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plasmaUm estudo realizado pela Fundação Infant, na Argentina, publicado recentemente no New England Journal of Medicine mostrou que o plasma sanguíneo de pacientes recuperados de covid-19 pode evitar a doença grave em idosos, mesmo se administrado alguns dias após o início dos sintomas.

A pesquisa foi realizada com 160 idosos com idade média de 77 anos. Ainda participaram do estudo pessoas entre 65 e 74 anos com comorbidades, como diabetes e hipertensão. Todos foram recrutados nas primeiras 72 horas da doença. Os voluntários foram divididos em dois grupos, um recebeu o tratamento à base de plasma e o outro, placebo (solução salina). Nenhuma pessoa foi informada do que havia recebido.

O plasma foi retirado de pessoas que tiveram covid-19 e já apresentavam teste negativo para a doença. Cada doador era capaz de fornecer 750 ml de plasma, o que poderia atender a três pacientes, segundo dados do estudo.

Pacientes que receberam o tratamento com plasma apresentaram 48% menos chance de desenvolver quadros respiratórios graves. Também foi observado no estudo que quanto mais concentrado o plasma (de pessoas que tiveram covid grave), melhor era o desempenho do tratamento - nesse caso, a proteção chegava a 73%.

A conclusão é que o tratamento pode reduzir os casos de internação e, por consequência, mortes. O objetivo, segundo os pesquisadores, é dirigir a terapia e idosos e pessoas com comorbidades. A aplicação pode ser feita em laboratório (infusão intravenosa) e o custo é de US$ 186 (R$ 980 em média) por paciente.

Mas a pesquisa ressalta que o tratamento tem bom desempenho apenas se aplicado precocemente, nos primeiros dias da infecção. Não foram registrados efeitos colaterais, segundo o estudo.

 

R7

Foto: Pixabay

O painel que faz o acompanhamento da análise das vacinas contra a covid-19, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostra que aumentou de domingo (10) para esta segunda-feira (11) a quantidade de pendências do imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Se no domingo faltavam ser entregues 5,18% dos documentos, nesta segunda, na atualização de 7h, o percentual saltou para 5,47%. Também cresceu a faixa no gráfico destinada aos dados pendentes: ontem pela manhã eles somavam 47,83%, hoje são 48,36%.


Somando tudo, o Butantan ganhou mais de 1 ponto percentual de dúvidas para explicar o quanto antes. De 52,74% passou para 53,81%.

A Anvisa tem 10 dias — e já passaram-se quatro — para dizer se libera ou não a aplicação das vacinas para uso emergencial no Brasil. Em nota, publicada em seu site na semana passada, a agência deixou claro que cumpriria o prazo desde que todos os esclarecimentos fossem feitos rapidamente.

De acordo com a assessoria de imprensa da Anvisa, à medida que evoluem as análises dos documentos, feitas pelos técnicos da agência, é natural que mais informações sejam pedidas.

Nas últimas 24h, segundo o painel, subiu de 34,58% para 38,07% a quantidade de documentos já analisados na solicitação do Butantan.

A assessoria reforça que, apesar de o percentual de documentos ausentes ser maior, não foram feitos novos pedidos além dos que já haviam sido anunciados pela Anvisa na sexta-feira (8).


De qualquer forma, a elevação de pendências de domingo para segunda, ainda que pequena, mostra que o caminho para a aprovação da CoronaVac não está fácil. A assessoria de imprensa da Anvisa diz também que o instituto não entregou qualquer documento novo no último fim de semana. "Continuamos aguardando os seis itens que faltam", informa.

A declaração vai contra o que afirmou nesta segunda o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Segundo ele, os documentos foram mandados à agência reguladora no sábado e no domingo.

A estagnação da CoronaVac não ocorre com a segunda vacina que passa pelo pente-fino da agência, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratóro AstraZeneca, ambos do Reino Unido. Se no domingo 19,88% da checagem já havia sido concluída, o percentual foi a 21,88% nesta segunda.

Também caiu 0,02 ponto percentual as pendências da vacina de Oxford, defendida no Brasil pela parceira Fiocruz: de 18,84% para 18,82%.

