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testeUm teste genético chamado de Oncotype DX evitou que 70% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial (até 3 cm) recebessem quimioterapia sem necessidade no Hospital Pérola Byington, do governo de São Paulo.

O uso do exame neste hospital público fez parte de um estudo inédito no país realizado pelo Hospital Pérola Byington em parceria com o Grupo Fleury, divulgado neste sábado (13) no Congresso da Sociedade Brasileira de Mastologia.


Participaram do estudo 111 mulheres entre 34 e 78 anos, sendo 57 a idade média. Antes do teste genético, 109 preenchiam critérios clínicos para a quimioterapia. Mas o exame demostrou que apenas 33 tinham necessidade desse tipo de tratamento e uma paciente, que não apresentava indicação, após o resultado, foi considerada de alto risco.

"A partir de critérios clínicos, como grau de agressividade do tumor e idade da paciente, decidimos se ela vai ou não fazer quimio. Quando chegaram os resultados dos testes genéticos, em 70% dos casos nós mudamos de opinião. Ou seja, a avaliação clínica, apenas, não é suficiente", afirma o mastologista André Mattar, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia e coordenador do estudo.


Hoje, quando o tumor é considerado inicial, o protocolo é a cirurgia, segundo o médico. A quimioterapia é indicada de acordo com o grau de agressividade. O objetivo é prevenir que ele volte.


"No passado, o câncer de mama era diagnosticado somente em estágio avançado, pois não existiam métodos de rastreamento. Hoje, acabam se diagnosticando tumores menores, mas que também são agressivos, que são apenas pequenos porque estão no início. Esse teste genético elimina esse viés", afirma.

O exame Oncotype DX é feito no tumor retirado na cirurgia. Ele extrai o RNA do tumor, analisando 21 genes. O resultado se traduz em uma nota de 0 a 100. Quanto mais baixo esse valor, menor a necessidade de quimioterapia.

Segundo o médico, ele detalha o risco de agressividade do tumor, permitindo uma decisão terapêutica mais adequada.

O teste já está disponível no Brasil na rede privada e custa cerca de R$ 13 mil. Ainda não é oferecido pela rede pública nem é coberto pelos planos de saúde. "A ideia no futuro é ter um teste como esse disponível para todas as pessoas", afirma Mattar.


Ele explica que, sem o teste, os critérios clínicos para a indicação da quimio são o grau histológico, que se refere à agressividade do tumor, que vai de 1 a 3, sendo que o grau 1 não apresenta a necessidade de quimioterapia; idade da paciente, ou câncer seja, mulheres abaixo de 50 anos se beneficiam mais da quimioterapia do que aquelas acima dessa idade; se há linfonodos comprometidos pela doença ou não; o valor dos receptores hormonais positivos de estrogênio e de progesterona - quanto maior o valor, maior o benefício com a hormonioterapia e menor com a quimioterapia. E o último parâmetro, o tamanho do tumor. Quanto maior, maior a necessidade de quimio, segundo o médico.

 

R7

Foto: Thinkstock

 

A enxaqueca atinge um bilhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde e é a sexta doença crônica que mais incapacita pessoas. No Brasil, 5% da população tem enxaquecas crônicas, ou seja, com crises que ocorrem por 15 dias por mês ou mais.


Apesar de muita gente confundir a enxaqueca com dor de cabeça, elas são diferentes. A dor de cabeça é sintoma de muitas doenças e desaparece após o tratamento. Já a enxaqueca é a própria doença. Mesmo tratada, a dor pode ser sentida, porque são pessoas que têm um cérebro mais sensível.

A enxaqueca deve ser tratada com muita seriedade e controle porque aumenta o risco de AVC e infarto, assim como a hipertensão, o colesterol alto e o tabagismo. De acordo com a neurologista Thais Villa, convidada do Bem Estar desta segunda-feira (15), a enxaqueca é hereditária e, na maioria dos casos, a automedicação pode ser uma cilada.

A dica é registrar as manifestações e crises em um caderno de anotações. Fatores como duração e horários predominantes, intensidade e localização da dor, sintomas acompanhantes, situações desencadeantes, entre outros, devem ser observados.


Sintomas típicos


Dor latejante, unilateral, de forte intensidade e duração
Náusea ou vômitos
Intolerância à luz, cheiros e som


Os principais gatilhos da enxaqueca
Estresse
Mudança hormonal
Privação do sono
Jejum prolongado
Mudança climática


Tratamento
Medicação oral
Toxina botulínica (trata a enxaqueca crônica)
Fisioterapia
Biofeedback
Mudança de hábitos


Analgésico: amigo ou inimigo?
Estudos mostram que usar mais de 12 doses de analgésicos por mês causa um efeito rebote da dor. Quem faz uso de vários tipos na tentativa de encontrar um que tenha efeito, muda as características da dor, o que dificulta o tratamento da enxaqueca.

