• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

cancerMédicos britânicos começaram testes clínicos para testar se uma espécie de "bafômetro" é capaz de detectar a ocorrência de câncer.

O objetivo dos pesquisadores é saber se os diferentes tipos de câncer que afetam o corpo humano deixam algum tipo de rastro químico que possa ser detectado na respiração humana.

A equipe do instituto Cancer Research UK, da Universidade de Cambridge, vai coletar amostras de respiração de 1.500 pessoas - algumas delas já diagnosticadas com câncer.

 Se a tecnologia se mostrar eficaz, poderá ser usada por clínicos gerais para saber se há necessidade de estudos mais aprofundados.

Os testes do "bafômetro" poderiam ser usados em conjunto com outros, como os de urina e de sangue, para ajudar os médicos a detectar o câncer ainda nas fases iniciais, disseram os pesquisadores.

Os resultados desses primeiros testes com o "bafômetro", porém, só estarão disponíveis daqui a dois anos.

Clínicos gerais ouvidos pela reportagem se mostraram entusiasmados com a pesquisa, mas disseram ser improvável que o "bafômetro" se torne um instrumento disseminado para combater o câncer tão cedo.

Como funciona o teste?

Quando estão funcionando normalmente, as células que formam o nosso corpo liberam moléculas chamadas compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês).

Mas, quando atingidas pelo câncer ou por outras doenças, o comportamento normal das células é alterado: elas parecem produzir estas moléculas num padrão diferente, inclusive com outro odor.
O que os pesquisadores estão tentando saber é se estes padrões e cheiros podem ser identificados pelo tal bafômetro, se podem ser diferentes para cada tipo de câncer e se podem ser percebidos já nos primeiros estágios da doença.

Qual é o potencial destes testes?

As avaliações clínicas ainda estão em fase inicial. Por isso, vários anos serão necessários para saber se os resultados são promissores ou não.

A ciência por detrás do teste, em si, não é nova.

Vários pesquisadores em todo o mundo já investigam a possibilidade de usar bafômetros para detectar diversos tipos de câncer há anos, inclusive o câncer de pulmão.

Há diversas indicações de que os testes de respiração podem ser usados para detectar sintomas pré-cancerosos - mas ainda não está claro o quão acurados estes testes são.

Para ser usado de forma massiva, estes testes terão de se mostrar sensíveis o suficiente para evitar diagnósticos errados e falsos resultados positivos.

Em resumo, ainda há um longo caminho a ser percorrido e muito mais pesquisa é necessária antes que testes de respiração comecem a aparecer nos consultórios dos clínicos gerais.

É possível ainda que cães também sejam usados para "farejar" os odores presentes no câncer e em outras doenças, como o Mal de Parkinson.
Como são os testes conduzidos em Cambridge

Um primeiro teste está sendo realizado em pacientes com suspeitas de câncer no esôfago e no estômago. Em seguida, serão incluídas pessoas com cânceres de próstata, rins, bexiga, intestino e pâncreas.

Pessoas saudáveis também serão participarão dos testes, como grupo de controle.

As pessoas testadas terão de respirar através de uma máscara durante 10 minutos, para que uma amostra possa ser coletada. Os testes se darão no Hospital Addenbrooke, da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

As amostras, então, serão enviadas para análise em um laboratório em Cambridge.

'Melhores chances de sobrevivência'

Rebecca Coldrick, de 54 anos, foi uma das primeiras pessoas a participar dos testes. Ela possui uma doença chamada Esôfago de Barrett - que não é um câncer, mas pode evoluir para esta doença.

"Fiquei muito feliz em poder participar do teste, quero ajudar na pesquisa da forma que eu puder", disse ela.
"Precisamos urgentemente desenvolver novas ferramentas, como este teste de respiração, que possam ajudar a detectar e diagnosticar o câncer antecipadamente, dando aos pacientes mais chances de sobreviver à doença", disse a pesquisadora Rebecca Fitzgerald, que coordena os testes no Centro Britânico de Pesquisa de Câncer de Cambridge.

Para o médico David Crosby, chefe de pesquisa em detecção precoce no instituto Cancer Research UK, os testes de respiração são uma tecnologia com o potencial "para revolucionar a forma como nós detectamos e diagnosticamos o câncer no futuro".

O instituto no qual Crosby trabalha, aliás, elegeu a pesquisa nesta área como uma de suas prioridades máximas.