Conclusão dos trabalhos
A velocidade na conclusão das análises, no entanto, como mostrou no domingo reportagem do portal R7, segue maior no caso da vacina chinesa e brasileira.

Mais de 38% da documentação da CoronaVac já foi checada, enquanto a da Fiocruz tem apenas 21,88% dos dados concluídos.

 

R7

 

melatoninA melatonina produzida no pulmão atua como uma barreira contra o SARS-CoV-2, impedindo a expressão de genes codificadores de proteínas de células como os macrófagos residentes, presentes no nariz e nos alvéolos pulmonares, e as epiteliais, que revestem os alvéolos pulmonares e são portas de entrada do vírus. Dessa forma, o hormônio impossibilita a infecção dessas células pelo vírus e, consequentemente, a ativação do sistema imunológico, permitindo que o novo coronavírus permaneça por alguns dias no trato respiratório e fique livre para encontrar outros hospedeiros.


A descoberta, realizada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), ajuda a entender por que há pessoas que não são infectadas ou que estão com o vírus, detectado por teste do tipo RT-PCR, e não apresentam sintomas de covid-19. Além disso, abre a perspectiva de uso da melatonina administrada por via nasal – em gotas ou aerossol – para impedir a evolução da doença em pacientes pré-sintomáticos. Para comprovar a eficácia terapêutica do hormônio contra o novo coronavírus, porém, será necessária a realização de uma série de estudos pré-clínicos e clínicos, sublinham os autores do estudo.
Os resultados do trabalho, apoiado pela Fapesp, foram descritos em artigo publicado na revista “Melatonin Research”.

‘Muralha’ contra o vírus
“Constatamos que a melatonina produzida pelo pulmão atua como uma ‘muralha’ contra o SARS-CoV-2, impedindo que o patógeno entre no epitélio, que o sistema imunológico seja ativado e que sejam produzidos anticorpos”, diz à Agência Fapesp Regina Pekelmann Markus, professora do Instituto de Biociências (IB) da USP e coordenadora do projeto.

“Essa ação da melatonina do pulmão também deve ocorrer com outros vírus respiratórios, como o da influenza”, estima.

Os trabalhos da pesquisadora com melatonina foram iniciados nos anos 1990. Por meio de estudo com roedores, Markus demonstrou que o hormônio produzido à noite pela glândula pineal, no cérebro, com a função de informar o organismo que está escuro e prepará-lo para o repouso noturno, poderia ser produzido em outros órgãos, como no pulmão.

Em um estudo também com roedores, publicado no início de 2020 no “Journal of Pineal Research”, a pesquisadora e colaboradores mostraram que os macrófagos residentes, presentes no espaço aéreo pulmonar, absorvem (fagocitam) partículas de poluição. Esse estímulo agressivo induz a produção de melatonina e de mais moléculas pelos macrófagos residentes, capazes de internalizar o material particulado no ar respirado pelos animais, e estimula a formação de muco, tosse e expectoração, de modo que essas partículas sejam expelidas do trato respiratório.

Portas de entrada alteradas
Ao bloquearem a síntese da melatonina pelos macrófagos residentes, os pesquisadores observaram que as partículas entraram na circulação e foram distribuídas por todo o organismo, incluindo o cérebro.

Com base nessa constatação de que a melatonina produzida no pulmão altera as portas de entrada de partículas de poluição, a pesquisadora e colaboradores decidiram avaliar, agora, se o hormônio desempenharia a mesma função em relação ao SARS-CoV-2.

“Se isso acontecesse, o vírus também não ficaria disponível para se ligar ao receptor ACE2 das células, entrar no epitélio e desencadear a infecção”, explica Markus.

Análise de expressão gênica
Para testar essa hipótese, os pesquisadores analisaram um total de 455 genes associados na literatura a comorbidades relacionadas à covid-19, interação do SARS-CoV-2 com proteínas humanas e portas de entrada do vírus, identificados em trabalhos como os realizados por Helder Nakaya, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP e um dos autores do estudo. Desse total, foram selecionados 212 genes envolvidos na entrada do novo coronavírus em células humanas, tráfego intracelular, atividade mitocondrial e processo de transcrição e pós-tradução, para criar uma assinatura fisiológica da covid-19.

