reação que parece positiva, e, na verdade, é um anticorpo contra outro vírus, que não o Sars-CoV-2, como o de gripe comum", explica Suzana.

Com o Elisa desenvolvido pelos pequisadores do CT Vacinas, consegue-se mostrar que, em pessoas que têm anticorpos contra outras viroses, como dengue, não se detecta positivo. "O teste rápido não é capaz de diferenciar as outras infecções", acrescenta.

Na prática, o que se faz é fixar o antígeno em uma placa de poliestireno e ligá-lo a um anticorpo com marcador enzimático. Caso haja reação de defesa do organismo contra o agente patogênico – no caso, o novo coronavírus –, na forma de anticorpos, o material depositado sobre a placa muda de cor.

Em virtude da estrutura exigida para aplicação do teste, a equipe agora busca o apoio de órgãos federais, como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e outros entes públicos e também de empresas, para possibilitar a produção em larga escala e a disponibilização a uma parcela significativa da população. Duas pontes que estão sendo negociadas envolvem a Fundação Ezequiel Dias (Funed), do governo de Minas Gerais, e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz.

Santuza destaca, ainda, que o teste Elisa para covid-19 surgiu do aprimoramento de um saber que já circulava no núcleo, sinalizando para a importância do investimento estável em ciência. "No CT Vacinas, a gente já havia desenvolvido um teste muito semelhante, para outras doenças, inclusive não virais, para leishmaniose, doença de Chagas e malária. A mudança que foi feita consistiu em colocar como componente do teste uma molécula capaz de detectar o anticorpo contra o covid-19."

"Testamos três opções e encontramos o antígeno N, componente da partícula viral, como a melhor molécula para detectar o anticorpo contra covid-19. Isso foi uma demanda específica que tivemos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), com financiamento da fundação, inicialmente, e depois recebemos recursos do governo federal, por meio da Rede Virus, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações". De acordo com a coordenadora do CT Vacinas, trata-se de uma molécula distinta da que está sendo usada no desenvolvimento de vacinas.

A proposta foi apresentada pela Fapemig no início de março, diz Santuza, ao destacar o sucesso da equipe, que completoo o desafio em três meses: "A gente ficou muito feliz, porque não sabia se teria capacidade de realizar em um tempo tão curto."

 

 Agência Brasil

Foto: Pixabay

Uma equipe da Clínica Universitária de Charité, em Berlim, em parceria com o Instituto Francis Crick, de Londres, detectou diferenças no sangue de pacientes com casos leves e graves de covid-19. Esta alteração pode agravar quadros de doenças por patógenos no futuro.

O estudo, publicado na revista especializada Cell Systems contou com a análise de sangue de 31 pacientes nos quais foram verificadas 27 proteínas, que se apresentavam em quantidades diferentes e oscilavam de acordo com a gravidade do contág

Estss proteínas foram consideradas marcadores biológicos para que os cientistas pudessem definir se um paciente de covid-19 desenvolveria um quadro mais grave da doença.

“Isso pode potencialmente salvar vida. A pesquisa pode avisar os médicos quais pacientes potencialmente podem desenvolver um quadro mais grave da doença e, assim, considerar as opções de tratamento mais cedo”, explica o diretor do instituto de bioquímica de Charité, Markus Ralser.

Outro ponto é que o uso dessa tecnologia “daria claridade sobre as condições físicas do paciente, independentemente do que ele descreve”, continua.

Em determinadas circunstâncias, o corpo pode não apresentar sintomas físicos do vírus que carrega. Mas a avaliação por estes marcadores biológicos indicaria se o pacientes está contaminado ou não.

Sabendo disso, os pesquisadores, liderados por Markus Ralser, criaram uma forma rápida de medir essas proteínas no sangue. O resultado foi simples: quanto mais grave o caso de covid-19, menos concentração tinham dessas proteínas no sangue.

Dentre as 27 proteínas encontradas como marcadores, algumas ainda não haviam sido relacionadas a uma resposta imunitária ao covid-19.

O próximo passo para a pesquisa é realizar testes em grupos maiores de pacientes, assim como as testagens de pares, procedimentos padrões para criar uma tese científica.

 

EFE

 

isolaidosoQuem mais sofre com a solidão? De acordo com uma pesquisa realizada em 237 países e territórios, com mais de 46 mil participantes, não são os idosos que estão em primeiro lugar nesse ranking. Pelas respostas dos entrevistados, cujas idades variavam entre 16 e 99 anos, os grupos mais atingidos são os jovens, homens e pessoas de sociedades muito individualistas. Na verdade, os resultados mostraram que o sentimento pode até diminuir com o passar do tempo.

