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menopausaA Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) define menopausa como a data da última menstruação, quando os ovários deixam de fabricar o principal hormônio feminino, chamado estrógeno. Trata-se de um diagnóstico retrospectivo, ou seja, uma mulher está em menopausa após 1 ano sem menstruar. Antes disso, existe o período chamado de perimenopausa ou climatério.

 

Cerca de 70% das mulheres atingem a menopausa espontânea ao redor dos 50 anos, mas os sintomas podem aparecer antes disto, por volta dos 40 anos. Esta é a menopausa precoce. Ela acontece principalmente em mulheres com mãe ou irmãs que passaram pelo mesmo problema, mas também pode surgir devido a fatores como fumo, retirada do útero e dos ovários e uso de tratamentos como radioterapia e quimioterapia. Nestes casos, a terapia de reposição hormonal é o mais indicado, feito através do uso de medicamentos à base do hormônio estrogênio, responsável por regular o ciclo menstrual e prevenir complicações como osteoporose e doenças cardíacas, que são mais frequentes em mulheres com menopausa precoce.

 

De acordo com a médica endocrinologista e metabologista da SBEM Tassiane Alvarenga, o climatério pode ser acompanhado de sintomas como ondas de calor, insônia, depressão, variação de humor, falta de memória, ressecamento vaginal, ganho de peso e diminuição da libido. "Com o tempo, as mulheres também começam a perder, com maior rapidez, o cálcio dos ossos, além de se tornarem mais sujeitas a doenças do coração e doenças degenerativas do sistema nervoso, como o Mal de Alzheimer", explica a médica.

 

O tratamento pode ser feito com reposição hormonal, mas não necessariamente. A endocrinologista destaca que "o tratamento deve ser individualizado e de acordo com a sintomatologia de cada mulher". A SBEM indica a reposição quando o principal objetivo for aliviar os sintomas da menopausa, preservar a saúde dos ossos e da pele, melhorar o bem-estar geral e a sexualidade da mulher.

 

A própria Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia aponta algumas contra-indicações ao tratamento hormonal. Entre elas, estão a presença de tumores que dependam de estrogênios, como os de mama e endométrio, tromboembolismo agudo (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo) ou tendência para a trombofilia, lesões do endométrio e doenças do fígado.

 

Muitas mulheres evitam o tratamento por medo de engordar. A vida depois da menopausa está associada a um aumento de casos de obesidade. Entre as mulheres que passam por esta fase, 44% estão acima do peso e 23% são obesas. Mas existem muitos fatores que contribuem para o ganho de peso. Entre eles, a diminuição da velocidade do metabolismo, sedentarismo e aumento da ingestão de comida.

 

A endocrinologista Tassiane Alvarenga destaca que o tratamento em si não engorda, o que acontece é que alguns tipos de progesterona usados podem levar à retenção de líquido. A menopausa muitas vezes é acompanhada de ganho de peso pela redução da velocidade do metabolismo e pelo gasto energético. Ansiedade e as oscilações de humor podem despertar fome e gula, principalmente o desejo de comer doces. Soma-se a isso a falta de ânimo para praticar atividades físicas. "Devemos, também, orientar as mulheres a terem um estilo de vida. mais saudável, sem tabagismo, com alimentação adequada, rica em cálcio e pobre em gorduras, e atividade física regular; pois isto é importantíssimo principalmente nas mulheres após a menopausa", orienta Tassiane.

 

R7

Foto: Nada Frágil - Moda e Beleza

Epilepsia é uma doença que provoca muito preconceito. As crises epiléticas são sinais e sintomas que ocorrem devido a uma descarga excessiva e anormal do cérebro. A convulsão é um tipo de crise. E o que causa essa crise?

 

Metade das pessoas com tumor no cérebro tem epilepsia.

 

Os tumores malignos geralmente aparecem em quem tem mais de 50 anos e as crises epiléticas são menos frequentes. Já os benignos costumam aparecer em crianças e adultos jovens e as crises são as únicas manifestações.

 

Existem também outras causas para a epilepsia: genética, AVC, infecções, lesões no cérebro, febre e sem causa definida. A crise pode se espalhar e se tornar generalizada, levando à perda da consciência e convulsão.

