• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

gripePessoas contaminadas por vírus influenza (gripe) devem ficar isoladas, assim como as aquelas infectadas com o novo coronavírus (SARS-CoV2), orienta a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

Os pacientes de quadro mais grave, que precisam de internação, devem ficar em isolamento no hospital. Já os que podem ir para casa, devem ficar afastados do trabalho e outras atividades.

Rosana explica que não é possível fazer o exame para confirmar diagnóstico de todos os casos com sintomas respiratórios. Por este motivo, a presença de febre é um importante critério para determinar o afastamento.

“Em geral, a febre é um sinal de que o vírus possui um potencial de disseminação maior de e quadros mais graves. A pessoa que vai trabalhar com síndrome gripal pode começar um surto e contaminar pessoas que possuem fatores de risco: crianças, idosos, com doenças concomitantes e etc.”

O Brasil teve em 2019 1.109 óbitos decorrentes de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) por influenza, segundo o relatório mais recente do Ministério da Saúde. A maior parte das mortes foi de pessoas com fatores de risco determinados para a doença.

“Imagine uma professora de primário que vá trabalhar gripada, que vai ficar cinco horas em contato com crianças, colocando as crianças em risco.”

Segundo a médica, muitas vezes a pessoa tem capacidade de realizar as atividades laborais, mas ainda sim pode contaminar os colegas de trabalho.

“Dependendo da atividade, vale até fazer home office como alternativa, se o empregador precisa daquele funcionário.”

Rosana explica que o vírus da influenza sempre vai ser um problema para o mundo, devido à capacidade de mutação que ele possui. “Este vírus sofre pequenas mutações anualmente e grandes a cada sete ou dez anos.”

A campanha de vacinação contra gripe deste ano foi antecipada pelo Ministério da Saúde.

Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mesmo que a vacina não apresente eficácia contra o coronavírus, é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para o novo coronavírus.

 

R7

Foto: Freepik

O Ministério da Saúde voltou atrás e decidiu classificar o caso da adolescente de São Paulo infectada pelo coronavírus como caso confirmado. Com isso, o Brasil passa a ter quatro casos confirmados da doença.

Inicialmente, o Ministério havia dito que o caso da adolescente de 13 anos não era considerado como confirmado pois ela está assintomática e não preenchia a definição para Covid-19, o que incluiria febre associado a mais um sintoma respiratório, apesar da contraprova do Instituto Adolfo Lutz ter dado positiva. A mudança de classificação ocorreu após a reunião de especialistas em Brasília nesta manhã.

Quatro elementos levaram a definição do caso como confirmado: pelo resultado do exame, pelo local provável de infecção (Itália), pela possibilidade da medicação após tratamento de uma lesão ter mascarado os sintomas e pela possibilidade de ainda ter sintomas nos próximos dias.
Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse ao G1 que considera que todos os casos assintomáticos de coronavírus devem ser classificados como confirmados. "Toda pessoa com teste positivo para Covid-19 é considerado como um caso de Covid-19", disse em nota.

Na China, país epicentro da doença, casos assintomáticos de coronavírus também não entram na classificação de casos confirmados. Em 20 de fevereiro, a revista Nature publicou um artigo em que cientistas questionam a medida chinesa. O epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças de Pequim, Wu Zunyou, afirmou à revista que “sempre exigiu que casos positivos não fossem contados como casos confirmados.” Segundo ele, “em vez disso, aqueles que são positivos são isolados por 14 dias e monitorados pelas autoridades de saúde. Se eles desenvolverem sintomas nesse período, serão classificados como um caso confirmado.”


A paciente de 13 anos viajou ao exterior, com passagem por Portugal e Itália, e teve uma lesão no ligamento durante a viagem, sendo medicada em um hospital italiano. Ela voltou ao Brasil neste domingo (1º) e procurou atendimento médico no Hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista, no dia 3 de março. Mesmo sem apresentar sintomas, os médicos coletaram amostras para teste para coronavírus que foi encaminhada ao Laboratório Fleury. O resultado do exame deu positivo.

De acordo com o Ministério da Saúde, outras análises estão sendo realizadas, que devem mostrar a carga viral da paciente e potencial de transmissão, além da supressão de sintomas por uso de medicamentos, já que ela foi atendida em hospital italiano após lesão de ligamento e histórico dos familiares que a acompanharam na viagem.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde até a manhã desta quinta, 531 suspeitos são monitorados e outros 315 casos já foram descartados por exame laboratorial. Os números de casos monitorados e descartados deve ser atualizado durante a tarde.


Primeiros casos
Nesta quarta (4), foi confirmado o terceiro caso de coronavírus no Brasil. O homem é natural da Colômbia, tem 46 anos, é administrador de empresas, mora em São Paulo, e viajou para a Itália, Áustria, Alemanha e Espanha.

No último sábado (29), a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde confirmaram o segundo caso de coronavírus no estado. Trata-se de um homem de 32 anos que reside em São Paulo e que chegou de Milão, na Itália, na quinta-feira (27).

O primeiro caso foi confirmado na quarta-feira (26). Trata-se de um homem que também reside em São Paulo e possui 61 anos. Ele retornou de Turim, no norte da Itália, na sexta-feira (21).