O tratamento para enxaqueca é específico. Quando tratada, as crises são reduzidas. Mesmo exposta aos gatilhos, a pessoa consegue evitar a dor.

MITOS E VERDADES SOBRE ENXAQUECA

Toda dor de cabeça é enxaqueca? MITO
Analgésicos podem ser tomados livremente? MITO
Enxaqueca pode levar à depressão? VERDADE
Alguns alimentos pioram a enxaqueca? VERDADE
Jejum provoca enxaqueca? VERDADE
Só os adultos têm enxaqueca? MITO
Mulheres sofrem mais de enxaqueca crônica? VERDADE
Não tem remédio para enxaqueca? MITO
A enxaqueca não tem cura? VERDADE
Enxaqueca não requer especialista para tratar? MITO

 

G1

pilulaMulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional muitas vezes buscam outros métodos contraceptivos por medo de trombose. A condição, de fato, tem uma relação com o medicamento que previne gravidez indesejada, mas o risco absoluto é menor do que muita gente acredita.

Por que a pílula pode provocar trombose
De acordo com o cardiologista Rafael Belo Nunes, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ainda não é conhecida a relação entre anticoncepcional e risco de trombose, mas estudos indicam que os contraceptivos orais podem desequilibrar o sistema circulatório, que fica mais propício a criar coágulos e, consequentemente, eventos relacionados à trombose.

O ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior afirma que a trombose normalmente ocorre em duas a três pessoas a cada 10 mil habitantes. Contudo, entre pessoas que usam pílulas perigosas, os números passam a ser de 5 a 9 eventos a cada 10 mil habitantes.
É importante saber que nem todas as pílulas anticoncepcionais elevam o risco de trombose. As que aumentam a incidência da doença são as do tipo “combinado”, que unem derivados do estrogênio a outro hormônio.

Pílulas anticoncepcionais que mais causam trombose
Segundo os médicos, a chance de ter trombose é pequena mesmo para quem ingere esses medicamentos, mas mulheres que apresentam fatores de risco devem evitar pílulas anticoncepcionais combinadas, que aumentariam os riscos. Os produtos considerados mais perigosos são:

Selene
Diane
Allestra
Belara
Ciclo 21
Level
Stezza
Mercilon
Microvilar
Siblima
Também há indícios de que pílulas combinadas com drospirenona aumentem chance de trombose. Entre as marcas, estão nomes famosos como Yaz, Yasmin e Elani.

Além de buscar novos métodos contraceptivos, mulheres que apresentam fatores de risco para trombose podem apostar em pílulas simples, também chamadas de minipílulas, que contêm apenas o hormônio progesterona, que costuma surgir na forma de desogestrel, linestrenol ou noretisterona. Algumas marcas que apresentam esses compostos são Cerazette, Norestin, Juliet e Exluton.
Um dos principais fatores para repensar o uso do anticoncepcional é a presença do histórico de doenças circulatórias e cardiovasculares na família, mas condições como obesidade, diabetes, hipertensão, idade maior de 35 anos e tabagismo são outros fatores de risco de trombose relacionado ao uso da pílula.

 

Vix

Foto: areeya_ann/shutterstock

 

A Candida auris, fungo multirresistente a medicamentos, vem causando preocupação ao redor do mundo. Recentemente, segundo o jornal americano The New York Times, o CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças), do governo norte-americano, incluiu o Candida auris na lista de germes classificados como ameaças urgentes visto que, segundo o órgão, houve um número crescente de infecções pelo fungo em vários países desde que ele foi reconhecido.


Onde esse fungo foi descoberto? De acordo com o CDC, o Candida auris foi identificado pela primeira vez numa infecção no ouvido de um paciente no Japão, em 2009, mas outros estudos de cepas sugerem que o fungo tenha aparecido em 1996 na Coreia do Sul. De acordo com o infectologista Arnaldo Colombo, da Unifesp, o Candida auris seria fruto da evolução do fungo do gênero Candida, que habita o trato gastrointestinal humano, porém, não se sabe em que local houve a evolução desse fungo, gerando uma espécie nova.


O que a infecção por este fungo pode causar? Segundo o CDC, a infecção por Candida auris pode causar infecções no sangue, no ouvido e em feridas. O órgão afirma que, embora tenham sido registrados casos com amostras isoladas em fluídos respiratórios e na urina, ainda não é claro se o fungo causaria infecções pulmonares ou na bexiga. A infecção por Candida auris pode ser sistêmica e causar sepse no paciente, podendo levar à morte.