 

O que fazer nessas horas? Os especialistas alertam que é importante esperar a crise passar, afastar objetos que possam machucar e deixar a cabeça de lado. Se ela não passar em cinco minutos, deve-se levar a pessoa ao hospital.

 

G1/Bem Estar

Em 20 anos, entre 1990/1994 e 2010/2014, a taxa anual de aborto nas regiões desenvolvidas caiu significativamente, principalmente em países ricos onde a prática é legalizada – passou de 46 para 27 abortos para cada mil mulheres em idade reprodutiva. O mesmo não ocorreu em países em desenvolvimento: a taxa global se manteve quase estável, passando de 39 para 36 a cada mil mulheres.

 

Os dados são de relatório publicado nesta semana pelo Instituto Guttmacher, organização dos Estados Unidos parceira da Universidade Columbia e da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF).

 

Segundo o documento, o maior declínio nas taxas de aborto foi sentido na Europa Oriental, onde o uso efetivo de contraceptivos aumentou drasticamente. Os índices também caíram de forma significativa no Centro da Ásia – as duas regiões fizeram parte do antigo bloco da União Soviética e passaram a ter acesso aos métodos eficazes de prevenção.

 

Abortos ocorrem com a mesma frequência em duas categorias de países: onde o aborto é proibido ou quando é permitido apenas para salvar a vida da mulher - de 37 a 34 casos por mil mulheres, respectivamente.

 

Mulheres com idades entre 20 e 24 anos são as que mais abortam.

 

A maior parte (93%) dos países onde o aborto é proibido ou tem leis restritas à prática estão em desenvolvimento.

 

O contrário também é observado: os países onde o aborto é liberado são desenvolvidos.

 

No entanto, países com a prática legalizada estão impondo cada vez mais restrições de acesso à prática, como Estados Unidos e países da Europa Oriental.

 

Desde 2000, 28 países mudaram suas legislações - quase todos se tornaram mais liberais ao aborto.

 

De todos os abortos feitos no mundo, 55% são considerados seguros; 31% são menos seguros (atendem a pelo menos um critério); 14% são inseguros (não atendem a nenhum critério médico).

 

Em 14 países em desenvolvimento onde o aborto inseguro é prevalente, 40% das mulheres que escolheram tirar o bebê apresentaram complicações que necessitaram de cuidados médicos.

 

Dados regionais

Entre 2000 e 2014, o instituto estimou que 55,9 milhões de abortos foram feitos por ano em todo o mundo. Destes, 49,3 milhões ocorreram em regiões em desenvolvimento e 6,6 milhões em países já desenvolvidos.

 

Os países com os menores índices de aborto são Suíça (5 a cada mil mulheres), Cingapura (7 a cada mil mulheres) e Eslováquia (8 a cada mil mulheres). Na outra ponta, com as maiores taxas, está o Paquistão (50 a cada mil mulheres), Quênia (48 a cada mil mulheres) e Índia (47 a cada mil mulheres).

 

G1

diabetesO avanço da diabetes no Brasil pode fazer com que os custos diretos e indiretos da doença dobrem até 2030, aponta pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela universidade britânica King's College, em parceria com a Universidade de Gottingen (Alemanha).

 

O estudo, que levantou dados de 180 países, levou em conta tanto despesas com o tratamento médico da diabetes quanto os impactos na atividade econômica — como a perda de produtividade de trabalhadores e as mortes prematuras decorrentes da doença e de males associados, como problemas cardíacos.

 

Segundo o levantamento, os gastos do Brasil com a diabetes foram de US$ 57,7 bilhões (R$ 190 bilhões, em valores atuais) em 2015.

 

Até 2030, essas despesas podem subir para US$ 97 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras, ou US$ 123 bilhões (R$ 406 bilhões), no pior dos cenários avaliados pelo estudo europeu.

 

É um dos custos mais altos do mundo em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), diz à BBC Brasil Justine Davies, coautora do estudo e professora do Centro de Saúde Global do King's College.

 

"A doença tem sido vista como a próxima epidemia global, tem aumentado na maioria dos países e ninguém tem conseguido enfrentá-la", acrescenta.

