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imunedenguePacientes que foram diagnosticados com dengue podem ficar imunes contra o vírus da Zika, de acordo com um estudo científico divulgado à comunidade acadêmica nesta quinta-feira (7).

A pesquisa foi elaborada pela Famerp, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), a Universidade Federal da Bahia e universidades do Texas, Pittsburgh e Califórnia, nos Estados Unidos.


Quando o vírus da Zika e a microcefalia explodiram no Brasil, principalmente no nordeste, em 2015, pesquisadores acreditavam que a dengue facilitaria a infecção por Zika.

Os pesquisadores utilizaram dados de 1.453 moradores da comunidade Pau de Lima, em Salvador (BA), que convive como vírus da dengue há pelo menos 30 anos e foi uma das principais áreas afetadas pelo vírus da Zika em 2015.


“Era uma hipótese razoável, mas a realidade em Rio Preto mostrava que não porque era para ter casos de Zika gravíssimos aqui e não tivemos. Nesse estudo específico, acompanhamos uma comunidade na Bahia e percebemos que a Zika explodiu lá, mas a distribuição não era uniforme”, afirma o pesquisador da Famerp, Maurício Lacerda Nogueira.

De acordo com o pesquisador, ao perceber a distribuição da Zika na Bahia descobriram que o anticorpo antidengue protegia contra o vírus.

"Quanto mais anticorpo antidengue a pessoa tinha, mais protegida ela estava. Diferentemente do que se achava, ao invés da dengue facilitar a Zika, a dengue estava protegendo contra a Zika", afirma.

Este foi o primeiro estudo a relacionar as duas doenças com seres humanos. Antes uma pesquisa da Famerp já havia indicado que uma infecção por dengue não necessariamente leva a um quadro mais grave de Zika.

"O momento ainda é de entender o que aconteceu, até hoje não se explica com detalhes porque tivemos aquele grande número de casos de microcefalia no nordeste. A próxima etapa agora é estudar o quanto ela protege, por quanto tempo, de que forma, isso terá grande influência no desenvolvimento de vacinas tanto para dengue como para a Zika.”

Mas o pesquisador afirma que nem toda a pessoa que teve dengue está totalmente imune ao vírus da Zika.

“Não significa necessariamente que quem teve dengue não vai ter Zika. Quanto mais anticorpos a pessoa tem, mais protegida está. A maioria das pessoas infectadas por Zika tinha anticorpos e não desenvolveu a doença. Existe uma proteção, não é absoluta, mas é muito relevante.”

 

G1

Foto: Fernando Daguano/TV TEM

bolsonaroO presidente Jair Bolsonaro teve febre (38ºC) na noite desta quarta-feira e, após ser submetido a exames, apresentou quadro compatível com pneumonia . A informação foi confirmada através do boletim médico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ele está internado desde a semana passada, e também pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. A origem do quadro é bacteriana.


Ontem, Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de tórax e abdome evidenciou boa evolução do quadro intestinal após a reversão da colostomia ( o procedimento foi realizado no dia 27 de janeiro ). Para tratar o quadro de pneumonia, os médicos ajustaram a dose de antibióticos que está sendo administrada ao presidente e mantiveram os demais tratamentos.


No sábado, Bolsonaro apresentou quadro de náusea e vômitos devido ao acúmulo de líquido no estômago e passou a utilizar uma sonda neogástrica para fazer a drenagem do conteúdo. De lá para cá, nos últimos quatro dias, os boletins médicos constataram a estabilidade da saúde dele. Há dois dias, Bolsonaro chegou a utilizar as redes sociais para criticar o que chamou de "militância maldosa" em torno da própria recuperação, que, segundo ele, estava em "evolução plena" . No domingo, com o início do tratamento com antibióticos, ficou confirmado que a internação deveria durar pelo menos mais uma semana .

 

O porta-voz da Presidencia, Otávio do Rêgo Barros, explicou que a pneumonia é bacteriana e não viral e confirmou o reajuste na dose do medicamento.

