Em todo o mundo, as variantes do coronavírus são uma questão central neste ponto da pandemia. As mudanças pelas quais Covid-19 está passando, como todos os vírus em sua evolução, mas que em alguns casos podem ter um potencial que implica prestar mais atenção a eles.
Cientistas de todo o mundo estão monitorando o SARS-CoV-2 para checar essas variantes, e um estudo recente no Brasil atingiu uma descoberta incomum até agora: pacientes que foram infectados com duas variantes diferentes ao mesmo tempo.
De acordo com os primeiros estudos, a variante da África do Sul poderia reduzir a eficácia de algumas vacinas e a de Manaus seria mais contagiosa, como a britânica. Agora, uma pesquisa de cientistas brasileiros a ser publicada na edição de abril da revista Virus Research, registrou dois casos de pacientes em que havia uma coinfecção com duas variantes diferentes .
O trabalho, assinado por uma equipe do Laboratório Nacional de Computação Científica e da Universidade Feevale do Rio Grande do Sul, confirma a infecção simultânea de dois pacientes de duas linhagens diferentes.
Os casos ocorreram em duas mulheres, uma de 32 e outra de 33 anos, que se recuperaram sem maiores complicações ou necessidade de internação. Mas além de alertar sobre a possibilidade de coinfecções com duas variantes distintas, a investigação alerta sobre a expansão no território brasileiro da variante carioca – o que indica que as medidas de controle não estão sendo suficientes – e também sobre o surgimento de uma nova variante , identificada como VUI-NP13L, no estado do Rio Grande do Sul.
No entanto, para o especialista argentino Javier Farina, essa descoberta não implica diretamente em maiores riscos potenciais. O infectologista, membro da Sociedade Argentina de Infectologia (SADI), esclareceu que uma pessoa infectada com as duas linhagens não pode infectar uma terceira pessoa que combine as duas.
Para Farina, esse achado também não impacta a gravidade, pois o quadro não deve ser mais grave do que com as duas variantes isoladamente, além da contagiosidade.
Segundo o especialista, as coinfecções não são algo ‘hiper frequente’, mas são possíveis e sempre foram identificadas, por exemplo, com dois vírus ou um vírus e uma bactéria. Nesse caso, eles são duas variantes diferentes do Covid.
Nesses casos, explicou, isso ocorre porque embora os vírus não sejam completamente diferentes, existe a possibilidade de que as defesas geradas pela primeira variante não ofereçam proteção total contra a segunda.
Neste momento, há duas vacinas em aplicação contra o coronavírus no país, a CoronaVac e a vacina de Oxford, por meio de autorização de uso emergencial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que restringe sua abrangência a grupos prioritários. Mas outras cinco, com compras já negociadas pelo governo federal, podem passar a compor o PNI (Programa Nacional de Imunizações). São elas: a vacina da Pfizer - única com registro definitivo da Anvisa -, Covaxin (Bharat Biotech), vacina da Johnson, Sputnik V (Instituto Gamaleya) e vacina da Moderna.
Além desses fabricantes, o laboratório CanSino Biologicals, da China, já manifestou interesse em trazer sua vacina ao país. Mas, segundo a Anvisa, a formalização do pedido de registro ou autorização de uso emergencial ainda não ocorreu.
