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tonturaSentir-se tonto ou ter uma sensação de desmaio iminente ao se levantar bruscamente após um período deitado ou sentado são sintomas de uma condição chamada na medicina de hipotensão ortostática.

Não se trata de uma doença, mas sim da manifestação da regulação anormal da pressão arterial, que pode ser decorrente de uma série de fatores, incluindo doenças.

O médico neurologista Saulo Nader, do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, também conhecido como Doutor Tontura, afirma que esse problema pode acontecer em qualquer faixa etária, mas é mais frequente em idosos.

"Com o envelhecimento, os vasos sanguíneos do corpo vão ficando mais calcificados e perdem a elasticidade. Como o vaso está mais rígido, a pessoa muda rápido de posição, e não dá tempo desse vaso se recalibrar para adequar a pressão. E aí a pressão cai."

Em condições normais, os vasos sanguíneos do corpo ficam mais dilatados, quando estamos deitados e mais constritos quando ficamos de pé. A mensagem para o cérebro fazer esses ajustes é imediata.

Nader, que também faz parte do Departamento Clínico de Distúrbios Vestibulares e do Equilíbrio da Academia Brasileira de Neurologia, ressalta que em alguns casos os sintomas vão alem da tontura.

"Quem tem [o problema] vai reclamar de tontura, sente normalmente uma sensação de mal-estar na cabeça, a visão escurecendo como se fosse um túnel fechando, uma luz apagando devagarzinho, sensação de mal-estar no corpo inteiro e uma sensação de quase desmaio."

Palidez, batimentos cardíacos acelerados e suor são outras queixas de quem sofre de hipotensão ortostática.

"É um episódio que normalmente dura segundos. A pessoa para o que estava fazendo, normalmente senta imediatamente. Em 30 segundos, 1 minuto e meio, a pressão se recalibra e volta ao normal", acrescenta o neurologista.

O diagnóstico é muitas vezes confundido com problemas no labirinto (sistema que fica na região da orelha e é responsável pelo equilíbrio).

"O que eu mais vejo são pessoas taxadas como labirintite, mas que na verdade tinham hipotensão ortostática e estava sendo conduzido como se fosse um problema do labirinto. É uma tontura, mas uma tontura que não tem nada a ver com o sistema do labirinto."

No entanto, a hipotensão ortostática exige uma investigação mais aprofundada do paciente, pois pode ser sinal de algumas outras doenças, afirma Nader.

"A doença de Parkinson, anos antes de a pessoa começar a tremer pode desenvolver hipotensão ortostática. É um dos sintomas. Pode ocorrer também em uma doença chamada miastenia, que causa fraqueza muscular, pode ter relação ainda com a atrofia de múltiplos sistemas, que é uma doença neurológica rara, mas grave."

Se esse tipo de tontura ocorrer em adultos jovens, o médico vai verificar se não há descontrole do relflexo neurológico que controla a pressão arterial. O neurologista afirma que condições momentâneas às vezes são gatilho para o problema.

"Pode muitas vezes ter como gatilho o calor, ansiedade, estresse, hidratação ruim que a pessoa tenha."

Pacientes jovens podem apresentar sintomas semelhantes, como fadiga e sensação de desfalecimento, com aumento dos batimentos cardíacos. É a chamada síndrome da taquicardia ortostática postural (POTS, na sigla em inglês), que pode vir acompanhada ou não de queda da pressão arterial.

A incidência da POTS é rara entre a população, observa o neurologista. A causa até hoje não está esclarecida.

Casos ainda mais raros envolvem doenças autoimunes, que afetam a condução do sistema nervoso que leva informações para os vasos sanguíneos. Uma delas é a polirradiculoneurite disautonômica.

Tem tratamento?

Os principais riscos da hipotensão ortostática envolvem queda e desmaio, já que o indivíduo fica mais exposto a acidentes, como cair e bater com a cabeça.

Independentemente de qual seja a suspeita, esse tipo de queixa deve ser levada ao médico para que seja avaliado o grau de gravidade.