As universidades de Exeter, Manchester e Brunel são parceiras da BBC no trabalho, divulgado no fim de maio, que mostra que os mais jovens têm relatos de grande solidão. “Ao contrário do que as pessoas tendem a acreditar, este sentimento não é uma prerrogativa dos idosos. Como a solidão deriva da avaliação de que as conexões sociais de um indivíduo não são boas como ele gostaria, a leitura passa por diferentes expectativas, que variam conforme a idade”, explicou a professora Manuela Barreto, de Exeter.

Pamela Qualter, de Manchester, afirmou que, para os homens, admitir que estão se sentindo sós pode se transformar num estigma. No cenário da Covid-19, as pesquisadoras enfatizaram que os jovens precisam de atenção e apoio, porque podem ser bastante afetados pelas mudanças: “embora seja verdade que eles dominam a tecnologia, esta serve como extensão para seus relacionamentos presenciais, e não como um substituto”, complementou Manuela Barreto.

Já está claro para todos que o impacto da pandemia na saúde mental do planeta tem e terá consequência profundas, com o risco de um aumento superlativo dos casos de ansiedade e depressão. Medir a extensão do fenômeno e criar ações para mitigar o problema tornou-se uma necessidade imperiosa: afinal, a maioria vem enfrentando um enorme grau de incerteza. A rotina que todos conheciam foi substituída pelo medo de ficar doente, perder entes queridos e não ter recursos para sobreviver. Por isso, uma outra pesquisa global, essa em curso e que reúne outras três instituições britânicas – a London School of Economics e as universidades de Surrey e Nottingham Trent – está ouvindo pessoas acima de 18 anos com o objetivo de ajudar na formulação de políticas públicas.

À frente do projeto está YingFei Héliot, professor da Surrey Business School, e os resultados deverão estar disponíveis até o fim do ano. “Estudos anteriores já mostraram que muitos indivíduos desenvolvem respostas negativas, como estresse pós-traumático, durante ou após eventos severos. Portanto, mesmo depois da pandemia, ainda teremos que lidar com essas questões”, disse.

As perguntas estão divididas em três grupos. O primeiro se refere às iniciativas que estão sendo implementadas no país do entrevistado para combater a pandemia: como a liderança da nação vem conduzindo o processo? As pessoas confiam nas medidas que estão sendo tomadas? A segunda seção é sobre como nos relacionamos com as regras em vigor: se concordamos com o isolamento, se estocamos alimentos de forma diferente do normal, como nos mantemos informados. Por último, a parte sobre saúde e bem-estar quer saber como o participante está lidando com a situação, se está se sentindo só ou tem amigos a quem recorrer. Infelizmente, o português não está entre as línguas disponíveis para o questionário. Haverá duas rodadas suplementares nos próximos meses e as informações são confidenciais.

 

Bemestar

Foto: Wokandapix por Pixabay

 

cloroquinApós a análise de um estudo publicado pela revista médico-científica The Lancet, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou hoje (3) durante coletiva de imprensa que o grupo responsável retomará os protocolos com a cloroquina e sua variante mais recente, a hidroxicloroquina.

“Como vocês sabem, na última semana o Grupo Executivo dos Testes de Solidariedade [nome dado ao grupo de pesquisa que busca medicamentos eficazes contra o SARS-CoV-2] decidiu suspender o ramo de testes com hidroxicloroquina por preocupação no uso da droga. Essa foi uma decisão de precaução. Com base nos dados disponíveis, os membros recomendaram que não há razões para suspender o protocolo de testes”, afirmou Tedros.

A suspensão durou 10 dias (o anúncio foi feito em 25 de maio). Os testes com a hidroxicloroquina serão retomados com 3.500 pacientes em 35 países, informou o diretor-geral. Vários especialistas do mundo inteiro já haviam se manifestado contra a metodologia de mineração de dados usada pela Surgisphere - empresa responsável por coletar números para o estudo. “A OMS está comprometida em acelerar o desenvolvimento de terapias eficazes, vacinas e diagnósticos [contra a covid-19]  como parte do nosso compromisso em servir o mundo com ciência, resolução de problemas e solidariedade”, complementou.

Remessa

A decisão vem logo em seguida ao anúncio da doação de 2 milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil feita pelos Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, também enviou respiradores mecânicos.

 

Agência Brasil

Foto: CFM