• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Acompanhar os meses em que o câncer está em remissão é um período de pura ansiedade. Agora, cientistas estão mais otimistas quanto a uma nova geração de exames de sangue que pode detectar o ressurgimento da doença meses antes de ela aparecer em exames de imagem como a tomografia computadorizada - e, com sorte, reduzir um pouco a insegurança do indivíduo nesse processo.

examesangue

Essa tecnologia, conhecida como biópsia líquida personalizada, procura fragmentos de DNA tumoral circulante (ctDNA) no sangue do paciente. Essas pistas são minúsculas, mas conseguem identificar que o câncer está tentando retornar.

Em um estudo publicado na Nature Medicine, pesquisadores da Universidade de Yale demonstraram que o teste foi capaz de detectar a reincidência do câncer de pulmão em média cinco meses antes de qualquer sinal aparecer nas imagens médicas.

“A tecnologia é empolgante porque podemos monitorar os resultados em tempo real e ajustar o tratamento de forma mais precisa”, disse Roy Herbst, vice-diretor do Centro de Câncer de Yale e autor principal do estudo, para a National Geographic.

Embora exames de sangue para marcadores de câncer não sejam novidade, essa nova geração vai além. Em vez de procurar mutações genéricas, os testes são moldados sob medida para cada paciente, analisando o DNA do tumor removido e comparando-o com o DNA saudável da pessoa.

O resultado é um exame que detecta a “assinatura genética” única daquele câncer, que é uma abordagem tão sensível que pode identificar a doença meses antes de se mostrar visível ou detectável por outros meios.

O objetivo é evitar sessões de quimioterapia desnecessárias ou iniciar o tratamento antes que a doença progrida silenciosamente.

No entanto, apesar do entusiasmo, especialistas alertam contra a adoção prematura. “Precisamos de mais dados, especialmente porque ainda não conhecemos todos os possíveis danos”, disse Herbst.

Uma preocupação é que testes positivos possam levar a tratamentos adicionais, como quimioterapia, em pacientes que estão assintomáticos, com potencial para causar efeitos colaterais significativos sem benefícios comprovados de sobrevida.

A questão é tão urgente que alguns especialistas pedem cautela até que ensaios clínicos sejam concluídos. “Antes de gastarmos milhões — ou bilhões — monitorando regularmente o ctDNA, precisamos saber se isso realmente ajuda as pessoas a viverem mais e melhor”, disse H. Gilbert Welch, médico e pesquisador que estuda triagem de câncer e escreveu recentemente sobre o tema no New England Journal of Medicine.

Superinteressante

Foto: © Testalize.me/Unsplash

Além dos mais de 20 imunizantes que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece nas unidades básicas de todo o Brasil, algumas pessoas mais vulneráveis a infecções têm direito a receber outras vacinas ou versões diferenciadas, oferecidas nos centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie).

Nem todo mundo, no entanto, conhece o serviço, alerta a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Mônica Levi

"Os endocrinologistas têm que saber que aquele paciente diabético tem direito a uma série de vacinas que não têm na rotina e que eles são mais vulneráveis a essas doenças... Assim como os pacientes com cardiopatias crônicas, os pneumopatas crônicos, pacientes em tratamento oncológico. Infelizmente, é um desconhecimento não só da população, como também dos profissionais de saúde."

O jornalista Rodrigo Farhad recebeu o diagnóstico de diabetes tipo 1 há dois anos, e sempre se preocupou em manter a carteira de vacinação em dia, mas nunca foi orientado a fazer alguma vacinação especial por causa da sua condição:

"Na época da pandemia, eu me lembro de acompanhar o meu filho, que também tinha diabetes, à vacinação e que ele foi um dos primeiros públicos a serem vacinados contra a covi-19 em razão da comorbidade. Mas não me lembro desse aconselhamento, de que ele deveria tomar outras vacinas. E no meu caso, ninguém nunca me aconselhou nem a procurar um posto de saúde para verificar se a minha vacinação normal está em dia"

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, além de tomar as vacinas previstas no calendário básico, pessoas com diabetes devem sempre se proteger contra a influenza e receber a vacina pneumocóccica 23, que oferece proteção contra 23 tipos de bactérias pneumococo, que causam infecções nos pulmões, ouvidos e também sepse e meningite. 

