A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), realizou na manhã desta sexta-feira (27) uma ação em referência ao Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais, comemorado neste sábado, 28 de julho.
A data representa o “Julho Amarelo”, cor dedicada ao combate às hepatites virais no Brasil. A programação aconteceu na praça Dr. Sebastião Martins com a realização de duzentas testagens rápidas para o diagnóstico das Hepatites B e C e orientações a população sobre os sintomas da doença, formas de contágio, tratamento e prevenção.
A realização dos testes é feito de forma gratuita, o interessado recebe uma senha e um kit com panfletos e preservativos, após o cadastro o exame é realizado e o resultado entregue em cerca de 10 minutos. De acordo com a coordenadora do CTA, Glorismar Barguil, esta é “uma maneira de incentivar o diagnóstico precoce da doença e do seu tratamento, chamando atenção da população para a prevenção”, disse.
Asma e cárie dentária – dois dos problemas de saúde mais comuns que afetam crianças, adolescentes e jovens adultos – podem ser um golpe duplo, segundo uma pesquisadora da Suécia.
Numa tese apresentada na Sahlgrenska Academy na Universidade de Gotemburgo em dezembro de 2010, a higienista dental e pesquisadora Malin Stensson comparou pacientes com e sem asma com 3, 6, 12 a 16 e 18 a 24 anos de idade.
Em seu primeiro estudo, a sra. Stensson constatou que as crianças com 3 anos que tinham asma apresentavam mais cárie do que as crianças de mesma idade que não tinham asma.
"As crianças com asma apresentaram maior tendência de respirar pela boca; como a boca ficava seca, elas recebiam bebidas contendo açúcar com mais frequência. Isso pode ter contribuído para o desenvolvimento de uma prevalência maior de cárie", diz a sra. Stensson.
As crianças do grupo de estudo foram acompanhadas até os 6 anos e os dados mostraram que as crianças com asma desenvolveram mais cárie nesse período do que aquelas sem asma.
Outros estudos compararam adolescentes com idades de 12 a 16 anos e constataram que aqueles com asma de moderada a severa de longa duração apresentavam mais lesões de cárie do que os jovens sem asma. O grupo com asma também apresentou mais doença gengival.
"Apenas um em cada 20 dos indivíduos do grupo com asma estava livre de cárie, enquanto 13 em cada 20 estavam livres de cárie no grupo de controle", diz sra. Stensson. Sua teoria é de que as medicações contra a asma possam inibir a secreção salivar, levando a mais cárie.
Os adultos jovens com asma estudados nas idades entre 18 e 24 anos também exibiram índices mais altos de cárie, embora as diferenças entre os homólogos sem asma não fossem tão notáveis.
Sra. Stensson enfatiza que pessoas jovens com asma precisam de cuidados dentários adicionais e tratamentos preventivos para ajudar a prevenir a cárie e a doença gengival.
A nutricionista Maria Rosa Rodrigues, 32 anos, é mãe do Leonardo, de 4 anos, e da Beatriz, de 1 ano e 11 meses. Pouco antes do primogênito completar 30 dias de vida, ela perdeu o pai em um acidente de trânsito.
E, mesmo em meio à tristeza e às dificuldades, decidiu que não desistiria de amamentar o bebê. “Resolvi focar no meu amor pelo meu filho. E, naquele momento da amamentação, eu era feliz”, contou.
Leonardo mamou até quase 2 anos, quando parou por conta própria, sem ter de passar pelo chamado desmame forçado. A irmã caçula, Beatriz, segue mamando até hoje, às vésperas do segundo aniversário.
A história de superação de Maria Rosa se repete em cada uma das mães que participaram da cerimônia de lançamento da Campanha de Aleitamento Materno, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A atriz e madrinha da campanha, Sheron Menezzes, compareceu ao evento acompanhada do filho Benjamin, de 9 meses. “É importante para mim estar aqui, emprestando a nossa imagem e conscientizando pessoas”, disse. “Amamento o Ben em qualquer lugar. Se meu filho tem fome, eu amamento. Não é vergonha não. É saúde para ele”, reforçou.
O representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, descreveu a amamentação como um dos gestos mais generosos que podem existir, ao se dirigir às mães reunidas no salão principal da entidade. “Nunca esse auditório esteve tão lindo como hoje. Elas trazem uma mensagem de vida, de saúde e de bem-estar”, disse, ao destacar que o aleitamento funciona como uma primeira vacina para o bebê, já que protege de doenças potencialmente perigosas.
Molina alertou, entretanto, que, nas Américas, pouco mais da metade das crianças é amamentada nas primeiras horas de vida, enquanto apenas 39% seguem mamando até os 2 anos.
“Amamentar é doar aquilo que é seu, que é gratuito, que é amor e que ajuda a salvar vidas”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi. Durante a cerimônia, ele lembrou que, na próxima semana, mais de 150 países – incluindo o Brasil – participam da Semana Mundial da Amamentação, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os desafios no país, Occhi citou a ampliação de salas para amamentação dentro de empresas, instituições e nos próprios órgãos de governo.
Sentir dor durante a relação sexual não é algo normal e deve ser investigado. O primeiro passo é procurar um ginecologista que possa avaliar a situação e solicitar os exames necessários, como ultrassom, exame de urina e Papanicolau, preventivo de câncer de colo de útero.