 

BBCBrasilNews

Foto: OWLSTONE MEDICAL LTD

Foi denunciado pelo Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria de Justiça (Sinpoljuspi), a presença de vários casos de tuberculose dentro do sistema penitenciário do Piauí. De acordo com a entidade, já foram notificados 13 casos de tuberculose dentro de várias unidades de detenção do estado. Além dos 13 casos, dois agentes penitenciários foram diagnosticados com tuberculose, os agentes trabalhavam no hospital penitenciário quando foram detectados.

O sindicato informa que é preciso uma medida urgente para evitar que a situação se complique ainda mais e possa oferecer um risco maior tanto para detentos como para trabalhadores do sistema penitenciário e para a sociedade em geral.

As suspeitas se iniciaram após os agentes penitenciários constatarem um óbito no dia 21 de Dezembro, dentro do Hospital Penitenciário, onde um detento que chegou ao local no dia 14 do mesmo mês faleceu 7 dias após a internação vítima de tuberculose. Após esse fato, outros casos da doença começaram a ser constatados e registrados junto ao sindicato. Ao total, o sindicato já foi notificado, no mês de Dezembro sobre 4 casos na penitenciária Irmão Guido, 2 casos em São Raimundo Nonato, 1 caso em altos, 2 casos na penitenciária Major César e outros 4 casos na Casa de Custódia.

Além desses casos, o Presidente do Sinpoljuspi Kleiton Holanda informou que dentro do Hospital penitenciário existem dois detentos isolados por estarem em um estágio da doença em que existe elevado risco de contaminação, além de outros vários detentos sendo medicados em tratamento contra a doença.

“Nossa maior preocupação é de que esses casos evoluam para uma epidemia que contamine não somente os detentos do sistema, como também os servidores, familiares e trabalhadores do setor de justiça que tem contato direto com os presos. É uma situação de risco para todos. Para piorar, dentro do hospital penitenciário, os servidores não tem equipamentos apropriados para cuidar destes dois detentos isolados”, fala Kleiton Holanda.

Ele destaca ainda que a abrangência desses casos ocorre pois durante a transferência de presos, que estejam com a doença e em tratamento, para outras unidades, não está sendo feita uma notificação apontando que o detento de fato está realizando o tratamento, além disso, o próprio detento não estaria admitindo ou informando essa situação, para evitar se tornar alguém a margem da comunidade carcerária dentro dos presídios.

“Essa realidade de falta de informação prejudica e só piora a situação. Estamos encaminhando nessa quinta-feira para a Sesapi, Fundação Municipal de saúde, vigilância sanitária e Secretaria de Justiça, documentos solicitando uma ação conjunta para poder combater esse problema. Queremos realizar mutirões de exames, além de providenciar tratamento adequado para aqueles detentos e pessoas que estão doentes, essa é a melhor ação que podemos empregar agora”, completa o presidente do Sinpoljuspi.

Sejus registra 10 casos

A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) notificou até dezembro passado dez casos de tuberculose entre os detentos, que se encontram em tratamento médico. Segundo a Sejus, foram diagnosticados, quatro detentos da Penitenciária Irmão Guido,  dois na Casa de Custódia, três na Unidade de Apoio Prisional, em Altos e um na Penitenciária Gonçalo de Castro Lima, em Floriano, no Sul do Piauí.

Ainda no fim do mês de dezembro de 2018, o detento Francisco Luciano dos Santos Nunes, morreu vítima de tuberculose. Ele estava internado no  Hospital Penitenciário Valter Alencar, única unidade de custódia e tratamento psiquiátrico do Piauí.

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria. Esse germe tem algumas características diferentes, sendo melhor chamada de micobactéria. A micobactéria pode infectar vários órgãos, como pulmão, pleura, ossos, sistema nervoso, linfonodos, intestinos, sistema genitourinário. A tuberculose acompanha o ser humano desde a pré história e é muito presente no Brasil.

 

mn

diabulimia"Tenho a minha vida e tenho meus pés. São duas das coisas mais importantes para mim, considerando o dano que eu poderia ter causado a mim mesma".

Becky Rudkin, de 30 anos, tem diabulimia — termo usado para descrever pessoas com diabete tipo 1 que tomam deliberadamente menos insulina que o necessário com o objetivo de perder peso.

A diabetes tipo 1 — doença autoimune, que costuma ser diagnosticada na infância — ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente. Seu tratamento prevê a aplicação de injeções diárias do hormônio, responsável por controlar a glicose no sangue e fornecer energia ao organismo.

A diabulimia não é reconhecida oficialmente pela comunidade médica, mas uma verba de 1,2 milhão de libras (cerca de R$ 5,7 milhões) acaba de ser concedida para o financiamento de uma pesquisa sobre o tema na Grã-Bretanha.

A expectativa é que os cientistas consigam elaborar um programa de tratamento eficaz para pessoas que sofrem com o transtorno.