Essa vacina só está disponível nos Cries e também é recomendada para pessoas com doenças como asma grave, cardiopatias crônicas, doença neurológica crônica incapacitante ou fibrose cística, que vivem com HIV ou em tratamento de câncer, entre outras situações. Já o público em geral têm à sua disposição a vacina pneumo-10, que protege contra os dez tipos mais prevalentes.

Mônica Levi explica porque há essa diferenciação. "Qualquer infecção pode causar uma descompensação da doença de base, levando ao descontrole da diabetes, da asma grave. Além disso, alguém com a imunidade muito baixa, seja por um transplante, seja por uma quimioterapia, ou uma doença autoimune, muitas vezes essas pessoas não morrem da doença em si, mas de uma infecção secundária. Então, é muito importante levar em consideração o risco de as infecções serem mais graves e a taxa de óbito mais elevada".

Outro público importante dos Cries são os bebês prematuros. A assistente social Yngrid Antunes, mãe de duas crianças nascidas com prematuridade extrema, foi informada sobre o serviço na Clínica da Família do bairro onde mora. No Crie que fica dentro da sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, os gêmeos Ísis e Lucas, hoje com 3 anos, receberam oito vacinas.

"O atendimento foi muito bom e muito rápido. Eles passaram por uma consulta com a imunologista e ela me explicou como seriam as doses para eles. O trabalho fez grande diferença, porque como eles são prematuros, a atenção e o cuidado têm que ser redobrado. E lá eles tomaram uma dose específica para o peso deles".

Prematuros como Ísis e Lucas também precisam receber uma dose especial das vacinas que protegem contra difteria, tétano, coqueluche, meningite por haemophilus, hepatite e poliomielite, com um componente acelular, o que não é necessário para as crianças nascidas no tempo normal e que não têm outros riscos.

Os Cries também aplicam as imunoglobulinas - imunobiológicos que contêm anticorpos já prontos para agir contra um possível invasor de forma emergencial. Uma delas é a imuglobina antitetânica, administrada em recém-nascidos e pessoas imunodeficientes que têm risco de contágio pela doença, por exemplo. Já a imunoglobina anti-hepatite B também é voltada para vitimas de violência sexual, já que a doença pode ser transmitida por essa via.

Desde fevereiro deste ano, o Brasil conta com uma Rede de Imunobiológicos para Pessoas com Situações Especiais que passou a coordenar o trabalho dos Cries. O objetivo da rede é garantir que os imunobiológicos especiais estejam disponíveis para atender a população e promover treinamento sobre o serviço para todos os profissionais de saúde do SUS.

A Sociedade Brasileira de Imunizações edita uma publicação atualizada com recomendações vacinais para pacientes com condições de saúde especiais. Também está disponível no site do Ministério da Saúde a sexta edição do Manual dos Cries, com todos os critérios técnicos e orientações para a aplicação dos imunizantes.

Agência Brasil

 

A demência, uma condição caracterizada pelo declínio progressivo das funções cerebrais, pode manifestar-se inicialmente por sintomas como dificuldade em acompanhar uma conversa, problemas de concentração e perda de memória. Contudo, esses sinais frequentemente são confundidos com as mudanças naturais do envelhecimento.

demencia

Pesquisa revela atrasos no diagnóstico Uma recente pesquisa da Alzheimer’s Society, uma organização britânica, destaca um desafio significativo no diagnóstico precoce da demência. O estudo revelou que apenas uma em cada três pessoas relatam ao médico sintomas de demência, seja para si mesmas ou para um ente querido, no primeiro mês após o surgimento dos sintomas. Muitos hesitam em buscar ajuda por não saberem distinguir entre os sinais de demência e o envelhecimento normal.