A partir de dados de bancos de sequenciamento de RNA foi possível quantificar os níveis de expressão dos 212 genes que compuseram a chamada “assinatura covid-19” em 288 amostras de pulmão saudáveis.

Ao correlacionarem a expressão desses genes com um índice chamado MEL-Index – que estima a capacidade do pulmão de sintetizar melatonina, baseado na análise do órgão de roedores saudáveis –, os pesquisadores constataram que quanto menor o índice, maior era a expressão de genes que codificam as proteínas de macrófagos residentes e de células epiteliais.

O MEL-Index também se correlacionou negativamente com os genes que modificam as proteínas do receptor celular CD147, que é uma porta de entrada em macrófagos e outras células do sistema imunológico, indicando que a produção normal de melatonina do pulmão pode ser relevante para lidar com a invasão do vírus.
Bloqueio possível
Os resultados foram corroborados por um teste de correlação de Pearson – que mede o grau da correlação entre duas variáveis de escala métrica –, além de uma análise de enriquecimento de conjunto de redes e de uma ferramenta de rede que integra a conectividade entre os genes mais expressos, permitindo comparar um mesmo conjunto de gene em diferentes estados, desenvolvida pelo pesquisador Marcos Buckeridge, professor do IB-USP e um dos autores do estudo.

“Vimos que quando o MEL-Index era alto, as portas de entrada do vírus no pulmão ficavam fechadas, e quando estavam baixo, essas portas ficavam abertas. Quando as portas estão fechadas, o vírus fica vagando um tempo pelo ar pulmonar e depois tenta escapar para encontrar outro hospedeiro”, afirma Markus.

Como a melatonina produzida pelo pulmão inibe a transcrição desses genes codificadores de proteínas dessas células que são portas para entrada do vírus, a aplicação de melatonina diretamente no pulmão, em gotas ou aerossol, permitiria bloqueá-lo. Mas isso ainda demandará uma série de estudos, ponderam os pesquisadores.

Outra ideia é utilizar o índice de melatonina pulmonar como um biomarcador de prognóstico para detectar portadores assintomáticos do SARS-CoV-2.

 

revista Planeta

Foto: Niaid/NIH

As sementes contêm ácidos graxos, vitaminas, minerais, fibras e outros compostos que ajudam a manter a boa saúde. Por que elas são recomendadas? Quais são as melhores opções?


Você já se perguntou por que um alimento tão pequeno como as sementes pode ter tantos benefícios para a sua saúde? Sem dúvida, a resposta para esta pergunta está no número de nutrientes que elas armazenam.

Apesar do seu tamanho, as sementes contêm gorduras saudáveis, proteínas, vitaminas, minerais e outros compostos bioativos que contribuem para o bem-estar. Para saber mais sobre isso, convidamos você a ler o artigo abaixo.

Os benefícios das sementes para a saúde cardiovascular
A doença cardiovascular é uma das principais causas de mortalidade e morbidade em muitas sociedades. A presença de sementes na dieta pode melhorar essa situação devido a dois de seus componentes.

Em primeiro lugar, vale a pena notar a presença de ácidos graxos ômega-3, em particular ácido alfa-linolênico (ALA). Até o momento, sabe-se que uma dieta saudável, juntamente com exercícios físicos e um suplemento de ômega 3, é eficaz na redução do risco de eventos cardiovasculares. Esta gordura saudável está presente nas:

Sementes de linhaça.
Sementes de cânhamo.
Sementes de chia.
Por outro lado, tem sido estudada a relação entre o consumo de arginina e o risco de doenças cardiovasculares. Uma das conclusões é que consumir alimentos com arginina pode diminuir a chance de problemas cardiovasculares.

Este aminoácido é encontrado em quantidades consideráveis em oleaginosas e peixes. Também pode ser obtido através do gergelim e das sementes de abóbora.


Os linhanos presentes nas sementes
Nos últimos anos, o interesse dos cientistas pelos benefícios que as dietas vegetais podem trazer tem crescido, especialmente em virtude do seu teor fitoquímico. Entre estes últimos, estão os linhanos.

O principal potencial das dietas com este metabólito vegetal se concentra na redução do risco de alguns tipos de câncer, especialmente aqueles que são dependentes de hormônios, já que sua estrutura é semelhante à do estrogênio.

