• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

O Ministério da Saúde afirmou, nesta quinta-feira (23), que está em alerta para o risco de transmissão do coronavírus no Brasil. De acordo com a pasta, o nível de alerta é 1 (inicial), em uma escala que vai de 1 a 3. O nível mais elevado é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional.


O coronavírus já matou 17 pessoas e infectou mais de 500 em nove países. Além da China, há registros de casos nos Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, de Singapura e a Arábia Saudita. Um caso suspeito em Belo Horizonte já foi descartado pelo Ministério da Saúde. Três cidades chinesas adotaram medidas de quarentena para tentar frear a epidemia.

"O vírus sofreu uma pequena mutação e não se sabe ainda a forma de transmissão, se ele se assemelha à transmissão do Sars e do Mers, [outras variações de coronavírus, que são transmitidos por gotículas] e portanto mais limitada, ou se pode adquirir habilidade maior de transmissão, como o vírus da influenza, por aerossol", afirma Julio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde.

Caso descartado no Brasil
Croda frisou que o caso suspeito do Brasil foi descartado seguindo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo ele, os parâmetros seguem o registro de febre e sintomas gripais e critérios epidemiológicos, como se a pessoa suspeita de infecção viajou para Wuhan e se teve contato com infectados.

Na China, segundo Crosa, a transmissão foi registrada entre familiares e profissionais de saúde, comportamento semelhante a outros vírus da família coronavírus. Não foram feitos registros de casos transmitidos sem o contato com infectados, o que descarta o risco de uma pandemia.

 

G1

Muitas pessoas aproveitam o verão para tomar banhos de sol e pegar um bronzeado. Mas é preciso ter cuidado pois, além de problemas mais graves como o câncer de pele, a exposição intensa aos raios aliada à proteção inadequada pode causar acnes solares.

A acne solar aparece sempre depois da exposição intensa ao sol — principalmente quando a pessoa usa protetores solares feitos à base de óleo. É resultado do “mecanismo de rebote da pele”, que faz com que ela fique mais grossa, de acordo com o dermatologista Fábio Gontijo da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).


“A pele é um órgão de proteção contra o sol. Quando a pessoa se expõe de forma intensa, o organismo entende que a pele está sendo agredida e, então, ela se torna mais espessa”, explica.

“Isso aumenta a dificuldade de secretar o sebo, uma substância que hidrata e protege a pele, mas quando produzida em excesso se acumula e forma a acne”, completa.

Segundo o especialista, a combinação de protetor inadequado com a exposição exagerada ao sol é ideal para o surgimento da acne solar. Ela é diferente da convencional pois independe da ação de hormônios e não possui cravos.


“Aparece mais no tronco e nos braços, já a acne comum é mais frequente na face. Se o paciente diz ‘usei protetor solar e me enchi de espinhas nas costas’, já sei que é a acne solar. Tem gente que usa o protetor um dia e já aparece com isso”, afirma.

De acordo com ele, as lesões podem ser dolorosas e causar coceiras. "Mas no geral, o paciente não tem sintomas. Se tiver mal-estar, dor de cabeça e vômito deve procurar o pronto-socorro, pois pode estar com insolação", ressalta.

Evitar exposição intensa ao sol, usar protetor sem óleo e com toque seco são maneiras de prevenir o surgimento da acne solar.

“O filtro solar deve ser prescrito pelo médico”, destaca. “É muito importante usar protetor, pois a quantidade de queimaduras está totalmente ligada ao câncer de pele. Mas ele deve ser usado com consciência e de acordo com a recomendação. Não dá para passar qualquer um”.
O tratamento da acne solar é feito com os mesmos medicamentos para a acne comum. “Como por exemplo antibióticos e substâncias que dissolvem a queratina, pois assim a espessura da pele diminui”, esclarece o dermatologista.

“É importante usar sabonetes e hidratantes adequados para não piorar a acne.”

 

R7

incontinenciaA incontinência urinária é uma situação que ocorre mais frequentemente em crianças, pessoas idosas e mulheres. Neste artigo, vamos contar quais são suas causas e seus possíveis tratamentos.


A incontinência urinária não é uma doença em si. Ela surge como consequência de alterações de base que afetam a bexiga. Dessa forma, altera-se o processo de enchimento ou expulsão controlado da urina, e o sintoma é a incontinência.

