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O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (26) que o Brasil assinou um acordo para a redução de 144 mil toneladas de açúcar de alimentos industrializados no país até 2022. São 68 empresas envolvidas no acordo e 1147 produtos precisam reduzir açúcares.

O país será um dos primeiros países do mundo a fazer um acordo do tipo com a indústria de alimentos e bebidas. Segundo o ministério, o acordo segue o mesmo modelo do feito para redução do Sódio, que diminuiu mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.

Segundo dados mostrados no evento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere um consumo de açúcar de até 50g por dia, ou seja, 10% das calorias consumidas diariamente seria o ideal. O brasileiro consome 50% a mais que a meta da OMS: 80 gramas por dia, sendo que 36% são os açúcares já presentes nos alimentos industrializados.

A indústria terá algumas metas de redução, especialmente as que adicionam açúcar mais que a média. São 48% acima da média preconizada pela OMS. Por exemplo, a meta é uma redução de 62% dos açúcares presentes nos biscoitos.

O Ministério da Saúde divulgará tabelas específicas de redução de açúcares para cada seguimento alimentício.
Durante coletiva de imprensa, Gilberto Occhi, Ministro da Saúde, falou sobre o acordo: "Este acordo tem um prazo de validade, em uma busca permanente dos melhores indicadores, mas acredito que valerá sempre. Este é um grande segundo evento, o primeiro foi feito há alguns anos com a redução do sódio e temos tido muito sucesso com esta redução. Ela é gradual, como é com o açúcar e como será com teores de gordura. Avançaremos também com a questão da rotulagem dos alimentos processado para que o cidadão possa fazer sua escolha com um pouco mais de informação e consciência".

Sobre a meta de reduzir em até 144 mil toneladas, Occhi declarou: "É um número significativo na busca da conscientização da nossa população. Para que tenhamos menos problemas de doenças que podem ser evitadas na nossa sociedade, como a diabetes e a hipertensão".

Redução sem substituição
O Ministério da Saúde e a Anvisa, durante os debates para a formulação do acordo, assinalaram a importância de que não haja uma substituição do açúcar por adoçantes ou gordura nos alimentos. O acordo brasileiro prevê que a indústria siga esta regra.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será a responsável por monitorar a redução e fará a fiscalização a cada dois anos. A primeira análise será realizada no final de 2020.

Para estabelecer as metas previstas no acordo, o Ministério da Saúde analisou critérios que envolvem desde o consumo e distribuição dos teores de açúcar dos alimentos até a necessidade de redução dos níveis máximos do alimento.

"Estamos começando um processo de redução, é gradativo nos próximos 4 anos. Não será dividido linearmente. Dentro daquilo que a OMS recomenda sempre que o cidadão tenha uma informação. Gradativamente, com o nível da redução de açúcar destes alimentos, eles vão se tornando mais saudáveis", disse Occhi.
O Ministério da Saúde também alerta que fora os açúcares do alimentos industrializados, a população também adiciona açúcar aos alimentos consumidos e que a redução ao consumo do açúcar também passa por uma mudança de hábitos.

A indústria não antecipa impactos negativos na arrecadação, já que o acordo prevê tempo para transição e, segundo os representantes da indústrias presentes, "atende também uma demanda da população".

Fazem parte do acordo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), a Associação Brasileira das Indústrias d Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) e a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos).

 

G1

alzeihmerA possível e surpreendente causa para o AlzheimerMais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de Alzheimer - a forma mais comum de demência. Infelizmente, ainda não há cura para a doença, apenas drogas para aliviar os sintomas.


No entanto, minha pesquisa mais recente sugere uma forma de tratamento. Encontrei a evidência mais forte até agora de que o vírus da herpes é uma das causas do Alzheimer, sugerindo que medicamentos antivirais eficazes e seguros podem ser capazes de combater a doença. Talvez consigamos até vacinar nossos filhos contra esse mal.


O vírus relacionado à doença de Alzheimer, o HSV1 (vírus mais comum da herpes simples), é conhecido por causar herpes labial. Ele infecta a maioria das pessoas na infância e, em seguida, permanece adormecido no sistema nervoso periférico (parte do sistema nervoso que não contempla o cérebro e a medula espinhal). Às vezes, em momentos de estresse, o vírus é ativado e, em alguns indivíduos, causa feridas na boca.Descobrimos em 1991 que, em muitos idosos, o HSV1 também está presente no cérebro. E em 1997 mostramos que isso representa um forte fator de risco para Alzheimer quando presente no cérebro de pessoas que têm o gene APOE4.


