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okambiA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro de um novo remédio para o tratamento da fibrose cística.

A fibrose cística é uma doença de origem genética e ainda incurável que provoca acúmulo de muco no pulmão, levando a inflamações e infecções que podem causar insuficiência respiratória.

De acordo com a bula do Orkambi (lumacaftor + ivacaftor), o uso do medicamento resulta em melhorias rápidas e prolongadas da função pulmonar, reduzindo as situações de hospitalização dos pacientes.

Outro efeito positivo do remédio, segundo a Anvisa, é a melhora nas avaliações nutricionais de quem se submete ao tratamento.

O Orkambi será oferecido na forma de comprimido nas concentrações de 100mg + 125mg e 200mg + 125mg. O medicamento é indicado para pacientes acima de 6 anos de idade e adultos para o tratamento da fibrose cística.

 

 

Agência Brasil

obesidadeUma nova pesquisa da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia explica por que a obesidade causa inflamações prejudiciais que podem levar à diabetes, obstrução de artérias e outros problemas de saúde. Os pesquisadores acreditam que podem usar esse conhecimento para combater essas doenças crônicas e outras causadas pela inflamação associada à obesidade.

"Todas essas doenças têm um denominador comum", disse o pesquisador Vlad Serbulea. "Pode ser que tenhamos identificado o que inicia toda a cascata de inflamações e alterações metabólicas".

Efeitos da Obesidade

Os pesquisadores, pela primeira vez, foram capazes de explicar por que as células imunes residentes no tecido adiposo - células imunes que são consideradas benéficas - tornam-se prejudiciais durante a obesidade, causando inflamação indesejada e crônica.

A equipe de pesquisa, liderada por Norbert Leitinger, do Departamento de Farmacologia da UVA, descobriu que os radicais livres prejudiciais produzidos dentro de nossos corpos reagem com substâncias conhecidas como lipídios dentro do tecido adiposo. Esse ataque aos lipídios leva-os a causar inflamação, uma resposta imunológica natural.

"Os radicais livres são tão reativos que querem se dedicar a algo", explicou Serbulea. "Os lipídios são uma ótima fonte para esses radicais se combinarem."

Isso resulta em um processo chamado "oxidação lipídica". A princípio, os cientistas esperavam que os lipídios oxidados se mostrassem prejudiciais, mas não era tão simples assim. Alguns dos lipídios oxidados estavam causando inflamação crônica - reprogramando as células imunológicas para se tornarem hiperativas -, mas outros lipídios oxidados estavam presentes no tecido saudável. Especificamente, os lipídios curtos "truncados" são protetores, enquanto os mais "longos" são inflamatórios.

"Quando comparamos tecido saudável e obeso, o que parece mudar é a proporção de lipídios oxidados de comprimento total e truncados", disse Serbulea.

"Nossos estudos mostram que os lipídios oxidados de longa duração, ou mais longos, são bastante inflamatórios. Eles promovem a inflamação dentro dessas células imunológicas, e acreditamos que instiga e perpetua o processo da doença dentro do tecido [gorduroso] durante a obesidade"- Vlad Serbulea

Remédio para combater a inflamação da obesidade

Agora que os cientistas sabem quais lípidos oxidados estão causando problemas e como eles podem tentar bloqueá-los para evitar a inflamação, eles podem desenvolver um medicamento, por exemplo, que reduziria o número de lipídios oxidados mais longos.

"Agora, sabendo que algumas dessas moléculas são realmente más, por assim dizer, eliminá-las da circulação pode ter um efeito muito benéfico em doenças crônicas", disse Leitinger, do Centro de Pesquisa Cardiovascular Robert M. Berne da UVA.

Alternadamente, os médicos podem querer promover o número de fosfolipídios benéficos e mais curtos.

"A inflamação é importante para as defesas do seu corpo, então você não quer eliminá-la completamente. É uma questão de encontrar o equilíbrio certo", disse Leitinger.

Ao restabelecer esse equilíbrio, os médicos podem fazer incursões significativas contra as doenças crônicas que agora atingem milhões de pessoas.

"Uma coisa que mostramos é que o metabolismo nas células do sistema imunológico é um alvo explorável", disse Serbulea. "Tem sido um alvo em doenças como o câncer, mas agora, para a obesidade e a aterosclerose, torna-se cada vez mais um foco".

 

G1

Foto: Creative Commons

Uma "tolerância perigosa" com a pandemia global do vírus HIV, causador da Aids, aumenta o risco de um descontrole da doença, segundo um novo relatório de especialistas internacionais.

