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O zumbido no ouvido é um incômodo comum no cotidiano das pessoas que surge, geralmente, ao viajar de avião ou fazendo trilha em colinas ou serras de altas altitudes devido a alteração de pressão atmosférica. Somos ensinados desde pequenos que para acabar com o incômodo basta fechar as narinas e fazer pressão intracraniana ou mascar goma de chiclete, no entanto, dependendo da intensidade e duração do zumbido este deve ser atribuído atenção, pois pode ser o indício de condições mais graves relacionados ao coração.

zumbido

Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Paulista, Dra. Cristiane Passos Dias Levy, "(...) o zumbido pode derivar de uma doença otológica, como a perda auditiva induzida por ruído ou relacionada à idade, mas também pode surgir a partir de problemas farmacológicos, vasculares e cardiovasculares. Metabólicos, neurológicos e articulação da mandíbula e nos músculos ao redor".

O zumbido, ou tinnitus, pode estar ligado a doenças vasculares e cardíacas, pois estes bloqueiam o fluxo sanguíneo na parte inferior da orelha ou o sangue nesta região torna-se mais viscoso, geralmente diagnosticado em pessoas hipertensas.

Fique atento aos sintomas para quê junto a um profissional qualificado, como odontorrinolaringologista, a condição seja investigada e diagnosticada para o melhor tratamento possível. Caso o incômodo venha acompanhado de dores e mal-estar um profissional deve ser consultado o quanto antes. A doutora Cristiane reitera que, apesar do incômodo ser mais comum em pessoas com mais idade, indivíduos mais novos também podem ser acometidos pelo incômodo, caso aconteça o sintoma não deve ser ignorado, porque pode mascarar um quadro antes desconhecido.

"Um estudo realizado na cidade de São Paulo atestou a prevalência do zumbido em 22% da população. Entre os jovens, o índice foi de 12% e, entre os idosos, de 36%. Ainda que não existam estudos recentes e abrangentes sobre o problema, a prática clínica aponta para maior ocorrência, de fato, entre aqueles com mais de 65 anos", explica a médica Cristiane. A especialista encerra trazendo pequenas dicas que podem contribuir com a prevenção do zumbido, como reduzir o consumo de álcool, cigarro, cafeína e, se possível, o nível de estresse. Reforçamos que esta matéria não substitui um diagnóstico clínico profissional, se por acaso sinta qualquer sintoma listado acima, um profissional qualificado deve ser consultado.

R7

A pandemia de Covid-19 mudou para sempre a relação do mundo com as vacinas, gerando produção e inovações sem precedentes, mesmo que os países pobres continuem ficando para trás.

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Por ocasião do início da Semana Mundial da Imunização, confira a seguir um panorama geral das vacinas.

Por que e para quem?

Atualmente há vacinas para mais de 20 doenças potencialmente mortais, e a vacinação permite evitar entre 2 e 3 milhões de mortes por ano, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Até o surgimento da Covid-19, a vacinação dizia respeito a grupos específicos – por exemplo, crianças, no caso da vacina contra a poliomielite, ou idosos e pacientes imunossuprimidos, aos quais a vacina contra a gripe era recomendada.

Antes da pandemia, a produção anual era de 5 bilhões de doses, aos quais se somaram ao menos 11 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 produzidas em 2021. No caso do coronavírus, a fórmula foi sintetizada rapidamente, mas não é o que se verifica em vários outros casos, como o do HIV. Várias tecnologias

Após a descoberta da primeira vacina contra a varíola, pelo médico britânico Edward Jenner, no século XVIII, a gama de imunizantes cresceu consideravelmente.

As vacinas mais tradicionais usam uma tecnologia que se baseia em um vírus inativo, ou seja, um vírus morto mas que conserva a capacidade de gerar uma resposta imune, como é o caso do vírus da gripe.

Existe outra tecnologia semelhante, que é o uso de um vírus atenuado por vários processos químicos. Essa utilização se verifica em vacinas tríplices virais contra sarampo, caxumba e rubéola.

Outras tecnologias surgiram recentemente, como vacinas de subunidade e vacinas com vetor viral, que usam um adenovírus como vetor para apresentar ao sistema imunológico um fragmento do vírus contra o qual o organismo precisa produzir anticorpos, caso da fórmula contra o ebola.

As últimas inovações são as vacinas por RNA mensageiro, que antes de 2020 nunca haviam sido comercializadas. Essa tecnologia funciona ativando a imunidade humana a partir da injeção do RNA mensageiro de fragmentos do vírus. Novos atores

Tradicionalmente, o mundo das vacinas era restrito a poucos grandes laboratórios, porque os investimentos necessários para o desenvolvimento de um novo composto são consideráveis.

"Existia a preservação de alguns poucos. O RNA mensageiro representa uma mudança no baralho", diz Loïc Plantevin, especialista em saúde da consultoria Bain & Company.

Antes da pandemia, quatro empresas gigantes controlavam 90% do mercado: as americanas Pfizer e MSD, a britânica GSK e a francesa Sanofi.

Com exceção da Pfizer – associada à empresa de biotecnologia BioNTech –, nenhuma dessas farmacêuticas conseguiu produzir uma vacina contra a Covid.

A pandemia de Covid-19 revolucionou o setor, com o surgimento de atores como BioNTech e a empresa americana Moderna, que criou as primeiras vacinas de RNA. Isso também impulsionou a produção em regiões relegadas da distribuição na primeira fase da pandemia.

Diante da desigualdade no acesso às doses, a OMS lançou um programa para instalar centros de produção de vacinas de RNA mensageiro em seis países africanos a partir de 2024. Quais são os próximos passos?

Agora, a Moderna busca avançar com a produção de uma vacina contra a dengue, o ebola e a malária.