O vírus pode se tornar ativo no cérebro, possivelmente várias vezes, e isso provavelmente causa danos cumulativos. A probabilidade de desenvolver Alzheimer é 12 vezes maior para os portadores do gene APOE4 que possuem o vírus HSV1 no cérebro do que para quem não apresenta nenhum dos dois fatores de risco.
Mais tarde, descobrimos junto a outros pesquisadores que a infecção por HSV1 das culturas celulares faz com que proteínas anormais beta-amiloides e tau se acumulem. A aglomeração dessas proteínas no cérebro é característica da doença de Alzheimer.


Acreditamos que o vírus HSV1 é um dos principais fatores que contribuem para o Alzheimer e que ele entra no cérebro dos idosos à medida que o sistema imunológico diminui com a idade. Ele estabelece uma infecção latente (dormente), sendo reativada por eventos como estresse, sistema imunológico baixo e processo inflamatório do cérebro provocado pela infecção de outros micróbios.Essa reativação gera dano direto nas células infectadas e inflamação viral. Sugerimos que reativações recorrentes causem lesões cumulativas, que acabam levando à doença de Alzheimer em pessoas com o gene APOE4.


Provavelmente, em portadores do APOE4, a doença de Alzheimer se desenvolve no cérebro devido a uma maior formação de produtos tóxicos provocada pelo vírus HSV1, ou a uma reparação menor dos danos ocasionados.Novos tratamentos?


Os dados sugerem que agentes antivirais podem ser usados para tratar a doença de Alzheimer. Os principais agentes antivirais, que são seguros, impedem a formação de novos vírus, limitando assim os danos virais.


Em um estudo anterior, descobrimos que o aciclovir, droga antiviral indicada para o tratamento de herpes, bloqueia a replicação do DNA do vírus HSV1 e reduz os níveis de beta-amiloide e tau gerados pela infecção por HSV1 das culturas celulares.


É importante observar que todos os estudos, incluindo os nossos, mostram apenas uma associação entre o vírus da herpes e o Alzheimer - eles não provam que o vírus é de fato uma causa.


Provavelmente, a única maneira de provar que um micróbio é a causa de uma doença é mostrando que sua ocorrência é drasticamente reduzida ao atacar o micróbio - seja por meio de um agente antimicrobiano ou vacina específicos.


A prevenção bem-sucedida do Alzheimer pelo uso de agentes anti-herpes específicos foi demonstrada em um estudo populacional de larga escala realizado em Taiwan. Espero que dados de outros países, se disponíveis, gerem resultados semelhantes.


*Ruth Itzhaki é professora de Neurobiologia Molecular da Universidade de Manchester, no Reino Unido. Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons.

 

BBC News Brasil

Getty Images

Depressão não tem idade. Pode aparecer em qualquer faixa etária, mas estudos mostram que quanto mais novo, mais raro. Quando criança, a depressão aparece mais com sintomas físicos e com uma dependência emocional, como ficar grudado nos pais. O Bem Estar desta sexta-feira (23) abordou a depressão em crianças e adolescentes, no último episódio da série ‘Depressão: precisamos falar sobre isso’.


Os sintomas na infância e adolescência são mais variados do que nos adultos. E podem se confundir com outros problemas. Pode apresentar irritabilidade, agitação, que pode ser confundido com transtorno de hiperatividade, por exemplo. Ter medo de dormir sozinha, não querer ir para escola, ter piora no rendimento escolar, dores de cabeça, abdominais.

Sintomas de acordo com a idade:

2 a 5 anos: sintomas físicos, como parar de comer, dor na barriga.
5 a 7 anos: sintomas psicossomáticos, desempenho pobre e recusa escolar, ansiedade, fobia, irritabilidade, retraimento social.
8 a 12 anos: perda do prazer e tristeza, desesperança, variação de humor, ansiedade, recusa escolar, desejo de morte.
13 a 18 anos: irritabilidade, inquietação, isolamento social, agressividade, problemas com drogas, cansaço, dormir muito, ideação e atos suicidas.
Antes de diagnosticar a depressão é preciso descartar outras doenças. Ficar triste e quieto é OK. Depressão é mais intensa, imobiliza.