Saiba mais sobre as vacinas que estão em discussão:
Vacina de Oxford
- Situação: aprovada pela Anvisa para uso emergencial, o que permite a vacinação de grupos específicos. Além disso, realizou pedido de registro definitivo à agência em 29 de janeiro, aguarda aprovação - Doses disponíveis: para março, o Ministério da Saúde prevê a entrega de 6,7 milhões de doses, das quais 3,8 milhões serão disponibilizadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e 2,9 milhões pelo Covax Facility. A Fiocruz já entregou 4 milhões de doses da vacina ao PNI e a expectativa é a de que 100,4 milhões de doses sejam entregues no primeiro semestre deste ano e mais 110 milhões no segundo - Número de doses: duas doses, com intervalo de 3 meses - Fabricante: Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca. Representada no Brasil pela Fiocruz, no Rio de Janeiro - País de origem: Reino Unido - Tecnologia: vetor viral não replicante, utiliza adenovírus que causa resfriado em chimpanzés, modificado em laboratório, para induzir o corpo humano a produzir resposta imune à doença - Eficácia: 82,4% ao fim das duas doses, sendo 76% após 90 dias da primeira dose - Proteção contra variantes: a vacina de Oxford é eficaz contra a variante do Amazonas e do Reino Unido, mas tem eficácia reduzida contra a cepa sul-africana
CoronaVac
- Situação: aprovada pela Anvisa para uso emergencial, o que permite a vacinação de grupos específicos - Doses disponíveis: para março, o Ministério da Saúde prevê a entrega de 23,3 milhões de doses da vacina, que serão envasadas pelo Instituto Butantan. Já foram entregues 13,5 milhões de doses ao PNI, e a expectativa é a de que 100 milhões sejam entregues até setembro deste ano - Número de doses: duas doses, com intervalo de 28 dias - Fabricante: farmacêutica chinesa Sinovac, representada no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo - País de origem: China - Tecnologia: vírus inativado, contendo em sua composição o novo coronavírus morto a partir de processos físicos e químicos. Considerada tradicional - Eficácia: 100% eficaz para impedir casos graves e moderados, 78% de desenvolver quadro leve e 50,38% menos chance de contrair a doença - Proteção contra variantes: a CoronaVac é eficaz contra as variantes do Amazonas, do Reino Unido e da África do Sul
Pfizer
- Situação: registro definitivo concedido pela Anvisa, o que permite vacinação em massa e comercialização com o setor privado - Doses disponíveis: apesar de ter recebido o registro definitivo, não há doses disponíveis no país. As negociações entre o governo federal e a empresa sugerem que o país receba 14 milhões de doses entre maio e junho deste ano. O governo brasileiro caminha para um contrato de 100 milhões de doses da vacina para este ano - Número de doses: duas doses, com intervalo de três semanas - Fabricante: farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech - País de origem: Estados Unidos - Tecnologia: RNA mensageiro, que faz com que o organismo gere anticorpos sem que seja necessário utilizar algum tipo de vírus, seja ele atenuado ou inativado. Nessa tecnologia, o RNA instrui o organismo a produzir um pedaço da proteína do SARS-CoV-2, e é contra esses pedaços (inofensivos) do coronavírus que o sistema de defesa vai atuar e produzir anticorpos - Eficácia: 95% após as duas doses e de 85% de duas a quatro semanas após a aplicação da primeira dose. Além de prevenir a covid-19, estudos comprovaram que a vacina também evita transmissão do coronavírus - Proteção contra variantes: a vacina da Pfizer é eficaz contra a variante do Amazonas e do Reino Unido, mas tem eficácia reduzida contra a cepa sul-africana
Johnson
- Situação: em submissão contínua no Brasil, processo adotado pela Anvisa para acelerar a liberação das vacinas contra a covid-19, que permite a análise dos dados de estudos com o imunizante por etapas, assim que eles são gerados - Doses disponíveis: o Ministério da Saúde anunciou a compra de 38 milhões de doses do imunizante para serem entregues a partir do segundo semestre deste ano. No entanto, a aplicação do imunizante depende da autorização de uso emergencial ou de registro definitivo, pedidos que ainda não foram realizados pela Janssen, fabricante da vacina - Número de doses: dose única - Fabricante: Laboratório Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson -País de origem: Bélgica -Tecnologia: vetor viral não replicante, utiliza adenovírus que causa resfriado comum em humanos como veículo para introduzir fragmentos do coronavírus que induzem o corpo a produzir resposta imune à doença -Eficácia: 66% de eficácia global, que é a capacidade de reduzir o risco de uma pessoa desenvolver a covid-19 - Proteção contra variantes: segundo a Johnson & Johnson, o imunizante apresentou eficácia contra múltiplas variantes do vírus, incluindo a da África do Sul. A empresa não divulgou dados sobre proteção contras as variantes do Reino Unido e do Amazonas