Becky, que é de Aberdeen, na Escócia, participou do documentário da BBC Diabulimia: The World's Most Dangerous Eating Disorder ("Diabulimia: o Transtorno Alimentar Mais Perigoso do Mundo", em tradução livre), produzido em 2017.

Na época, ela revelou que, por não estar tomando insulina suficiente, os ossos dos seus pés começaram a se desintegrar no que os médicos descreveram como "favo de mel e papa". Eles estavam tão frágeis que quebravam com frequência.

"O dano no nervo é tão sério que eu nem sinto — só consigo ver o quão inchados estão", relatou na ocasião.

Becky precisou usar muletas por causa do problema nos pés e passou três anos entrando e saindo de uma clínica de distúrbios alimentares.

A diabulimia é considerada mais perigosa do que a anorexia e a bulimia. Nos casos mais graves, pode levar à insuficiência cardíaca, à amputação de membros e até à morte.

"As pessoas com diabetes tipo 1 (que sofrem com o distúrbio) têm medo que a insulina leve ao ganho de peso. Esse medo é tão forte que faz com que omitam a dose de insulina que precisam tomar com o objetivo de perder peso", explicou Khalida Ismail, professora do King's College London, especializada em diabetes e saúde mental, ao documentário da BBC.

"Se um paciente com diabetes tipo 1 não tomar insulina, ele vai morrer muito rápido", completou.

Diário da diabulimia

Em 2016, a BBC News Brasil relatou o caso da britânica Lisa Day, que morreu em 2015, aos 27 anos, após sofrer por anos de diabulimia.

Ela tinha sido diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 14 anos de idade. Por isso, precisava de injeções diárias de insulina e tinha de cuidar da dieta. Mas ela tomava quantidades bem abaixo de insulina do que deveria. Os efeitos do descompasso no uso da medicação foram devastadores: emagreceu, teve problemas nos rins e nos olhos. Com a saúde debilitada, sofreu um infarto fatal.

Katie Edwards, a irmã mais velha de Lisa, cedeu à BBC trechos do diário escrito pela caçula, para alertar a respeito desse distúrbio pouco conhecido.

Lisa começou a escrever o diário pouco depois de ser diagnosticada com diabetes, em setembro de 2001.

Os relatos revelam um perfil típico de uma jovem com anorexia, mas que também tem de lidar com o diabetes:

"15 de março de 2002

Me sinto tão gorda. Me odeio. Amanhã começo a trabalhar em um petshop. Há uma discoteca no FC amanhã. Vou com Holly.

18 de março de 2002

Tive uma 'hipo' (hipoglicemia) terrível na hora do almoço. Estava sentada com Mike e sua namorada. Não acho que ele ache que eu estou em boa forma."

A ciência por trás da diabulimia

A ciência básica por trás da diabulimia é que, sem insulina para processar a glicose, o corpo não pode quebrar os açúcares dos alimentos para obter energia. Em vez disso, as células do corpo começam a quebrar a gordura já armazenada no organismo, liberando o excesso de açúcar pela urina. Na ausência de gordura, o corpo começar a queimar músculo.

Um ano depois do documentário, Becky contou ao programa Newsbeat, da Radio 1 da BBC, que "as coisas meio que melhoraram" para ela.

Ela não precisa mais usar muletas, tampouco consultar a equipe de acompanhamento de saúde mental. E diz que está animada com os planos para o futuro:

"Estou noiva e vou me casar. Meu companheiro foi morar comigo e temos uma cachorrinha."

"Ela é meu bebê agora e isso tem me ajudado muito. Animais de estimação têm esse poder, ela me dá muito carinho", contou.

O financiamento para a pesquisa sobre diabulimia foi obtido pela cientista clínica Marietta Stadler, que trabalha no King's College Hospital, em Londres.

Ela e sua equipe vão usar a verba para tentar entender melhor a condição. Para isso, vão entrevistar pessoas que apresentam o transtorno.

"Você não pode ter um bando de médicos decidindo sobre uma intervenção, as pessoas que vivem com a condição precisam estar envolvidas", diz ela.

A pesquisa deve levar cinco anos, e o plano atual é criar um programa de tratamento de 12 módulos - uma sessão quinzenal por seis meses - para pacientes com diabulimia.

Ao saber da pesquisa, Becky diz que "já não era sem tempo, porque o diabetes é negligenciado". Mas ela também manifesta algumas preocupações.

"Todo mundo é diferente e cada um de nós trata a diabulimia e diabetes de formas completamente distintas. Então eu suponho que é onde poderia pegar um pouco."