“Na adolescência, o jovem pode apresentar isolamento social, ficar muito no quarto, não querer interagir com os pais, com os amigos. Esses sintomas muitas vezes são confundidos. Os pais precisam perceber quando passa da normalidade ou quando gera sofrimento, prejuízo social e emocional para esse adolescente. Esse é o gatilho para entender que esse adolescente está em risco ou que ele realmente está com quadro de depressão”, alerta a pediatra Liubiana Arantes de Araújo.

E as redes sociais?

Elas podem funcionar para o bem e para o mal. O adolescente pode encontrar acolhimento na internet, mas também pode encontrar pessoas que o colocam para baixo. É muito importante os pais ficarem SEMPRE de olho no que os filhos estão vendo.

O que protege?

Ter com quem conversar
Ter um amigo que vai ligar para os pais se algo estiver estranho
Poder se abrir com a família, sem julgamentos
Ter suporte na escola
Alimentação
Atividade física

O que traz riscos?

Bullying
Violência doméstica
Violência emocional
Violência sexual
Assalto
Privação de sono
Fator genético
Abandono
Ausência de suporte social
Contato precoce com substancias psicoativas
O que fazer?

Rompa o isolamento em que vive o jovem
Expresse disponibilidade de escutá-lo sem julgamento
Avalie a urgência do caso
Não o deixe só até que as providências sejam tomadas
Envolva a família

Tratamentos

Crianças e adolescentes com depressão também devem fazer terapia e, se for necessário, tomar antidepressivos. O tratamento deve ser multidisciplinar. Além do psiquiatra e psicólogo, as pessoas ao redor também precisam se envolver. Carinho, apoio, atenção são fundamentais.

“Estudos já comprovam que aquelas pessoas que têm uma vida social com amigos verdadeiros, têm capacidade de troca com eles, conseguem viver uma vida mais harmoniosa, com humor muito melhor”, diz a psiquiatra Carmita Abdo.

“As pessoas precisam olhar para elas mesmas e tratar as pessoas que estão deprimidas com carinho. Ajudar a buscar uma solução e não ficar criticando”, completa a psicóloga Liliana Seger.

 

G1

 

Em 2030, cerca de 38 milhões dos mais de 500 mil diabéticos do tipo 2 previstos para os próximos 12 anos, não terão acesso à insulina, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (20) na revista científica britânica The Lancet.

O estudo, realizado por pesquisadores das Universidades Stanford, Yale (EUA) e Birmigham (Inglaterra) estimou, por meio de dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e de demais levantamentos que, em 2030, serão 79 milhões de portadores da diabetes tipo 2 que necessitarão de insulina, um aumento de 20% da necessidade de insulina para o tratamento desse tipo de diabetes, em relação a este ano.


Porém, apenas metade deles terão acesso ao medicamento devido ao custo do tratamento, relata o estudo, liderado por Sanjay Basu, professor de medicina da Universidade Stanford, na Califórnia (EUA).
De acordo com o IDF, o diabetes tipo 2 representa 90% dos casos de diabetes no mundo, e a maioria dos tratamentos não inclui a dependência de insulina.

O surgimento do diabetes tipo 2 está diretamente relacionado à obesidade, estilo de vida e sedentarismo e, o tratamento é realizado por meio de medicamentos orais, que retardam a necessidade da aplicação do remédio.


Já o diabetes tipo 1, representante de 10% dos casos, ocorre por fatores genéticos, se manifestando entre a infância e à adolescência. Por se tratar de uma doença autoimune, as pessoas portadoras desse tipo de diabetes não produzem insulina, tendo a dependência da aplicação do hormônio.

O estudo ainda afirma que, nos próximos anos, o acesso à insulina nos países que compõem a África, Ásia e Oceania devem ter uma melhora no acesso ao medicamento que, segundo Basu, são regiões com acesso precário ao hormônio atualmente.


Em relato à CNN, Basu afirma que, ao menos que os governos comecem a disponibilizar mais insulina e tornarem o preço do tratamento mais acessível, os níveis de tratamento correto ao diabetes estará longe do necessário.

 

R7