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‘Muitos acham que a gripe é bobagem, mas ela mata em média 900 pessoas por ano no país", afirma a pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).


No ano passado, foram 1.381 mortes, sendo 55% de pessoas acima de 60 anos, faixa etária dentro do grupo com direito à vacina da gripe pelo SUS.

 "O vírus influenza é imprevisível, por essa razão, insistimos na vacinação anual como forma de prevenção. Não há como saber qual será sua intensidade na temporada", explica a médica.

No Amazonas, a campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada em cerca de um mês, tendo início nesta segunda-feira (18), devido a um surto do vírus H1N1. Até o momento houve 586 casos de gripe, sendo 26 mortes por H1N1, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas.


"Não há motivo para pânico nem correria", afirmou o governador Wilson Lima, por meio de nota. "Há vacina em quantidade suficiente para pessoas que fazem parte do grupo de risco. Agora, o fato de a vacina chegar, não significa que a gente tenha que deixar de lado os cuidados. Então, lavem as mãos, usem álcool em gel, evitem lugares onde há grandes aglomerações que, assim, a gente vai conseguir efetivamente combater o H1N1”.

O Ministério da Saúde anunciou na última sexta-feira (15) que 1 milhão de vacinas, já desta campanha, serão enviadas ao Amazonas. As clínicas privadas ainda não dispõem das vacinas desta temporada, de acordo com Isabella.


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Diferentemente do sarampo, que também provoca surto no Amazonas, o vírus influenza nada tem a ver com a imigração de venezuelanos. "A região Norte tem a sazonalidade da gripe mais precoce em relação às outras regiões. Esta é a época do infuenza no Amazonas, por causa da condição climática. É a estação de chuvas, que corresponde ao inverno. Mas o que surpreende é o maior número de mortes do que costuma ocorrer", afirma.


Embora a circulação do vírus na região nesta época seja esperada, a causa do surto é desconhecida. "Não dá para saber. O que se sabe é que preciso estar preparado, com a vacina", orienta. Ela explica que não há risco de disseminação do vírus para as demais regiões já que se trata de uma circulação prevista.

Segundo a médica, existe uma discussão sobre qual seria o mês ideal para início da campanha de vacinação no país, que ocorre em abril. O ideal, segundo a especialista, é que, quando o vírus começasse a circular, todos já estivessem imunizados com a vacina.

"A OMS define em setembro qual serão as cepas utilizadas na vacina no hemisfério Sul. A vacina será direcionada aos vírus que irão circular. Mas, para fazer uma vacina, é preciso pelo menos seis meses", afirma.

Produzida pelo Instituto Butantan, a vacina imuniza contra três tipos de vírus predominantes no Brasil: influenza A (H1N1e H3N2) e um tipo de influenza B.
Isabella destaca que o H1N1 se mantém importante no país, dividindo a prevalência com o H3N2. "Cerca de 76% das mortes por gripe são de pessoas dentro do grupo de risco, como idosos, gestantes, diabéticos e cardíacos. Ou seja, os outros 24% são pessoas sem risco para gripe. Na maioria das vezes, a gripe é assintomática, mas 10% vão adoecer", diz.

 

rimAs doenças reumáticas, que atingem principamente as articulações, afetam mais de 12 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde.

Hoje, o caminho para controlar o avanço em quem já tem a doença e garantir a qualidade de vida está relacionado às drogas modificadoras do curso da doença (DMCD), de acordo com o reumatologista José Roberto Provenza, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.


Esse foi um dos temas abordados durante a Jornada Rio-São Paulo de Reumatologia realizado de 14 a 16 de março em São Paulo. “Existem as drogas que combatem os sintomas das doenças, que são os analgésicos, os anti-inflamatórios e os corticoides, e as drogas que mudam o curso da doença, capazes de interferir antes que ocorra o processo inflamatório”, explica.

Para o reumatologista, esta é principal inovação na área. Além da importância do tratamento multidisciplinar, que envolve fisioterapeutas, nutricionistas e psiquiatras, uma vez que, gerando dor crônica, as doenças reumáticas acabando levando à depressão, segundo Provenza.


“A intensidade da dor, a limitação que ela causa no dia-a-dia, interferindo na vida social, o bloqueio na mobilidade das articulações e a deformação de pés e mãos, tudo isso acaba desencadeando a depressão. Não é a depressão que leva à dor crônica, mas sim a dor crônica que leva à depressão”, afirma.
As drogas modificadoras do curso da doença (DMCD) inibem a atuação das citocinas, envolvidas no processo inflamatório, impedindo a progressão da doença.

Artrose é a doença reumática mais frequente

Ele ressalta que existem 120 doenças na reumatologia que afetam o aparelho locomotor. A mais comum é a artrose, uma degeneração das cartilagens relacionada ao envelhecimento. “Há um aumento das doenças reumáticas, mas isso está relacionado a um aumento da longevidade da população e um melhor diagnóstico das doenças”, afirma.

