O governo de Cuba anunciou pelo Twitter que um antiviral cubano está sendo usado no tratamento contra coronavírus na China. O Interferon alfa 2B (IFNrec) é utilizado contra outras doenças virais como HIV e hepatite.
Segundo informações do jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista Cubano, Granma, a medicação contribuiu para a cura de mais de 1.500 pacientes. O consultor científico da BioCubaFarma, responsável pela fabricação do remédio, Luis Herrera Martínez afirmou em entrevista à televisão cubana que a escolha do Interferon alfa 2B se deu porque ele é eficaz contra vírus com características semelhantes às do novo coronavírus. Segundo o especialista, a medicação impede que os casos evoluam para quadros graves.
O tuite da conta oficial da presidência cubana afirma que “a fábrica chinesa-cubana Changheber, em Jilin, produz desde o primeiro dia do Ano-Novo Lunar [25], o alfa interferon (IFNrec) com o uso da tecnologia cubana. A Comissão de Saúde da China selecionou nosso produto entre os usados na luta contra os coronavírus".
Hipertensos (pessoas com pressão alta) estão entre os grupos mais vulneráveis a complicações da doença Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde colocam os hipertensos entre os mais suscetíveis a essa enfermidade. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Luiz Bortolotto, e o alergista Marcelo Bossois, uma série de fatores colabora para que esse grupo seja mais afetado que a população em geral. Veja, abaixo, alguns deles:
O vírus pode afetar o músculo cardíaco dos pacientes, que já têm o coração sobrecarregado, e causar miocardite (inflamação do miocárdio) Pode gerar necrose pulmonar, com acúmulo de líquido no pulmão Vírus anula a ação de medicamentos para controle de pressão arterial Veja os cuidados específicos que os hipertensos devem tomar:
Estar com a pressão arterial controlada Estar com as vacinas em dia Procurar ajuda médica imediatamente após o aparecimento do primeiro sintoma As outras recomendações, segundo o médico, são as mesmas destinadas a outras faixas da população: lavar bem as mãos, evitar ambientes com multidões e manter o corpo saudável, com dieta balanceada e exercícios frequentes.
Entenda os riscos aos hipertensos Os hipertensos estão entre os grupos que podem desenvolver casos mais severos da Covid-19. As complicações mais graves estão ligadas ao pulmão e ao coração.
"As infecções em geral aumentam o metabolismo e podem agravar o quadro do paciente", explica Bossois. Com a aceleração, o organismo fica desregulado e apresenta sintomas como febre e fraqueza com mais intensidade.
O vírus também impede a ação de medicamentos inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), usada para reduzir a pressão arterial, segundo Bossois.
Cuidados a tomar O principal fator é controlar a pressão arterial para não danificar órgãos e sistemas e não deixar o organismo já deteriorado diante da chegada de uma infecção.
Os especialistas também indicam o controle das condições respiratórias, evitar outras infecções e estar com as vacinas em dia.
"A prevenção é igual para todo mundo. A gente reforça para este grupo porque, se eles forem infectados, têm mais risco de morte. Todo hipertenso deve ser vacinado contra a gripe e acompanhar seu estado de saúde com frequência", alerta Bortolotto.
Lavar as mãos contantemente é uma das principais formas de prevenção.
Na manhã desta segunda-feira (09) os coordenadores médicos das bases descentralizadas do SAMU Estadual (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), membros do COSEMS-PI e o Dr. Telmo Mesquita se reuniram na sede estadual do SAMU para discutir sobre a elaboração de um protocolo referente as transferências inter-hospitalares. O protocolo deverá ser instituído até o início de abril.
A coordenadora estadual do Samu, Christiane Rocha, destaca que o protocolo ajudará a evitar que as ambulâncias do serviço de atendimento móvel fiquem muito tempo afastados dos serviços de atendimento dentro dos municípios onde elas estão. Ela assegura ainda que o protocolo não irá afetar a ocorrência das transferências. “Nós percebemos que algumas ambulâncias estavam passando mais tempo em viagens do que atendendo a população de seus municípios, com o protocolo as transferências continuarão ocorrendo mas sem afetar de forma negativa o atendimento pré hospitalar”, aponta a coordenadora.
O Dr. Telmo Mesquita é coordenador da Rede de Urgência e Emergência do Estado (RUE) e esteve na reunião representando a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Segundo ele, o protocolo é de suma importância para o um funcionamento mais efetivo do Samu no quesito de atendimento da população.
“O protocolo vai melhorar esse processo de transferências em qualquer categoria. Agora, após feito o protocolo, iremos conversar com o Ministério Público e com os Conselhos Regionais de Medicina e Enfermagem para implantarmos de forma efetiva esse protocolo, melhorando assim o atendimento a população”, destacou o Dr. Telmo Mesquita.
O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira (11) que o coronavírus já pode ser "caracterizado como uma pandemia".
Ele ressaltou, no entanto, que "pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leve ou descuidada".
"É uma palavra que, se mal-utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários. [...] A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS em relação à ameaça representada por este vírus. Não muda o que a OMS está fazendo, nem o que os países devem fazer."
Ao redor do mundo, o novo coronavírus (nomeado SARS-CoV2) já foi registrado em 114 países. O número de infectados chega a 118,3 mil, com 4.292 mortes (taxa de letalidade de 3,62%).
A China continua a ser o país com maior número de casos: 81 mil, embora mais de 61 mil pacientes já tenham sido curados da doença. Na Itália, 10,1 mil pessoas foram confirmadas com o novo coronavírus. É o segundo país do mundo com maior número de casos.
O diretor-geral da OMS acrescentou que apenas analisar "o número de casos de covid-19 e o número de países afetados não conta toda a história."
"Milhares estão lutando por suas vidas nos hospitais. Nos próximos dias e semanas, esperamos ver o número de casos covid-19, o número de mortes e o número de países afetados subir ainda mais."
A OMS ressalta que o mundo nunca viveu uma pandemia provocada por um coronavírus. Uma pandemia é quando a doença já causa surtos da doença de maneira global.
Nos Estados Unidos, o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, afirmou a um comitê do Congresso que a situação "vai piorar".
Mais cedo, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que até dois terços dos alemães podem contrair o novo vírus.
"Dado que é um vírus para o qual não há imunidade nem imunização, precisamos entender que muitas pessoas serão infectadas. O consenso entre os especialistas é que de 60% a 70% da população será infectada.”
Ghebreyesus ponderou que "81 países não reportaram qualquer caso de covid-19, e 57 países reportaram dez casos ou menos".
"Todos os países ainda podem mudar o curso dessa pandemia. [...] Vários países demonstraram que o vírus pode ser suprimido e controlado", afirmou.
O Japão é um desses países. Foi um dos primeiros locais fora da China a ter pessoas infectadas pelo novo vírus, mas em mais de três meses não passou de 600 casos.