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O Instituto Butantan, responsável pela vacina anticovid CoronaVac, no Brasil, espera que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorize a aplicação do imunizante em crianças a partir de 3 anos, foi o que disse, neste domingo (11), Dimas Covas, presidente do instituto.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo ao qual o Butantan é vinculado, Covas confirmou a entrega para a agência resultados de um estudo feito na China, que mostrou que o imunizante é seguro e induz resposta imune entre pessoas de 3 a 17 anos de idade. “O estudo de segurança em crianças a partir dos 3 anos já está de posse da Anvisa. Esperamos que seja incorporada essa utilização na autorização de uso emergencial (da CoronaVac) sem a necessidade de estudos adicionais feitos aqui no Brasil”, disse o presidente do Butantan.

No dia 28 de junho, a revista científica The Lancet publicou um estudo feito com 552 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, entre outubro e dezembro de 2020, na província de Hebei, China. Os pesquisadores concluirão que a taxa de produção de anticorpos contra o antígeno do coronavírus foi superior a 96% após 28 dias da vacinação com duas doses da CoronaVac.

Em relação à segurança da vacina, as reações adversas foram de leves a moderadas. Apenas 1% dos voluntários apresentaram reação adversa de nível maior e, na maior parte dos casos, foram relatadas dor no local da aplicação (13%) e febre (5%).

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Sinovac Biotech, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Hebei, Institutos Nacionais de Controle de Alimentos e Medicamentos de Pequim, Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Zanhuang e o Beijing Key Tech Statistics Technology.

Até o momento não há uma previsão de vacinação de crianças contra a covid-19.

Também neste domingo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a antecipação do prazo final para aplicar a primeira dose vacina contra covid-19 em todos os paulistas acima de 18 para o dia 20 de agosto. Além disso, foi confirmada a intenção do governo estadual de imunizar, com ao menos uma dose, adolescentes de 12 a 17 anos, até 30 de setembro. A previsão é começar para essa faixa etária no dia 23 de agosto.

Reuters

Os índices de cobertura vacinal da gripe no Brasil estão baixos, apenas 46,3% do público-alvo foi vacinado. Agora, a população em geral pode se imunizar nos postos de saúde. Os cientistas da Universidade de Miami descobriram mais um motivo para não deixar de lado essa imunização: a proteção contra o vírus Influenza reduz o risco de derrame, sepse (infecção generalizada), internação em UTI (unidade de terapia internsiva) e trombose venosa profundo em pacientes infectados com a covid-19.

O estudo, apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, foi feito com dois grupos de 37.377 pessoas de diversos lugares, como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Israel e Cingapura. Um grupo foi vacinado contra a gripe de duas semanas a seis meses antes de ser diagnosticado com covid-19, e o segundo não recebeu imunização.

Os dois grupos foram acompanhados por fatores que poderiam afetar o risco de covid-19 grave, incluindo idade, sexo, etnia, tabagismo e comorbidades como diabetes, obesidade e doença pulmonar obstrutiva crônica. Foi verificada a incidência de 15 efeitos adversos até 120 dias após o teste PCR positivo para covid-19. Os problemas analisados foram: sepse; derrames; trombose venosa profunda ou DVT; embolia pulmonar; insuficiência respiratória aguda; síndrome do desconforto respiratório agudo; dor articular; insuficiência renal; anorexia; ataque cardíaco; pneumonia; visitas de emergência; internação hospitalar; admissão na UTI; e morte.

As análises concluíram que os indivíduos sem vacinas contra a gripe tiveram 20% mais de chances de ficarem em estado grave da covid e precisar de atendimento em UTI.

Além disso, os não-imunizados tiveram 58% mais de probabilidade de precisarem de pronto-atendimento; 58% mais chance de sofrer um AVC; 45% mais possibilidade de desenvolver sepse e 40% mais de apresentar uma trombose venosa profunda.

O ensaio deixou claro, ainda, que a proteção contra o influenza não diminui os riscos de morte por covid-19 e uma vacina não substitui a outra. Os cientistas concluíram que as duas imunizações são importantes.

Os autores do estudo dizem que são necessárias mais pesquisas para provar e entender melhor o possível vínculo. Porém, no futuro, a vacina contra a gripe pode ser usada para ajudar na proteção em países onde a vacina contra covid-19 está em falta.

"Apenas uma pequena fração do mundo foi totalmente vacinada contra a covid-19 até o momento e, com toda a devastação que ocorreu devido à pandemia, a comunidade global ainda precisa encontrar soluções para reduzir a morbidade e a mortalidade. Ter acesso a dados em tempo real de milhões de pacientes é uma poderosa ferramenta de pesquisa. Juntamente com perguntas importantes, permitiu que minha equipe observasse uma associação entre a vacina contra a gripe e a menor morbidade em pacientes covid-19", explicou Devinder Singh, autor sênior do estudo e professor de cirurgia plástica na Faculdade de Medicina da Universidade de Miami Miller.

"Independentemente de diminuir efeitos adversos associados a covid-19, simplesmente ser capaz de conservar os recursos globais de saúde mantendo o número de casos de gripe sob controle é motivo suficiente para defender esforços contínuos para promover a vacinação contra a gripe", acrescentou o médico no congresso online que a pesquisa foi apresentada.

R7

Foto: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

A Pfizer planeja pedir aos órgãos que regulamentam medicamentos dos EUA e da Europa que autorizem uma dose de reforço de sua vacina contra a covid-19, com base em evidências de maior risco de infecção 6 meses após a inoculação, diante da propagação da variante Delta, altamente contagiosa.

O FDA (Food and Drug Administration) e o CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças) afirmaram, no entanto, em uma declaração conjunta, que os norte-americanos que foram completamente imunizados não precisam de uma dose de reforço neste momento. A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) não respondeu a um pedido de comentário sobre o assunto, até o momento. Alguns cientistas questionam a necessidade da dose de reforço.

O diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, afirmou que a queda na eficácia da vacina, recentemente relatada em Israel, se deu principalmente em pessoas que foram vacinadas em janeiro ou fevereiro.

O Ministério da Saúde do país disse que a eficácia da vacina na prevenção de infecções e doenças sintomáticas caiu para 64% em junho. "A vacina da Pfizer é altamente ativa contra a variante Delta", afirmou Dolsten em uma entrevista. Mas depois de seis meses, acrescentou, "é provável que haja o risco de reinfecção, pois os anticorpos, conforme previsto, diminuem". Os dados serão enviados ao FDA no próximo, segundo ele.

A Pfizer não divulgou os dados completos sobre o estudo israelense na quinta-feira (8), mas apontou que será publicado em breve.

"É um pequeno conjunto de dados, mas acho que a tendência é precisa: devido à variante Delta ser mais contagiosa, há risco de infecções leves 6 meses depois da imunização completa, afirma disse Dolsten.

O FDA e o CDC, em declaração conjunta, disseram: "Estamos preparados para doses de reforço se e quando a ciência demonstrar que elas são necessárias."

Reuters