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A população mundial obesa superou pela primeira vez a população que passa fome, segundo os dados preliminares de um relatório divulgado nesta segunda-feira (10) pela Organização da Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Embora o documento sobre o estado global da segurança alimentar e nutrição, elaborado por várias agências da ONU, deva ser publicado no próximo mês, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, antecipou que os resultados preliminares mostram que "pela primeira vez teremos mais pessoas obesas do que com fome".
Durante a inauguração em Roma de um simpósio internacional sobre o futuro da alimentação, Graziano destacou que "a desnutrição está crescendo muito rápido, especialmente relacionada à obesidade".

No ano passado, a ONU estimou que a fome tinha aumentado em 2017 pelo terceiro ano consecutivo até afetar 821 milhões de pessoas no mundo todo, sobretudo pelos conflitos, pela mudança climática e pela lenta recuperação econômica, enquanto a obesidade em adultos afetava em 2016 mais de 672 milhões.

Em 2016, por exemplo, o número de adultos obesos já era de 104,7 milhões na América Latina e no Caribe, bem acima das 39 milhões de pessoas que sofreram de subalimentação nessa região entre 2015 e 2017.


"Agora a obesidade está em toda parte", sem distinção entre países desenvolvidos ou em desenvolvimento, disse o responsável da FAO, que vinculou o aumento à mudança "nas dietas" como consequência da urbanização, o consumo de fast-food e muitos outros fatores.


"Agora a obesidade está em toda parte", sem distinção entre países desenvolvidos ou em desenvolvimento, disse o responsável da FAO, que vinculou o aumento à mudança "nas dietas" como consequência da urbanização, o consumo de fast-food e muitos outros fatores.

Para evitar comprometer o futuro da população, reivindicou modificar o enfoque e passar "da produção de mais alimentos à produção de alimentos mais saudáveis".

Graziano recomendou promover a atividade do setor privado nesse âmbito com impostos, uma melhor etiquetagem, restrições à publicidade infantil e "circuitos locais" de alimentação nas cidades.

Também pediu atuação no terreno comercial ao constatar que a obesidade está crescendo rapidamente nos países que mais alimentos importam, como pequenas ilhas do Caribe e do Pacífico.

A relatora das Nações Unidas sobre o direito à alimentação, Hilal Elver, insistiu em incorporar princípios como os de sustentabilidade, saúde e igualdade aos sistemas alimentícios, promovendo um enfoque de direitos humanos "além das soluções ligadas à tecnologia ou ao mercado".

Em um mundo que já produz mais comida do que o necessário, "nos estabilizar demais na tecnologia pode evitar que pensemos nas causas de raiz do problema", afirmou Elver.

A relatora pediu proteção e empoderamento de pessoas mais vulneráveis para que participem da produção de alimentos e do acesso à tecnologia e a capacitação, como resposta aos ecossistemas "poluídos" e a "destruição de comunidades de famílias produtoras" que deixou o atual sistema.

 

EFE

capsulasUma nova técnica que envolve o uso de nanocápsulas pode ajudar no tratamento de tumores.

O método envolve o transporte de medicamentos antitumor por meio de cápsulas em escala nanométrica (bilionésima parte do metro) feitas com membranas de células cancerosas. Junto com os medicamentos, elas carregam materiais fotoativos (ativados pela luz), como o ouro, que aquecem ao serem irradiados com luz infravermelha, matando as células cancerosas.

A experiência foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).


“Para construir essa nanocápsula, usamos, não um material convencional como um polímero, mas a membrana de uma célula do tumor. Extraímos a membrana que reveste a célula e com ela fizemos a cápsula. Lá dentro vai um remédio – um quimioterápico – e esses nanobastões de ouro. Com isso, conseguimos entrar no tumor. O fármaco é liberado e aquecemos os nanobastões irradiando luz, fazendo com que ele destrua a célula por elevação da temperatura”, disse o professor Valtencir Zucolotto, do IFSC-USP e orientador da pesquisa.