 

Isso é grave porque a diabetes é uma importante causadora de cegueira, falência renal, problemas cardíacos, derrames e amputações, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

O que fazer?

Davies diz que não estudou especificamente o caso brasileiro, mas aponta que o avanço da diabetes provavelmente está ligado ao sobrepeso da população — segundo dados de 2016 do Ministério da Saúde, 20 em cada 100 brasileiros sofrem de obesidade.

 

E isso está intimamente ligado ao consumo excessivo de comida pouco saudável, como fast-food e alimentos ultraprocessados – bolachas, refrigerantes, salgadinhos e similares –, a despeito da crescente conscientização acerca do que é uma alimentação saudável.

 

"É difícil mudar isso", admite Davies. "As pessoas têm mais conhecimento atualmente. Mas se você coloca um pacote de batatinhas na minha frente, provavelmente vou comê-las. Existe uma tensão entre o que sabemos que nos faz bem ou mal e o que o ambiente nos oferece. E o ambiente tem favorecido as comidas rápidas e os deslocamentos em carros (que estimulam o sedentarismo)."

 

Outro problema é a associação entre o aumento no padrão de vida da população e o maior consumo de itens processados, em detrimento de comidas in natura. "À medida que as pessoas ganham mais dinheiro, elas querem comer mais, como um sinal de prosperidade."

 

Para resolver isso em uma escala nacional e global, Davies acha necessário haver um "compromisso político".

 

"É preciso haver impostos mais severos sobre comidas não saudáveis e restrições à sua publicidade, sobretudo as que forem voltadas às crianças, que são mais suscetíveis", defende.

 

A pesquisadora cita exemplos bem-sucedidos do México, que elevou a taxação sobre bebidas açucaradas (medida que reduziu o consumo de refrigerantes e similares em 5,5% e 9,7% em 2015 e 2016, primeiros anos em que vigorou), e de Londres. A capital britânica tem estimulado a população a caminhar e andar de bicicleta com a difusão de rotas ciclísticas e a taxação de carros que circulam em áreas centrais da cidade.

 

Impacto global e na América Latina

A ameaça da diabetes ao Brasil é excepcionalmente grave, mas não é única no mundo: segundo Davies, nenhum dos países estudados tem conseguido resultados particularmente positivos no combate à doença.

 

"Nos EUA, provavelmente o país mais obeso do mundo, as taxas (de diabetes) estão se estabilizando – um dos poucos países onde isso aconteceu", diz a pesquisadora. No entanto, o país enfrenta a perspectiva de gastar até US$ 680 bilhões em decorrência da doença em 2030.

 

Na China, a projeção é de que os gastos relacionados à diabetes praticamente tripliquem na próxima década, passando de US$ 222 bilhões a US$ 631 bilhões.

No mundo inteiro, a perspectiva é de que gaste-se US$ 2,5 trilhões direta e indiretamente com a diabetes, o dobro dos custos atuais. E a América Latina deve ficar com o maior fardo, se analisada a proporção em relação ao tamanho de seu PIB.

 

Um dos fatores por trás disso, segundo Davies, é a estrutura populacional latino-americana: cresceu a prevalência de diabetes em uma população ainda relativamente jovem, em idade produtiva.

 

"A diabetes afeta a capacidade de trabalho das pessoas. O impacto econômico da pessoa que tem um ataque cardíaco (como consequência da diabetes) cedo é muito grande."

 

No Brasil, estimativas apontam que entre 7% e 10% da população pode ser diabética – boa parte dela sem nem sequer ter sido diagnosticada. Segundo o estudo de Davies, essa porcentagem pode chegar a 14% em 2030, no pior dos cenários.

 

Dados da OMS apontam que a prevalência global de diabetes entre adultos acima de 18 anos dobrou entre 1980 e 2014 no mundo – alcançando 422 milhões de pessoas. O maior crescimento tem sido registrado em países de renda baixa e média.

 

Em 2015, os dados mais recentes disponíveis, 1,6 milhões de mortes foram diretamente causadas pela diabetes no globo.

 

BBCBrasil

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