Pesquisas anteriores já haviam revelado que os homens circuncidados apresentam 11% a menos de chances de desenvolver câncer de próstata. Agora, um novo estudo apontou que aqueles que passam pelo procedimento após os 35 anos se tornam 45% menos propensos a desenvolver a doença do que os não circuncidados. As informações são do Daily Mail.
As causas específicas do câncer de próstata permanecem desconhecidas, no entanto, três fatores de risco já foram identificados: idade avançada, histórico da doença na família e ascendência africana. A nova pesquisa descobriu que a circuncisão é um método preventivo eficaz contra o câncer de próstata entre os negros: o risco da doença entre os homens da etnia caiu em 60% após o procedimento feito em qualquer idade.
O estudo também concluiu que, durante toda a vida, metade dos homens não circuncidados irá contrair alguma doença causada pelo prepúcio. Durante a infância, o maior benefício do procedimento é a proteção contra infecções do trato urinário, que podem agredir os rins. O câncer de próstata é raro entre os homens judeus e muçulmanos, grupos em que a maioria é circuncidada.
Mulheres que bebem um copo de leite desnatado por dia apresentam menos riscos de desenvolver artrite nos joelhos ou de agravar a doença, de acordo com um estudo. Por outro lado, o hábito não trouxe grandes benefícios para os homens e a ingestão de iogurte não diminuiu os riscos para nenhum dos dois. As informações são do Daily Mail.
Para chegar a estes resultados, os pesquisadores coletaram dados da alimentação e mediram o espaço articular entre os ossos de 888 homens e 1.260 mulheres com artrite nos joelhos. Eles tiveram acompanhamento médico pelos quatro anos seguintes e foi constatado que, conforme o consumo de leite crescia, os prejuízos nas articulações das mulheres diminuía. Todas apresentaram o estreitamento do espaço entre as articulações, no entanto, o dano foi menos evidente nas que beberam mais leite.
“Nossas descobertas indicam que as mulheres que bebem leite frequentemente apresentam a redução da osteoartrite”, explicou Bing Lu, líder do estudo. “No entanto, é necessário realizar mais estudos sobre a relação entre a ingestão de leite e o regresso da doença”, acrescentou. Ainda segundo o cientista, não está clara a razão pela qual o leite traz estes benefícios às mulheres, mas é provável que esteja associado ao aumento dos níveis de cálcio.
A artrite é uma doença degenerativa que causa dor e inchaço nas articulações das mãos, quadris ou joelhos. No Reino Unido, mais de 6 milhões de pessoas sofrem da condição, que é mais comum em mulheres.
A depressão pode aumentar em até 40% o risco de uma pessoa sofrer insuficiência cardíaca, problema que ocorre quando o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz, reduzindo o fluxo sanguíneo pelo corpo. Essa é a conclusão de uma nova pesquisa, que ainda mostrou que quanto mais grave os sintomas depressivos de uma pessoa, maior a chance de ela apresentar a doença cardíaca.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Pode acontecer em decorrência de qualquer doença que afete diretamente o coração. Acontece quando o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo, reduzindo o fluxo sanguíneo do corpo ou a uma congestão de sangue nas veias e nos pulmões. A insuficiência faz com que os músculos dos braços e das pernas se cansem mais rapidamente, os rins trabalhem menos e a pressão arterial fique baixa. A função do coração é bombear o sangue para o corpo e, depois, tirar o sangue das veias. Quando o coração bombeia menos sangue do que o normal, há uma fração de ejeção reduzida. Quando o coração enfrenta dificuldades para receber o sangue novamente, trata-se de uma fração de ejeção preservada, ou insuficiência cardíaca com dificuldade de enchimento do coração. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Atinge uma média de uma a cada 100 pessoas.
O estudo foi feito no Hospital Levanger, na Noruega, e apresentado neste final de semana durante o encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, que aconteceu no mesmo país. Os pesquisadores acompanharam, ao longo de onze anos, cerca de 63 000 pessoas e as submeteram a avaliações de saúde física e mental. Durante esse período, foram registrados aproximadamente 1 500 casos de insuficiência cardíaca.
Segundo as conclusões, as pessoas que apresentaram sintomas leves de depressão ao longo da pesquisa tiveram uma chance 5% maior de ter insuficiência cardíaca do que aqueles que não demonstraram sinais depressivos. Já entre os participantes que tiveram sintomas graves da depressão, esse risco foi 40% mais elevado.
Os resultados se mantiveram semelhantes mesmo após os autores ajustarem os dados em relação a fatores de risco ao coração, como sedentarismo, tabagismo e obesidade. Ou seja, embora pessoas com depressão sejam mais propensas a seguir um estilo de vida pouco saudável, a depressão parece ser capaz de, sozinha, aumentar o risco do problema cardíaco.
“A depressão aumenta os níveis de hormônios relacionados ao stress, os quais podem induzir à inflamação, levando, assim, ao aumento do risco de doenças cardíacas”, diz Lise Tuset Gustav, coordenadora do estudo. A conclusão da pesquisa, no entanto, precisa ser confirmada por estudos mais aprofundados.
Você fuma? Há quanto tempo? E a voz, é a mesma de antes? No Bem Estar desta segunda-feira, 7, a cardiologista Jaqueline Issa explicou que o cigarro pode causar alterações na voz, principalmente das mulheres. Com isso, elas acabam adquirindo uma voz grossa e totalmente diferente de como era antes.
Isso acontece porque o fumo provoca uma inflamação crônica nas cordas vocais, uma espécie de edema ou acúmulo de muco, que vai engrossando a voz e deixando-a mais rouca, o que é mais perceptível na mulher. Existem casos, inclusive, em que é preciso drenar esse edema já que as cordas vocais não funcionam mais e a pessoa fica sem falar.
A médica alerta, porém, que é preciso prestar atenção nessa rouquidão, que pode ser também um sinal de câncer na laringe – a doença representa cerca de 25% dos tumores malignos que atingem essa área e 2% de todos os outros tipos malignos. Além do câncer de laringe, o cigarro pode também aumentar o risco de câncer na boca e língua. Para evitar, é simples: basta parar de fumar, como recomendou o endocrinologista Alfredo Halpern. Em apenas um dia sem fumar, já é possível ter benefícios para a saúde, segundo a cardiologista Jaqueline Issa. É preciso ainda prestar atenção em outros sintomas de problemas na garganta, como dor, dificuldade para engolir ou respirar e sensação de caroço na região.
Segundo os médicos, o cigarro pode também afetar a tireoide, causando hipotireoidismo e levando ao ganho de peso, especialmente na região abdominal. Mulheres fumantes com mais de 50 anos, por exemplo, têm entre 3 a 4 vezes mais chances de ter hipotireoidismo do que a população em geral. No entanto, não há relação direta do fumo com o câncer da tireoide já que a maior parte dos casos é de origem hereditária. Em relação ao ganho de peso, a cardiologista Jaqueline Issa explicou que isso pode ocorrer após parar de fumar e, por isso, é importante manter bons hábitos como medida de prevenção.
Fora a alteração na voz e a rouquidão, o cigarro pode ainda causar também perda óssea nos dentes. Isso acontece porque a nicotina e outros componentes agridem a gengiva e a raiz. De acordo com o ortodontista Gustavo Bastos, à medida que o paciente vai perdendo osso, o suporte dentário vai ficando fragilizado – ou seja, é muito comum que o fumante tenha apenas 2 ou 3 mm de osso suportando os dentes, o que faz com que qualquer pancada ou trauma leve à queda.