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disturbiosonoOs problemas com sono agravados pela pandemia têm uma forte influência do estresse e da rotina, como o horário em que a pessoa vai dormir, a quantidade de horas dormidas e outros fatores que atrapalham uma boa noite de sono e podem passar despercebidos de imediato, mas tornam o dia seguinte exaustivo.

Um estudo conduzido pela Universidade de Nagoya, no Japão, por meio de uma pesquisa feita em camundongos e hipopótamos conseguiu identificar uma via neural que liga relógio biológico, estresse e estado de vigília dos animais.

Os pesquisadores identificaram um neurônio chamado de 'neurônio do fator liberador de corticotropina' (CRF), que se torna excessivamente ativo quando o animal está sob estresse, o que pode desencadear insônia e outros distúrbios do sono.


A hiperatividade dos neurônios CRF devido ao estresse ou distúrbio do ritmo circadiano podem causar insônia e outros distúrbios do sono em humanos. Para os humanos, as descobertas podem levar ao desenvolvimento de novas terapias para distúrbios do sono.
Estresse demais e sono de menos
O estresse manifestado nos animais do levantamento como causador de distúrbios no sono parece se assemelhar com problemas manifestados por humanos.

A estudante Júlia Nogueira da Silva, 23 anos, normalmente dorme cerca de 4 horas por dia devido ao trabalho e à rotina acadêmica. As poucas horas de sono são o suficiente para proporcionar um desgaste e cansaço diário. "Isso bagunçou completamente minha rotina, me sinto indisposta, desanimada e extremamente cansada", conta.

Segundo Júlia, o estresse atrapalha na hora de ir dormir e após acordar: "Demoro para dormir justamente por me sentir ansiosa, e consequentemente, já acordo estressada e fico assim o dia todo".

Já a analista Ramires Gomes, de 24 anos, apesar de dormir horas suficientes para ficar disposta durante o dia, a rotina afetada pela pandemia gera um estresse e acaba atrapalhando o seu horário de pegar no sono. "Às vezes, quando estou estressada por qualquer motivo, isso fica na minha cabeça na hora de ir para a cama, esse pensamento fica rondando e eu acabo demorando muito para pegar no sono".


Resultados da pesquisa
Segundo os pesquisadores, em mamíferos, o relógio circadiano central (relógio biológico), localizado nos neurônios do chamado núcleo supraquiasmático (centro primário de regulação dos ritmos circadianos) do cérebro, regula o ciclo vigília-sono.

No entanto, em situações de risco de vida, o sinal do ritmo circadiano é desligado para manter o animal acordado para que ele possa escapar do perigo mesmo quando normalmente seria hora de dormir. Embora o desligamento temporário do ciclo vigília-sono seja necessário para a sobrevivência, o estresse excessivo ou prolongado causado por esses perigos pode desencadear insônia e outros distúrbios do sono.

Os pesquisadores analisaram neurônios CRF conhecidos por desempenhar um papel na resposta ao estresse. Eles investigaram como o sono e a vigília (despertar) em camundongos seriam afetados quando os neurônios CRF estivessem ativados.

Os resultados apontaram que os neurônios ativados mantinham os animais acordados, fazendo com que eles se movessem de forma mais vigorosa, indicando o estado de vigília. Os pesquisadores também observaram que os neurônios CRF permaneceram ativos quando os ratos estavam acordados e que, quando a atividade dos neurônios foi anulada, a vigília e as atividades locomotoras dos animais foram reduzidas.

Como identificar problemas no sono?
É possível identificar possíveis problemas com o sono por meio de três pontos:

dificuldades em iniciar o sono
fragmentação do sono durante a noite
dificuldades de voltar a dormir durante a noite
Se esses fatores levam a consequências no dia a dia, esse indivíduo está sofrendo com insônia. Nesse caso é importante procurar um especialista para indicar o tratamento adequado.

A quantidade de horas dormidas que podem ser consideradas saudáveis variam de acordo com o relógio biológico de cada pessoa.

