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Cuidadores familiares e profissionais se encarregam de zelar por passeios, alimentação e o banho do idoso em situação de fragilidade. No entanto, quando se trata da higiene oral, o cuidado acaba deixando a desejar. Há quem sinta nojo de manipular a boca de uma pessoa mais velha. É comum que a ajuda se limite a pôr pasta na escova de dentes e oferecer um copo com água para o bochecho, justamente quando os indivíduos têm menos destreza manual e, com frequência, sofrem de algum declínio cognitivo que os impede de realizar a tarefa a contento.

Ao mesmo tempo, cresce o número de idosos que mantêm pelo menos parte dos seus dentes. Se a higiene é ruim, aumenta o risco de infecções e outras doenças. No caso de um período de hospitalização, certifique-se de que as enfermeiras fazem a limpeza. A doença periodontal é a que mais afeta os adultos. Ocorre quando a placa bacteriana vai aderindo à linha das gengivas, atacando primeiro essa região e depois os ossos que sustentam os dentes. Sintomas como gengivas inchadas, que sangram durante a escovação, não podem ser ignorados. A saliva tem propriedades bactericidas, mas diversos medicamentos utilizados por idosos agravam a secura da boca (xerostomia), facilitando a proliferação de bactérias. Beber água tem que virar um mantra, nem que sejam pequenos goles.

Portanto, preste muita atenção na boca de seus entes queridos. A placa bacteriana começa como um filme invisível que se cola à superfície dos dentes, das gengivas e da língua – e também das dentaduras! Quando não é removida, endurece e se transforma no tártaro ou cálculo dental. A escovação é a maneira mais eficiente e econômica de eliminá-la. No que diz respeito à dentadura, a limpeza ajuda a evitar infecções por fungos, e o ideal é retirá-la à noite, deixando-a mergulhada em água fria. A escova deve ser trocada a cada três meses, ou antes se as cerdas ficarem gastas, e precisa ser usada não apenas nos dentes, mas também nas gengivas e língua – o que vai inclusive melhorar o hálito.

Pacientes com demência podem se negar a abrir a boca, não entender o que é preciso fazer ou morder a escova. Nesses casos, de acordo com um guia produzido pelo governo australiano, as alternativas possíveis são: encorajar através do mimetismo, ou seja, você vai escovar os dentes junto com a pessoa, que reproduzirá seus movimentos; explicar cada etapa da higiene oral que deve ser cumprida, acompanhando sua execução; ou colocar sua mão sobre a mão com a qual o idoso segura a escova, para conduzir a escovação. Se for preciso, crie uma distração, dando-lhe um objeto familiar enquanto você faz a limpeza.

 

G1

depressaoEm que momento da vida a solidão se transforma em depressão? É um processo lento, quase imperceptível. “Acho que é uma coisa que vai nos pegando devagarzinho, quando os filhos crescem, casam, constituem suas famílias. A gente vai pensando: nossa, o que eu faço? Agora não sirvo para mais nada?”, relata a aposentada de 80 anos Cezanil Di Giacomo.

Ficar solitário é realmente um gatilho para a depressão. Por isso, é importante construir uma rede de relacionamentos reais. Além disso, o contato humano estimula o cérebro e o autocuidado, como realizar atividade física, dar mais atenção à alimentação, e também garante amparo em momentos de necessidade.

Sinais de depressão nos idosos

Os sinais são diferentes nos idosos. Eles podem não relatar tristeza, desânimo, mas podem apresentar ansiedade, queixas físicas, pessimismo. É preciso atenção! A depressão também pode piorar o controle da diabetes, hipertensão.

“Às vezes, um quadro que a família vai entender como uma demência, vai se preocupar, pode ser um quadro de depressão que faz com que ele se desinteresse pelo ambiente, com que ele fique desatento”, alerta a psiquiatra Carmita Abdo.
Tratamento

Tratar a depressão do idoso também é diferente. Ele exige mais cuidados do que um adolescente ou um adulto. É preciso saber com detalhes como estão órgãos como fígado, rim. Isso porque eles podem ser afetados pelos antidepressivos. “Tem que tomar cuidado com a dose, porque o metabolismo do idoso é mais lento e essas drogas são metabolizadas no fígado. Se a gente der uma dose excessiva, esse remédio vai ficar muito tempo circulando, o que não é bom”, explica o psiquiatra Carlos Galduróz.

