Cientistas chineses anunciaram o desenvolvimento de um novo tipo de teste de coronavírus tão preciso quanto o RT-PCR e que, garantem, revela os resultados em quatro minutos.
Os testes de RT-PCR são considerados mais precisos e sensíveis para detectar o coronavírus, mas os resultados podem demorar algumas horas. Outros testes mais rápidos são menos confiáveis. Cientistas da Universidade Fudan de Xangai afirma que encontraram uma solução.
Em um artigo revisado por especialistas e publicado na segunda-feira (7) na Nature Biomedical Engineering, a equipe da universidade afirma que seu sensor, que usa microeletrônica, analisa o material genético da amostra sem a necessidade de passar pelo laboratório.
Durante os testes, a equipe obteve mostras de 33 pessoas infectadas pelo coronavírus em Xangai e que também foram submetidas a exames de PCR. Os resultados apresentaram uma coincidência "perfeita" entre as duas metodologias.
O estudo testou um novo método em um total de 54 pessoas, incluindo pacientes com febre mas sem coronavírus e voluntários da área de saúde. Nenhum deles apresentou falso positivo, segundo a equipe de cientistas.
Os cientistas afirmam que uma vez desenvolvido, este tipo de teste poderá ser usado em diversas situações, como aeroportos, instalações de saúde ou "inclusive dentro de casa".
AFP
Foto: National Reprodução/Institute of Allergy and Infectious Diseases
Os casos da subvariante da Ômicron estão numa escalada global nos últimos dois meses, com muitos países experimentando picos mais altos da infecção do que os apresentados nas variantes anteriores. Até o momento, a BA.2, como é denominada, já foi identificada em 57 países, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com estudo feito por pesquisadores da Dinamarca, onde a BA.2 se tornou dominante, a sublinhagem é 33% mais transmissível do que as variantes anteriores, mas, felizmente, não parece provocar doença mais grave.
Embora mais transmissível, não há ainda dados concretos que apontem para uma doença mais grave, porém, vale dizer que a subvariante é recente e está sendo investigada.
Então, o quão preocupante ela é?
Antes, vamos falar melhor sobre como surgem as variantes e as subvariantes. O que é uma variante?
Os vírus, e particularmente os vírus de RNA, como o SARS-CoV-2, cometem muitos erros quando se reproduzem. Eles não podem corrigir esses erros, então eles têm uma taxa relativamente alta de erros ou mutações e estão em constante evolução.
Quando o código genético de um vírus muda como resultado dessas mutações, ele é chamado de variante.
A Ômicron é uma variante “altamente divergente”, tendo acumulado mais de 30 mutações na proteína spike. Isso reduziu a proteção de anticorpos contra infecções e vacinas anteriores e aumentou a transmissibilidade.
Desde novembro, a Ômicron é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma variante de preocupação por conta de seu potencial de causar maiores taxas de reinfecção, aumento da transmissibilidade e redução da proteção vacinal. E o que é uma subvariante?
Uma linhagem ou subvariante é um grupo geneticamente relacionado de variantes de vírus derivadas de um ancestral comum. A variante Ômicron compreende três sublinhagens: B.1.1.529 ou BA.1, BA.2 e BA.3.
A Ômicron não é a primeira variante a ter sublinhagens. No final do ano passado, o Delta “plus” ou AY.4.2 foi amplamente divulgada. Há motivos para se preocupar com a subvariante BA.2?
Embora a OMS não tenha dado a BA.2 uma classificação separada, o Reino Unido rotulou BA.2 como uma variante “sob investigação”. Portanto, ainda não é uma variante de interesse ou preocupação, com base nas definições da OMS, mas que está sendo observada de perto.
O que chama atenção na BA.2 é seu potencial de transmissão, que é significativamente maior que o da Ômicron original. Um estudo conduzido na Dinamarca mostrou que a subvariante infectou com mais facilidade indivíduos vacinados e com doses de reforço do que as variantes anteriores.
Apesar disso, os dados até o momento não apontam que as vacinas seriam menos eficazes contra doenças sintomáticas.
