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covid27Segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), divulgado na noite desta segunda-feira, 27, o Piauí bateu novo recorde de casos confirmados por dia do novo coronavírus. São 60 novos testes positivos no estado.

O novo número de casos em apenas 24 horas é quase o dobro do que foi registrado nos últimos dias - pouco mais de 30 casos diários. Com isso, o Piauí passou de 364 para 424 testes positivos.

O número de municípios com pacientes infectados pelo novo coronavírus cresceu para 52. Barras, Corrente, Fartura do Piauí, Monsenhor Gil, Pio IX e Uruçuí entraram na lista.

Dos novos pacientes, 40 são mulheres e 20 são homens, com idades entre 12 e 92 anos.

Números disparam em Teresina e São Raimundo Nonato

Os casos em Teresina subiram de 237 para 271 em apenas 24 horas - foram 34 novos testes positivos entre domingo e segunda-feira.

Dos novos casos, 17 foram em São Raimundo Nonato, que chegou a 35 no total e é o segundo município em testes positivos para o coronavírus.

Também foram registrados dois novos casos em Água Branca, um em Picos e outro em Oeiras.

Em relação aos dados divulgados no domingo pela Sesapi, foi reduzido um caso de Demerval Lobão. São três pacientes monitorados pelas equipes de saúde do município - o boletim estadual havia divulgado quatro casos por erro no cadastramento de exames, segundo a prefeitura.

Óbitos

Pela manhã, a Prefeitura de Teresina anunciou a morte de um idoso de 95 anos, com histórico de hipertensão, morador da zona Norte da capital. Ele estava internado no Hospital Universitário.

É o sexto dia seguido com registro de pelo menos um óbito de paciente infectado pelo novo coronavírus no Piauí. São 21 mortes em um intervalo de um mês: Teresina (9), Parnaíba (3), Piracuruca (2), Bom Princípio, Buriti dos Lopes, Itaueira, São José do Divino, São Francisco do Piauí, Pedro II e Picos (1).

Internações e altas

A ocupação de leitos continua a crescer. São 158 pacientes internados, sendo 100 em leitos clínicos, 56 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e dois em leitos de estabilização. Até agora, 121 pessoas tiveram alta.

 

cv

Foto: Geraldo Bubniak/AEN-PR

O uso de máscaras de proteção facial já vinha sendo apontado como uma medida importante de proteção para evitar a infecção do novo coronavírus (covid-19). Com a ampliação da pandemia, essa atitude passou a ser tratada como políticas públicas de prefeituras e governos estaduais, com regras recomendando ou até mesmo obrigando a adoção deste recurso de prevenção contra a doença.

Distrito Federal

Um exemplo foi o Distrito Federal. Decreto editado, na última semana, pelo governador Ibaneis Rocha, tornou obrigação o uso de máscaras de proteção por toda a população em locais públicos e comércios a partir do dia 30 de abril. O texto recomenda máscaras caseiras para a população e a priorização das máscaras profissionais para trabalhadores de saúde.

O governo do Distrito Federal se comprometeu a fornecer máscaras para pessoas sem verbas para adquiri-la. Quem não respeitar a exigência ficará sujeito a punições de violação de medida de saúde pública, que pode ir de um mês a um ano de prisão, além de multa.

Piauí

O governo do Piauí também tornou necessário o uso desses equipamentos de proteção desde quarta-feira (22). O decreto do governo do estado estabelece essa medida sempre que um cidadão sair de casa, deslocar-se em via pública ou acesse em um local onde estejam mais pessoas, como estabelecimentos comerciais.

Mato Grosso

O governo de Mato Grosso anunciou no dia 3 de abril a exigência, que passou a valer desde o dia 13 deste mês. A medida foi transformada em um programa, chamado “Eu cuido de você e você cuida de mim”. Para serem autorizadas a funcionar, as empresas precisam garantir o uso de máscaras por trabalhadores e exigi-las de clientes também.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, a iniciativa foi anunciada no dia 9 de abril. A decisão do governo local vale para funcionários que trabalharem com atendimento ao público, bem como para motoristas de táxi ou de aplicativos. O modelo previsto na norma são os acessórios de tecido, que segundo a administração são mais acessíveis pelo fato de poderem ser fabricados em casa.

A regra prevê ainda que elas sejam trocadas a cada quatro horas ou quando ficarem úmidas.  Para o restante da população, o uso de máscaras é tratado como uma recomendação, juntamente com outras atitudes de prevenção, como higienização das mãos.

Pernambuco

Na mesma direção, o governo de Pernambuco editou na quinta-feira (23) decreto em que estipula a exigência para os trabalhadores envolvidos com atividades que demandam contato com público, como em estabelecimentos comerciais. Para o restante da população, a atitude é apontada como uma recomendação da administração local. 

Bahia

Na Bahia, a exigência do uso de máscaras também tem como foco os trabalhadores de atividades cuja natureza envolva o atendimento ao público. A regra estipulou a necessidade dos empregadores fornecerem o material e fiscalizarem o seu uso, sob pena de multa de R$ 1 mil por funcionário.

