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sarcA nova variante do coronavírus detectada no Reino Unido pode ter infectado pessoas de vários países europeus nas últimas semanas, afirmou neste domingo o cientista Daniel Prieto Alhambra, professor de farmacoepidemiologia da Universidade Britânica de Oxford.

Cerca de 20 milhões de pessoas estão confinadas em Londres e sua área metropolitana há uma semana por causa do aumento do número de casos de covid-19, aparentemente devido à mutação do vírus SARS-CoV-2, que o Reino Unido relatou à Organização Mundial da Saúde (OMS).

A uma emissora de rádio espanhola, Prieto Alhambra explicou que um mês atrás já se falava no campo científico de uma possível mutação do vírus, que agora seria mais contagiosa, uma mudança que teria sido detectada em vários países europeus.

O pesquisador afirmou que ainda é muito cedo para dizer se a variante é a causa do aumento súbito de casos em Londres, na Alemanha, na Itália e na Espanha, mas frisou que é quase certo que a nova cepa está em várias nações do Velho Continente.

Integrante do conselho de especialistas que assessora a Agência Europeia de Medicamentos em vacinas contra o vírus, Prieto Alhambra disse que as primeiras indicações são que a mudança ocorreu na proteína S do vírus, o que permite que ele se agarre melhor e, consequentemente, seja mais contagioso.

Caso a teoria seja confirmada, ainda segundo o cientista, será necessário vacinar mais pessoas para se atingir a chamada "imunidade do rebanho". Além disso, se já existem mais pessoas assintomáticas do que os estudos apontam agora, doses de vacinas estão sendo desperdiçadas com pessoas já infectadas.

Ele também previu que, em qualquer caso, não será possível falar sobre a pandemia começando a ser controlada por mais meio ano e pediu que todas as pessoas sejam imunizadas. "É mais seguro obter imunidade ao ser vacinado do que ao ser infectado", argumentou.

 

EFE

Foto: divulgação Fiocruz

Pesquisadores da Universidade de Surrey e da Universidade de Brunel London, na Inglaterra, descobriram que jovens que ficam acordados até tarde são mais impulsivos do que aqueles que vão para a cama mais cedo, o que os torna mais propensos a fumar e consumir bebidas alcoólicas.

O levantamento foi publicado na revista científica "Chronobiology International".

Para chegar a essa conclusão, os cientistas investigaram perfis de jovens noturnos - que preferem ficar acordados até tarde por "funcionarem" melhor à noite - para descobrir se existe uma relação entre a impulsividade, ansiedade e o uso de substâncias.

Ao todo, foram recrutados 191 participantes com idades entre 18 e 25 anos. Os voluntários responderam perguntas sobre suas preferências de sono, se são matinais ou noturnas, a qualidade do sono e níveis de ansiedade e impulsividade.

Também foram questionados sobre quantos cigarros fumavam e o quanto consumiam de álcool, café e outras bebidas com cafeína.

Os cientistas descobriram que os níveis mais elevados do uso de substâncias são devido ao aumento dos níveis de impulsividade.

Para os pesquisadores, os jovens geralmente preferem ficar acordados até tarde, no entanto, como consequência dessa atitude, podem apresentar maior risco de desenvolver problemas de saúde mental e o uso problemático de substâncias.


Teste de impulsividade
Para indicar o nível de impulsividade, os participantes foram solicitados a indicar quanto tempo estavam dispostos a esperar antes de receber uma hipotética recompensa em dinheiro.

Foi constatado que os participantes notívagos estavam mais ansiosos e relataram maior uso de álcool, cafeína e cigarro em comparação com seus pares que dormiam cedo.

A baixa qualidade de sono não foi responsável pelos efeitos citados. Mas os níveis mais altos de impulsividade estavam mais presentes em pessoas noturnas que faziam uso constante de álcool, cafeína e cigarro.

Os resultados do estudo podem ajudar na criação de estratégias para combater o uso problemático de substâncias.