Segundo os especialistas, a primeira medida que deve ser tomada para ter uma boa noite de sono é entender o seu próprio relógio biológico e descobrir quantas horas de sono são necessárias para te deixar disposto. A partir disso, o indivíduo deve se disciplinar para mudar a rotina.

 

G1

Foto: Divulgação/ Daisuke Ono

O Ministério da Saúde disse nesta quinta-feira (3) que as crianças, pelo menos por enquanto, não estão previstas na estratégia de vacinação contra a Covid-19. O motivo principal, além de elas não fazerem parte do grupo de risco da doença, é a falta de estudos dos imunizantes para a faixa etária.

"Nenhum país do mundo tem estudos que mostrem a utilização de vacinação na faixa etária pediátrica. Até onde eu saiba, a gente não viu nenhum trabalho que mostre [a vacinação em crianças] ou nenhuma desenvolvedora que tenha colocado [uma vacina] na fase 3 nessa faixa etária. Nós não temos dados em relação a essa questão", disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.

Nesta terça-feira (1º), o ministério divulgou um plano estratégico para a vacinação contra a Covid-19. De acordo com a pasta, serão quatro etapas.

Veja abaixo os principais pontos da estratégia preliminar:

Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.


Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).


Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Inicialmente, o governo disse que a primeira entrega da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca, que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adquiriu a tecnologia, deverá ser de 15 milhões de doses. Esse número cobrirá, segundo o ministério, a primeira fase do cronograma.

Ainda restariam três fases, que deverão ser complementadas em seguida com novas vacinas aprovadas e/ou maior produção das que já estão licenciadas. No entanto, após a quarta fase, o ministério disse que não terá como vacinar as crianças. Isso ocorre porque nenhuma das vacinas mais avançadas, em fase 3 de estudos, fizeram testes em pessoas com menos de 16 anos. No caso da vacina de Oxford, apenas pessoas com mais de 18 anos foram imunizadas durante os estudos.

Carla Domingues, especialista que já trabalhou na coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), avalia que "crianças e adolescentes não serão vacinados tão cedo".

"Não foram feitos estudos clínicos nesta população. Vamos ter que aguardar a continuidade dos estudos. Até por que esta não é uma população que está com mais risco, é a população menos afetada. Isso é a política do Ministério da Saúde e do mundo todo", disse.

Domingues traz como exemplo similar, neste sentido, uma das vacinas pneumocócicas conjugadas - contra pneumonia, meningite, otite - aprovada pelo ministério e que só foi liberada para crianças de até 5 anos de idade, devido aos estudos científicos feitos nessa faixa etária. A vacina da gripe também passou por processo semelhante.

“Com todas as vacinas acontece isso. No caso da gripe, nós começamos a vacinar na década de 90 só o paciente idoso. E com o tempo fomos incluindo mais faixas etárias, mas a gente até hoje não vacina 100% da população. A vacinação é sempre pensando no coletivo, em quem está tendo mais risco”, complementou.

 

G1

 

O Ministério da Saúde disse nesta quinta-feira (3) que as crianças, pelo menos por enquanto, não estão previstas na estratégia de vacinação contra a Covid-19. O motivo principal, além de elas não fazerem parte do grupo de risco da doença, é a falta de estudos dos imunizantes para a faixa etária.

"Nenhum país do mundo tem estudos que mostrem a utilização de vacinação na faixa etária pediátrica. Até onde eu saiba, a gente não viu nenhum trabalho que mostre [a vacinação em crianças] ou nenhuma desenvolvedora que tenha colocado [uma vacina] na fase 3 nessa faixa etária. Nós não temos dados em relação a essa questão", disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.

Nesta terça-feira (1º), o ministério divulgou um plano estratégico para a vacinação contra a Covid-19. De acordo com a pasta, serão quatro etapas.

Veja abaixo os principais pontos da estratégia preliminar:

Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.


Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).


Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Inicialmente, o governo disse que a primeira entrega da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca, que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adquiriu a tecnologia, deverá ser de 15 milhões de doses. Esse número cobrirá, segundo o ministério, a primeira fase do cronograma.

Ainda restariam três fases, que deverão ser complementadas em seguida com novas vacinas aprovadas e/ou maior produção das que já estão licenciadas. No entanto, após a quarta fase, o ministério disse que não terá como vacinar as crianças. Isso ocorre porque nenhuma das vacinas mais avançadas, em fase 3 de estudos, fizeram testes em pessoas com menos de 16 anos. No caso da vacina de Oxford, apenas pessoas com mais de 18 anos foram imunizadas durante os estudos.

Carla Domingues, especialista que já trabalhou na coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), avalia que "crianças e adolescentes não serão vacinados tão cedo".

"Não foram feitos estudos clínicos nesta população. Vamos ter que aguardar a continuidade dos estudos. Até por que esta não é uma população que está com mais risco, é a população menos afetada. Isso é a política do Ministério da Saúde e do mundo todo", disse.

Domingues traz como exemplo similar, neste sentido, uma das vacinas pneumocócicas conjugadas - contra pneumonia, meningite, otite - aprovada pelo ministério e que só foi liberada para crianças de até 5 anos de idade, devido aos estudos científicos feitos nessa faixa etária. A vacina da gripe também passou por processo semelhante.

“Com todas as vacinas acontece isso. No caso da gripe, nós começamos a vacinar na década de 90 só o paciente idoso. E com o tempo fomos incluindo mais faixas etárias, mas a gente até hoje não vacina 100% da população. A vacinação é sempre pensando no coletivo, em quem está tendo mais risco”, complementou.

 

G1

 

vcnijanaeiroPara imunizar toda a população acima de 18 anos contra a covid-19, o Brasil teria que ter à disposição pelo menos 161 milhões de doses de um imunizante que fosse em aplicação única.

Ocorre que a maioria das candidatas requer duas doses. No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, que foi comprada pelo governo brasileiro, é possível que o esquema recomendado seja meia dose seguida de um reforço com dose completa no intervalo de 28 dias.

Dessa forma, em um cenário hipotético, o país precisaria de 241,5 milhões de doses se usasse apenas o imunizante de Oxford.

Em duas aplicações, seriam necessárias 322 milhões de doses para vacinar os cerca de 161 milhões de brasileiros com mais de 18 anos.

Pelos cálculos do Ministério da Saúde, o país deve ter até 260 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Segundo o ministro Eduardo Pazuello, 100 milhões serão importadas até junho de 2021. Em seguida, a Fiocruz será capaz de produzir até 160 milhões de doses até dezembro.

Além disso, o Brasil terá acesso a 42 milhões de doses de uma ou mais das dez vacinas que fazem parte do Covax Facility, consórcio para aquisição de imunizantes encabeçado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Se o cronograma se cumprir, é possível, então, que haja vacina suficiente para a maioria dos brasileiros, embora o ministério tenha dito na semana passada que não planeja imunizar toda a população.

Como razão para isso, a pasta alegou que os testes das vacinas não incluem crianças e gestantes, por exemplo, o que impossibilitaria a vacinação em massa.

Prioridades
As primeiras 15 milhões de doses da vacina de Oxford chegarão ao Brasil em janeiro, segundo Pazuello. Mantido o esquema vacinal de 1,5 dose por pessoa, podem imunizar 45 milhões de brasileiros — o equivalente a toda a população do estado de São Paulo.

O governo apresentou na segunda-feira (1º) um esboço de quais grupos devem ter prioridade na vacinação pelo SUS.

A primeira fase será para trabalhadores da saúde, idosos acima de 75 anos, idosos acima de 60 anos que vivem em casas de repouso ou instituições psiquiátricas e indígenas. Em seguida, serão idosos de 60 a 74 anos.

A fase 3 inclui pessoas com comorbidades, como doenças crônicas. Na sequência, professores, trabalhadores de forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e detentos.

 

R7

Foto: Divulgação/Oxford University