A característica que a define é a perda involuntária de urina. A pessoa com incontinência urinária não consegue controlar quando urinar ou quando reter, então ocorrem escapes de urina em momentos inadequados ou não decididos voluntariamente.

Às vezes, os escapes acontecem ao fazer algum esforço, como espirrar, por exemplo. Outras vezes, acontece porque a bexiga encheu e excedeu sua capacidade.

A incontinência urinária não é exclusivamente um problema de saúde no sentido patológico. Quem sofre de incontinência também sofre alterações em sua vida social, devido ao mesmo de um escape de urina em momentos inoportunos, na presença de outras pessoas.

Causas da incontinência urinária transitória
A incontinência urinária transitória é aquela que não se prolonga no tempo. Em geral, é causada por alimentos, bebidas ou medicamentos que estimulam a produção de urina. Uma vez que o efeito diurético cessa, a incontinência desaparece.

Aqui podemos mencionar como causas as bebidas gaseificadas, o álcool, os cítricos e certos fármacos para a hipertensão arterial.

Outras causas de incontinência urinária transitória são:

Infecções urinárias: a irritação da bexiga pode ser tão intensa a ponto de provocar o escape de urina.
Constipação: o intestino está situado perto da bexiga e pode estimulá-la quando fazes duras atravessam o reto.
Gestação: na gravidez, tanto as mudanças hormonais como o aumento de tamanho do útero produzem hiperatividade da bexiga.
Causas da incontinência urinária crônica


Por outro lado, a incontinência urinária que se prolonga no tempo corresponde a diversas causas:

Prolapso: quando os músculos da pelve estão debilitados, por exemplo em mulheres que passaram por partos complicados ou vários partos, a descida dos órgãos pélvicos provoca incontinência urinária. Essa descida das estruturas é o que se conhece como ‘prolapso’.
Idade: o envelhecimento debilita os músculos do corpo, incluindo o músculo da bexiga. Nas mulheres, a menopausa diminui os níveis de estrogênio e também deteriora os tecidos do sistema urinário.


Cirurgias ginecológicas: a bexiga é um órgão que se sustenta em seu lugar devido à presença de outros órgãos, principalmente o útero. Quando uma mulher é submetida a uma cirurgia nessa área, ela pode ficar com incontinência urinária.


Problemas na próstata: nos homens, são os problemas na próstata que com mais frequência causam a incontinência urinária. Em primeiro lugar, está a hiperplasia prostática benigna e, de forma mais grave, o câncer de próstata.


Distúrbios neurológicos: algumas patologias do sistema nervoso podem repercutir nos nervos que inervam a bexiga e que comandam o ato miccional. A situação clínica recebe o nome de “bexiga neurogênica” e pode estar relacionada a doenças como o Parkinson ou a esclerose múltipla.
Causas psicológicas: os estados de estresse ou a impossibilidade de resolver situações da vida cotidiana podem se manifestar clinicamente como incontinência. A enurese em crianças com menos de seis anos é um exemplo disso.


Tratamento não farmacológico da incontinência urinária
Nem sempre são necessários medicamentos para o tratamento da incontinência urinária. Uma das principais recomendações é regular o consumo de líquidos durante o dia.

Isso pode ser feito sem a necessidade de diminuir as quantidades, somente é preciso melhorar a distribuição para evitar que sejam formadas grandes quantidades de urina em pouco tempo que não possam ser expulsas voluntariamente.


A distribuição mais próxima da ideal é aquela que começa com uma maior ingestão de líquidos pela manhã, para ir diminuindo ao longo da tarde e da noite. Nas crianças com enurese, às vezes é preferível antecipar o horário do jantar para deixar espaço entre a refeição e o horário de ir para a cama.


Tratamento farmacológico
Às vezes, apesar das medidas higiênico-dietéticas, o problema não é resolvido e requer o uso de medicamentos. Outras vezes, a origem causal da situação é uma doença que não admite outra solução além da medicação.

Os medicamentos que são utilizados buscam como objetivo impedir a contração involuntária da bexiga e manter a uretra fechada enquanto entra urina na bexiga. Para isso, as substâncias de escolha costumam ser os anticolinérgicos.

A função dos fármacos anticolinérgicos é diminuir a capacidade de contração do músculo da bexiga. O mais comum é a oxibutinina. Os anticolinérgicos são muito efetivos, mas são contraindicados para algumas pessoas por causa de seus efeitos adversos.