Goiás

Em Goiás, o Decreto N° 9.653, de 19 de abril, impõe aos donos de comércios autorizados a funcionar a impedir a presença de trabalhadores sem máscara ou a entrada de clientes sem o acessório. Além disso, os empresários devem fornecer orientações impressas de que os funcionários utilizem o objeto durante o deslocamento até o local de trabalho. A norma também estende a exigência a todos os cidadãos, recomendando que estes adotem modelos caseiros, segundo especificações do Ministério da Saúde. 

Espírito Santo

O governo do Espírito Santo decidiu pela obrigatoriedade nas regiões de maior incidência da doença, a Grande Vitória e a cidade de Alfredo Chaves. A providência vale desde o dia 18 deste mês. A determinação tem caráter educativo, não implicando em multa para quem desrespeitá-la.

Pará

Já a administração do Pará editou decreto com a determinação no dia 17 de abril. Além disso, estabeleceu que o fornecimento deve ser assegurado pelos empregadores a funcionários. O desrespeito à regra pode acarretar responsabilização civil, administrativa e penal, conforme o governo local.

Rondônia

Em Rondônia, a administração local adotou determinação semelhante, em vigor desde o dia 17 de abril. A obrigação é indicada para todo cidadão a partir do momento que deixe sua residência, além de cumprir com medidas de higienização adequadas, como lavar as mãos.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, a Lei N° 23.636 deste ano estabeleceu essa obrigação. Ela entrou em vigor no dia 18 deste mês. A norma estipula a exigência para trabalhadores que prestam atendimento ao público das atividades que continuaram autorizadas a funcionar.

Entre os segmentos estão órgãos e entidades públicas, serviço de transporte e estabelecimentos comerciais. O fornecimento de máscaras é elencado pela Lei como uma obrigação dos empregadores. Em cidades onde houve regra específica sobre o tema, a norma municipal é a que prevalece.

Prefeituras

Embora diversos estados tenham optado pela obrigatoriedade de máscaras, prefeituras expediram normativos próprios sobre o tema, mesmo em situações onde o governo estadual já havia fixado a exigência.

É o caso da capital, Belo Horizonte. Na cidade o uso de máscaras passou a ser exigido desde a quarta-feira (22) em todos os espaços públicos, como ruas, praças e outros locais de circulação. A determinação valerá também para o transporte público e para estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços.

O decreto que fixou a medida na capital mineira também estabeleceu que as empresas deverão impedir a entrada de pessoas sem máscara, além de afixar cartazes informativos sobre as novas regras.

A prefeitura do Rio de Janeiro também determinou a exigência, que passou a valer ontem na cidade. Conforme a norma, quem estiver sem máscara poderá ser impedido de entrar em ônibus ou em estabelecimentos comerciais, além de ficar sujeito a multa.

A prefeitura de Florianópolis foi outra que optou pela medida. A obrigação vale desde o dia 17 de abril para profissionais que lidem diretamente com o público. Os estabelecimentos que não seguirem a ordem podem ser multados ou até mesmo interditados pela vigilância sanitária.

A orientação é que as máscaras de pano sejam utilizadas apenas por pessoas sem sintomas. Já trabalhadores da saúde e pacientes com sintomas devem buscar máscaras de proteção com material adequado.

A necessidade do acessório foi também definida pela prefeitura de Belém desde sexta (24). O objeto terá que ser colocado por quem tiver que sair às ruas. Quem violar a obrigação ficará sujeito ao pagamento de multas.

Em Fortaleza, a obrigação do acessório foi definida para trabalhadores de setores essenciais cujo funcionamento foi mantido pela prefeitura. É o caso de funcionários de supermercados, bancos, casas lotéricas e entregadores de aplicativo. Cabe aos empregadores fornecer os objetos bem como outros equipamentos de proteção individual.

Para o restante da população, o uso de máscaras foi estabelecido como uma recomendação pela prefeitura. Essa diretriz é apontada para quem estiver em locais públicos, no transporte público e em comércios.

Recomendação

São Paulo

Outros governos optaram por definir o uso de máscaras como uma recomendação somente à população. O governo de São Paulo editou decreto, na última sexta-feira, com essa orientação para todos os municípios do estado, válida para quando cidadãos circularem por locais públicos. A exemplo de outros estados, a diretriz abarca também os acessórios caseiros, feitos com pano. 

Paraíba

O governo da Paraíba foi em sentido semelhante e publicou decreto na terça-feira (21) recomendando que estabelecimentos proíbam a entrada de quem não estiver com o equipamento. Um conjunto de atividades é obrigada, entretanto, a fornecer máscaras a seus empregados.  

Manaus

Também é o caso de Manaus, cidade que vive uma crise com o alto índice de incidência da doença e com esgotamento da capacidade de atendimento do sistema de saúde para dar resposta à pandemia. 

A orientação vale desde o dia 14 de abril e é necessária sempre que um cidadão tiver de sair às ruas ou for ter contato com outras pessoas, andar de transporte público e ir a estabelecimentos comerciais.