Nos locais onde a subvariante BA.2 se tornou dominante, também não há está sendo observado aumento incomum de hospitalizações, o que parece ser um bom sinal.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através do Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (Lacen), confirma que as variantes Ômicron e Delta estão circulando no Piauí, com a possível predominância da Ômicron. Os exames de sequenciamento genômico para detectar as variantes do Sars-Cov 2 foram feitos no próprio Lacen e validado pelo Ministério da Saúde, através da CGLab.
Os técnicos do Laboratório Central analisaram oito amostras de pacientes das cidades de Teresina e Pedro II. Foram identificadas duas linhagens diferentes do Sars-Cov 2 no estado: a variante Delta B.1.617.2/AY e a variante Ômicron B.1.1.529/BA. Das oito amostras, cinco são de Teresina com a Ômicron e três Delta, sendo duas de Teresina e uma de Pedro II.
Segundo o Superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães, foram feitos apenas oito sequenciamentos porque era o treinamento da equipe para a utilização do equipamento novo do Lacen. “A partir de agora, já podemos fazer numa quantidade maior. Mas já é sugestivo falar que a variante Ômicron é predominante no Estado”, afirma.
O sequenciamento genômico completo é o teste capaz de determinar com precisão a linhagem do vírus. A variante Ômicron é mais transmissível que a variante Delta, mas aparentemente menos grave que outras ondas, sobretudo por conta da grande cobertura vacinal no Piauí, que possui 77,31% da população totalmente imunizada. O estado ocupa o segundo lugar nacional entre os estados que mais vacinaram e o primeiro lugar no Nordeste.
“É importante destacar que os quadros de covid têm sido leves, mas temos milhares de piauienses com a segunda dose atrasada e outros que não retornaram aos postos de saúde para a dose de reforço", afirma o secretário de Saúde, Florentino Neto. " Se as pessoas não buscarem as vacinas que estão disponíveis nas unidades de saúde, novas variantes vão surgir e casos mais graves vão acontecer", completa.
Segundo ele, nesse cenário de transmissibilidade da ômicron, a importância da vacinação ganha ainda mais sentido. "A variante ômicron está conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo as pessoas que já estão vacinadas. Mas, mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito mais grave”, frisa Florentino.
Os estudos que ajudam no combate ao HIV chegam em uma fase muito importante no mundo e uma tremenda evolução para a saúde da população de uma forma geral. A farmacêutica americana Moderna segue com testes de um imunizante utilizando a tecnologia de RNA mensageiro. A vacina experimental é aplicada nos primeiros pacientes de um ensaio que está conhecido como IAVI G002, o qual está sendo realizado em cooperação com a International AIDS Vaccine Initiative (IAVI), uma instituição de estudos científicos.
HIV é conhecido mundialmente pela sigla que vem da língua inglesa. Ele é o vírus que provoca a aids, atacando o sistema imunológico, e as defesas do organismo contra doenças. As células mais afetadas são os linfócitos, onde ele altera o DNA da célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Após a sua multiplicação, ele rompe os linfócitos e procura outros para perpetuar a infecção.
Segundo os cientistas e a fabricante, o estudo atual é feito testando a versão inicial da vacina já descoberta em outros estudos e também uma versão de reforço, empregando a tecnologia de RNA mensageiro da Moderna, mesma base de estudo usada para criar uma vacina contra a Covid-19.
“Estamos extremamente empolgados em avançar nessa nova direção no design de vacinas contra o HIV com a plataforma de mRNA da Moderna. A busca por uma vacina contra o HIV tem sido longa e desafiadora, e ter novas ferramentas em termos de imunógenos e plataformas pode ser a chave para progredir rapidamente em direção a uma vacina eficaz e urgentemente necessária”, disse a Moderna através de um comunicado.
As infecções por HIV são entendidas como uma demanda da saúde pública no mundo todo. Diante disso, com o aumento da informação e da busca pelo diagnóstico da doença, em conjunto com a eficácia do tratamento, a epidemia de HIV se tornou gerenciável, fazendo com que as pessoas que carregam o vírus tenham uma vida saudável e normal.