As nanocápsulas são colocadas no sistema circulatório e, por serem feitas de membranas de células cancerosas, tendem a se incorporar nas células tumorais. Para encontrá-las, são utilizados meios como tomografia ou ressonância magnética.
Em seguida, é feito o núcleo magnético é aquecido para promover a morte do tumor. O trabalho foi desenvolvido no doutorado de Valéria Spolon Marangoni, que integra o Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), e contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).

Testagem

Os experimentos feitos em colaboração com o professor Wagner José Fávaro, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), utilizaram nanobastões de ouro e o quimioterápico betalapaxona, envoltos em nanocápsulas de membrana celular, para tratar tumores de bexiga induzidos em camundongos.
Os resultados, publicados na revista Applied Bio Materials, mostraram que as nanocápsulas se ligaram aos tumores e, ao serem irradiadas com luz infravermelha, se romperam e liberaram os nanobastões de ouro e a betalapaxona entre dez e 20 minutos depois de iniciado o processo. De acordo com as análises dos tecidos, nenhum dos tumores na bexiga dos camundongos cresceu e alguns regrediram.

Zucolotto destaca que ainda não há previsão para experimentos em humanos. “Normalmente, seguiria para outros tipos de ensaios clínicos fase 2, 3, e leva anos. É necessária a aprovação de todos órgãos, até que um dia, se for tudo bem, se for comprovada a eficácia, a segurança, poderá ser testado em humanos. É o caminho natural. Não sabemos quanto tempo.”

 

Agência Brasil

Foto: Freepik

A pesquisa "Hipotireoidismo em Foco", idealizada pela farmacêutica Sanofi e desenvolvida pela Instituto Minds4Health, levantou dados de pacientes com a doença que ainda não a compreendem.

 

O estudo foi realizado com 200 pacientes. Entre as pessoas que foram diagnosticadas, 35% não sabem o que é hipotireoidismo, apenas ouviram falar. Além disso, um terço dessa população diz nunca ter feito o exame TSH - que detecta os distúrbios da tireoide.

A falta de informação sobre a doença pode impactar na vida dos pacientes. Segundo a pesquisa, 25% dos indivíduos diagnosticados com hipotireoidismo não fazem o tratamento da forma adequada ou apenas não tratam. Em classes socioeconomicamente mais baixas, esse percentual chega a 45% na classe C e 50% nas classes D/E.

 

"A falta de informações sobre o hipotireoidismo e a ausência de diálogo com o médico faz com que os pacientes subestimem a doença e tenham dificuldades, principalmente, na aderência ao tratamento", afirma José Sgarbi, Presidente do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). "A maioria das pessoas desconhece não apenas o hipotireoidismo, mas também as consequências de não realizar o tratamento adequadamente, isso faz com que não se preocupem em utilizar a medicação da forma correta ou, por vezes, nem iniciam a terapia", completa.

O que é hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é um problema no qual a glândula da tireoide não produz hormônios suficientes para a necessidade do organismo. Saiba os sintomas, tratamentos e causas da doença.

 

Minha Vida

correrEvitar a obesidade e fazer exercícios físicos ajudam a retardar o envelhecimento, de acordo com o médico de família Marcelo Levites, coordenador do Centro de Longevidade do Hospital Nove de Julho, em São Paulo.

Ele explica que estudos já demonstraram que dietas com restrição calórica, que por consequência evitam a obesidade, retardam o envelhecimento. No entanto, ele ressalta que essa restrição pode apresentar riscos se não realizada com orientação de uma nutricionista e acompanhamento médico.


"Uma dieta de baixas calorias, na verdade, se refere a uma dieta balanceada com menos carboidratos e mais proteínas e vegetais. Esse tipo de dieta realmente adia o processo de envelhecimento. A obesidade implica uma série de doenças que diminui a longevidade e atrapalha a autonomia em idade mais avançada", explica.

Segundo Levites, a atividade física também tem papel fundamental no prolongamento da juventude - tanto o exercício aeróbico, como corrida e bicicleta, quanto o anaeróbico, como pilates e musculação. "Evitam doenças associadas ao envelhecimento", explica.

A atividade aeróbica fortalece o coração, aumenta o colesterol bom que ajuda a reduzir o ruim, contribuindo para a diminuição do risco de problemas cardiovasculares, como infarto e AVC. Também reduz a chance de doenças metabólicas, como o diabetes.

