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A pele humana, incluindo cabelo e barba, é a segunda parte do corpo com maior quantidade de bactérias, perdendo apenas para o intestino, de acordo com o dermatologista Caio Lamunier, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Ele explica que essas bactérias, presentes no tecido corporal, ajudam na proteção da pele contra infecções.

Um estudo europeu mostrou que a barba de um homem tem mais bactérias que o pelo de um cachorro, mas isso não quer dizer que a barba seja suja. "As pessoas interpretam as bactérias de maneira errada, como se fossem sujeira. Nós vivemos cercados por bactérias e temos cerca de 10 vezes mais delas no nosso corpo do que células. Se matássemos todas as que existem no nosso corpo, morreríamos", explica Lamunier.


Essas bactérias são chamadas de "bactérias comensais", vivendo em harmonia com outros seres e favorecendo uns aos outros. No caso dos germes que habitam a pele, elas são as responsáveis pela produção do cheiro característico de cada um e pela proteção contra outras bactérias.

Lamunier afirma que são várias as famílias de bactérias que vivem na pele, sendo as principais as Staphylococcus e as Streptococcus, que são geralmente benéficas. Entretanto, alguns tipos de bactérias podem ser patológicas quando há mudança de cepas e desequilíbrio na flora bacteriana e, se chegarem à corrente sanguínea, podem ocasionar doenças, mas são raras. Além de bactérias, as barbas podem carregar ácaros, vírus e fungos, mas com menor frequência.


Algumas infecções podem ser ocasionadas por micróbios presentes na barba, como a micose e a dermatite seborreica, ocasionadas por fungos, e a foliculite, ocasionada por infecção bacteriana. Já alergias na região podem ser causadas por cremes de barbear, por exemplo, visto que não é possível a pessoa ser alérgica aos próprios pelos.

"Ter uma barba pode ser considerado saudável porque os pelos ajudam a proteger contra os raios UV e as bactérias protegem a pele. Os pelos do rosto funcionam como os pubianos para proteção da uretra. Muitas pessoas, quando se depilam, acabam tendo infecção urinária, por exemplo", argumenta.


O médico afirma que a higienização diária da barba é necessária, precisando que seja lavada pelo menos uma vez ao dia com sabão e água corrente. Para homens que tenham mais oleosidade na região, o dermatologista aconselha a limpeza entre duas e três vezes para prevenir dermatite na região. Lamunier orienta que os homens busquem lavar a barba após a refeição e as mantenham menores para facilitar a higienização.

 

R7

gravAlguns médicos liberam grávidas para pintar o cabelo e outros, não. Afinal, é um procedimento seguro para o feto? Segundo o ginecologista obstetra Eduardo Zlotnik, vice-presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, não existe garantia de segurança em pintar o cabelo durante a gravidez. "Para saber se pode ou não, seriam precisos testes. Como não existem, não há comprovação científica. Portanto, recomenda-se evitar", afirma. Se mesmo assim, a gestante optar por pintar o cabelo, é aconselhável que seja feito após a 20ª semana, mantendo uma distância de 0,5 cm do couro cabeludo.

 
Mesmo que um produto químico não toque a raiz, como no reflexo, os fios absorvem? Não, segundo a dermatologista Clarissa Prati, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ela explica que apenas o que é aplicado no couro cabeludo vai para o organismo, daí a importância de se manter o produto distante da raiz durante a gestação. Clarissa ressalta que, mesmo que não toque a raiz, a descoloração com amônia não é recomendada, pois a amônia é absorvida por meio da inalação.


É permitido fazer alisamento dos fios? A dermatologista explica que o alisamento utiliza formol. Assim como a amônia, esse produto é absorvido não apenas pelo couro cabelo, mas também pela via respiratória. "Por isso ele é totalmente proibido durante a gestação", explica.