Uma comissão de 47 pesquisadores especialistas no tema publicou na revista científica The Lancet um documento afirmando que a estagnação do financiamento para pesquisas e campanhas contra o HIV está prejudicando os esforços para conter o avanço da doença.

Segundo eles, o mundo já não conseguirá cumprir as metas definidas pelos estados-membros da ONU. O documento pede mudanças urgentes na forma como a doença é tratada e controlada.

Cerca de 37 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com o vírus HIV e com a Aids, de acordo com a ONU - e há cerca de 1,8 milhões de novos casos todos os anos.

No Brasil, mais de 880 mil pessoas convivem com o vírus, segundo dados do último Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, publicado pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2017. O país tem registrado, anualmente, cerca de 40 mil novos casos.

Situação ficou estagnada

O número de novos casos de HIV/Aids tem diminuído nos últimos anos, mas a Comissão da Lancet - o grupo que escreveu o relatório - diz que a queda tem acontecido de maneira lenta demais para atingir a meta da UNAids de restringir as novas infecções anuais a 500 mil até 2020.

No entanto, mesmo com a queda geral das taxas de HIV, a infecção continua persistente em grupos marginalizados, em jovens - especialmente mulheres - e em países em desenvolvimento. Em todos os casos, essas populações também têm mais dificuldade de acesso ao tratamento.

Os especialistas dizem que o investimento mundial no combate ao HIV estabilizou nos últimos anos em pouco mais de R$ 74 bilhões - aproximadamente R$ 27 bilhões a menos do que o necessário para alcançar a meta da UNAids.

"Apesar do progresso extraordinário na resposta ao HIV, a situação ficou estagnada na última década", disse Linda-Gail Bekker, presidente da Sociedade Internacional de Aids e professora da Universidade de Cidade do Cabo, na África do Sul.

"Revigorar esse trabalho vai nos exigir bastante, mas a saúde e o bem-estar futuros de milhões de pessoas exigem que enfrentemos esse desafio."

A comissão de pesquisadores da Lancet também pediu mais colaboração entre profissionais de saúde e que o tratamento de HIV/Aids seja incorporado a outras áreas dos sistemas de saúde.

Isso significaria um fim ao chamado "excepcionalismo" do HIV, ou seja, a destinação de fundos e serviços especificamente para o combate ao vírus. Dessa forma, o teste de HIV poderia, por exemplo, ser incluído entre os testes para doenças não contagiosas como diabetes e hipertensão.

O relatório dá o exemplo da Índia. Segundo os cientistas, se os tratamentos e testes de HIV fossem combinados com os voltados para a sífilis entre mulheres profissionais do sexo e homens homossexuais - dois dos grupos mais vulneráveis ao vírus da Aids -, poderia reduzir a taxa indiana de novos casos em 7%, entre 2018 e 2028.

De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, os jovens homossexuais figuram entre a parcela de pessoas em que houve os maiores aumentos de registros de Aids.

"Do ano de 2006 para o de 2016, a taxa de detecção de casos de Aids por 100 mil habitantes quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos. Entre os de 20 a 24 anos, a taxa mais que duplicou", afirma o órgão.

"Os sistemas de saúde devem ser desenhados para suprir as necessidades das pessoas a quem eles servem, incluindo ter a capacidade de abordar múltiplos problemas de saúde simultaneamente", afirmou o epidemiologista Chris Beyrer, um dos autores do relatório.

"Ninguém deve ser esquecido em nossos esforços para alcançar um sistema de saúde sustentável."

 

BBCBrasil

O Brasil é a quarta nação com o maior número de diabéticos no mundo, doença que afeta 14 milhões de pessoas no país, de acordo com a International Diabetes Federation (IDF). Entretanto, segundo pesquisa inédita realizada pela Abril Inteligência com o apoio da AstraZeneca, apenas 1 em cada 4 brasileiros reconhece o diabetes como uma doença grave.

O levantamento, apresentado nesta sexta-feira na endoDEBATE 2018 e publicado na revista Saúde, indica que grande parte das pessoas não compreende as consequências de não tratar o diabetes adequadamente. Isso acontece porque há muito desconhecimento sobre a doença – inclusive entre os próprios diabéticos. Quando está comprovado que a doença está associada à principal causa de morte em todo o mundo e à quinta em maior incidência no país – as doenças cardiovasculares – esse quadro de desconhecimento fica ainda mais grave.

Essa falta de informação preocupa ainda mais quando junta-se ao fato de que cerca de 40 milhões de brasileiros estão pré-diabéticos, e desse número, aproximadamente 25% devem ser desenvolver a doença nos próximos cinco anos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

“É comprovado que o tempo dispendido entre o diagnóstico e o início do tratamento terá relação direta com uma melhor ou pior qualidade de vida do paciente diabético”, afirma Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista pesquisador da USP e médico responsável pela pesquisa.