Além disso, estimula a produção de endorfina, substância produzida pelo cérebro ligada à sensação de bem estar. "A endorfina produzida pelo exercício aumenta o apetite pela vida", diz.
Já o anaeróbico leva ao ganho de músculos, o que ajuda na autonomia. "Músculos são dias de vida. Você mantém sua autonomia. Consegue subir e descer escada, ter mais mobilidade. Consegue chegar aos 80 com condição de vida melhor para fazer suas atividades".

Ele destaca que é preciso tomar cuidado em não exagerar nos exercícios para não ter lesão ortopédica. "Se não acaba trocando o cardiologista pelo ortopedista. O melhor é não precisar de médico", afirma.

Segundo ele, o ideal é fazer atividade física com orientação de um educador físico e coordenação médica. "Senão a pessoa pode optar por fazer caminhada, por exemplo, sendo que tem artrose, então, nesse caso o mais adequado seria a natação", exemplifica.

Por outro lado, ele frisa que "é melhor fazer exercício por conta própria do que não fazer nada". "Mas, em geral, se não tiver um plenejamento com orientação é dificil sair do lugar", pondera.
A reposição hormonal não altera o processo de envelhecimento nem influencia a longevidade, de acordo com Levites.

"Alguns homens acham que vão ficar mais dispostos, ter mais atração sexual, se fizerem reposição de testosterona. Isso não é verdade. A reposição hormonal só é indicada em casos específicos, como baixa taxa de testosterona", afirma.

Genética influencia envelhecimento dos órgãos

O envelhecimento dos órgãos é determinado 70% pela genética e 30% em como a pessoa "lida com a vida", segundo o médico.

"Há algo bem específico que são os telômeros, a parte final dos cromossomos. Eles indicam a longevidade daquele gene. Reproduzimos genes durante a vida, quando cai cabelo, se machuca, quando um órgão precisa ser regenerado. De acordo como o modo como se vê a vida, se dorme bem, se está bem com os problemas, se está intelectualmente ativo, seguindo uma dieta de baixa caloria, praticando exercício físico aeróbico e anaeróbico, os telômeros aumentam", diz.

Segundo ele, os telômeros atuam nesse 30%. As descobertas no campo dos telômeros ligadas ao envelhecimento renderam à bióloga Elizabeth Blackburn o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 2009. Ela relacionou a integridade dos telômeros ao modo de encarar a vida.

Durante a divisão celular os telômeros encurtam. Esse encurtamento leva a problemas no corpo e, por consequência, ao enevelhecimento. A bióloga descobriu que existe uma enzima chamada telomerase que repõe as unidades de DNA perdidas durante a divisão celular, impedindo esse encurtamento. A ativação dessa enzima ajuda a manter a juventude biológica das células.

"Isso faz uma pessoa viver mais. Então, é possível reverter esses 30% levando a vida deste modo. Isso faz a diferença", afirma.

Obesidade é "mãe" de doenças

A obesidade atua no processo de envelhecimento ao interferir no funcionamento do corpo.

"A obesidade possui um processo inflamatório que acaba prejudicando quase o funcionamento do corpo inteiro. Hoje é muito comum ter a preocupação da gordura no fígado. As pessoas ficam desesperadas quando fazem ultrassom e isso é detectado. Ah estou com gordura no fígado, mas também está com gordura no dedo do pé, no braço...", diz.

"Sabemos que a obesidade produz um processo inflamatório no fígado que pode provocar hepatite não alcoólica. Pode desenvolver doença hepática somente pela questão do peso", completa.

Além disso, a obesidade está associada a um maior risco de hipertensão e diabetes, que podem desencadear ainda outras doenças.

Mas o médico ressalta que não adianta estar com o corpo bom e não "manter a cabeça ativa". "Sabemos que, quando se trabalha a questão intelectual do adulto, ele tende a ter menos quadros demenciais".

Ele explica que o sobrepeso não é tão grave quanto a obesidade. "Muitas vezes, uma pessoa está com sobrepeso, mas está com boa saúde", afirma.

 

R7

Foto: Pixabay