Covaxin
- Situação: a Precisa Medicamentos, empresa que representa a vacina no Brasil, vai se reunir com a Anvisa no dia 16 de março para avaliar as condições da documentação para que seja feito o pedido de uso emergencial. A empresa chegou a solicitar a realização da fase 3 de testes do estudo clínico da vacina no país no mesmo dia em que a Anvisa dispensou essa exigência para a liberação do uso emergencial - Doses disponíveis: o Ministério da Saúde informou que negocia a aquisição de 20 milhões de doses, com 8 milhões já à disposição para serem entregues neste mês - Número de doses: duas doses, com intervalo de quatro semanas - Fabricante: Bharat Biotech, em Hyderabad, na Índia, representada no Brasil pela distribuidora Precisa Medicamentos, em São Paulo - País de origem: Índia - Tecnologia: vírus inativado, na qual o vírus não consegue se replicar, mas sua presença no organismo faz com que o sistema imunológico reaja. Considerada uma vacina tradicional - Eficácia: 81% eficaz na prevenção da covid-19, segundo órgão de saúde do governo indiano - Proteção contra variantes: a Bharat Biotech afirmou que consegue adaptar rapidamente a Covaxin para combater as novas variantes, mas não divulgou resultados da eficácia do imunizante contra as novas cepas
Sputnik V
- Situação: a compra do imunizante também foi autorizada pelo governo. O laboratório chegou a apresentar à Anvisa pedido de uso emergencial no dia 15 de janeiro, mas a agência devolveu o pedido, pois já havia uma solicitação para a realização de estudos do imunizante no país. Na ocasião, a regra era a de fazer o estudo da fase 3 no Brasil para depois pedir o uso emergencial. Em 3 de fevereiro, a Anvisa passou a não fazer mais essa exigência, no entanto o laboratório não retornou com os documentos para o pedido de uso emergencial - Doses disponíveis: as negociações do Ministério da Saúde com a União Química, empresa que representa a vacina no país, são para a compra de 10 milhões de doses importadas da Rússia. Cerca de 400 mil seriam entregues em abril, 2 milhões em maio e 7,6 milhões em junho. Mas a aplicação do imunizante depende da autorização de uso emergencial ou de registro definitivo - Número de doses: duas doses, com intervalo de 21 dias - Fabricante: Instituto Gamaleya, em Moscou, representada no Brasil pela farmacêutica União Química, em São Paulo - País de origem: Rússia - Tecnologia: utiliza dois vetores de adenovírus, vírus que causa o resfriado comum em humanos, para levar fragmentos do novo coronavírus ao organismo, que estimulam o corpo a produzir anticorpos contra a doença - Eficácia: 91,6% eficaz na prevenção da covid-19 - Proteção contra variantes: agências russas confirmaram a eficácia da Sputnik V contra as variantes do Amazonas, Reino Unido e África do Sul, no entanto, não divulgaram dados sobre os estudos
Moderna
- Situação: ainda não apresentou pedido de uso emergencial ou registro definitivo - Doses disponíveis: o governo federal fechou acordo para a compra de 38 milhões de doses para serem entregues no segundo semestre deste ano, mas a aplicação vai depender da liberação de uso emergencial ou de registro definitivo - Número de doses: duas doses, com intervalo de 28 dias - Desenvolvedor: Moderna - País de origem: Estados Unidos - Tecnologia: RNA mensageiro, que instrui o organismo a gerar anticorpos sem que seja necessário utilizar algum tipo de vírus, seja ele atenuado ou inativado - Eficácia: 94,1% na prevenção da doença - Proteção contra variantes: a vacina da Moderna é eficaz contra a variante do Reino Unido, mas tem eficácia reduzida contra a cepa sul-africana; em relação à variante do Amazonas ainda não há nenhum resultado divulgado
CanSino
Situação: a vacina já sendo aplicada por meio de uso emergencial na China, Malásia, Indonésia, Paquistão e México - Doses disponíveis: não há doses disponíveis no Brasil. Segundo a Anvisa, o laboratório já manifestou interesse em trazer o imunizante para o país, mas a formalização do pedido de registro ou autorização de uso emergencial ainda não ocorreu - Número de doses: dose única - Fabricante: Laboratório CanSino Biologicals - País de origem: China - Tecnologia: vetor viral, usa adenovírus causador do resfriado comum para induzir o corpo a produzir resposta imune à doença - Eficácia: 65,7% na prevenção da doença e de 90,98% contra quadros graves - Proteção contra variantes: não há informações divulgadas sobre a eficácia do imunizante contra as variantes
O Dr Vinícius Coelho, médico infectologista, que atua no mercado de Floriano-PI numa entrevista ao Piauí Notícias externou sobre a situação dos casos de COVID-19 na cidade.
