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licopenoVocê conhece o licopeno? Ele é um antioxidante vermelho como os enfeites de Natal. Além de combinar com esta época do ano, ajuda a prevenir câncer e ainda faz bem para o coração. O cardiologista e consultor Roberto Kalil e a nutricionista Roberta Lara mostraram no Bem Estar desta terça-feira (11) os benefícios dos alimentos vermelhos para a saúde.

O tomate, por exemplo, possui bastante licopeno, mas para ter todos os benefícios é melhor consumir cru, assado ou no molho? Os molhos de tomate apresentam maior biodisponibilidade de licopeno por causa do aquecimento que rompe a parede celular e libera mais o oxidante.

E para matar a vontade de doce? A solução é geleia caseira, que pode ser feita de melancia, fruta rica em licopeno. Dá para misturar com iogurte, queijo ou colocar direto na torrada.

Polifenois, Licopeno e Carotenoides
Dentro dos polifenois temos dois importantes antioxidantes nas frutas natalinas, o resveratrol, que está presente nas uvas vermelha e roxa - quanto mais escura a casca, mais antioxidante - e a antocianina, presente na amora, ameixa e cereja.

Os carotenoides são substâncias responsáveis pela cor natural das frutas e vegetais (amarela, laranja e vermelha). Os mais comuns são o licopeno, luteína, betacaroteno, alfa-caroteno, alfa-criptoxantina e zeaxantina.

Nós não temos capacidade de produzir essas substâncias. Por isso, precisamos consumir. Sugere-se de 5 a 6 mg/dia de carotenoides total, equivalente a 4 a 6 porções de frutas e vegetais por dia.

O licopeno é o responsável pela pigmentação vermelha. Por ser uma substância lipossolúvel tem maior absorção quando consumido junto com gordura. Está presente em alimentos de cores avermelhadas como tomate, melancia e pitanga.
Licopeno e o coração
O licopeno, por ser um antioxidante, promove a redução do estresse oxidativo, combatendo os radicais-livres e o processo inflamatório. Só por isso, já melhora a qualidade do envelhecimento celular. Mas ele tem outras funções comprovadas que estão ligadas diretamente com o sistema cardiovascular.

Para acontecer um infarto, as artérias são obstruídas por placas de gordura formadas pela oxidação do colesterol LDL. O licopeno consegue evitar essa oxidação, ou seja, previne a formação das placas e também o infarto.

A redução da inflamação também melhora a qualidade dos vasos sanguíneos.

Vale ressaltar que esses benefícios só são possíveis quando a pessoa tem uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis.
Licopeno e o câncer de próstata
A relação do licopeno na prevenção do câncer de próstata foi feita após a revisão de mais de 650 artigos. A explicação é que a junção do licopeno à outras substâncias presentes no organismo o torna um agente quimiopreventivo, que previne a ação cancerígena. Além disso, autores observaram que o consumo diário de uma porção de tomates ou seus derivados eleva a resistência de determinadas células contra quebras de DNA, ou seja, ficam mais resistentes às mutações que poderiam levar ao câncer.

 

G1

Foto: Augusto Carlos/TV Globo

 

 

pomadadermusEla é pequena, com um tamanho que varia de 0,6 mm a 2 cm, mas pode causar um estrago considerável. Todos os anos, a aranha-marrom (Loxosceles sp) pica cerca de 7 mil pessoas no Brasil - 7.441, em 2016, último dado disponível do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

O veneno dela pode causar necrose da pele, falência renal e até a morte das vítimas - seis, naquele ano.

Para diminuir esses problemas, cientistas do Instituto Butantan (IB) desenvolveram uma pomada, cujos efeitos curativos já foram comprovados em testes realizados em cultura celular e animais.

 

Segundo a pesquisadora do IB, Denise Tambourgi, principal responsável pelo trabalho, a pomada desenvolvida é feita à base de tetraciclina, substância conhecida e já usada como antibiótico. "Utilizamos numa concentração abaixo da que seria microbicida, no entanto", explica.