"O tratamento vai depender do impacto que ela [tontura] tem na vida da pessoa. Se é uma ou outra vez, levinha, não atrapalha, a pessoa nunca caiu, a gente coloca como variação dentro da normalidade. Se está acontecendo sempre, de maneira mais intensa, se a pessoa teve alguma queda ou perda de consciência por causa dessa queda de pressão, aí vai exigir tratamento."

Mudanças de hábitos são o primeiro passo na tentativa de minimizar ou acabar com os episódios de tontura ao se levantar. Entre elas estão: beber mais líquidos (para aumentar o volume de sangue nos vasos); aumentar um pouco a quantidade de sal na comida (o sal absorve mais sangue para dentro dos vasos); e levantar em etapas, como se fosse em câmera lenta. Também é indicado que o paciente evite lugares quentes.

Se nada disso funcionar significativamente, Nader diz que existem três tipos de remédios que podem ser usados, sendo que dois deles são encontrados no Brasil. Um tipo existe apenas no exterior.

 

R7

Foto: Freepik

Neste sábado (19), será realizado em todo o país o Dia D de vacinação contra o sarampo. A data é uma mobilização para estimular pessoas a se imunizarem contra a doença, cujos casos vêm crescendo no país nos últimos meses. Postos de saúde estarão abertos para receber os interessados em se proteger contra o sarampo ou que não tenham tomado todas as doses.

O Dia D faz parte da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, lançada no dia 7 de outubro pelo Ministério da Saúde, em parceria com secretarias estaduais e municipais.

A mobilização nacional de amanhã integra a primeira fase da campanha, até 25 de outubro, voltada a crianças com idade entre 6 meses e 4 anos. Os bebês de até 1 ano apresentam coeficiente de incidência da doença de 92,3 a cada 100 mil habitantes, 12 vezes maior do que as demais faixas.

Na segunda etapa, programada para o período entre 18 e 30 de novembro, o foco será em pessoas de 20 a 29 anos. Essa faixa inclui a maioria do número de casos confirmados da doença, com 1.694, embora com coeficiente menor (13,2 casos a cada 100 mil habitantes) devido ao número de brasileiros nessa faixa de idade.

Devem ser vacinados os bebês de seis meses a 1 ano, que tomarão a chamada “dose 0”. As crianças de 1 a 5 anos devem receber duas doses, uma aos 12 meses e outra aos 15 meses. Em caso de aplicação de apenas uma das doses, é preciso se dirigir aos postos para realizar o complemento da segunda.

O objetivo é vacinar 39 milhões de pessoas ao longo da campanha, cerca de 20% dos brasileiros. Foram disponibilizadas neste ano 60,2 milhões de doses da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola. Para o próximo ano, o ministério anunciou a aquisição de mais 65,2 milhões de doses. O público-alvo será ampliado, abrangendo também as faixas de 50 a 59 anos.

Casos

Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre Sarampo, de janeiro até outubro deste ano já haviam sido confirmados 6.640 casos e seis mortes. No período de 7 de julho a 29 de setembro, foram registrados 5.404 casos confirmados, enquanto 22.564 ainda estão em investigação. Outras 7.554 suspeitas foram descartadas. O período concentrou 81% dos casos confirmados neste ano.

Esses episódios ocorreram em 19 unidades da Federação, sendo a quase totalidade em São Paulo, com 5.228 casos (96,74%), em 173 cidades, principalmente na região metropolitana da capital paulista. Em seguida vêm o Paraná (39 casos, em 10 cidades), o Rio de Janeiro (28, em nove municípios), Minas Gerais (25, em oito localidades) e Pernambuco (24, em 8 cidades).

Como os registros estão em municípios específicos, quem quiser mais informações deve buscar a Secretaria de Saúde do estado para saber se a sua cidade está entre os locais de ocorrência da doença. Entre as mortes, cinco foram em São Paulo e uma em Pernambuco.

Sarampo

Causado por vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave, que pode levar à morte. A transmissão ocorre por via aérea, ou seja, quando a pessoa infectada tosse, fala ou respira próximo de outras pessoas.