As condições do cérebro também influenciam o tratamento. “O cérebro do idoso está numa fase degenerativa. O número de neurônios vai diminuindo com o passar dos anos. Interfere até no prognóstico e talvez a pessoa com bastante idade não consiga ficar sem o remédio, por falta de neurônios”, completa Galduróz
Cartilha da solidão

Uma cartilha para combater a solidão, principalmente entre idosos. Essa é a ideia do governo inglês, que criou o ‘Ministério da Solidão’. A solidão atinge um em cada sete britânicos.

A primeira-ministra anunciou uma verba equivalente a R$ 9 bilhões para projetos comunitários nos próximos cinco anos. O dinheiro vai para construção de espaços de artes, jardins, aula de culinária, clubes de caminhada. Qualquer projeto que promova encontros.

O risco de morte entre solitários aumenta em 26% - mais ou menos o mesmo que a obesidade e tão prejudicial quanto fumar 15 cigarros por dia. Solidão é um problema de saúde pública.

Cetamina

A revista britânica de saúde Nature definiu a cetamina como a maior descoberta dos últimos 50 anos na área da psiquiatria. Ela é usada tradicionalmente como anestésico, mas uma série de estudos pelo mundo já comprovou que, em doses menores, a cetamina também combate a depressão.

“Ela realmente revolucionou o tratamento. Não só por funcionar muito bem em casos refratários da depressão, mas pelo fato dela ter um efeito que a gente chama ultrarrápido”, explica o psiquiatra Acioly Lacerta. A cetamina tira a pessoa do estado deprimido em uma ou duas horas.

Ela age nos receptores dos neurônios e faz com que eles se expandam e assim formem novas conexões. Melhora a transmissão cerebral, a formação de novos neurônios e restaura circuitos cerebrais que estão funcionando de forma precária na depressão ou que estão até atrofiados.

 

G1

Foto: Augusto Carlos/TV Globo

O Ministério da Saúde recebeu 3.336 inscrições nesta quarta-feira (21) para completar as vagas abertas no programa Mais Médicos, após a saída dos médicos cubanos do Brasil.

O resultado foi obtido nas três primeiras horas de abertura de inscrições e em meio a um "ataque cibernético" ao site, informou a pasta em nota.
"O Ministério da Saúde informa que recebeu mais de 1 milhão de acessos simultâneos no momento da abertura do sistema para os médicos interessados na inscrição do Mais Médicos. O volume é característico de ataques cibernéticos. Para comparação, é mais que o dobro do número de médicos em atuação no país. Para garantir a inscrição dos interessados, o Departamento de Informática do SUS (DATASUS/SE/MS) está isolando a aplicação dos ataques que se mantiveram ao longo da manhã, além de outras ações para estabilidade e performance do site", informou o governo.

A recomendação do ministério é que, mesmo em meio à instabilidade, os interessados mantenham a tentativa de acesso.

O governo busca recompor 8.517 vagas abertas no Mais Médicos que eram ocupadas por cubanos que estão deixando o programa.

Os profissionais irão ocupar postos em 2.824 municípios e 34 DSEI (Distritos Sanitários Especiais Indígenas).

O programa convoca médicos formados em instituições de ensino superior brasileiras ou que tenham diploma revalidado no Brasil. Outros pré-requisitos são não ter participado do Mais Médicos anteriormente, não ser participante de algum programa de residência médica, não estar prestando Serviço Militar Obrigatório e não ter pendências criminais no Brasil.

Os médicos selecionados receberão salário de R$ 11.865,60. Como há vagas em áreas distantes, será repassada ajuda de custo para o médico que solicitar. Além do requerimento, o profissional deverá anexar comprovantes de residência no local.