O que não sabemos

Segundo a pesquisa, 37% dos entrevistados com diabetes convivem com a doença há mais de 10 anos; no entanto, 31% deles acreditam que uma vez que doença é diagnosticada não é mais possível consumir açúcar, o que não é verdade. Surpreendentemente, o número foi menor entre os não diabéticos, que representaram 26% dos que acreditam nesse mito.

Outro ponto que o brasileiro não sabe sobre o diabetes é que suas consequências incluem doenças cardiovasculares, condição que pode levar à morte: apenas 47% dos diabéticos acreditam que a doença pode causar problemas no coração e 43% acreditam que pode ser causa de acidente vascular cerebral (AVC); entre os não diabéticos o número cai para 30% e 27%, respectivamente. Dados revelam que a população relaciona o diabetes principalmente a problemas de visão e amputação. Além disso, grande parte dos entrevistados afirmaram que doenças como câncer, AIDS e Alzheimer são mais graves que o diabetes.

Outro desconhecimento está relacionado às causas da doença: entre os entrevistados que têm a doença, 50% acreditam que ela é hereditária – o que não é sempre o caso -, enquanto 35% associa o diabetes ao estresse. Para especialistas, essa falta de conhecimento sobre os riscos da doença pode ser prejudicial para o diagnóstico precoce e tratamento, afetando a qualidade de vida do paciente, além de permitir que complicações futuras possam ocorrer.

Controle do diabetes

De acordo com o levantamento, quase metade (46%) dos diabéticos não realizam check-ups regularmente para acompanhar a doença. A pesquisa também mostrou que existem diabéticos que não realizam o exame da curva glicêmica, teste que mede a tolerância à glicose; entre os entrevistados, 56% afirmaram já ter feito. Já o exame de hemoglobina glicada, responsável por analisar a média glicêmica do paciente, foi realizado com mais frequência entre os participantes (91%).

A alimentação também é uma preocupação: embora a pesquisa tenha revelado que o brasileiro compreende que hábitos saudáveis são fundamentais para o controle da doença, apenas 58% dos diabéticos afirmam manter uma alimentação balanceada; 35% deles ainda dizem que a restrição alimentar é o que mais incomoda no tratamento.

Quando o assunto é atividade física, outro fator importante no monitoramento do diabetes, o número cai pela metade: apenas 23% fazem exercícios de três a quatro vezes por semana.

Entre os hábitos saudáveis mais importantes para a doença, os participantes não diabéticos acreditam que a manutenção de peso adequado (67%), atividade física regular (69%) e boa alimentação (79%) podem ajudar a evitar a doença.

Memória metabólica

A memória metabólica é causada pelo diagnóstico tardio do diabetes tipo 2, podendo causar problemas cardíacos. Como o tipo 2 é assintomático, muitas vezes quando o indivíduo é diagnosticado, os níveis de açúcar no sangue já estão muito elevados e esse excesso na fase inicial da doença pode marcar a memória das células.

Esse problema afeta especialmente as células relacionadas às agressões crônicas da hiperglicemia, trazendo problemas para os rins, coração e retina. Isso ocorre porque a memória fica comprometida já que as células retêm essa ‘lembrança’ dos altos níveis de açúcar.

Segundo especialistas, quanto mais rápido o controle glicêmico for feito, menores são as chances de complicações. Além disso, se o paciente consegue atingir a meta glicêmica ideal pouco depois do diagnóstico, é possível evitar a memória metabólica e seus riscos.

Entenda mais sobre o diabetes

Diabetes tipo 1

Segundo a SBD, o diabetes tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico ataca as células betas, responsáveis pela produção de insulina – hormônio que controla o níveis de glicose -, reduzindo ou impedindo sua liberação para o corpo. Quando isso acontece, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas há casos em adultos. Cerca de 5% a 10% das pessoas com diabetes têm o tipo 1.

Essa variedade é tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Diabetes tipo 2

Já o Tipo 2 acontece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz o suficiente para controla a taxa de glicemia. O diabetes tipo 2 se caracteriza principalmente pela resistência à insulina, e está diretamente relacionado com a obesidade, por isso, a manutenção do peso (ou emagrecimento) reduzem o risco de desenvolver a doença.

Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar: cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2. O tratamento varia conforme a gravidade: menos graves podem ser controlados com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina ou outros medicamentos para controlar a glicose.

 

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