"O que você pode fazer em 12 sessões com alguém que tem diabulimia? Você não vai a fundo em um encontro quinzenal, não sei se é suficiente", completa.

O financiamento foi concedido pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde (NIHR, na sigla em inglês), que oferece verba para projetos de pesquisa que dizem ter "um claro benefício para os pacientes e para o público".

"Tudo o que financiamos deve ter um efeito real e útil para o NHS (sistema público de saúde do Reino Unido), e a pesquisa de Marietta foi um grande exemplo disso."

Marietta Stadler afirma, por sua vez, que a pesquisa é apenas o "primeiro passo". Segundo ela, após os cinco anos de financiamento, seria necessário um estudo maior antes de qualquer programa oficial de tratamento ser adotado pelo NHS.

"Como todo mundo, quem é diagnosticado com diabetes tipo 1 não tem apenas necessidades de saúde física, também tem necessidades de saúde mental", disse um porta-voz do governo.

A ONG Diabéticos com Transtornos Alimentares (DWED na sigla em inglês) estima que 40% das mulheres com diabetes tipo 1 admitem ter negligenciado a administração de insulina para perder peso.

 

BBC News Brasil

Foto: Becky Rudkin

Algumas doenças causam lesões orais semelhantes, mas, com um diagnóstico sistêmico, é possível diferenciá-las.
Aftas podem ser um verdadeiro incômodo, especialmente na hora das refeições. Quem nunca tentou comer um alimento ácido, ou um pouco mais temperado, e sentiu uma dor desconfortável nos lábios ou no interior da boca? A seguir, você confere respostas para dúvidas frequentes, além de cinco dicas que vão ajudá-lo a prevenir a doença.


O que é?
Aftas são úlceras orais recorrentes, que, a princípio, não estão relacionadas a outras doenças. De acordo com o professor da disciplina de estomatologia da Universidade Federal de Pernambuco, Luiz Alcino Gueiros (CROPE: 6658), elas são autolimitadas e têm padrões clínicos distintos.


Quais são os padrões clínicos?
O primeiro deles é a forma menor da doença, quando a pessoa apresenta lesões pequenas e isoladas, com dois milímetros de diâmetro, que cicatrizam em aproximadamente 14 dias. O segundo é a forma maior, com ferimentos que chegam a um centímetro. “Esse tipo de afta pode até deixar cicatrizes nos pacientes e demora mais de duas semanas para sarar”, afirma Gueiros. O último padrão é raro: a afta herpetiforme reúne várias lesões pequenas, que originam uma só, mas com um tamanho maior.


A doença pode aparecer em outras regiões do corpo?
Não. Segundo o professor, as aftas só acometem a boca. “Existem outras doenças que podem resultar em lesões semelhantes na boca, mas elas também aparecem no restante do corpo. Esse é um fator diagnóstico e de diferenciação”, declara Gueiros.


Quais são as causas?
“Não há uma clareza quanto ao que pode causar afta”, comenta o professor. Os fatores podem ser por histórico familiar, estresse, alergias a certos tipos de alimento, como o abacaxi, deficiência de ferro ou de vitamina B12.


Existe tratamento?
Sim. Para a pessoa que tem afta raramente, é feita uma cauterização da lesão com nitrato de prata no local afetado. “Só se adota esse procedimento caso sejam poucas lesões e episódios esporádicos”, acrescenta Gueiros. Além disso, podem ser usados laser terapia e corticoides tópicos, recomendados para fazer bochecho Quem tem a doença mais frequentemente precisa de um tratamento intensivo. “Nesses casos, receita-se corticoides e imunossupressores.”


Chá preto como prevenção?
Relatos apontam que colocar um saquinho de chá sobre a afta alivia a dor e o desconforto. A razão seria o tanino, substância presente na bebida, que tem efeito adstringente, eliminando resíduos e sujeira. Mas atenção: nada de colocá-la quente sobre as lesões. Ela precisar estar em uma temperatura amena.


Sal dissolvido em água morna ajuda?


Fazer uma solução salina ajuda a desinfetar e acelerar a cicatrização das aftas, já que o sal tem propriedades bactericidas.
Cravo-da-índia é eficaz contra a afta?


Ele acelera o processo de cicatrização porque funciona como antisséptico e analgésico, o que traz alívio da dor.
Leite de magnésia funciona?


O leite de magnésia tem sido descrito como um agente que ajuda na redução dador e acelera o processo de cicatrização, já que uma película protetora se forma sobre a úlcera, evitando que a dor aumente.


Qual o efeito do iogurte?


O iogurte tem probióticos, microorganismos que podem ocasionar uma melhora nos sinais e sintomas da afta, com redução da dor.

 

msn/saudebucal