De acordo com a ginecologista Lidia Myung, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, existem duas situações em relação a esse tipo de dor. "A primeira é a mulher que não costuma sentir dor e, repente, começa a sentir. A outra é aquela mulher que sempre sentiu, inclusive desde as primeiras relações”.
A médica explica que, no primeiro caso, a maior possibilidade é de doença inflamatória da pelve, ou doença inflamatória pélvica, que pode vir acompanhada de febre, calafrios e secreção vaginal.
Já a mulher que costuma ter dor na relação por um longo período pode estar com outros problemas. A ginecologista ressalta que, nesses casos, se encaixam mulheres que sentem dor há muito tempo, possivelmente desde as primeiras relações, e também as que perceberam um aumento dessa dor nos últimos anos. Em geral, os motivos incluem vaginismo, endometriose ou dor miofascial.
O câncer de colo de útero também causa dor durante as relações sexuais, mas, segundo a especialista, esse sintoma é uma manifestação tardia, só aparece depois de outros sinais, como o sangramento.
Algumas mulheres que passam pelo período da menopausa ou do climatério também sentem dor durante a relação por causa do ressecamento vaginal. Isso acontece devido a alterações hormonais, principalmente queda na produção de estrogênio. Entre os tratamentos possíveis estão a reposição hormonal e a aplicação de cremes vaginais feitos à base de hormônios, mas essas possibilidades devem ser discutidas com o médico - o ginecologista avalia cada caso.
Doença inflamatória da pelve
Esta doença é uma infecção que se desenvolve no trato genital feminino e pode incluir o endométrio, as trompas uterinas e os ovários. A causa costuma ser polimicrobiana, porque envolve mais de um micro-organismo.
Em 60% dos casos, o contágio está relacionado ao sexo, por isso, o uso de preservativo é um bom aliado na prevenção. Além do sexo sem camisinha, existem alguns fatores de risco como doenças inflamatórias prévias e múltiplos parceiros sexuais.
Algumas mulheres não apresentam sintomas, enquanto que outras sofrem com dor abdominal, dor durante as relações sexuais, dor lombar, febre, calafrios, náuseas, corrimento, coceira, sangramento e cheiro forte na vagina.
De acordo com a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), uma em cada quatro mulheres com doença inflamatória pélvica acabam tendo sequelas a longo prazo. A principal é a infertilidade, que afeta de 30 a 40% das pacientes que tiveram danos graves causados pela doença. Mesmo as mulheres com danos leves têm 3% de chance de enfrentar dificuldade para engravidar no futuro. Danos moderados aumentam o índice para 13%.
Vaginismo
O vaginismo é uma disfunção sexual que causa forte contração involuntária dos músculos perineais – aqueles que formam o assoalho pélvico, abaixo da região do abdômen. Essa contração impede a penetração durante a relação sexual ou, quando ela acontece, leva a fortes dores na vagina e na região pélvica.
De acordo com a ginecologista Lidia Myung, o vaginismo é atribuído a causas psicológicas como medo, culpa e baixa autoestima. “Pode acontecer por causa de um trauma, um histórico de abuso ou até mesmo ser reflexo de uma educação muito rígida, onde a virgindade, ou a castidade, foram muito valorizadas”, explica.
Síndrome da dor miofascial
A dor miofascial é uma dor muscular específica que pode se manifestar em uma ou mais regiões – ou até mesmo se espalhar pelo corpo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o problema é a causa mais frequente de dor musculoesquelética e representa o principal motivo de procura por atendimento médico entre a população mundial.
Pode ser a causa de doeres orofaciais, como na cabeça e mandíbula, além de dores cervicais, dorsais e lombares, incluindo as dores pélvicas de origem desconhecida.
A síndrome é mais comum entre mulheres de meia-idade e com hábitos sedentários, mas pode se manifestar em qualquer idade.
Lidia Myung explica que, assim como no vaginismo, a dor durante a relação pode ser intensa e impedir a penetração. “Mas neste caso as causas não são psicológicas, são físicas”.
A dor miofascial pode, ou não, estar relacionada à fibromialgia, dor muscular que também pode causar cansaço, sono não-reparador, alterações de memória, ansiedade, depressão e alterações intestinais.
Endometriose
A endometriose é uma doença que ainda não tem causa definida pela medicina, mas afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo – uma em cada dez.
Endométrio é o tecido que se forma ao longo do ciclo menstrual para revestir a parede interna do útero. Quando não acontece a fecundação, a mulher não engravida e esse tecido é eliminado pelo organismo em forma de menstruação.
Nas mulheres que sofrem com a endometriose, esse tecido se forma descontroladamente e aparece fora do útero ou em outras partes do organismo.
Embora em algumas mulheres o problema seja assintomático, a endometriose pode causar dor forte na região do abdômen e durante a relação sexual.
“Essa é a principal causa de cólicas severas no período menstrual, infertilidade e dor nas relações sexuais na profundidade. Tem diagnóstico tardio e a suspeita deve ser levantada quando esses sintomas de dor ocorrem sem o uso das pílulas anticoncepcionais, que podem mascarar os sintomas", explica a ginecologista.
Como a causa ainda não foi definida, não existe um remédio que capaz de curar a endometriose. Cada paciente deve discutir com seu médico a melhor alternativa para minimizar o problema e controlar a dor.