O profissional em saúde respondeu várias indagações e, algumas delas foram sobre a variante do coronavirus e ainda a presença das crianças nas escolas.
Nove países europeus suspenderam nos últimos dias, de forma temporária e parcial, a aplicação da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. Autoridades de saúde nacionais e da União Europeia estão investigando se alguns casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas, que podem provocar trombose ou embolia pulmonar, estariam relacionados ao imunizante.
Em reação à decisão dos países, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou nesta quinta-feira (11/03) não haver indícios de que a vacina de Oxford teria provocado os casos de tromboembolismo e que o imunizante é seguro para uso. O órgão está realizando uma investigação aprofundada e divulgará mais detalhes nos próximos dias.
Segundo a EMA, foram registrados até quarta-feira (10/03) 30 casos de tromboembolismo entre as 5 milhões de pessoas que já receberam doses da vacina de Oxford na Área Econômica Europeia, que inclui os 27 países da União Europeia mais Islândia, Noruega e Liechtenstein. A agência afirma que o número de casos de trombose e embolia identificados entre as pessoas que receberam a vacina não é maior do que o registrado na população em geral.
A virologista Polly Roy, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, afirmou à DW que acredita que os coágulos identificados em pessoas vacinadas provavelmente não ocorreram devido à vacina. "Talvez elas tenham algum outro problema", afirmou.
Áustria levantou preocupação O primeiro país a tomar a decisão de suspender o uso de um lote da vacina de Oxford foi a Áustria, no domingo (07/03), enquanto investigava a morte de uma mulher de 49 anos por trombose múltipla e a internação de uma mulher de 35 anos por embolia pulmonar, que está em recuperação. Ambas haviam tomado a vacina na mesma clínica de Viena.
As autoridades austríacas informaram não ter evidências de que o imunizante teria causado os quadros de tromboembolismo, mas que haviam tomado a decisão como precaução. A formação de coágulos sanguíneos não é um dos efeitos colaterais associados à vacina de Oxford.
Depois do anúncio da Áustria, Estônia, Lituânia, Luxemburgo e Letônia também decidiram interromper temporariamente a vacinação, e foram acompanhados por outros países.
Nesta quinta, a Dinamarca anunciou a suspensão do uso da vacina de Oxford por 14 dias para investigar os relatos de casos de coágulos sanguíneos. No mesmo dia, Itália, Islândia e a Noruega também suspenderam temporariamente o uso do imunizante. Alguns países interromperam o uso de qualquer dose da AstraZeneca, enquanto outros suspenderam apenas o uso de doses do mesmo lote de onde vieram as vacinas aplicadas nas duas mulheres austríacas.
"No momento, não é possível concluir se há uma relação. Estamos agindo rápido, isso precisa ser investigado em profundidade", disse o ministro da saúde dinamarquês, Magnus Heunicke, em mensagem no Twitter. Na Dinamarca, foram registrados alguns casos e uma morte devido a coágulos sanguíneos entre pessoas vacinadas.