"Ou seja, menor do que a necessária para ser considerado antibiótico. Mas a empregamos em uma dosagem capaz de interferir na atividade da esfingomielinase D, proteína que é o componente principal do veneno da aranha e que está envolvida no processo de inflamação e de destruição do tecido (necrose) e outros efeitos."

Além de lesão cutânea - que ocorre em 80% dos casos e pode levar meses para ser curada -, a picada da Loxosceles também pode provocar, nos outros 20% das vítimas, efeitos sistêmicos, como hemólise (alteração, dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos do sangue), agregação plaquetária (que causa coágulos nos vasos sanguíneos, que dificultam ou impedem a circulação), inflamação e falência renal, que podem levar à morte.

Origem da pomada

A história das pesquisas de Denise que levaram à criação da pomada é longa. Ela começou o trabalho para decifrar os principais componentes da toxina da aranha-marrom em 1994. Para isso, ela e sua equipe lançaram mão da engenharia genética.

Como cada Loxosceles produz muito pouco veneno - apenas cerca de 30 microgramas - seria muito difícil conseguir a quantidade necessária para os estudos. Então, os pesquisadores inseriram um gene dela na bactéria Escherichia coli, criando assim uma biofábrica da esfingomielinase D, passando a produzi-la em volume suficiente para as pesquisas.

Ao longo do trabalho, Denise e sua equipem descobriram que o veneno da aranha-marrom pode causar, além de efeitos já conhecidos, reações secundárias, que são desencadeadas principalmente pela proteína esfingomielinase D.
"Costumo dizer que o veneno só dá o 'start' e a proteína altera as células", explica. "Depois, ocorre uma desregulação do organismo, que leva à produção de proteases - enzimas cuja função é quebrar as ligações químicas de outras proteínas, o que, por sua vez, causa a morte celular e a necrose. São essas proteases, portanto, que devem ser inibidas pela pomada."

Resumindo, o estudo coordenado por Denise decifrou o mecanismo de ação do veneno lançado pela aranha-marrom e também a forma sistêmica e cutânea da doença.

Testando o antídoto na pele

Os primeiros testes, realizados em cultura de células de pele humana, mais especificamente queratinócitos e fibroblastos, e em animais começaram a ser feitos em 2005 e se estenderam até agosto de 2018.

"Realizamos vários experimentos, aplicando o veneno da aranha-marrom nas culturas", explica Denise. "Como esperávamos, as células morriam. Depois, as expomos à toxina e à tetraciclina, em várias dosagens, ao mesmo tempo. Constatamos, então, que o veneno não era mais capaz de matar as células."

Os pesquisadores passaram, então, para o passo seguinte do trabalho, que foi o teste em animais. "Os coelhos foram escolhidos por serem um bom modelo para o estudo da necrose de pele causada pela toxina da Loxosceles", explica Denise. "A lesão deste animal é parecida com a que se forma no ser humano. Injetamos o veneno na pele deles e depois de algumas horas começamos a tratá-los com uma pomada que continha tetraciclina e lanolina. Esta última entrou na composição porque é capaz de levar a droga para as camadas mais profundas da pele."

Os resultados foram animadores. Nos coelhos tratados com tetraciclina, a lesão regrediu rapidamente. "A pomada reduziu o tamanho da lesão em cerca de 80%", conta Denise. "Diante desses resultados, partimos para os testes clínicos em seres humanos."

 

BBC News Brasil

Rafael Marques Porto / BBC NEWS BRASIL

O verão é a época em que as mulheres precisam ficar mais atentas com a saúde íntima. Os fungos e bactérias, naturalmente presentes na flora vaginal, proliferam com mais rapidez em ambientes úmidos.

saude

Segundo a ginecologista, obstetra e sexóloga Dra. Erica Mantelli há um desequilíbrio no PH vaginal. “Esse fator associado à baixa imunidade do corpo, faz com que haja um aumento nas secreções, corrimentos e até algumas doenças como, por exemplo, a candidíase”, explica a médica.

Para evitar os problemas, a ginecologista alerta que o principal erro está nos hábitos mais simples. “O biquíni molhado, por exemplo, é o principal vilão da vagina no verão. As mulheres entram no mar ou na piscina e continuam com a parte íntima úmida. Isso acarreta no desenvolvimento de fungos e bactérias. O ideal é sempre levar uma troca na bolsa e se manter seca durante o dia.”, ressalta.

