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remediocovidA OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a recomendar o uso dos medicamentos para artrite Actemra, da Roche, e Kevzara, da Sanofi, com corticosteróides, para pacientes com covid-19 graves. A recomendação veio após um estudo com cerca de 11 mil pacientes mostrar que os dois remédios reduzem o risco de morte pela doença e a necessidade de ventilação mecânica. A análise de dados do estudo mostrou que o risco de morte em 28 dias para pacientes que recebem um desses medicamentos com corticosteroides, como a dexametasona, é de 21%, em comparação com um risco presumido de 25% entre aqueles que recebem o tratamento padrão para covid-19.

O estudo foi feito com o King’s College, de Londres, a Universidade de Bristol, a Universidade College London e o Guy’s and St Thomas’ NHS Foundation Trust, e publicado na terça-feira na revista especializada Journal of the American Medical Association.

Ambos os medicamentos são injetáveis e indicados no tratamento da artrite reumatoide grave, ativa e progressiva. Em estudos, foi observado que as drogas podem influenciar na resposta inflamatória nos pulmões de pacientes em estado grave ocasionado pela covid-19.

Os medicamentos não atacam diretamente o novo coronavírus, mas inibem uma resposta imunológica anormal chamada ‘tempestade de citocinas’, que causa a inflamação nos pulmões.

A Food and Drug Administration (FDA), a agência americana equivalente à Anvisa, já concedeu autorização para uso de emergência do Actemra para tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19 em estado grave. No Brasil, ainda não há essa autorização.

Catraca Livre

Foto: janiecbros/istock

Os desafios trazidos pela pandemia de covid-19 têm estimulado inovações em várias frentes. Uma delas é o desenvolvimento de métodos de baixo custo para o diagnóstico clínico. Nesse campo, inserem-se os genossensores. Baseados em ácidos nucleicos que detectam fitas simples com sequências complementares de DNA ou RNA, os genossensores são biossensores que possibilitam testes em massa para detecção imediata e sensível de material genético.

Um dispositivo desse tipo, de eficiência comprovada na detecção do SARS-CoV-2, acaba de ser produzido por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores de várias instituições, coordenada pelo físico Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

O resultado da análise pode ficar pronto em 30 minutos, com custos em escala laboratorial de menos de um dólar para cada genossensor. O custo dos componentes do medidor de impedância, que constitui uma parte durável do dispositivo, é inferior a mil reais. O dispositivo já existe, em escala de laboratório, e a tecnologia pode ser transferida para qualquer empresa que cumpra os requisitos necessários para a produção em massa.

“Nosso genossensor é capaz de imobilizar uma fita simples de DNA, utilizada como sequência de captura. Em condições apropriadas, a fita simples imobilizada liga-se a outra fita simples e complementar de DNA eventualmente contida na amostra líquida a ser analisada. Esse processo, chamado de hibridização, denuncia a presença do SARS-CoV-2 na amostra, que pode ser constituída por saliva ou outros fluidos corporais”, diz à Agência Fapesp a química Juliana Coatrini Soares.

Soares é a primeira autora de um artigo que descreve o trabalho, publicado no periódico Materials Chemistry Frontiers.

Agência Fapesp

genericoNo Brasil, a Neo Química é um dos laboratórios do segmento a operacionalizar a produção e distribuição dos genéricos. Com o objetivo de facilitar à população o acesso aos medicamentos, o laboratório busca alinhar suas ações ao propósito e conceito da marca: “Sua saúde é nossa vocação”. É com essa visão que a Neo Química vem trabalhando ao longo de mais de seis décadas de existência com a missão de democratizar o acesso à saúde através da disponibilização de medicamentos similares e genéricos em 96% das farmácias de todo o país.

Genéricos são aqueles medicamentos com os mesmos princípios ativos, na mesma dose e forma farmacêutica em comparação com os remédios de referência.* Desde a implementação da Lei dos Genéricos - 9.787, em 1999, grande parte da população passou a ter acesso aos remédios e dar continuidade a tratamentos medicamentosos tornou-se realidade.

A norma permite que, após expiração das patentes, os medicamentos genéricos podem ser produzidos e levados ao consumidor final. Além disso, devem ser comprovados todos os testes de bioequivalência realizados em seres humanos e também os de equivalência farmacêutica. Essas são as garantias de que a eficácia será a mesma da marca de referência, tanto em concentração e velocidade de absorção pelo organismo, quanto pelos valores de composição do produto. Desde que respeitados todos os protocolos de segurança que envolvem os processos de fabricação, a utilização dos genéricos apresenta os mesmos benefícios das grandes marcas a um custo menor. Na prática, significa que mais pessoas têm acesso e podem dar continuidade aos tratamentos.

Embora a história dos genéricos no Brasil já tenha mais de 20 anos, ainda existem muitos mitos sobre sua utilização. Em um país que enfrenta diariamente constantes desafios no sistema de saúde, ainda hoje, um deles é a falta entendimento sobre cuidados e tratamentos disponíveis, além das marcas conhecidas no mercado.

Identificar um medicamento genérico é fácil, basta verificar a tarja amarela na embalagem com a letra “G” e a inscrição “Medicamento Genérico”. Não há nome comercial para os genéricos, apenas o princípio ativo da fórmula. Atualmente, o Brasil conta com mais de 400 princípios ativos registrados na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), distribuídos em aproximadamente 30 classes terapêuticas para combater as mais diversas patologias. Existem medicamentos genéricos para mais de 95% das doenças conhecidas**.

R7

Getty Images

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) propôs suspender a aplicação de vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca e da Janssen em gestantes.

A recomendação se aplica aos imunizantes que usam vetor adenoviral. Dessa forma, as grávidas brasileiras devem receber doses da Pfizer ou CoronaVac. Em maio, a agência já tinha recomendado a suspensão do uso da AstraZeneca neste grupo. Em comunicado divulgado na última sexta-feira (2), a agência ampliou a orientação à vacina da Janssen, que chegou ao país no final de junho.

Em abril passado, as gestantes foram incluídas na lista de prioridade para vacinação contra a covid-19 porque fazem parte do grupo de risco. Um boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) lançado no final de junho aponta que a taxa de letalidade entre essas mulheres é altíssima, de 7 2%, mais que o dobro do índice do País (2,8%).

Até o mês passado 1.156 gestantes tinham morrido de covid-19 só em 2021. Em 2020, foram 560 mortes neste grupo.

No comunicado 006/2021, assinado pela GGMON (Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária), o órgão reafirma que o público geral deve continuar tomando as referidas vacinas porque seus benefícios são muito maiores do que os riscos associados à infecção por covid-19.

"A Anvisa reforça a relação benefício-risco favorável das vacinas contra Covid-19 autorizadas para uso no país, sendo essencial a continuidade da imunização da população", disse em nota.

A Anvisa também orienta para a necessidade de se instituir medidas para identificar casos suspeitos de trombocitopenia em pessoas que receberam as vacinas. As chances de isso ocorrer são extremamente baixas, entre 0,1% e 0,5%.

Um estudo da Universidade de Oxford já mostrou que o risco de pacientes diagnosticados com covid-19 apresentarem casos de trombose é cerca de dez vezes maior do que entre as pessoas vacinadas.

Segundo a agência, os sintomas relacionados à trombose são falta de ar, dor no peito, inchaço ou dor nas pernas, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves e persistentes, visão turva, confusão, convulsões, petéquias (pequenas manchas vermelhas ou marrom em partes do corpo), hematomas ou outras manifestações hemorrágicas fora do local da vacinação.

Pessoas vacinadas que apresentam estes sinais devem procurar um serviço de saúde.

R7