As conclusões são evidentes em diferentes estudos que investigam as relações dos genes e do meio ambiente em mulheres com mulheres com câncer de mama. A dieta é um desses fatores ambientais, e parece que uma maior ingestão de linhanos exerce efeitos preventivos.

Os linhanos geralmente são encontrados no reino vegetal. Quando se fala em sementes, linhaça, gergelim e colza se destacam pelo seu teor.

Boa saúde óssea
As sementes contêm alguns nutrientes básicos para manter os ossos fortes e em bom estado. É importante ter cuidado com os ossos em todas as fases da vida.

Evidências indicam que as sementes garantem um crescimento ideal na infância e ajudam a prevenir possíveis fraturas em idades mais avançadas. Além disso, elas serão necessárias para garantir uma recuperação perfeita em caso de fratura.

Os nutrientes mais interessantes presentes nelas são os seguintes:

Minerais como cálcio, magnésio, fósforo, zinco e cobre.
Proteínas que ajudariam na assimilação do cálcio e que são componentes da estrutura óssea.
A arginina, juntamente com vitamina C e inositol, têm sido ligados ao aumento da densidade óssea e resistência.


Sementes e fibras vegetais
Todas as sementes concentram quantidades interessantes de fibra vegetal. Em particular, chia, linhaça e gergelim se destacam pela sua quantidade. Adicionar uma ou duas colheres de sopa de sementes às refeições pode ajudar a atender às necessidades recomendadas de fibras por dia. Estas ficam em torno de 25-30 gramas, e em muitos casos é difícil supri-las.

O aumento da ingestão de fibras está ligado a melhorias em algumas situações de saúde, como um menor risco de diabetes, hipertensão, obesidade e alguns problemas gastrointestinais.

Quais sementes oferecem mais benefícios para a saúde?

Conforme detalhamos, as sementes são um alimento ideal para incorporar na dieta regular. Todos os benefícios que elas trazem funcionarão se forem integradas a um estilo de vida saudável. Isso envolve o seguinte:

Dieta baseada em alimentos frescos, saudáveis e naturais, em quantidade suficiente.
Exercício físico e atividade diária.
Boa qualidade do sono.
Manter os níveis de estresse sob controle.


De todas as sementes, vale destacar a linhaça, chia, sementes de abóbora, de gergelim e de cânhamo. Elas não só fornecem nutrientes essenciais, mas são relativamente fáceis de encontrar no mercado.

Você não precisa consumir todas elas, duas ou três já bastam. Elas podem ser alternadas, ou usadas em uma mistura que pode ser consumida diariamente. No entanto, cada uma tem alguma propriedade específica:
As sementes de abóbora se destacam por serem ricas em zinco, um nutriente difícil de encontrar em vegetais.
O gergelim tem boas quantidades de cálcio e é um alimento ideal para complementar este mineral.
O cânhamo tem 25% de proteína com todos os aminoácidos essenciais.
A linhaça é uma das melhores fontes de ômega 3 vegetal.
Uma das mais ricas em fibras são as sementes de chia.
Qual é a melhor maneira de consumi-las?
As sementes são um alimento muito saudável, mas há duas desvantagens ao ingeri-las: seu pequeno tamanho e a presença de fitatos que podem bloquear a absorção de outros nutrientes.

Uma maneira de evitar esses inconvenientes é torrar as sementes em uma frigideira com o fogo muito baixo, ou deixá-las por algumas horas hidratando e depois secá-las. Uma vez feito isso, elas devem ser trituradas e armazenadas em um frasco de vidro na geladeira.


É preferível moer uma pequena quantidade que durará cerca de uma semana, já que as sementes, uma vez trituradas, ficam muito sensíveis à oxidação.
A partir daí, elas estão prontas para serem incorporadas em qualquer prato ou receita: em saladas, em receitas de massas, pães, iogurtes, no café da manhã, etc.

 As sementes devem fazer parte de uma dieta saudável

As sementes oferecem diversos benefícios para a saúde, desde que sejam acompanhadas por uma dieta saudável e variada. Embora não sejam um alimento milagroso ou com super propriedades, elas ajudam a prevenir doenças.

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