Os dados mostram que apenas 15% das pessoas abordaram o problema imediatamente, enquanto 11% ainda não compartilharam suas preocupações e 23% esperaram mais de seis meses para consultar um médico. Além disso, 16% dos participantes admitiram que estavam evitando um diagnóstico devido ao receio das mudanças em seus relacionamentos pessoais.

Sinais comuns de demência Reconhecer os sinais iniciais de demência pode ser crucial para um diagnóstico precoce. Entre os sintomas comuns estão:

Perda de memória Dificuldade de concentração Problemas em realizar tarefas diárias, como confusão com o troco ao fazer compras Dificuldade em seguir uma conversa ou encontrar a palavra certa Confusão sobre tempo e lugar Mudanças de humor Desafios no Tratamento Atualmente, o tratamento para demência é limitado e muitas vezes ineficaz, em parte porque a condição é frequentemente diagnosticada somente quando os sintomas são evidentes, podendo já ter se desenvolvido por anos. A detecção precoce é essencial, pois permite acesso a melhores opções de suporte e tratamento. Estudos ainda investigam a possibilidade de detectar alterações na função cerebral antes do aparecimento dos sintomas visíveis.

Catraca Livre

Foto: © lightsource/DepositPhotos

A “janela imunológica”, também conhecida como Síndrome Retroviral Aguda (ARS) ou “síndrome aguda da infecção pelo HIV”, ocorre nas primeiras semanas após a infecção pelo HIV.

Durante este estágio precoce da infecção, algumas pessoas podem experimentar uma variedade de sintomas semelhantes aos da gripe. Esses sintomas geralmente aparecem de duas a quatro semanas após a exposição ao vírus.

No entanto, nem todo mundo apresenta sintomas evidentes.

Créditos: egorovartem/DepositPhotos

Quais os sintomas da fase inicial da infeção por HIV? Febre alta é um dos sinais mais frequentes da ARS. Cansaço e fadiga que não melhoram com o descanso. Dor de garganta e inflamação. Manchas vermelhas ou erupções na pele, que podem ser acompanhadas de coceira. Desconforto e dor nos músculos e articulações. Inchaço dos linfonodos, especialmente no pescoço, axilas e virilha. Suor excessivo durante a noite. Dor de cabeça persistente. Problemas gastrointestinais, incluindo náuseas, vômitos e diarreia. Se houver suspeita de infecção pelo HIV, é importante procurar atendimento médico para testes e diagnóstico.

Risco de propagação alto Durante a ARS, a carga viral no corpo é muito alta, o que aumenta significativamente o risco de transmissão do HIV.

No entanto, o teste de anticorpos para HIV pode não ser positivo nesta fase inicial, devido ao período de janela imunológica, onde o corpo ainda não produziu anticorpos detectáveis.

Destaques do Tracker 2025: tecnologia, conforto e ofertas exclusivas Brasil Publicidade Destaques do Tracker 2025: tecnologia, conforto e ofertas exclusivas Brasil southermore Saiba mais call to action icon Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a pessoa refaça o teste após 30 dias com a coleta de uma nova amostra.

Como é o tratamento para HIV? Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui gratuitamente os medicamentos.

O tratamento para o HIV visa controlar a replicação do vírus no corpo, melhorar a qualidade de vida dos indivíduos infectados e prevenir a transmissão do vírus.

Este tratamento, conhecido como terapia antirretroviral (TAR), revolucionou a gestão do HIV, transformando-o de uma doença fatal para uma condição crônica manejável.

A TAR envolve a utilização de uma combinação de medicamentos antirretrovirais que trabalham para reduzir a carga viral a níveis indetectáveis, melhorar a função imunológica e prevenir a progressão para a AIDS.

Existem várias classes de medicamentos antirretrovirais, e a combinação de diferentes classes é necessária para evitar o desenvolvimento de resistência ao tratamento.

Catraca Livre