Onde foram identificadas infecções pelo Candida auris? De acordo com o CDC, foram identificadas infecções pelo Candida auris na Áustria, Bélgica, Irã, Malásia, Holanda, Noruega, Suíça, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Austrália, Canadá, China, Colômbia, França, Alemanha, Índia, Israel, Japão, Quênia, Kuwait, Omã, Paquistão, Panamá, Rússia, Arábia Saudita, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido, nos Estados Unidos (principalmente nas cidades de Nova York, Nova Jersey e Chicago) e na Venezuela.


A Candida auris já circula no Brasil? Segundo Colombo, ainda não foram registrados casos de infecção pela Candida auris no território nacional. Entretanto, como o fungo ingressou na América Latina por meio da Venezuela, devido ao grande fluxo migratório de venezuelanos no país, existe a possibilidade de que o Candida auris chegue ao Brasil. Colombo ressalta que a entrada não se daria especificamente por venezuelanos, visto que outros países também registraram a presença do fungo. Desta forma, se uma pessoa infectada vier de outro país e adentrar o ambiente hospitalar, onde há maior perigo de infecção, o fungo pode se disseminar no Brasil.


Como a Candida auris é transmitida? A Candida auris pode ser transmitida pelo toque em superfícies e pessoas infectadas, especialmente em ambientes médicos. Colombo afirma que os pacientes infectados podem ficar de semanas a meses com a colonização fúngica na pele e espalhar para outras pessoas. Porém, segundo o CDC, ainda são necessárias maiores investigações sobre a transmissão do fungo.


Como é feito o diagnóstico de Candida auris? O diagnóstico da infecção pelo fungo é feito por meio da cultura de sangue ou urina. Porém, o Candida auris é difícil de ser diagnosticado, podendo ser confundido com outros fungos do mesmo gênero. No Brasil, a Anvisa já lançou uma norma técnica orientando os profissionais de saúde a identificar o fungo. Colombo afirma que, no Brasil, embora entidades públicas e privadas tenham uma forte atuação na área de identificação de bactérias, há uma falha na vigilância de fungos no país. Nesta semana, o Ministério da Saúde criou um sistema de vigilância contra fungos.



Quem pode pegar essa infecção? Colombo afirma que as pessoas mais propensas a adquirir essa infecção são aquelas que podem ser colonizadas pelo fungo se forem submetidas a procedimentos invasivos, cirurgias, e tiverem que fazer uso de cateteres, desenvolvendo uma infecção associada ao ambiente hospitalar. Porém, se a pessoa for colonizada pelo fungo e tiver uma boa imunidade e não for submetida a um desses procedimentos, ela estaria menos propensa à infecção.


Existe tratamento para o Candida auris? Colombo afirma que, quando o paciente está infectado pelo fungo, é necessário que seja feito o seu isolamento para evitar a disseminação do Candida auris. Segundo o CDC, as infecções por Candida auris podem ser tratadas com antifúngicos denominados equinocandinas, mas nem sempre seriam eficazes, necessitando de doses maiores. O CDC afirma que, por ter difícil detecção e tratamento, a infecção por Candida auris podem levar à morte.


É possível se prevenir da infecção por Candida auris? De acordo com o CDC, a prevenção à infecções por Candida auris é feita com isolamento do paciente infectado, dar ênfase à higienização das mãos, desinfectar e limpar diariamente o ambiente e equipamentos utilizados pelo paciente, minimizar o contato com o paciente e limitar o número de funcionários que o atendem para evitar infecção.

A infecção por Candida auris tem alguma relação com a candidíase vaginal? Colombo afirma que, embora a Candida auris seja um fungo do mesmo gênero da Candida albicans, causadora de candidíases orais e vaginais, elas se tratam de espécies diferentes de fungos. A Candida auris causa uma infecção sistêmica e invasiva, que é disseminada no corpo ao chegar no sangue e é resistente aos antifúngicos. Já a infecção por Candida albicans é superficial e sensível ao tratamento com antifúngicos.


Quais os sintomas da infecção por Candida auris? De acordo com o CDC, os sintomas da infecção pelo fungo podem passar despercebidos, visto que a maioria dos pacientes que a contraíram já estavam hospitalizados por outros problemas. Segundo o órgão, os sintomas comuns a infecções invasivas por fungos do gênero Candida são febre e calafrios que não melhoram após o tratamento com antibióticos para uma suspeita de infecção bacteriana.

 

R7