— Os médicos introduziram novo antibiótico de amplo espectro para debelar essa pneumonia.
Barros não soube dizer se a pneumonia vai ampliar o período de internação. Inicialmente, a previsão era que Bolsonaro deixasse a unidade de saúde cerca de 10 dias após a cirurgia — a alta deveria ter acontecido na quarta ou na quinta-feira desta semana.
— Não sei se esse antibiótico agregado ao pacote (de tratamento) vai aumentar o prazo de permanência do presidente aqui.

O porta-voz não quis entrar em detalhes sobre as possíveis causas da pneumonia.

— Eles (médicos) têm algumas possibilidades identificadas mas não gostaria de avançar por se tratar de possibilidades.

Também revelou que Bolsonaro tem apresentado dificuldade para dormir.

— O presidente tem tido alguma dificuldade de dormir. Desde ontem os médicos estão pensando em auxiliá-lo de alguma forma — disse, negando que Bolsonaro esteja tomando medicamentos para adormecer.


Ainda de acordo com o porta-voz, o presidente manifestou a vontade de comer bife com batata frita quando deixar a dieta.

O porta-voz afirmou, por fim, que o presidente está confiante em sua cura.

— O estado de ânimo do presidente é de uma pessoa que está agarrada em sua cura"

Bolsonaro segue sem dor e utiliza a sonda nasogástrica, um dreno no abdome e se alimenta por líquidos recebidos via oral. As visitas seguem restritas. Nesta quinta-feira, ele realizou exercícios respiratórios e andou pelo hospital.


Logo após a divulgação do novo boletim médico, Bolsonaro utilizou as redes sociais para tranquilizar os seguidores. Ele compartilhou o vídeo com a íntegra da coletiva de Otávio do Rêgo Barros e pediu para que a informação sobre a pneumonia não seja motivo para "sensacionalismos".

"Estamos muito tranquilos, bem e seguimos firmes", diz o presidente em trecho da mensagem.

 

O Globo

Foto: reprodução

 

Em seu último número, a publicação “The Gerontologist”, da Sociedade Norte-Americana de Gerontologia (The Gerontological Society of America), traz 21 artigos científicos sobre a relação simbiótica entre envelhecimento e tecnologia. Entre os temas pesquisados, fica claro como o uso da internet tem ajudado idosos a se conectar com familiares e amigos, diminuindo a solidão – mas também aumentando o risco de limitar seu engajamento em atividades sociais. Há ainda o potencial pouco explorado da utilização de robôs para promover o bem-estar dos mais velhos, além de terapia on-line para tratar sintomas depressivos.


A edição especial foi organizada pela médica Rachel Pruchno, editora-chefe da publicação e diretora do New Jersey Institute for Sucessful Aging, que declarou: “a tecnologia tem grande potencial de melhorar a vida dos idosos. No entanto, para ser útil, geriatras e especialistas em gerontologia devem participar de todas as etapas do processo para a criação de produtos e softwares, porque podem facilitar a experiência dos consumidores mais velhos. Engenheiros e profissionais de marketing não têm essa expertise, daí a importância de todos trabalharem em parceria. Do contrário, corre-se o risco de gastar dinheiro numa tecnologia inútil”.

Um dos trabalhos dos pesquisadores foi comparar a eficácia do robô Paro, um bebê-foca criado no Japão, com outros animais de pelúcia utilizados no tratamento de pacientes com demência. Dotado de movimentos que “respondem” à interação, as adoráveis foquinhas melhoraram o humor e reduziram a agitação dos idosos, facilitando a comunicação com seus familiares, enquanto os bichos tradicionais não traziam o mesmo engajamento. Um senão: um bebê Paro custa algo em torno de 6.500 dólares, o equivalente a 24 mil reais.

