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Uma pesquisa realizada em 12 unidades do Sistema Único de Saúde confirmou a eficácia da trombectomia mecânica em casos agudos de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, também conhecido como derrame. Fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Rede Brasil AVC, o estudo sugere a adoção do tratamento na saúde pública do Brasil, o que depende da aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

O acidente vascular cerebral isquêmico é o tipo mais frequente de AVC e acontece quando um vaso sanguíneo que irriga o cérebro é entupido por um coágulo ou trombo. Quando esse entupimento provoca a ruptura do vaso, o AVC se torna hemorrágico, o que ocorre em 15% dos casos.

Na trombectomia, um cateter é usado no AVC isquêmico para desobstruir um vaso sanguíneo no cérebro de forma mecânica, removendo o coágulo com o uso de um stent ou por sucção. O tratamento usado atualmente é a trombólise, em que os coágulos desse tipo são dissolvidos por meio de medicação. Segundo a Rede Brasil AVC, o uso do cateter já ocorre em 68 hospitais privados do país e é uma realidade na rede pública de outros países, como o Canadá e Chile.

Fundadora da Rede Brasil AVC e vice-presidente da Organização Mundial do AVC, Sheila Martins encabeçou o estudo que foi realizado no SUS entre 2017 e 2019, com 609 pacientes. A neurologista conta que a eficácia do tratamento já havia sido comprovada em 2015, mas a pesquisa realizada no Brasil foi pioneira na saúde pública de países em desenvolvimento. O estudo apontou que quem foi submetido ao tratamento teve mais chances de ficar sem sequelas e de continuar independente em suas atividades no dia a dia após um AVC. Além disso, houve menor mortalidade e incapacidade nos casos de trombectomia mecânica.

Uma das dificuldades para adotar a trombectomia mecânica para tratar os casos de AVC isquêmicos agudos é o custo mais elevado do procedimento. Segundo Sheila, uma trombólise custa cerca de R$ 4 mil na saúde privada, enquanto uma trombectomia chega a R$ 14 mil. No SUS, as trombólises custam cerca de R$ 1 mil, e a pesquisadora acredita que o gasto com os cateterismos cerebrais também seria menor que o pago na saúde privada caso fosse implementado no SUS.

"Quando o sistema de saúde incorpora, o Ministério da Saúde negocia para baixar esse valor", disse ela, que prevê ainda gastos menores com os pacientes de AVC com um tratamento mais eficaz. "O que eu tenho que gastar vale a pena em relação ao benefício de saúde que tenho para o paciente ao longo de toda a vida. Ele reduz a necessidade de reinternação, de reabilitação e a ausência do paciente no trabalho".

A Rede Brasil AVC defende, no entanto, que nem todos os hospitais podem oferecer o tratamento, já que ele requer uma equipe com especialização específica. "Nossa proposta inicial é implementar em 20 hospitais do SUS", afirma ela, que pontua que a trombólise continua com a vantagem de ser possível em unidades de saúde de menor complexidade.

A trombectomia também pode atender a casos em que já não há mais tempo para recorrer à trombólise. O tratamento medicamentoso para dissolver os coágulos é eficaz até quatro horas e meia depois do início dos sintomas, enquanto o cateter pode ser utilizado até oito horas depois, chegando a 24 horas em casos específicos, segundo a Rede Brasil AVC.

Sintomas do AVC

A agilidade em iniciar o tratamento é fundamental para reduzir as chances de letalidade e possíveis sequelas de um AVC. A neurologista recomenda atenção aos sintomas, que surgem de forma repentina e indicam que o derrame já está em curso. Entre esses sinais estão a perda da força muscular ou formigamento, principalmente dos braços, pernas ou de um lado do corpo; assimetria facial; forte dificuldade de fala e movimentação da língua; fortes dores de cabeça; tontura e dificuldade para enxergar.

A pesquisadora recomenda ainda um teste de três passos: pedir para que a pessoa levante os dois braços à frente do corpo, para conferir se ela tem força de sustentá-los levantados; pedir para que ela sorria, para conferir se o sorriso será torto em um dos lados da boca; e pedir para que a pessoa diga uma frase simples, como "o céu é azul", para saber se há dificuldades de fala. "Se um desses sinais tiver um início agudo e súbito, são 72% de chances de ser um AVC. Se os três sinais forem positivos, são 85% de chances", diz ela, que recomenda buscar o serviço de saúde imediatamente.

Os jovens também devem ficar atentos a esses mesmos sinais, já que 10% dos casos de AVC no Brasil ocorrem abaixo dos 45 anos, segundo a Rede Brasil AVC. "O que acontece com os jovens é que eles não esperam ter a doença, e as pessoas não esperam que eles tenham. Às vezes, eles chegam no hospital rápido, e mesmo o médico ou enfermeiro não reconhece como AVC".

Apesar de o AVC chegar subitamente e ser imprevisível, a neurologista alerta que é possível reduzir seus fatores de risco em até 90%. Problemas como colesterol elevado, pressão alta, diabetes, sedentarismo, tabagismo, obesidade, depressão, ansiedade e abuso de álcool podem contribuir para a ocorrência dos derrames.

Os homens são mais propensos a sofrer um AVC do que as mulheres, mas Sheila Martins acrescenta que o anticoncepcional é outro fator que podem aumentar o risco, quando associado ao fumo, a quadros de enxaqueca com sintomas visuais e neurológicos e também em mulheres acima dos 40 anos.

Agência Brasil

ibruprofenoO ministro da Saúde da França, Olivier Véran, pediu à população que não utilize determinados medicamentos anti-inflamatórios no tratamento dos sintomas da covid-19 (doença causada pelo coronavírus SARS-CoV2).