 

Agência Brasil

Saber como o coronavírus afeta o cérebro é uma das novas preocupações das equipes de saúde. Já existem evidências que indicam o comprometimento renal e cardíaco, razão pela qual começamos a falar de uma doença multissistêmica.

Isso estabelece uma diferença em relação a outras patologias virais semelhantes à gripe, nas quais só temos sintomas respiratórios e, no máximo, febre. A pesquisa em relação ao coronavírus aponta para os receptores celulares ACE2 como as portas de entrada para diferentes células do corpo.

A situação é que o receptor ACE2, como vamos explicar neste artigo, está presente em várias áreas do corpo do ser humano. É assim que a COVID-19 afeta o cérebro, usando sua afinidade por essa proteína.

Vale ressaltar que os sintomas indicativos continuam os mesmos: febre, tosse, cansaço e dificuldade respiratória. No entanto, cada vez mais surgem alertas sobre sintomas secundários que podem exigir uma atenção precoce, permitindo ganhar tempo. Já foram mencionados os problemas de visão e a perda de olfato. Talvez tenhamos que acrescentar a questão neurológica.

Receptor ACE2 explica como o coronavírus afeta o cérebro

Os coronavírus têm uma formação externa em forma de coroa, e é daí que vem o seu nome. Essa coroa é composta por espículas que as proteínas possuem para ter acesso às células humanas. O receptor humano é a proteína ACE2.

O receptor existe no corpo humano, como sabemos, para interagir em um sistema chamado renina-angiotensina. Esse sistema de hormônios e substâncias internas participa ativamente da regulação da pressão arterial. É por isso que os pulmões, o coração e também os rins são envolvidos.

No entanto, a COVID-19 afeta o cérebro porque também temos receptores ACE2 em alguns neurônios. Embora não haja uma confirmação definitiva de neurotropismo – afinidade pelos neurônios por parte do SARS-CoV-2 –, a suspeita é fundamentada.

A relevância do receptor ACE2 é fundamental para entender a mortalidade por coronavírus. Diferentes séries revelam que os hipertensos são um grupo com alta incidência de letalidade, o que seria explicado pela influência do sistema renina-angiotensina.

Sintomas que revelam como o coronavírus afeta o cérebro

covidcerebroA perda do olfato, que surgiu como um sintoma precoce do coronavírus observado pelas associações médicas ao redor do mundo, é atribuída ao tropismo neurológico do SARS-CoV-2. O nome desse sintoma é anosmia, e os neurologistas concordam que isso acontece devido a problemas nos neurônios do sistema olfativo.

Também foram descritos casos de infectados com coronavírus que apresentaram miosite – inflamação muscular -, síndrome de Guillain-Barré e meningite. Todos podem estar relacionados ao sistema nervoso central e periférico.

Um risco significativo do comprometimento cerebral da COVID-19 está relacionado à vasculatura do encéfalo. Além do possível tropismo do SARS-CoV-2 em relação aos neurônios, é necessário considerar que as camadas internas das artérias cerebrais podem ser danificadas durante a infecção.

Duas vias de lesão cerebral do coronavírus

Provavelmente há dois caminhos que a doença COVID-19 pode seguir para afetar o cérebro. Um desses caminhos é mais direto e se baseia na hipótese do tropismo neuronal do vírus. A outra via é indireta e é explicada pelos múltiplos órgãos que entram em choque quando o paciente está em estado grave nas unidades de terapia intensiva.

A via direta não está totalmente comprovada, como já antecipamos. O SARS-CoV-2 entraria nos neurônios através do receptor ACE2, da mesma forma que entra nos pulmões e nos rins.

Por outro lado, a via indireta é aquela que contempla a evolução do coronavírus dentro do organismo. Primeiro ocorre o quadro respiratório, depois a pneumonia consolidada, a falha de múltiplos órgãos, a diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro e, consequentemente, a morte de neurônios que não recebem oxigênio suficiente.

melhorcomsaude

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (24) que pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) terão consultas virtuais nos postos de saúde da atenção primária a partir do mês de maio.

As consultas virtuais serão realizadas por equipes médicas e de enfermagem e constituem mais uma das estratégias do ministério para diminuir a propagação do novo coronavírus. O valor previsto para execução do serviço é de R$ 4,023 milhões.

De acordo com o ministério, cerca de 20 mil médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de Saúde da Família de todo país vão passar por treinamento para usar o sistema, que terá suporte técnico 24 horas e oferecerá certificado para a prática de telemedicina e telessaúde.

Além do consultório virtual, a população pode acessar o TeleSus para atendimento pré-clínico por telefone, chat on-line e aplicativo para acompanhamento em caso de suspeita da covid-19.

“Investir em tecnologia é uma estratégia eficiente para diminuir a propagação do vírus e para minimizar os impactos indiretos causados pela pandemia, como o adiamento de atendimentos relacionados a outras doenças, principalmente as crônicas”, diz o secretário Nacional de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim.

A primeira versão da plataforma estará inicialmente disponível para os médicos, com expansão para os enfermeiros e equipe multiprofissional, na segunda quinzena de maio.

 

Agência Brasil