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imunidadeeUma série de estudos estão indicando que a resposta imunológica contra a covid-19 é forte e duradoura, mesmo naquelas pessoas que desenvolveram quadros leves, com poucos sintomas.

Um dos estudos focou a pesquisa em pessoas que tiveram sintomas leves, avaliando os pacientes recuperados. Esses pacientes desenvolveram anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 e as células B e T, que têm como função identificar o vírus. Essas células aumentaram numericamente três meses após o início dos sintomas.

As informações são de três estudos, um realizado por pesquisadores norte-americanos e publicado no NCBI (National Center for Biotechnology Information Search database), e os outros dois estudos foram publicados no medRxiv, um realizado por cientistas canadenses e o outro por cientistas dos Estados Unidos.


Não é possível prever quanto tempo a resposta imunológica pode durar, mas os dados mostram que o corpo terá uma boa chance de se defender do novo coronavírus se for exposto novamente a ele.

A imunologista Marion Pepper, da Universidade de Washington, disse em entrevista ao The New York Times que a proteção contra a reinfecção não pode ser totalmente confirmada até que haja provas de que a maioria das pessoas que encontraram o vírus uma segunda vez são realmente capazes de mantê-lo sob controle.

O sistema imunológico é composto por diversos mecanismos de proteção, o mais conhecido são os anticorpos, proteínas que impedem os patógenos de infectar as células, explica o pediatra Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações). Além desses, existem ainda células que identificam e atacam os corpos estranhos.

Kfouri explica que os anticorpos param de ser produzidos depois que a infecção é solucionada e os níveis deles diminuem com o tempo, porém a receita para a sua produção é lembrada pelo corpo por um período, que varia de doença para doença.

Alguns estudos encontraram anticorpos contra a covid-19 presentes no sangue em níveis baixos meses depois que as pessoas se recuperaram da doença.

 

R7

Foto: Pixabay

 

Maria Van Kerkhove, líder do grupo criado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para lutar contra a pandemia da covid-19, afirmou nesta terça-feira (18) que ninguém deve colocar as esperanças na imunidade coletiva como forma de frear a propagação do novo coronavírus no mundo.

"Sabemos que menos de 10% da população mundial tem evidências de anticorpos contra o SARS-CoV-2", disse a representante da agência, em entrevista coletiva.
Além disso, o diretor-executivo do Departamento de Emergências da OMS, Mike Ryan, garantiu que não é possível afirmar que o planeta está perto do nível de imunidade requerido para deter a covid-19.

"Temos que nos concentrar no que podemos fazer para parar o coronavírus e não viver na ilusão de que uma imunidade coletiva nos salvará", disse o especialista.

 

R7

vacinoxforA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta terça-feira (18), testes em humanos de mais uma vacina contra a covid-19. Este é o quarto imunizante a obter aval para ensaios clínicos no Brasil. As vacinas Coronavac, de Oxford e da Pfizer já realizam estudos do tipo no país.

A nova permissão foi concedida para a vacina chamada Ad26.COV2.S, produzida pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson. O imunizante é composto de um adenovírus geneticamente modificado, que não possui a capacidade de se replicar. Ele será um vetor para codificar a proteína S (spike), essencial para a entrada do coronavírus nas células humanas, de acordo com especialistas.


Os testes da vacina serão feitos em adultos com 18 anos ou mais. Eles receberão uma dose única da vacina ou placebo. Mas pesquisadores e voluntários não saberão quem está recebendo uma coisa ou outra.

Trata-se da última fase de testes em humanos antes de uma possível aprovação para comercialização. A partir dos resultados, será possível saber se a vacina é realmente eficaz para proteger contra a covid-19.

A previsão é que até 60 mil voluntários participem desta estapa - destes, 7 mil serão brasileiros. O recrutamento de voluntários vai acontecer nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte e será feito por cada centro de pesquisa responsável pelos testes locais.

 

R7

Foto: Anton Vaganov/Reuters

infectologistaUma das perguntas mais ouvidas em tempos de pandemia é sobre a imunidade em relação à Covid-19. Quem já pegou o novo coronavírus pode se infectar novamente?

Estudos ainda não apontam para essa certeza, mas, para responder a esses e outros questionamentos, o G1 conversou com o médico infectologista André Pirajá.

Para o profissional, ainda não se sabe, de fato, se aquelas pessoas acometidas pela doença estão imunes a uma nova infecção. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de se proteger e garantir a segurança quando o assunto é a Covid-19.

“Quanto à imunidade, de fato, ninguém sabe se existe uma resposta duradoura de que a pessoa que já pegou a doença está livre de uma nova infecção”, disse ele ao G1.

No entanto, o infectologista explicou que a chance de uma pessoa que já contraiu a Covid-19 pegar a doença novamente é pequena, mas existe. Por isso, esse paciente deve manter a rotina dos demais, sempre respeitando os protocolos sanitários.

“Algumas pessoas, claro que a minoria, podem ser submetidas a reinfecções. Por isso, enquanto não houver uma vacina, é imprescindível o uso de máscaras e do álcool em gel e a preservação do distanciamento social”, ressaltou Pirajá.


Atualmente, o Oeste Paulista contabiliza mais de 6,9 mil casos confirmados da doença, dos quais 200 pessoas morreram. Presidente Prudente (SP), onde Pirajá vive e trabalha, é a cidade desta região do Estado de São Paulo com o maior número de infectados, com 2.814 casos.

O estudante Alex Gomes, de 18 anos, é um desses casos positivos de Presidente Prudente. Há pouco mais de duas semanas, o jovem começou com alguns sintomas e procurou assistência médica na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Cohab, conhecida popularmente como Cohabão. E veio a confirmação da doença.

“Eu me sentia muito mal. Tive febre e dor no corpo. Depois de alguns dias, percebi que não estava mais sentindo o cheiro e o gosto. No dia 6 [de agosto], procurei atendimento na UBS e fiz o exame. Na última quinta-feira [13], veio a confirmação de que eu estava com a Covid-19”, contou ao G1.

Já recuperado, o estudante ressaltou que na casa dele todos sempre se cuidaram, mas, mesmo assim, não ficaram imunes a doença.

“Eu sempre tomei muito cuidado. Aqui em casa álcool em gel não falta de jeito nenhum. Como tenho problema de pressão alta, faço parte do grupo de risco, por isso, tinha muito medo de pegar a Covid-19”, comentou.

 

G1

Foto: Acervo pessoal