As principais doenças reumáticas são a artrite idiopática juvenil e febre reumática na infância e adolescência, a artrite reumatoide entre mulheres de 35 a 45 anos, a artrose a partir dos 60 anos, tanto em homens quanto em mulheres, e a gota, em homens, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Nos Estados Unidos, a gota afeta 4% dos homens, ainda de acordo com o órgão.

Lúpus, osteoporose, tendinites, bursites e fibromialgia também são consideradas doenças reumáticas.

Embora tenha havido uma melhora no diagnóstico, o grande desafio das doenças reumáticas ainda é o diagnóstico precoce, de acordo com Provenza. “Quando uma pessoa tem dor articular, não é a prática que ela procure um reumatologista. O atraso no diagnóstico pode prejudicar o tratamento. Dores articulares por um longo período, ou seja, mais do que oito semanas, devem ser investigadas por um reumatologista”, orienta.

 

R7

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Comer cogumelos pode reduzir o risco de perda de memória, segundo um estudo da Universidade Nacional de Cingapura publicado nesta terça-feira (12) no Journal of Alzheimer's Disease.

O estudo se refere ao Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), em inglês, Mild Cognitive Impairment (MCI), muitas vezes, precursor do Mal de Alzheimer.
Os pesquisadores acompanharam 663 mulheres e homens chineses com mais de 60 anos, em princípio, sem problemas de memória, durante seis anos.

As análises eram realizadas por meio de entrevistas individuais, nas quais eram avaliadas funções cognitivas e acuidade mental. Paralelamente, os cientistas registravam informações sobre sua dieta, como consumo de carne, vegetais verdes, frutas e nozes, além de questões sobre seis tipos de cogumelos habitualmente consumidos naquela região.

Ao final do estudo, 90 participantes desenvolveram o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL).


O estudo mostrou que aqueles que consumiam duas porções de cogumelos uma vez por semana apresentaram redução de 52% do risco de desenvolver o CCL, independentemente de idade, sexo, educação, tabagismo, consumo de álcool, hipertensão, diabetes, doença cardíaca, acidente vascular cerebral, atividades físicas e atividades sociais. Já os participantes que ingeriam o alimento menos de uma vez por semana não apresentaram o mesmo resultado.


A pesquisa ressalta o potencial dos cogumelos e seus compostos bioativos em retardar o declínio cognitivo e a neurodegeneração em idosos, porém não deixa claro como isso ocorreria para reduzir o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL).

 

R7

mosquDepois de analisar mais de 18 mil insetos entre 2015 e 2018, uma pesquisa liderada pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) descobriu que os responsáveis pela recente epidemia de febre amarela no Brasil foram os mosquitos Haemagogus janthinomys e Haemagogus leucocelaenusforam. O estudo foi publicado na revista científica Emerging Microbes and Infections.

O levantamento detectou as duas espécies em grande quantidade nas cidades do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
As análises do genoma dos vírus nesses mosquitos confirmaram a presença da mesma linhagem viral identificada em macacos e pacientes.

Essa evidência científica amplia a compreensão sobre a dinâmica de disseminação da doença, contribuindo para estratégias de controle.

Os mosquitos do gênero Haemagogus já haviam sido apontados como principais transmissores da febre amarela no Brasil. A epidemia que ocorreu no país entre 2016 e 2018 registrou mais de 2 mil casos e cerca de 700 mortes, atingindo principalmente a região da Mata Atlântica. O Brasil não registrava casos da doença desde a década de 1940.


“Após capturarmos e analisarmos cerca de 18 mil mosquitos de mais de 80 espécies, podemos afirmar que estas duas espécies de Haemagogus foram os vetores primários da febre amarela no surto e são elas que devem estar no foco das ações”, afirmou o coordenador da pesquisa, Ricardo Lourenço de Oliveira, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC, que atua como referência regional em vetores da febre amarela para o Ministério da Saúde, por meio de nota.

“A partir dessas informações, é possível estabelecer melhores estratégias de vigilância, avaliar a receptividade de novas áreas à doença e calcular índices entomológicos que podem contribuir para prever a possibilidade de novos surtos”, completou.

Os mosquitos foram capturados no interior das áreas de mata, franjas da floresta e nas áreas abertas adjacentes, incluindo quintais de casas próximas. Os vetores também estavam presentes em fragmentos florestais pequenos, muitas vezes, ao lado de bairros com características urbanas.
A presença do vírus da febre amarela foi detectada em vetores de nove cidades: Macaé, Maricá, Teresópolis, Nova Iguaçu, Valença e Angra dos Reis (Ilha Grande), no Rio de Janeiro; Belmiro Braga e Juiz de Fora, em Minas Gerais; e Domingos Martins, no Espírito Santo.

 

R7

Foto: Reprodução/Portal Fiocruz