Os pacientes que sofrem de glaucoma e aqueles que têm arritmias cardíacas não podem consumir oxibutinina. Para aqueles que não têm contraindicações, se os efeitos adversos forem muito intensos, o tratamento deve ser abandonado.

Por fim, se as medidas higiênico-dietéticas nem o tratamento farmacológico derem resultado, a última opção é a cirurgia.

 

melhorcomsaude

 

Um grande obstáculo nas pesquisas em busca da cura para a infecção de HIV é que ele pode se "esconder" dentro de células humanas, adotando uma forma latente que impede sua localização por drogas ou pelo sistema imune. Cientistas anunciaram nesta quarta-feira o sucesso de dois diferentes métodos para "desentocar" o vírus da Aids.

Os trabalhos, liderados pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e pela Universidade Emory, de Atlanta, ambas nos EUA, obtiveram sucesso em reativar sinais da presença do vírus em experimentos com macacos e camundongos.

Para tal, os pesquisadores usaram drogas que fazem com que o HIV saia da latência e comece a produzir as proteínas que o compõem, deixando-o exposto.

Um dos experimentos, liderado por Victor Garcia, de Chapel Hill, usou a AZD5588, droga originalmente criada para tratamento de câncer, que também atua numa cadeia de reações imunes.

"Essa abordagem promissora para reversão da latência — em combinação com as ferramentas apropriadas para a liberação sistêmica da infecção por HIV — aumenta muito as oportunidades para liberação", escreveu o cientista com seus coautores em estudo na revista científica Nature, que publica o trabalho.

O outro, liderado por Guido Silvestri, sai na mesma edição, descrevendo uma estratégia diferente. O grupo de Atlanta usou uma combinação de drogas para, ao mesmo tempo, inibir um tipo de célula imune que cala a atividade do vírus em sua presença (os linfócitos T CD8) e aumenta a produção de interleucina, uma molécula que atua na regulação da imunidade.


Os dois grupos de pesquisa interagiram e colaboraram um com o outro, mas demonstraram cada um deles a eficácia de seus métodos em dois modelos experimentais consagrados de pesquisa. Um deles foi a infecção de macacos resos pelo SIV, o vírus análogo ao HIV que infecta símios. O outro foi a infecção por HIV em "camundongos humanizados", um tipo especial de cobaia.

Como o HIV é capaz de infectar apenas humanos, cientistas alteraram a medula óssea de camundongos, usando tecido humano, para que esses roedores passassem a produzir células vulneráveis ao vírus da Aids.


Assustar e matar
E, tanto nos símios quanto nos roedores, as diferentes estratégias para desentocar o HIV de seu esconderijo funcionaram. Os pesquisadores manifestam esperança de que a estratégia shock and kill (provocar o vírus para depois matá-lo) possa se tornar realidade para humanos. Um passo importante para a transição até testes clínicos é usar antirretrovirais para demonstrar a fase do "kill" (matar) em animais, porque os estudos atuais se dedicaram apenas ao "shock" (assustar).

Apesar de reconhecerem que há um longo de caminho de pesquisa pela frente, cientistas não relacionados com os dois estudos expressaram otimismo.


Um desafio a ser enfrentado, ainda, é a habilidade do vírus de plantar seu código genético dentro do DNA. Não está claro ainda se isso pode sabotar as ambições dos pesquisadores na busca da cura, porque o HIV poderia em tese se recriar a partir dos cromossomos humanos. E é preciso saber, também, se há algum grupo de células que resiste às terapias criadas agora para impedir o vírus de se esconder.

"A estratégia shock and kill ainda é em grande medida um conceito teórico, não uma realidade terapêutica", escreveu Mathias Lichterfield, do Hospital Brigham and Women's, de Boston, em um artigo de comentário encomendado pela Nature. Em sua opinião, porém, os trabalhos de Garcia e Silvestri "parecem ser as intervenções mais robustas demonstradas até hoje para perturbar a latência dos vírus".

Hoje, soropositivos conseguem atingir sobrevida de longo prazo, e a infecção já vem sendo descrita por alguns médicos como uma doença crônica tratável. Os antirretrovirais, porém, provocam a resistência do HIV em alguns casos, e em alguns pacientes o organismo não se adapta bem à droga no longo prazo. A busca de uma cura, por isso, ainda é considerada uma meta de pesquisa importante.

 

O Globo