No futuro, os pesquisadores querem descobrir se esse comportamento se dá por esses jovens terem passado a dormir mais tarde, portanto, apresentando uma maior exposição ao desejo de beber e fumar, ou se dormem mais tarde por adquirirem um comportamento viciante.

 

G1

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta quinta-feira (17) que os Estados comprem e forneçam vacinas contra a covid-19 mesmo sem a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O despacho do ministro é válido apenas para os imunizantes que não tiverem a análise feita pelo órgão regulador 72 horas após seu registro oficial.

"Se esta agência governamental não expedir a autorização competente, no prazo de 72 horas, poderá importar e distribuir vacinas registradas por pelo menos uma das autoridades sanitárias estrangeiras e liberadas para distribuição comercial nos respectivos países", escreveu o ministro.

Em sua decisão, Lewandowski cita a Lei Federal 13.979, assinada em fevereiro, que prevê a concessão da autorização pela Anvisa em até 72 horas após a submissão do pedido à agência. A norma dispensa autorização de qualquer outro órgão da Administração Pública e determina a autorização automática do imunizante caso o prazo seja esgotado sem manifestação.

Até o momento, nenhuma empresa solicitou a autorização de uso emergencial da vacina contra a covid-19. A modalidade se difere do registro sanitário, que estabelece uma série de restrições. Na última segunda-feira (14), a Anvisa disse que analisará pedidos de uso emergencial dos imunizantes em um prazo de dez dias.

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 lançado pelo Ministério da Saúde prevê a imunização de 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021. A expectativa é de que toda a população brasileira seja imunizada em 16 meses.

 

R7

 

 

O conhecimento sobre a covid-19 é construído e se atualiza a cada dia, mas uma das principais lacunas diz respeito à imunidade. Não há consenso científico sobre quanto tempo dura a proteção de quem já teve a doença. Por isso, mesmo aqueles que já foram infectados deverão tomar uma vacina - que continuará sendo estudada mesmo após a aprovação por órgãos reguladores.

A pediatra Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) afirma que a proteção desencadeada pela infecção viral a partir da reação do sistema imune é duvidosa.


"A recomendação é vacinar idependente de ter histórico da doença ou não, porque não se sabe quanto tempo dura a imunidade natural nem a da [potencial] vacina", destaca.

A especialista cita os casos confirmados de reinfecção - embora eles sejam raros - como uma das evidências de que quem já teve covid-19 uma vez não está imune à doença. "Nem sempre essas reinfecções são mais leves, tem também casos graves", observa.

De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford com profissionais de saúde do Reino Unido, a reinfecção pelo coronavírus é altamente improvável por pelo menos seis meses após a primeira infecção.

A investigação durou 30 semanas, entre abril e novembro deste ano. No período, 89 de 11.052 funcionários sem anticorpos desenvolveram uma nova infecção com sintomas, enquanto nenhum dos 1.246 funcionários com anticorpos desenvolveu uma infecção sintomática - e 3 deles tiveram resultados positivos de testes para o coronavírus, mas sem apresentar sintomas.

Entretanto, ser improvável não quer dizer que não aconteça - tanto que existem casos de reinfecção confirmados antes do intervalo de seis meses, como aconteceu inclusive no Brasil

Portanto, o que se sabe é que quem já foi infectado, em princípio, está protegido - mas por quanto tempo e por que ainda são perguntas sem resposta.

Mônica lembra que outros estudos mostram a diminuição de anticorpos contra a covid-19 após alguns meses, mas isso tampouco permite concluir que a pessoa está desprotegida contra a covid-19 porque existem outras armas de combate de que o sistema imune dispõe: as células T, que são capazes de identificar e matar células infectadas pelo coronavírus.

Entretanto, o papel exato dos anticorpos e das células T nessa guerra ainda não foi esclarecido. "Ainda está em plano de estudo mundial como funciona a imunidade com o novo coronavírus", reitera. "Mesmo quem teve a doença deve fazer distanciamento [social], pois não se trata de um passaporte para a imunidade", finaliza.

 

R7