E os tonalizantes estão liberados? Embora seu uso não costume resultar em problemas para o feto, não existem testes que garantam sua segurança, assim como as tinturas. Antigamente, as tinturas continham metais pesados, então de fato eram terminantemente proibidas. Esses produtos mais modernos são menos nocivos, mas não há a segurança plena. “Obedecendo a distância da raiz acredito que não teria grandes problemas”, diz a dermatologista.


Há restrições quanto ao uso de hidratantes para a pele na gestação? A dermatologista afirma que é preciso ter cuidado com os hidratantes que possuam ureia acima de 3%, ácido retinóico e derivados e ácido salicílico em alta concentração. Já entre os produtos recomendados ela destaca os óleos de uva, glicerina, de amêndoa ou macadâmia, cremes à base de vitamina C até 10% e dexpantenol.

 
Para prevenir estrias na barriga, é mais indicado óleo durante o banho ou hidratante após o banho? As estrias são mais comuns em grávidas mais jovens, principalmente abaixo de 25 anos, que têm a pele mais resistente e, por isso, com maior risco de se romper, segundo a médica. "A estria nada mais é que o rompimento da pele com o crescimento do abdome", diz. Ela explica que o ideal é o uso de produtos com formulações com óleo, pois o óleo puro tem atuação superficial na pele. O obstetra ressalta que o surgimento de estria também tem um componente genético.


O xampu a seco pode ser utilizado? Não. Segundo a dermatologista, não está liberado. Ela explica que o produto induz a uma descamação seborreica do couro cabeludo, sensibilizando essa área. Ela acrescenta que também não existe nenhum estudo com esse produto em grávidas.


Um estudo recente mostrou que componentes químicos presentes em alguns tipos de protetor solar são absorvidos e pode trazer riscos à saúde. Existe restrição ao uso de protetor solar? O ideal nessa fase é o uso de fotoprotetores com barreiras físicas, segundo Clarissa. “Eles não são químicos, são físicos. São compostos por substâncias que não reagem com a ação ultravioleta, eles a refletem, impedindo a ação do sol na pele”, explica. São chamados de fotoprotetores minerais. Em geral são à base de dióxido de titânio e dióxido de zinco. Costumam ter fator acima de 50 e serem fluidos, que se adaptam à pele mais oleosa que as gestantes enfrentam, diz a dermatologista.

 
E o uso de repelente? O obstetra afirma que é mais importante usar do que não usar, caso frequente áreas consideradas de risco do mosquito Aedes aegypti, dando preferência a produtos que já conhece. Segundo a Sociedade Brasileira de Arborivores (SBA), os produtos mais recomendados para grávidas são com Icaridina ou IR3535 e nunca os que contenham a substância DEET, devido à toxicidade.

 

R7

Foto: Pixabay

 

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), no Distrito Federal, realizou, na terça-feira (25), a primeira cirurgia para reverter o diabetes tipo 2 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o procedimento foi realizado por videolaparoscopia e durou pouco mais de 40 minutos.

A operação foi liderada pelo médico Renato Teixeira, coordenador do Serviço de Cirurgia do Diabetes do DF. Segundo o especialista, a paciente não respondia mais ao tratamento clínico contra a doença.

Em nota, Renato Teixeira informou que a paciente respira sem ajuda de aparelhos e já teve alta. "Depois da cirurgia, a equipe multiprofissional do Hran continuará acompanhando a paciente por, aproximadamente, um ano", disse.

Em 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a cirurgia metabólica no Brasil. Desde então, o procedimento passou a ser realizado na rede privada. No entanto, em 2018, o Conselho Regional de Medicina (CRM) autorizou a implementação do tratamento na rede pública.

A cirurgia é considerada muito segura, podendo evitar mortes, sequelas, infarto e diminuir o custo dos medicamentos que os pacientes usam a vida toda.

Como funciona a cirurgia?