Segundo o edital, os médicos devem incluir, no ato da inscrição, o local que desejam ficar alocados durante o programa. O sistema priorizará os primeiros candidatos que optarem por determinado município ou DSEI. As inscrições serão realizadas pelo site oficial do Mais Médicos.

 

 

Recusa da família é a principal causa da não doação de órgãos no país, o que representa 44% da não concretização de doação de potenciais doadores. O outros motivos mais frequentes são contraindicação médica (16%), parada cardíaca (9%) e morte encefálica não confirmada (6%).

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21) pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Apenas no Paraná o índice de não autorização familiar foi inferior a 30%. Em grande parte dos Estados brasileiros a média é de 70%.

Desde o início do ano, o Brasil apresentou 8 mil potenciais doadores, mas somente 2 mil das doações se efetivaram. Cerca de 1,4 mil eram doadores de múltiplos órgãos.

Segundo a ABTO, houve uma leve queda, de 0,6%, na taxa de doadores efetivos em relação ao primeiro semestre, o que já pode comprometer o alcance da meta do ano. No primeiro semestre, foram registrados 16 potenciais doadores por milhão de pessoas (pmp) e, no segundo, 17 pmp. A meta do ano é de 18 pmp.
O relatório mostra uma grande desigualdade no Brasil em relação a doadores efetivos. Santa Catarina e Paraná aparecem como exemplos a serem seguidos, com 81 e 109 potenciais doadores por milhão de pessoas (pmp) e taxa de efetivação de doação de 48% e 45%, respectivamente. Entre os menores índices estão Paraíba e Maranhão.

Mais de 33 mil estão na fila de transplante

Neste ano, foram realizados mais de 6 mil transplantes no Brasil. De 1997 até o momento, o total é de 92 mil transplantes, de acordo com o relatório. No entanto, 33.400 pessoas ainda aguardam por um órgão no país.


De acordo com o relatório, o órgão mais transplantado este ano foi a córnea, com mais de 11 mil procedimentos. Em seguida estão o rim, com 4.342 registros, e a medula óssea, com 2.080. O fígado figura em quarto lugar, com 1.610, e o coração, em quinto, com 266.

Metade dos doadores (50%) são do grupo sanguíneo O; em seguida está o tipo A, com 36%. O mais raro é o AB (4%). A principal causa de morte dos doadores é o AVC (53%). A segunda, traumatismo craniano. Mais de 60% dos doadores são homens.

Aumento do transplante de pâncreas

Em relação ao ano passado, houve diminuição de transplantes renais (2,4%) e cardíacos (6,6%) e aumento de transplantes de pâncreas (24,1%), pulmão (11,6%) e fígado (1,1%).

Segundo o levantamento, o transplante renal com doador morto permanece instável. Já com doador vivo teve queda de 15,8% (4,6 pmp), representando apenas 16,5% dos transplantes renais. Também houve queda de 25% no número de transplantes renais com doador vivo de não parente ou não cônjuge, de 7,1% para 6,3%.

Já o transplante de fígado com doador morto cresceu 2,3% e com doador vivo caiu 10,7%. O Distrito Federal e o Paraná realizaram mais que 25 transplantes por 1 milhão de pessoas. O relatório destaca o crescimento desse tipo de transplante no Acre, que atingiu 16 transplantes por 1 milhão de pessoas, único Estado da Região Norte com essa atividade.


A diminuição no número de transplantes de coração (6,7%) foi desproporcional à queda da taxa de doadores (0,6 %), revelando um menor aproveitamento desse órgão. Apenas no Distrito Federal a taxa de transplantes cardíacos foi superior a 5 pmp. A menor taxa foi registrada nos Estados da região Sul, que apesar dos elevados índices de doação, realizaram menos de dois transplantes por 1 milhão de habitantes.

O relatório ainda revela que o transplante de pulmão continua crescendo, mas ressalta sua dificuldade por ser realizado em apenas três Estados brasileiros.

 

R7

“Devemos trabalhar no melhor aproveitamento dos órgãos doados e dos removidos, pois com essa taxa de doadores podemos aumentar em pelo menos 20% os transplantes realizados no país”, conclui o levantamento.