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Há poucas possibilidades de que uma mulher grávida com Covid-19 transmita a doença para seu bebê, particularmente quando o caso é leve, indicou um amplo estudo publicado nesta quarta-feira (16).

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"A taxa de positividade do Sars-CoV2 é baixa entre os bebês nascidos de uma mulher infectada" com o coronavírus, da ordem de 2%, resumiu este trabalho, publicado no British Journal of Medicine. Este estudo é importante porque é um dos primeiros desta proporção que estabelece a questão da transmissão da Covid-19 por via intrauterina.

Tratou-se de uma meta-análise, que compilou os resultados de centenas de estudos pré-existentes, e que permite a priori tirar conclusões firmes.

Não se descarta que uma mulher grávida possa transmitir a doença para seu bebê, mas este é um fenômeno raro. O percentual de 2% deve ser tomado com precaução porque apresenta variações em função das circunstâncias. É mais frequente que um bebê seja infectado quando a mãe sofreu a forma grave da covid, em particular quando há necessidade de hospitalização.

Nos casos de covid grave, os especialistas recomendam que os bebês sejam sistematicamente submetidos a exames. Mas rejeitam por considerar pouco adequada "a separação do bebê e da mãe no nascimento" simplesmente porque a mãe testou positivo.

Tampouco há risco de transmissão do coronavírus pelo leite materno.

"Em seu conjunto, as conclusões deste estudo parecem tranquilizadoras", avalia, em editorial publicado na mesma revista, a cientista Catherine McLean Pirkle, que não participou do estudo.

Os dados deste mega-estudo são consideráveis, mas de qualidade desigual, adverte a pesquisadora. Em particular, não permitem esclarecer até que ponto os casos raros de covid em bebês representam um risco grave para sua saúde.

AFP

Foto: Agência Câmara de Notícias

O Piauí é o segundo estado que mais vacinou crianças contra a covid-19 no Brasil. Até esta quarta-feira (16), às 15h30, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) contabilizou a aplicação de 285.917 doses de vacina contra covid-19 em crianças com idade entre 5 e 11 anos. Desse total, 248.107 crianças receberam uma dose e 37.810 tomaram as duas doses. A população elegível no estado para receber a vacina pediátrica é de 332 mil crianças.

vaccriança

A vacinação infantil contra a covid-19 foi iniciada em 15 de janeiro, quando a SESAPI enviou aos 224 municípios piauienses o primeiro lote do imunizante pediátrico produzido pela Pfizer. Posteriormente, foi autorizada a utilização da vacina Coronavac em crianças sem comorbidades com idade a partir de seis anos, com uma dose menor que a indicada para adultos, o que acelerou a vacinação de crianças Brasil.

O secretário de Saúde, Florentino Neto, lembra que o Piauí foi o segundo estado a protocolar junto a Anvisa, ainda no ano passado, o pedido de aprovação de vacina para crianças. O estado também foi um dos pioneiros na solicitação da vacinação para os adolescentes.

“A condução da pandemia no Piauí desde o início é baseada no conhecimento científico, seja na utilização de medidas de prevenção, seja na vacinação da população no enfrentamento ao coronavírus. Por isso, a Sesapi fez um planejamento minucioso junto aos municípios para que as doses chegassem em tempo hábil ao braço dos piauienses”, destaca o gestor.

Hoje, os números da vacinação no estado são animadores e devem servir de incentivo para os pais que ainda não vacinaram seus filhos. O Piauí é o segundo estado brasileiro que mais vacinou crianças, atrás apenas de São Paulo, e sem registros de eventos adversos graves. “As reações à vacina são iguais a qualquer outra que tomamos, desde o momento do nosso nascimento e não devem servir de entrave para a proteção de nossas crianças contra esse vírus tão letal”, reforça Florentino.

De acordo com o secretário, a vacinação protege a população contra as formas graves da doença e óbitos, e isso inclui também o público infantil. “Todos os municípios dispõem de doses pediátricas para ampliar o número de crianças vacinadas e avançar no esquema vacinal completo”. Florentino lembra que as crianças de 5 a 11 anos devem estar acompanhadas dos pais ou responsáveis na hora de tomar a vacina. “A apresentação do cartão é indispensável para que o profissional de saúde verifique se a criança não recebeu qualquer outro imunizante no intervalo mínimo de 15 dias”.