Divergência entre países Na Islândia, não foram encontrados casos de pessoas que desenvolveram coágulos sanguíneos após serem vacinadas, mas o país decidiu suspender o uso do imunizante de Oxford enquanto aguarda a investigação da EMA. O Instituto de Saúde Pública da Noruega informou ter identificado alguns casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas, mas disse que eles ocorreram "especialmente em pessoas idosas, nas quais frequentemente há outras doenças relacionadas".
A ministra da saúde da Espanha, Carolina Darias, afirmou que seu país seguirá aplicando a vacina e que não havia encontrado nenhum caso de coágulo sanguíneo relacionado ao imunizante. O ministro da saúda da França, Olivier Veran, também disse que seguiria a recomendação da EMA e não suspenderia o uso da vacina de Oxford.
O instituto alemão Paul Ehrlich, responsável pela regulação e aprovação de medicamentos na Alemanha, afirmou ao jornal televisivo Tagesschau que entrou em contato com a EMA e a agência de medicamentos da Dinamarca e que estava investigando a situação.
O epidemiologista Karl Lauterbach, especialista do Partido Social-Democrata (SPD), afirmou no Twitter que, na sua opinião, a vacinação não deveria ter sido interrompida na Dinamarca com base em um caso, e que os danos à confiança na vacina seriam "imensos". Ele afirmou que a vacina de Oxford é segura e que ele a tomaria.
As doses usadas nas duas mulheres na Áustria que desenvolveram coágulos pertencia ao lote ABV5300, que tem um milhão de doses e foi distribuído para 17 países europeus: Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Estônia, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polônia, Espanha e Suécia.
A EMA disse ser "improvável" que haja algum problema na qualidade nesse lote, mas que ele está sendo investigado, assim como todos os casos de tromboembolismo e outros relacionados a coágulos sanguíneos identificados após a vacinação.
Programa de vacinação O uso do imunizante de Oxford foi aprovado para uso na Europa em 29 de janeiro. Inicialmente, porém, alguns países do bloco restringiram seu uso em pessoas com menos de 65 anos devido à falta de dados sobre a eficácia em idosos.
A Alemanha foi um dos países que inicialmente recomendou o uso da vacina apenas para as pessoas com idade entre os 18 e os 64 anos, o que contribuiu para o aumento da rejeição ao imunizante no país. Em 4 de março, a Comissão Permanente de Vacinação da Alemanha (Stiko) liberou o uso da vacina também para pessoas de 65 anos ou mais, a partir da análise de mais dados disponíveis. Além dessa vacina, a Alemanha tem usado em sua campanha os imunizantes da Pfizer-Biontech e da Moderna.
A União Europeia, que está envolvida em disputas com a AstraZeneca sobre a entrega insuficiente de vacinas, tem sido duramente criticada pela lentidão de suas campanhas de vacinação, ficando bem atrás do índice de imunização da população de países como Israel, Estados Unidos e Reino Unido.
De acordo com o site Our World in Data, da Universidade de Oxford, a UE, com uma população de cerca de 450 milhões de pessoas, havia administrado até terça-feira apenas cerca de 43 milhões de doses. Para comparação, os Estado Unidos, com população de cerca de 328 milhões, já havia aplicado aproximadamente 93 milhões de doses.
A Europa também vive uma alta nos casos de covid-19, à medida que novas variantes do coronavírus se espalham pelo continente. Somente na semana passada, foram 1 milhão de novos casos, um aumento de 9% em relação à semana anterior.
Nesta quinta-feira, a EMA autorizou o uso na União Europeia da vacina de dose única da Johnson & Johnson. O bloco já encomendou 400 milhões de doses do imunizante.
A vacina de Oxford também é uma das usadas no Brasil até o momento, por meio de uma parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). O outro imunizante sendo aplicado nos brasileiros é a chinesa Coronavac, produzida em parceria com o Instituto Butantan.