A cirurgia metabólica é parecida com uma cirurgia bariátrica e de redução do estômago, já que consiste em cortar o estômago em duas partes e o intestino em forma de Y. Depois, uma dessas parte é ligada ao estômago, por isso o alimento chega mais rápido ao final do intestino.

O procedimento contribui para o tratamento de pacientes com diabetes do tipo 2, isso porque acelera a produção da incretina, substância que atua no pâncreas e o faz produzir insulina mais rápido, auxiliando na redução dos níveis de glicose no sangue.
Quem pode fazer a cirurgia?

Os especialistas indicam que há alguns critérios obrigatórios para o paciente ser considerado apto a fazer a cirurgia do diabetes tipo 2, são eles:

Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 30 e 34,9 (mínimo) Ter entre 30 e 70 anos de idade Tempo mínimo de doença de 2 anos Tempo máximo de doença de 10 anos - devido à dificuldade de remissão do diabetes após esse período. No entanto, mesmo os pacientes que não alcançam a remissão podem se beneficiar da redução dos níveis glicêmicos proporcionada pela cirurgia, reduzindo as chances de complicações futuras Exclusão de contraindicações, como doenças que possam afetar, de alguma forma, a recuperação pós-operatória.
Diabetes

O diabetes já afeta aproximadamente 16 milhões de brasileiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue.

A doença acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

 

Minha Vida

coraçaoA dor no peito (angina) e o infarto do miocárdio são manifestações da doença arterial coronariana, também conhecida como doença isquêmica do coração. Ela ocorre quando há um estreitamento das artérias, que leva ao bloqueio do fluxo sanguíneo. Um novo estudo, publicado no “Journal of the American College of Cardiology”, mostra que quem enfrenta um episódio de angina ou um ataque cardíaco apresenta um quadro de declínio cognitivo depois do incidente.

A pesquisa trabalhou com dados de quase 8 mil pessoas, acima de 50 anos, que não tinham tido angina, infarto ou derrame, nem haviam sido diagnosticadas com demência. Num período de 12 anos, esses indivíduos se submeteram regularmente a testes de cognição: um de memória, no qual deveriam lembrar-se de palavras apresentadas dez minutos antes; outro de fluência semântica, quando deveriam citar o maior número de animais em um minuto; e, por fim, um de orientação temporal, respondendo a perguntas sobre o dia da semana, mês e ano.


Durante o período analisado, 5.6% dos participantes tiveram angina ou sofreram um ataque cardíaco. No grupo de pacientes com angina, houve uma perda significativa da orientação temporal, enquanto os que haviam infartado apresentavam declínio de memória e fluência. Para o coordenador da pesquisa, Wuxiang Xie, PhD do College School of Public Health, em Londres, “mesmo pequenas alterações nas funções cognitivas podem resultar em risco aumentado para demência no longo prazo. Esses pacientes devem ser monitorados para que se possa detectar e intervir precocemente, retardando o processo”.

Em outro estudo, divulgado no começo de junho pela Sociedade Europeia de Cardiologia, a depressão depois de um infarto é apontada como importante fator de risco. “Sentir-se um pouco deprimido depois de um ataque cardíaco é natural. O fato de a pessoa estar mais retraída até ajuda na recuperação, mas isso não pode se prolongar indefinidamente”, afirmou o médico Erik Olsson, da Universidade de Uppsala, na Suécia.

Ele enfatizou que a depressão dificulta a adoção de um estilo de vida saudável, que inclua exercícios, deixar de fumar e tomar os medicamentos prescritos. O trabalho sueco reuniu informações sobre mais de 57 mil pacientes que haviam sobrevivido pelo menos um ano ao ataque cardíaco. Duas avaliações sobre os níveis de ansiedade e depressão eram feitas: dois meses e um ano após o infarto. Doze meses depois, 20% se enquadravam numa categoria de desequilíbrio emocional, com um prognóstico pior.

 

G1

Foto: By Patrick J. Lynch, medical illustrator