Sesapi

Foto: Myke Sena/MS

Estudo feito por urologistas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, revelou que a pandemia de covid-19 teve maior impacto sobre cirurgias para tratamento de incontinência urinária por esforço nos estados com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo.

incontinemcia

A Região Norte foi a mais impactada, com redução de 72% nas internações, seguida pelas regiões Sul (-69%), Centro-Oeste (-61%), Sudeste (-59%) e Nordeste (-51%). Em 2019, foram realizadas 300 cirurgias de incontinência urinária na Região Norte, no âmbito do SUS, caindo para 97, em 2020, e para 85, em 2021, em dados preliminares.

Nas demais regiões, os números são, na mesma comparação, da ordem de 888, 428 e 436, na Região Nordeste; 3.220, 1.374 e 1.332, na Região Sudeste; 1.736, 658 e 545, na Região Sul; e 591, 235 e 233, no Centro-Oeste. A redução média foi de 61% no número de internações para tratamento cirúrgico de incontinência urinária em 2021, em comparação a 2019: foram 2.631 internações no Brasil com esse objetivo, no ano passado, contra 6.735, em 2019, antes da pandemia. Dia Mundial

Nesta segunda-feira (14), quando se comemora o Dia Mundial da Incontinência Urinária, a entidade alerta sobre a perda involuntária de urina, problema que atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos de idade. A diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Karin Anzolch, destacou, em entrevista à Agência Brasil, que a covid-19 levou hospitais e serviços a priorizarem o atendimento à doença, postergando, ou mesmo cancelando, cirurgias eletivas.

Outro fator para a redução das internações para cirurgias de incontinência urinária foi o receio da contaminação, que levou a população a não procurar acesso para esses procedimentos, que não oferecem risco imediato de morte. Com isso, Karin admitiu que está se criando agora “uma demanda reprimida bastante grande”. Tipos

O tipo mais comum de incontinência urinária é o de esforço, que ocorre, em geral, quando a pessoa ri, tosse, espirra ou faz algum esforço físico, como levantar peso. Em fases iniciais, o tratamento pode ser complementado com fisioterapia pélvica, podendo até evitar a cirurgia. Já em situações que se tornam mais graves, ou que persistem após o primeiro tratamento, a cirurgia é oferecida com ótimos resultados.

“Hoje em dia, tem se feito cada vez mais cirurgias minimamente invasivas”. A médica lembrou que atitudes como perda de peso, uma assistência adequada ao trabalho de parto, evitar o uso de fumo e esforços repetidos que não tenham um bom reforço do assoalho pélvico são medidas importantes que os urologistas consideram na abordagem desse tipo de problema.

Outro tipo de incontinência urinária é o de urgência. A pessoa tem vontade de urinar, mas a bexiga não dá aviso prévio. “O primeiro aviso já vem acompanhado de um desejo forte de urinar e a pessoa, muitas vezes, acaba perdendo urina antes de chegar ao banheiro”. Neste caso, o tratamento geralmente é clínico, incluindo cuidar o tipo e a quantidade de líquido que a pessoa toma, evitar cafeína que também piora esse tipo de sintoma, e a fisioterapia pode entrar no tratamento. Há ainda medicações orais que regulam a bexiga. Os procedimentos cirúrgicos são a última solução, envolvendo toxina botulínica e implante de um tipo de marca-passo para controlar a bexiga. “Mas sempre nas suas fases iniciais é mais fácil o tratamento, porque a gente tem medidas menos invasivas de tratar as doenças”, observou a diretora da SBU. Fatores

Karin Anzolch disse que o envelhecimento é um dos fatores que podem provocar a incontinência urinária, pela perda de colágeno que acaba deixando mais frágil a sustentação da bexiga e da uretra, principalmente nas mulheres. A urologista advertiu que não se deve pensar, no entanto, que esse é um evento natural da velhice. Outros fatores são os partos, histórico familiar. Quanto maior o número de partos, em especial os vaginais, eles podem aumentar a chance da incontinência urinária de esforço, quando forem acompanhados de um aumento de peso exagerado.

“Por isso, é importante o acompanhamento pré-natal”. Em termos de histórico familiar, Karin lembrou que tem mulheres que sofrem desse problema, que a menopausa pode piorar. Problemas de próstata e problemas neurológicos, como doença de Parkinson, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral, estão ligados à incontinência urinária.

Alguns medicamentos, como os diuréticos, podem contribuir para esses sintomas, porque aumentam a sensação de urgência para urinar, além de pessoas que fazem atividades físicas de alto impacto. No caso das mulheres, Karin ponderou que elas têm que trabalhar o assoalho pélvico para prevenir esse tipo de ocorrência. “Não é só trabalhar a musculatura externa, mas aprender a trabalhar a musculatura que fecha em baixo o assoalho pélvico, que dá sustentação da bexiga e da uretra”. O presidente da SBU, Alfredo Canalini, salientou que esses recursos servem para tratar ou, pelo menos, diminuir a intensidade da perda, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Conscientização

Ao longo do mês de março, a Sociedade Brasileira de Urologia vai alertar a população sobre a importância de se identificar os sintomas e tratar a incontinência urinária. Nas redes sociais (@portaldaurologia), a partir de hoje (14), haverá postagens, lives (transmissões ao vivo) e vídeos com especialistas esclarecendo dúvidas sobre o tema.

Na Rádio SBU, haverá também programas especiais, com vocabulário acessível para o público em geral, inclusive sobre a incontinência urinária em crianças. Segundo Karin Anzolch, ainda há muito desconhecimento e, também, preconceito, em relação ao problema da incontinência urinária. Muitas vezes, uma pessoa que sofre desse incômodo, acaba convivendo com ele por longos anos, porque ignora que existem opções de tratamento ou por vergonha de admitir a questão perante outras pessoas.

A diretora da entidade esclareceu que, para as crianças, o tratamento não é o mesmo que o dos adultos. Por um período, admite-se como normal a falta de controle da criança, ligada ao amadurecimento do sistema neurológico, principalmente quando a perda de urina, ou de fezes, ocorre em períodos noturnos. A partir de uma determinada idade, porém, começa-se a suspeitar que a incontinência precisa de algum tratamento. “Porque a perda urinária acaba sendo bastante limitante para a vida social dessas crianças, que acabam passando por situações de constrangimento, deixando de dormir na casa de algum coleguinha”.

Sabe-se que algumas crianças podem ter esse problema por causa genética. “Incontinência urinária em criança é muito ligada à questão familiar. Se já tem alguém na família que fez xixi na cama, essa criança tem mais chance de ter o problema também”, afirmou Karin. Ressaltou também que, muitas vezes, o hormônio antidiurético que deveria ser produzido à noite não funciona. Entretanto, isso pode ser solucionado com medicamentos simples, com treinamento da bexiga, fisioterapia e alarmes, para a criança aprender a educar a sua bexiga. Problemas na medula ou ligados à formação do trato urinário necessitarão de tratamentos específicos, para cada faixa etária e situação, indicou.

“A incontinência urinária não é uma situação que se trata sempre da mesma forma. Ela deve ser abordada individualizando os tipos, pelas faixas etárias, pelas causas mais comuns, para que seja levado ao controle dessa situação”, disse a especialista. Qualidade de vida

Pesquisa publicada na Europa em 2021, envolvendo quase 17 mil pessoas entre 40 e 74 anos de idade, revelou que muitos pacientes lidam com o problema reduzindo a ingestão de líquidos e usando absorventes; quase dois terços dos pacientes apresentam a incontinência urinária há pelo menos dois anos quando procuram tratamento; cerca de 30% dos pacientes que procuram avaliação médica não recebem tratamento; quase 80% sequer são examinados. “Precisamos mudar esse jogo”, destacou Ailton Fernandes, diretor do Departamento de Disfunção Miccional da Sociedade Brasileira de Urologia.

Agência Brasil

Foto: Mauricio Bazilio/Governo do RJ

O relaxamento de medidas protetivas contra a covid-19, como o uso de máscaras em locais fechados de forma irrestrita, é prematuro, revela boletim do Observatório Covid-19, divulgado hoje (11), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os pesquisadores afirmam que as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença e que ainda não é possível avaliar o efeito das festas e viagens no período do carnaval.

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"Flexibilizar medidas como o distanciamento físico (controlado pelo uso do passaporte vacinal) ou o abandono do uso de máscaras de forma irrestrita colabora para um possível aumento, e não nos protege de uma nova onda", afirma o boletim. "Atualmente, o ideal é voltarmos ao padrão do início da pandemia, quando recomendávamos fortemente o uso de máscaras, higienização de mãos e evitar as aglomerações", destaca.

O texto afirma, ainda, que as medidas de mitigação tomadas até então para controlar a pandemia ocorreram de forma tardia, quando as ondas de contágio já haviam se instalado, e não de forma proativa, para impedir que se formassem.

"Isto significa dizer que o custo humano para chegarmos ao patamar atual foi a perda de 650 mil pessoas, desnecessariamente. Dito isso, reforçamos que o relaxamento prematuro das medidas protetivas, assim como não investir na motivação da população sobre a vacinação, significa abandonar a história de tantas vidas perdidas", destacam os pesquisadores. "Portanto, é importante garantir que as medidas de relaxamento sejam adotadas em tempo oportuno, sob risco de retrocesso nos ganhos obtidos no arrefecimento da pandemia".

O potencial de transmissibilidade da variante Ômicron, que tem uma capacidade muito maior de escapar dos anticorpos produzidos por infecções ou duas doses das vacinas, ressaltou a importância da dose de reforço para todos os adultos, enfatiza a Fiocruz.

"Durante a onda da Ômicron, os países que têm maiores parcelas da população com dose de reforço apresentaram uma redução substancial das hospitalizações em relação aos casos confirmados de covid-19. No Brasil, a dose de reforço já foi aplicada em 31,2% da população. O esquema em duas doses se encontra em um patamar de 73%. É fundamental, portanto, avançar na cobertura vacinal com as três doses para a população elegível até o momento (adultos acima de 18 anos)", acrescenta o boletim.

Os pesquisadores citam, também, um estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%. Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim afirma que as máscaras ficaram ainda mais importantes.

"A vacinação por si só não é suficiente para controlar a pandemia e prevenir mortes e sofrimento, é fundamental que se mantenha um conjunto de medidas combinadas até que o patamar adequado de cobertura vacinal da população alvo seja alcançado", acrescenta a publicação. Casos e óbitos

O cenário atual é de descida nas curvas de casos e óbitos após o pico da variante Ômicron no Brasil. A Fiocruz alerta, porém, que a redução da incidência após o pico sempre ocorre de forma mais lenta que a subida da curva.

O boletim informa, também, que os dados registrados entre 20 de fevereiro e 5 de março mostram uma queda de 48% nos novos casos e de 33% na média móvel de mortes, na comparação com a quinzena anterior. Mesmo assim, ainda são registradas, em média, 570 vítimas de covid-19 no país por dia.

Além da queda nos casos, a Fiocruz mostra que também há uma ligeira redução no índice de positividade dos testes RT-PCR para covid-19. Devido a isso, a expectativa é que as próximas semanas mantenham a redução dos indicadores que mais preocupam a população e os serviços de saúde: a mortalidade e a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por covid-19.

Os leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes com a doença estão fora da zona de alerta em todas as unidades da federação, exceto Santa Catarina. Isso significa que nenhum outro estado há mais de 60% das vagas ocupadas com pacientes graves. Já no Sistema Único de Saúde catarinense, o percentual está em 79%. Quarta dose

O boletim ressalta que metade dos óbitos ocorre atualmente em pessoas com no mínimo 78 anos, o que indica sua maior vulnerabilidade às formas graves e fatais da covid-19. Diante disso, os pesquisadores defendem a necessidade de aplicação de uma quarta dose neste grupo, seis meses após a aplicação da dose de reforço.

Além disso, a Fiocruz aponta um crescimento na proporção de crianças com covid-19 em relação ao total de infectados. "A maior vulnerabilidade das crianças, provocada principalmente pela baixa adesão deste grupo à vacinação, compromete igualmente o grupo que se encontra no extremo oposto da pirâmide etária", dizem os pesquisadores.

O boletim da Fiocruz levantou que 12 estados apresentam mais de 80% da população vacinada com a primeira dose, 15 têm mais de 70% da população com segunda dose e, em 11 estados, a vacinação de terceira dose está acima de 30%.

O Piauí é o estado com a vacinação mais avançada em primeira dose com 91%. Já na segunda e na terceira doses, o estado de São Paulo apresenta os maiores percentuais: 82% e 45%.

Agência Brasil

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil