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crmO Conselho Regional de Medicina no Piauí (CRM-PI) revisa o protocolo do uso cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com Covid-19. Na semana passada, o Ministério da Saúde ampliou a utilização da medicação para casos leves da doença. Por outro lado, pesquisas mais recentes revelaram o risco maior de morte e piora cardíaca durante a hospitalização pelo Sars CoV-2.

"Com novos estudos e novas experiências no mundo, nós estamos revisando essas recomendações e hoje é apenas mais uma revisão dessa recomendação. Ninguém está falando ainda que o médico está proibido de prescrever nenhum tipo de fármaco nesse sentido, mas nós vamos deliberar sobre como fica a situação a partir de agora", explica o médico Leornado Luz, do CRM-PI. A reunião virtual ocorre nesta segunda-feira (25).

Questionado se há a possibilidade da prescrição do protocolo ser considerado antiético diante dos novos estudos, o conselheiro frisa que, a partir do momento que houver comprovação que o protocolo com o uso cloroquina causa mal à saúde, a recomendação será de não prescrevê-lo.

"A eticidade se dá muito pela questão da assistência ao paciente. Lógico que estamos atentos ao que chamamos de iatrogenia, de não causar mal ou um dano adicional ao paciente, mas o médico também tem que estar resguardado pelos conselhos, no sentido de que boas práticas devem ou não ser disponibilizadas. A partir do momento que houver comprovação que a cloroquina ou qualquer outra medicação não só não é eficaz, mas pode causar mal de fato, a recomendação será de não prescrevê-la para esses pacientes. Então será necessário um debruçar sobre esses trabalhos para que a gente possa tirar uma conclusão mais efetiva", reitera o conselheiro.

Em Teresina já existe hospitais particulares disponibilizando a medicação para pacientes com a doença. O conselheiro ressalta que "ao passo que o médico tem autonomia para prescrever essa medicação, os órgãos de responsabilidade, sejam públicos ou privados, devem disponibilizar essa medicação na rede, inclusive, recentemente, houve audiência pública com representantes do Ministério Público Federal e Justiça Federal e isso foi colocado como necessário", reitera Luz.

LEITOS DE UTI

Em Teresina, em pelo menos em três hospitais, não há mais vagas de leitos de UTIs para pacientes com Covid. O conselheiro frisa que o CRM-PI vê a situação com extrema preocupação não só na Capital, mas em todo o Piauí. 

"Antes, nós já tínhamos uma situação crônica de dificuldade de acesso aos leitos de UTIs, principalmente, na rede pública. Infelizmente, nesses dois meses de isolamento, o que percebemos é que estamos perdendo uma janela de oportunidade para a criação efetiva de mais leitos de UTI. Há uma desculpa, por uma questão de contratação de pessoal, que o respirador não chegou ou que vai chegar. Mas nós estamos atentos ao que não está sendo feito e viemos, novamente, cobrar as autoridades para que essa solução seja sanada porque poderia ser um ganho definitivo para a população, seria uma herança saudável da pandemia para a população em geral", destaca o Leonardo Luz.

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A Universidade de Oxford e a AstraZeneca planejam recrutar cerca de 10 mil adultos e crianças do Reino Unido para testes de uma vacina experimental contra o novo coronavírus, que recebeu um aporte de mais de US$ 1,2 bilhão dos Estados Unidos (EUA) nessa quinta-feira (21).

Hoje, a universidade informou que instituições parceiras de todo o Reino Unido começaram a recrutar até 10.260 adultos e crianças para ver como o sistema imunológico humano reage à vacina e qual a segura dela.

Um teste inicial, que começou em 23 de abril, já aplicou a injeção em mais de mil voluntários, com idade variando entre 18 e 55 anos. A Oxford disse que as fases dois e três acrescentarão pessoas de 56 anos e mais velhas, além de crianças de 5 a 12 anos.

"A velocidade com que esta nova vacina avançou para testes clínicos de fase adiantada é um testemunho da pesquisa científica pioneira da Universidade de Oxford", disse Mene Pangalos, executivo da AstraZeneca.

A empresa já firmou parceria com o Reino Unido e os EUA para produzir a vacina em escala industrial, antecipando-se à confirmação de que ela funciona e é segura.

 

Reuters

Três hospitais na capital piauiense já estão com 100% dos leitos de UTIs para tratamento da covid-19 ocupados. Segundo Boletim da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), já não há mais vagas no Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP), Hospital Universitário (HU) e Hospital São Marcos.

utiocupados

Juntas, as três unidades de saúde possuem 45 leitos de UTIs destinados a pacientes com a covid-19, sendo 5 no HILP, 15 no HU e 25 no Hospital São Marcos.

De acordo com o boletim da Sesapi, dos 243 leitos de UTIs reservados para pessoas com o coronavírus, 140 estão ocupados, totalizando 57,6%.

O boletim mostra ainda a situação só em Teresina. A capital possui 184 leitos de UTIs só para a covid-19, sendo que 120 estão ocupados, o que equivale a 65,2%.

Casos no Piauí

O Piauí ultrapassou, nesta quinta-feira (21), a marca de 3 mil casos confirmados do novo coronavírus. Também foram confirmadas duas novas mortes de pacientes com a Covid-19. Os dados são do boletim da Sesapi.

Foram confirmadas as mortes de uma mulher de 37 anos, de Teresina, que tinha obesidade, e outra de 70 anos, de Parnaíba, sem problemas de saúde que pudessem agravar seu estado.

Foi a 46ª morte de paciente da capital, que tem metade dos óbitos do estado. Parnaíba confirmou seu sexto óbito e é a segunda cidade com mais perdas no Piauí por conta da Covid-19.

O total de óbitos até agora é de 93.

 

cv