 

G1

cornegUm grupo de cientistas da Catalunha criou um medicamento para ajudar no combate ao novo coronavírus. Os primeiros compostos vão começar a ser testados, em abril, no laboratório. Os primeiros ensaios em animais devem acontecer antes do verão.

Os tratamentos estão sendo desenvolvidos graças a uma parceria entre três instituições científicas, que conta com o apoio da multinacional farmacêutica Grifols. O Barcelona Supercomputing Center (BSC), um centro espanhol de investigação, irá aplicar a bioinformática, de modo a ter uma ideia de como é que o medicamento é capaz de neutralizar o coronavírus.

Já o instituto IrsiCaixa, com sede no Hospital Germans Trias e Pujol, em Badalona, vai projetar os anticorpos com base em informações fornecidas pelo BSC. Além disso, irá testá-los em culturas de células vulneráveis ao coronavírus. O Centro de Pesquisa em Saúde Animal (CreSA) realizará os testes em animais.

Em teleconferência realizada entre os investigadores da IrsiCaixa e os institutos de Marselha, na França, e Munique, na Alemanha, foi estabelecida uma colaboração internacional para acelerar o desenvolvimento de medicamentos e vacinas. O que se pretende é apresentar o projeto à Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores (IMI), da Comissão Europeia, que este mês vai destinar 30 milhões de euros para projetos de pesquisa sobre o coronavírus.

“Não começamos do zero”, disse Alfonso Valencia, investigador do Icrea, uma instituição catalã de pesquisa e estudos avançados.

“Durante a epidemia de ebola na África Ocidental, desenvolvemos métodos computacionais para desenvolver terapias baseadas na informação do genoma do vírus. No entanto, a epidemia foi resolvida antes de as terapias serem aplicadas. Assim que o genoma do novo coronavírus foi publicado [em 10 de janeiro], pensei que era hora de tirar proveito de todo o trabalho que tínhamos feito”, acrescentou.Os métodos computacionais conseguem revelar a estrutura tridimensional da proteína que o vírus usa para se conectar às células que infecta. A partir daí, permitem perceber a maneira como os anticorpos bloqueiam a entrada do vírus nas células.

O novo coronavírus tem proteínas chamadas Spike, que arquitetam a sua membrana dando-lhe uma aparência de coroa, quando vistas ao microscópio, sendo por isso chamado de coronavírus. Essas proteínas permitem que os recetores específicos, chamados de ACE2, se mantenham na membrana celular. Diante disso,, a estratégia será projetar anticorpos que impeçam a ligação da proteína Spike aos recetores ACE2.

O plano de trabalho pressupõe a criação física dos anticorpos no IrsiCaixa a partir dos dados de bioinformática fornecidos pelo BSC. Além disso, estão sendo ser criados quatro anticorpos que estarão disponíveis para ique sejam iniciados os ensaios em culturas de células dentro de quatro a seis semanas.

“Os anticorpos têm a vantagem de ter efeito duradouro, portanto, uma única injeção deve ser suficiente para tratar uma infeção aguda”, explicou Nuria Izquierdo-Useros, a investigadora que irá testar os quatro anticorpos em culturas de células.

Desses anticorpos, serão escolhidos os que demonstrarem maior eficácia e depois enviados a Joaquim Sagalés, do CreSA, para testá-los em animais. Caso apresentem resultados positivos, o tratamento será testado em outros animais, de modo a verificar a sua eficácia e segurança antes de administrá-lo às pessoas.

A longo prazo, a parceria entre o BSC, o IrsiCaixa e o CreSA pretende também desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus.

*Emissora pública de televisão de Portugal

Foto: Reuters

A Fiocruz e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná desenvolveram um kit mais barato para o diagnóstico do novo coronavírus, que também detecta os vírus de Influenza A e B. Nesta quarta-feira (4), os kits começam a ser distribuídos para a rede de laboratórios públicos de todo o Brasil.

Com isso, o diagnóstico poderá ser feito nos laboratórios centrais de todos os estados, agilizando os diagnósticos. O Ministério da Saúde estima que, em 20 dias, todos os estados terão acesso aos kits. Atualmente, só três laboratórios de referência conseguem fazer os exames. Eles estão no Pará, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O kit foi desenvolvido em parceria pelo Instituto Bio-Manguinhos do Rio de Janeiro, ligado à Fiocruz, e pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, em Curitiba.

Diagnóstico do coronavírus
Para chegar ao diagnóstico, amostras de secreção do nariz e da garganta são coletadas e misturadas a reagentes químicos. Depois, os técnicos extraem o código genético do vírus e levam o material para o equipamento, que faz a análise.

Segundo a Fiocruz, com o novo kit, o resultado vai ser mais rápido que o teste convencional. O tempo para a divulgação do diagnóstico vai depender da estrutura e da logística de cada região.

"A primeira vantagem é entregar um teste com o mesmo nível de segurança para os diferentes laboratórios que estão recebendo: um teste de segurança alta para o coronavírus. Uma outra vantagem é que as autoridades vão conseguir saber se os casos são do novo coronavírus, e onde eles estão no país, para ter uma resposta específica para aquelas determinadas regiões que possivelmente tenham casos positivos", afirma Fabiano Marchini, pesquisador da Fiocruz.
Os kits não serão comercializados. A produção será exclusiva para distribuição aos laboratórios centrais dos estados que ainda terão de treinar as equipes para fazer os testes.

 

G1