Outro artigo mapeou o desempenho de idosos quando se valiam de tecnologia em atividades diárias: por exemplo, o uso do celular e iBook, ou a leitura correta de um monitor de pressão. Para garantir uma vida com independência, esse recurso será cada vez mais presente, e o que o estudo apontou foi a necessidade de se levar em conta limitações individuais – tanto sociais, quanto cognitivas. Pacientes com algum tipo de comprometimento cognitivo leve, com o devido treinamento, também poderiam dominar o manejo desses produtos e prolongar sua autonomia.

 

G1 Por Mariza Tavares

gravdadolescenteA adolescência, período que compreende as idades entre os 10 e 19 anos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é um estágio da vida em que o corpo passa por inúmeras transições, sejam elas hormonais, psicológicas e anatômicas. Nesta Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, especialistas ouvidos pelo R7 alertam sobre o impacto da gravidez precoce em um corpo e mente em formação.


De acordo com a pediatra Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), as jovens nessa idade passam por situações de vulnerabilidade quanto à saúde mental e emocional, acompanhamento médico, suporte familiar e, para adolescentes abaixo dos 15 anos. A situação fica ainda mais complicada, pois essas jovens estão em fase de crescimento, podendo ter alguma deficiência nutricional durante a gestação, já que competiriam com o feto pelo aproveitamento desses nutrientes.


Evelyn ressalta que, com essas mudanças, há ainda a possibilidade de desenvolver casos graves de anemia, diabetes gestacional, pré-eclampsia (hipertensão durante a gravidez). Entre outros problemas que esse contato sexual, que pode ou não resultar uma gestação, existe a possibilidade de infecção por IST's (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

Segundo a ginecologista Ana Carolina Pereira, membro da FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), o útero dessa adolescente ainda não está completamente formado até os 18 anos de idade, não estando totalmente maduro para receber um embrião.


Um dos principais problemas apontados por ambas as especialistas é o apoio que essa jovem receberá, tanto de sua família, quanto do pai da criança. "É importante lembrar que aquela adolescente não engravidou sozinha. Ela foi engravidada. A gravidez na adolescência deve ser prevenida também por parte do garoto nessa idade, ou pelo homem mais velho que engravidou essa menina", afirma Evelyn.

A pediatra ressalta que grande parte das gestações durante a adolescência são resultado de relações com homens mais velhos ou por conta de violência sexual, muitas vezes praticadas por familiares daquela adolescente.


Evelyn fala, ainda, que, de acordo com o artigo 217 do Decreto de Lei 2848/40 do Código Penal Brasileiro, a relação sexual com menores de 14 anos é considerada como estupro de vulnerável, com pena de reclusão de oito a 15 anos.

"A falta de maturidade dos jovens para lidar com uma gravidez precoce pode trazer problemas como a depressão pós-parto e até a rejeição daquela criança que foi gerada, podendo não ter um vínculo com os pais biológicos, e ser deixada para ser cuidada pelos avós", afirma a ginecologista.


Outra preocupação da ginecologista é que, nessa idade, a jovem é mais sujeita a tentar um aborto, colocando em risco a própria vida, já que, com a desregularização da prática no país, a procura por uma clínica clandestina submete essas mulheres a procedimentos e materiais sem segurança para o organismo.

A pediatra afirma que, com essa gravidez precoce, há também uma exclusão dessa jovem, que deixa os estudos e apresenta grande dificuldade de inserção social e no mercado de trabalho, resultando um desequilíbrio socioeconômico na vida dessas jovens.
Para ambas as especialistas, o principal meio de prevenção se dá pelo diálogo. "As famílias não podem encarar a sexualidade como tabu, e é necessário maior investimento em educação sexual e mais campanhas de prevenção", afirma a pediatra.

As especialistas afirmam que, entre os métodos contraceptivos mais aconselhados estão o uso de preservativo, que evita a gravidez precoce e a infecção por doenças, e a pílula contraceptiva. Para esse uso, a adolescente deve conversar com seu pediatra e com a ginecologista, que deve ser consultada a partir da primeira menstruação.

 

R7

Foto: Freepik