O uso incorreto de absorventes diários também são um erro. “Como são feitos de algodão, a vagina fica ainda mais úmida e isso pode desencadear secreções e corrimentos. Absorventes diários são apenas adequados para situações de emergência ou durante o ciclo menstrual, deixando claro que o recomendável é trocá-lo de quatro em quatro horas, mesmo se o fluxo sanguíneo for baixo”, completa Dra. Erica.

Cuidados simples fazem com que o verão seja mais proveitoso e sem desagrados. O sabonete íntimo é indicado para o uso sem exageros. “Todo e qualquer medicamento, sendo natural ou não, deverá passar pela avaliação médica”, conclui.

 

Dra. Erica Mantelli

Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra. Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).

 

Equipe Contato Comunicação & Marketing

impotenciaO uso prescrito de medicamentos contra a disfunção erétil reativa a vida sexual de homens impotentes e recupera a autoestima. O uso inadequado desses comprimidos, comprados na farmácia sem receita médica, pode fazer mal a saúde, alertam urologistas e outros especialistas.

Foi para sentir-se seguro que Willian, como prefere ser chamado, passou a usar aos 26 anos o Viagra. “Na época eu estava falhando mesmo. O negócio estava feio. O negócio estava ficando sem graça para o meu lado, vergonhoso [...] Estava com completo desinteresse.”

Hoje, aos 39, diz já ter usado vários tipos de medicamento em doses diferentes. Ele conta que, para melhorar a autoestima, costuma tomar o medicamento quando sai com uma nova parceira. Sem modéstia, Willian diz que, assim, dá “um espetáculo”.

Para o especialista Paulo Aguiar, do Conselho Federal de Psicologia, esse tipo de comportamento é  “um grande sintoma da sociedade”. “Isso [o uso do viagra] preenche vazios e inseguranças do sujeito”, analisou.

Aguiar ressalta que o uso indevido de remédios contra impotência expõe homens clinicamente saudáveis à dependência psicológica e reafirma padrões sociais nem sempre positivos, em que prepondera a virilidade masculina.

Uso recreativo

Alex Sandro Baiense, do Conselho Federal de Farmácia, aponta que o caso de Willian é generalizável. “Há um abuso do uso desse tipo de medicamento de pessoas que não tem quadro clínico que justifique o uso desse medicamento. Fica mais no campo do uso recreativo, da questão performática para causar impressão”. Ele lembra que a orientação aos farmacêuticos é de que “qualquer medicamento esteja com a indicação adequada”.

“Nenhuma medicação pode ser usada de forma aleatória, simplesmente alguém chegar à farmácia e comprar. Medicina não funciona assim. Medicina funciona quando há consulta médica, tem que ter uma orientação”, aconselha o urologista Carlos da Ros.

“A gente tem um universo pequeno de pessoas que têm contraindicação absoluta de usar esse tipo de medicação, mas há um universo grande de sintomas e sinais que podem ocorrer com o uso da medicação. Quando o paciente não é alertado disso, ele acaba se surpreendendo com o efeito colateral”, acrescenta o urologista Osei Akoamoa Jr.

Lucio Flavio Gonzaga Silva, cirurgião urologista, também condena o uso desnecessário e a falta de consulta ao médico. “Algumas situações contraindicam o uso desses medicamentos. Se você toma sem avaliação médica prévia, você pode estar em uma dessas situações de contraindicação e pode correr riscos graves. Nunca recomendamos o uso recreativo dessas substâncias”, completou.

O antropólogo Rogerio Lopes Azize, professor adjunto do Instituto de Medicina Social (Uerj), avalia que o consumo indevido de medicamentos para a disfunção erétil é sinal dos tempos. “Vivemos no ocidente contemporâneo em uma sociedade do desempenho, no qual nos vemos como um sujeito-empresa, cuja performance deve ser gerida e aprimorada. Isso atravessa e constrói a nossa subjetividade, influencia nossa relação com drogas em termos gerais, legais e ilegais”.

 

Agência Brasil

Foto: Pixabay