Mesmo quando o paciente não morre, há possibilidade de a infecção ocasionar sequelas irreversíveis. Quando a doença ocorre na infância, o doente pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente.

Os sintomas do sarampo são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza (nariz escorrendo ou entupido) e mal-estar intenso. Quando o quadro completa de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas.

A prevenção ao sarampo, feita por meio da vacinação, é fundamental, já que não há tratamento para a doença. O tipo de vacina varia conforme a idade da pessoa e a situação epidemiológica da região onde vive, ou seja, é necessário levar em conta a incidência da doença no local. Quando há um surto, por exemplo, a dose aplicada pode ser do tipo dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola.

Existem ainda as variedades tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela, mais conhecida como catapora). As vacinas estão disponíveis em unidades públicas e privadas de vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece doses gratuitamente em mais de 36 mil salas de vacinação, localizadas em postos de saúde de todo o Brasil.

O governo brasileiro recomenda que pessoas na faixa de 12 meses a 29 anos de idade recebam duas doses da vacina. Para a população com idade entre 30 a 49 anos, a indicação é de uma dose.

Recentemente, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da doença. Na semana passada, passaram a apresentar semelhante condição quatro países da Europa: o Reino Unido, a Grécia, República Tcheca e Albânia. De acordo com o ministério, no primeiro semestre deste ano, o Cazaquistão, a Geórgia, Rússia e Ucrânia concentraram 78% dos casos registrados na Europa.

 

Agência Brasil

examemamaQuatro em cada 10 mulheres na faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde - entre 50 e 69 anos - não fizeram mamografia, de acordo com a edição mais recente da Pesquisa Nacional em Saúde realizada pelo IBGE - os dados foram divulgados em 2015, mas se referem aos dois últimos anos anteriores.

Muitas mulheres deixam de realizar o exame por medo da dor, mas um equipamento que chegou ao Brasil há um ano, desenvolvido pela empresa Hologic, que é pioneira em tecnologias nessa área, reduz essa sensação em 90% das mulheres – os outros 10% já não sentiam dor, de acordo com pesquisa realizada pela radiologista Vivian Schivartche, especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium, em São Paulo.


A explicação para a diminuição da dor é que o aparelho curvo possui um compressor curvo, por isso se adapta melhor ao formato dos seios. “Antes, todos os compressores eram retos, mas a mama não é uma estrutura reta, então incomodava”, explica a especialista. “Principalmente na parte da frente, que é menos espessa, precisava apertar mais, para espalhar bem o tecido celular”, completa.

Além disso, o dispositivo curvo é capaz de abranger todas as regiões da mama e a comprime por igual. E a radiologista lembra que pressão é o resultado da força dividida pela área onde ela é aplicada. “Se existe a mesma força, mas eu tenho uma área de contato maior, eu vou distribuir a pressão por igual, então ela diminui e a dor também”, esclarece. O equipamento ainda não está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde)

De acordo com o mastologista Vilmar Marques, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, outras fabricantes, como a Siemens, também têm um compressor levemente curvo que reduz a dor. Ele diz que a precisão diagnóstica é a mesma, independentemente do formato do compressor.

Vivian concorda, mas acrescenta que o compressor curvo, em comparação com o reto, possibilita uma visão melhor do tecido mamário.
Por que é necessário comprimir a mama?

A compressão da mama é necessária por duas razões: deixar o órgão parado - porque se houver movimento a imagem do exame fica borrada – e reduzir sua espessura para que o tecido celular se espalhe e não haja erros no diagnóstico. “Pode acontecer uma sobreposição [ de tecidos celulares] e parecer algo que não é, só porque uma imagem se somou à outra. É como se ficasse uma página de livro na frente da outra”, esclarece.

Se a mama fica menos espessa, a dose de radiação ionizante – raio-X - necessária para a realização do exame também é menor: para cada centímetro a menos, a dose de radiação utilizada cai pela metade, de acordo com Vivian. Essa é uma preocupação durante a realização de qualquer exame que utiliza raios-X para obter imagens, pois, a longo prazo, essa substância pode causar reações no organismo.