Verán, que é médico, afirmou no sábado (14) que remédios como ibuprofeno e corticoides podem agravar infecções no organismo e até piorar o quadro de saúde, em casos de pneumonia, por exemplo.

"Em caso de febre, tome paracetamol. Se você já está tomando medicamentos anti-inflamatórios ou em caso de dúvida, pergunte ao seu médico", escreveu no Twitter.

No Brasil, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, pediu que as pessoas não se automediquem.
A recomendação do ministro francês envolve um tipo de medicamento (ibuprofeno) que não requer receita no Brasil.

Deve procurar a emergência do hospital apenas pacientes que estiverem com falta de ar. Casos leves, com febre baixa e sintomas gripais podem ir a unidades básicas de saúde, de acordo com o ministério.

 

R7

Foto: Stockvault

Os exames para coronavírus para toda a comitiva do presidente Jair Bolsonaro deram negativo. A informação foi confirmada por fontes do Planalto nesta sexta-feira (13).

Além de Bolsonaro, também foram testados a primeira-dama Michelle e toda a equipe do governo que foi para os Estados Unidos e está em Brasília. A solicitação do teste aconteceu depois da confirmação da doença no secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que está em quarentena domiciliar, e só retornará ao trabalho quando não houver risco de transmissão da doença.

Saiba o que é mito e verdade sobre o novo coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro e integrantes da comitiva que o acompanhou a Miami estão sendo monitorados desde a quarta-feira (11). Também participaram da comitiva aos Estados Unidos os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Também viajaram os senadores Nelsinho Trad (PTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC); os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC), o assessor especial Filipe Martins, o presidente da Embratur, Gilson Machado, o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Jr, entre outros.

 

Em nota, a assessoria da presidência afirmou que "o governo brasileiro também já comunicou às autoridades do governo norte-americano a ocorrência do evento para que elas também adotem as medidas cautelares necessárias".
Donald Trump

O presidente norte-americano Donald Trump teve contato com a comitiva brasileira nos Estados Unidos, mas não foi testado para o coronavírus. A porta-voz da Casa Branca Stephanie Grisham disse, em comunicado, que "tanto o presidente quanto o vice-presidente quase não tiveram interações com o indivíduo que deu positivo e não precisam ser testados no momento".

 

R7

O Ministério da Saúde recomendou, nesta sexta-feira (13), que viajantes internacionais que cheguem ao Brasil fiquem em isolamento domiciliar por 7 dias, mesmo que não tenham sintomas de Covid-19. A pasta orienta, também, que grandes eventos sejam cancelados ou adiados.

Segundo o ministério, viajantes internacionais devem procurar uma unidade de saúde se, durante esse isolamento, tiverem falta de ar (dispneia), ou febre com tosse. No caso de falta de ar, deverá ser procurada uma unidade de referência.
Essas pessoas não devem procurar unidade de saúde se:

tiverem apenas tosse;
tiverem apenas coriza;
tiverem apenas coriza e mal-estar ou sensação de moleza no corpo;
tiverem apenas febre;
Nas situações acima, a recomendação do Ministério da Saúde é que se entre em contato com o número 136 para que uma equipe de saúde possa dar orientações.

As orientações estão entre as divulgadas pela pasta, a todos os estados, para o combate ao novo coronavírus no Brasil. (Veja lista completa mais abaixo nesta reportagem).

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, alertou que, por conta da mudança de clima com a chegada do inverno na próxima semana, haverá sazonalidade de doenças respiratórias - entre elas, o coronavírus. Por isso, medidas não farmacológicas - como evitar o contato entre as pessoas e lavar as mãos - deverão ser adotadas.

"O objetivo não é impedir, é reduzir velocidade de transmissão para que sistema de saúde consiga se manter ativo", explicou Oliveira. Ele afirmou que a quarentena, que é a restrição de movimento decretada oficialmente por uma autoridade, seria a última medida adotada pela pasta, depois de outras não farmacológicas como lavar as mãos.

Veja recomendações do Ministério da Saúde para combate à Covid-19:
Segundo Oliveira, quando o coronavírus se tornar comum, algumas medidas devem ser adotadas para evitar o contágio:

Eventos com concentração próximas de pessoas - sejam governamentais, esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais ou religiosos - sejam cancelados ou adiados, se houver tempo hábil. Se isso não for possível, a recomendação é que o evento ocorra sem público.


Cruzeiros turísticos também devem ser adiados.
Etiqueta respiratória: ao tossir ou espirrar, deve-se utilizar o antebraço, lavar as mãos com frequência e ficar em casa se estiver doente.


Evitar apertos de mão, não compartilhar alimentos e bebidas, aumentar a distância social, reduzir a exposição a lugares lotados.


Fazer compras fora do horário de pico.


Mudar rotina no transporte público.


Fazer exercícios ao ar livre. Academias podem estimular horários alternativos e reforçar higiene de equipamentos.


Comprar suprimentos que deve ter sempre à mão, para evitar sair se ficar doente ou precisar cuidar de alguém doente. Ao mesmo tempo, fazer isso de forma racional e evitar compras desnecessárias.

No dia 6 de março, o Ministério da Saúde havia recomendado, por meio da Anvisa, que passageiros provenientes de países da América do Norte, Europa e Ásia e que apresentasse sintomas como febre, coriza, tosse e falta de ar poderiam ser considerados suspeitos de Covid-19. A Anvisa reforçou que os passageiros que entrassem nesse perfil deveriam procurar atendimento médico de imediato.

 

G1