"A tecnologia de RNA ainda precisa de tempo e melhorias", alertou Loïc Plantevin. Especificamente a conservação, que é o ponto fraco dessa tecnologia.

O prêmio Nobel de medicina Charles Rice disse à AFP no fim de 2020: a crise da Covid "mudou a forma de fazer ciência, para promover um esforço comum, mais que um trabalho individual em diferentes laboratórios, isolados", como se fazia havia anos.

AFP

Foto: Reuters/Montagem/R7

Conforme envelhecemos, um processo natural de mutações nas células cerebrais ocorre. Entretanto, pesquisadores do Brigham and Women's Hospital e do Boston Children's Hospital, nos Estados Unidos, descobriram que em pessoas com a doença de Alzheimer esses erros no DNA ocorrem em maior número e mais rapidamente.

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Em um artigo publicado nesta quinta-feira (21) na revista científica Nature, o grupo de cientistas detalha a análise do sequenciamento do genoma de uma única célula de 319 neurônicos de duas áreas cerebrais – hipocampo e córtex pré-frontal – de pessoas com e sem doença de Alzheimer. O objetivo foi determinar a ligação entre o número e o tipo dessas mutações genéticas com o Alzheimer. Eles entenderam que os erros genéticos ao longo do tempo se dão por uma maior oxidação das células cerebrais.

"Nossos resultados sugerem que os neurônios de quem tem doença de Alzheimer sofrem danos genômicos que causam imenso estresse nas células e criam disfunção entre elas. Essas descobertas podem explicar por que muitas células cerebrais morrem durante o Alzheimer", explica em comunicado o principal autor do estudo, Michael B. Miller, do Departamento de Biologia do Brigham and Women's Hospital.

O estudo fornece, pela primeira vez, pistas concretas que podem ajudar a entender a causa do Alzheimer, até hoje sem clareza.

Segundo o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos, a doença envolve uma causa de variáveis como genética, fatores ambientais, estilo de vida e mudanças no cérebro associadas a idade. Este último item que foi destrinchado pelos cientistas. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), dos cerca de 55 milhões de casos de Alzheimer em todo o mundo, entre 60% e 70% são causados pelo Alzheimer.

Estima-se que 10 milhões de novos casos de demência sejam diagnosticados todos os anos, com um número global que deve chegar a 78 milhões em 2030, saltando para 139 milhões até 2050.

O trabalho publicado na Nature é o começo de uma série de aprofundamentos no tema que devem ocorrer nos próximos anos.

A equipe de Miller pretende estudar os neurônios de indivíduos com Alzheimer em estágio intermediário.

“No futuro, estamos ansiosos para elucidar como as mutações observadas nos neurônios de quem tem Alzheimer causam a morte das células neuronais e nos dedicarmos a ajudar na descoberta de novos tratamentos que visam essas vias”, completou o pesquisador.

R7

Foto: Freepik

As pessoas que vivem com o vírus HIV são menos propensas a apresentar anticorpos séricos totais detectáveis ​​contra Sars-CoV-2 do que aquelas que não são imunossuprimidas devido à perda de anticorpos anti-S, os mais envolvidos na proteção contra o vírus causador da Covid-19.

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A constatação foi feita por meio de um estudo da área de doenças infecciosas do Ciber (Ciberinfec), dependente do Instituto de Saúde Carlos 3º (Ministério da Ciência e Inovação da Espanha), liderado por Juan Macías, pesquisador do Hospital Virgen de Valme (Sevilha, sul de Espanha), e o Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS), e que foi realizado seis meses depois de terem contraído a Covid-19, segundo um comunicado. Para realizar esse estudo, todos os casos de Covid-19 em pessoas com HIV diagnosticados entre 8 de março de 2020 e 30 de março de 2021 (um total de 63) foram incluídos, assim como um grupo paralelo de 108 pacientes sem HIV que também tiveram Covid e foram tratados ambulatorialmente ou em emergências.

Segundo Juan Macías, "até agora, havia dados limitados e controversos sobre a resposta imune em pessoas vivendo com HIV e sobre sua mortalidade, por isso era necessário ter dados que comparassem a cinética de anticorpos após a infecção natural por Sars-CoV -2 nesses pacientes e em pessoas sem HIV".

Após seis meses de acompanhamento, a proporção de pessoas vivendo com HIV com anticorpos séricos totais detectáveis ​​contra Sars-CoV-2 foi de 86%, enquanto no grupo de controle (sem HIV), havia sido de 98%.

Além disso, os títulos de anticorpos anti-S foram significativamente mais baixos para esses indivíduos afetados pelo HIV.

Como explica o investigador da Ciberinfec, “as nossas análises mostram que a infecção pelo HIV esteve independentemente associada à persistência de anticorpos totais anti-Sars-COV-2 e aos níveis de anticorpos anti-S seis meses após a Covid-19”.

Esses resultados podem sugerir que as pessoas que vivem com HIV são mais sujeitas à reinfecção por coronavírus porque mostram que, seis meses depois, são menos propensas a apresentar anticorpos séricos totais detectáveis ​​​​do que pessoas sem HIV.

Da mesma forma, a concentração de anticorpos anti-S, aqueles com maior envolvimento na proteção contra infecção, é menor nesses pacientes.

A esse respeito, Juan A. Pineda, signatário do trabalho, sustenta que "embora tenha sido relatado que a resposta às vacinas é semelhante entre pessoas com HIV e pessoas saudáveis ​​no curto prazo, são necessários dados após um acompanhamento mais longo" e acrescenta que "se a cinética dos anticorpos plasmáticos após a vacinação refletir o que acontece na infecção natural, esses pacientes podem ter um risco maior de infecção apesar de estarem vacinados, portanto, doses de reforço e acompanhamento são recomendados mais prolongados".

EFE