Mas a especialista ressalta que não existe risco de desenvolver tumor ao realizar a mamografia anual. “Um trabalho de 2015 estimou que o risco de se fazer mamografia anual a partir dos 40 anos até os 80 e ter câncer de mama pelo exame é 0,01 por um milhão, sendo que a chance de não fazer nada e qualquer mulher ter câncer de mama só pelo fato de ser mulher é de 6 por mil”, compara.

A mamografia para rastreamento do tumor é o único exame que comprovadamente diminui a mortalidade por câncer de mama, de acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer) – que reduz entre 35% e 40%, segundo pesquisas. O rastreamento é a realização do exame em pessoas que não apresentam sintomas da doença, apenas para identificar possíveis indícios. Já o diagnóstico precoce ocorre quando a pessoa já apresenta sinais.

Mamografia 3D

O Brasil foi o primeiro país da América Latina a utilizar a disponibilizar a mamografia em versão 3D, também chamada de tomossíntese. Seu diferencial é fazer várias imagens da mama em ângulos diferentes, com maior precisão e uma dose muito baixa de raios-X.

“A imagem reconstruída no computador permite visualizar fatias de um milímetro da mama, isso permite diminuir a quantidade de radiação e elimina a necessidade de fazer imagens extras para prevenir erros de diagnóstico”, explica Vivian.

O equipamento curvo pode ser usado em qualquer mamógrafo – seja 3D ou convencional. “Mas a chance de rastreamento na 3D aumenta em 30% por permitir encontrar tumores menores”, ressalta a especialista.

Sensação de dor não depende do tamanho da mama

Vivian afirma que o tamanho dos seios não interfere na intensidade da dor. “Depende muito da sensibilidade de cada uma. Existem pacientes que têm mamas grandes e não sentem dor nenhuma, já outras sentem muito incômodo”. De acordo com a especialista, são o diálogo e a informação que fazem a diferença.

“Explicar tudo o que vai acontecer, principalmente quando é o primeiro exame, deixa a mulher mais tranquila. O que eu percebo é que o desconhecido dá medo e a pessoa fica tensa”, observa.

 

R7

Foto: Gustavo Urpia/SECOM/Fotos Públicas

susO Senado aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto de lei que fixa prazo de 30 dias para a realização de exames de diagnóstico de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A matéria segue para sanção presidencial.

O texto estabelece um limite de até 30 dias para realização dos exames necessários nos casos em que tumores cancerígenos sejam a principal hipótese do médico. O prazo somente será aplicado quando houver solicitação fundamentada do médico responsável.
O dispositivo altera a lei atual, que estabelece o início do tratamento pelo SUS em no máximo 60 dias a partir do diagnóstico do câncer (Lei 12.732/12).

O relator da matéria na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), ressaltou que o tempo de identificação da doença impacta no tratamento e na sobrevida do paciente.


“Casos mais avançados, mesmo que submetidos ao melhor e mais caro tratamento disponível, têm chance muito menor de cura ou de longa sobrevida, quando comparados aos casos detectados e tratados ainda no início. Em resumo, o momento da detecção do câncer impacta decisivamente a sua letalidade, ou seja, o percentual de pessoas acometidas que vêm a falecer por causa da doença”, disse Trad.

O senador citou que estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), durante o ano de 2018, indicam que ocorreram 300.140 novos casos de neoplasia maligna entre os homens e 282.450 entre as mulheres. Os últimos dados de mortalidade por câncer disponíveis são que 107.470 homens morreram por ano pela doença e 90.228 mulheres. Segundo Trad, são números realmente expressivos, que geram preocupação nas autoridades sanitárias.


“Sabe-se que o mais importante gargalo para a confirmação do diagnóstico de câncer está na realização dos exames complementares necessários, em especial dos exames anatomopatológicos, sem os quais não é possível dar início aos regimes terapêuticos estabelecidos”, disse o parlamentar.

 

Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil