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hivcovidUma combinação de medicamentos antivirais usada para tratar pacientes com HIV não apresentou benefícios em pacientes hospitalizados com a Covid-19 em um estudo randomizado de larga escala, anunciaram cientistas britânicos nesta segunda-feira (29)

Cientistas conduzindo o estudo Recovery na Universidade de Oxford disseram que os resultados "descartam de maneira convincente qualquer benefício significativo em termos de mortalidade com o uso de lopinavir-ritonavir nos pacientes hospitalizados com a Covid-19 que estudamos".

Os cientistas não encontraram diferenças em mortalidade, tempo de estadia no hospital ou risco de precisar de respiração mecânica, quando comparados os 1.596 pacientes que receberam lopinavir-ritonavir com os 3.376 pacientes no grupo de controle.

O Kaletra, da AbbVie, combina medicamentos lopinavir e ritonavir, usados em conjunto contra o HIV. A empresa aumentou seu estoque enquanto avaliava se os remédios poderiam ser usados no tratamento da Covid-19.

"Esses resultados preliminares mostram que para os pacientes hospitalizados com a Covid-19, respirando sem o auxílio de ventiladores, a combinação lopinavir-ritonavir não é um tratamento eficiente", disse Peter Horby, chefe do estudo.

Os cientistas não conseguiram estabelecer conclusões sobre a eficiência da combinação de medicamentos em pacientes que respiram com o auxílio de ventiladores mecânicos por conta da dificuldade em administrar as substâncias.

O estudo tem examinado a eficiência de seis possíveis tratamentos para a Covid-19, envolvendo 11.800 pacientes.

 

Reuters

Foto: NIAID-RML/Handout via Reuters

A imunologista Daniela Ferreira, que lidera o estudo com a vacina contra a covid-19 em Oxford na Escola de Medicina Tropical de Liverpool, se diz otimista em relação à pesquisa. Ela projeta, inclusive, mais de uma vacina contra o coronavírus ainda este ano, indo na contramão de diversos cientistas que estão mais receosos quanto à disponibilização do imunizante até dezembro.

A vacina do centro britânico é considerada a mais avançada em andamento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e já está na fase 3 da testagem em humanos, a última etapa antes da liberação para distribuição em larga escala. São mais de 10 mil pessoas sendo submetidas a testes neste momento.


“As pessoas falam que nem devemos usar a palavra esperança como cientista, mas eu tenho esperança e eu, como cientista, acho que vamos ter uma vacina antes do final do ano. Acho que mais de uma, na verdade”, disse a especialista em entrevista ao Fantástico.

A aposta neste imunizante é tão grande que, mesmo ainda longe de aprovação, o produto já está sendo produzido em larga escala. A vacina parte de estudos que já tinham sido feitos para a Síndrome Respiratória Aguda Grade (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), também causadas por coronavírus.

Por isso, a segurança da substância já havia sido parcialmente testada, o que permitiu que o processo fosse um pouco mais acelerado.

Em um vírus (adenovírus) atenuado da gripe comum de macacos é acrescentado um material genético semelhante ao de uma proteína específica do novo coronavírus, que é a maior responsável pela infecção. Assim, os especialistas esperam que a vacina induza à produção de anticorpos, tornando o organismo capaz de reconhecer o vírus no futuro, impedindo sua entrada.

Isto È

aumentocovidCom o registro de um novo recorde diário de casos de covid-19, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que, apesar de avanços em vários países, a pandemia do novo coronavírus está se acelerando globalmente. "O pior ainda está por vir", alertou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom.

Adhanom criticou duramente a politização da pandemia e a falta de unidade nacional no combate ao novo coronavírus. Sem citar países ou líderes especificamente, o diretor-geral fez um dos mais duros discursos desde o início das entrevistas coletivas regulares sobre a pandemia.

"Lamento muito dizer algo assim, mas o pior está por vir. Mas com este tipo de ambiente [político] e condições, nós tememos o pior."

"Uma única vida é importante, independente dela ser de alguém de esquerda, direita ou centro", disse Adhanom. "Por isso pedimos desde o início: coloquem a política em quarentena para falar de covid-19."

 A OMS, como um órgão das Nações Unidas, costuma ser bastante diplomática em termos políticos. No entanto, Adhanom subiu o tom. "Precisamos de unidade nacional. União entre partidos, entre diferentes ideologias, diferentes crenças, diferentes raças. Entre qualquer coisa que possa nos dividir, porque o vírus explora estas divisões."

A OMS contabilizou 1 milhão de casos em apenas cinco dias, o que indica a manutenção da curva ascendente de contágios, especialmente devido as situações de Brasil, Índia e Estados Unidos. Entre domingo e segunda-feira, a organização registrou 189.007 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, o recorde de casos em um mesmo dia.

"O desafio para os países é descobrir como conviver com este vírus", afirmou.
"Ainda que muitos países tenham feito progressos, globalmente a pandemia está acelerando."

 

R7

Foto: Flavio Lo Scalzo / Reuters

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) tornou obrigatória a cobertura de testes sorológicos para detectar o coronavírus em planos de saúde, de acordo com resolução publicada nesta segunda-feira (29) no DOU (Diário Oficial da União).

A ANS afirma que a medida atende a uma determinação judicial, da 21a Vara Federal de Pernambuco. A Aduseps (Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde) entrou com uma ação na Justiça para pedir a inclusão do exame no rol de procedimentos.

Segundo o gerente-geral de Regulação Assistencial, Teófilo Rodrigues, os exames sorológicos passam a ser de cobertura obrigatória nas segmentações ambulatorial, hospitalar (com ou sem obstetrícia) e referência, nos casos em que o paciente apresente ou tenha apresentado os seguintes quadros clínicos: Síndrome Gripal - quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade respiratória; e Síndrome Respiratória Aguda Grave - desconforto respiratório/dificuldade para respirar ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto.

 

R7