O Reino Unido lançou nesta quinta-feira (4) um ensaio para verificar as respostas imunológicas geradas se as doses das vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Oxford contra Covid-19 forem combinadas em um esquema de duas doses.
Os pesquisadores britânicos disseram que os dados sobre a vacinação de pessoas com os dois tipos diferentes de vacinas contra o coronavírus podem ajudar a entender se os imunizantes podem ser aplicados com maior flexibilidade em todo o mundo. Os dados iniciais sobre as respostas imunológicas devem ser gerados em junho.
O estudo examinará as respostas imunológicas de uma dose inicial da vacina da Pfizer seguida de um reforço da AstraZeneca, bem como vice-versa, com intervalos de 4 e 12 semanas.
Tanto a injeção de mRNA desenvolvida pela Pfizer e Biontech quanto a vacina de vetor viral de adenovírus desenvolvida pela Universidade de Oxford e AstraZeneca estão sendo lançadas no Reino Unido, com um intervalo de 12 semanas entre duas doses da mesma vacina.
Espera-se que mais vacinas sejam adicionadas ao estudo quando forem aprovadas e implementadas.
A vacina da AstraZeneca também está sendo testada em combinação com a vacina russa Sputnik V.
As autoridades em saúde de Dinamarca e Noruega recomendaram nesta quinta-feira (4) que não seja administrada a vacina contra o novo coronavírus produzido pela companha AstraZeneca em pessoas maiores de 65 anos, devido a falta de informação sobre eficácia e segurança para este grupo etário.
Dessa forma, os dois países se juntam a outros da Europa, como Alemanha, França e Suécia, que também fizeram a mesma ressalva sobre o agente imunizante que começará a ser aplicado na próxima semana na União Europeia (UE).
"Revisamos a documentação, e até que vejamos mais dados sobre o efeito nos mais idosos, nossa recomendação é que a vacina da AstraZeneca deve ser sobretudo uma oferta para as pessoas de mais 65 anos sem o risco de uma evolução grave da Covid-19", anunciou a Direção Geral de Saúde dinamarquesa. Em termos semelhantes, se expressaram as autoridades em saúde da Noruega, país que não pertence à UE, mas sim ao Espaço Econômico Europeu.
"Não significa que a vacina não funciona com idosos, mas que a documentação é muito limitada. Participaram muito poucos idosos com mais de 65 anos nos estudos, de forma que não se pôde documentar o efeito neles", afirmou a diretora do Instituto de Saúde Pública norueguês, Camilla Stoltenberg.
123 casos adversos pós-vacina Covid-19 no Piauí, já foi registrado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi). Todos os casos são classificados como leves. As principais reações apresentadas pelos vacinados foram febre e dor muscular; sintomas normais para muitas vacinas inseridas no calendário vacinal do Ministério da Saúde. Até esta quarta-feira (03), o Piauí já aplicou 39.465 vacinas (primeira dose).
A diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé, disse, que desde o início da vacinação no estado, dia 18 de janeiro, até o dia 02 de fevereiro, nenhuma reação grave foi registrada nos vacinados.
O Governo do Piauí autorizou a criação de um "Observatório pós-vacina” para monitorar as pessoas que recebem a vacina, por ser um fármaco novo. De acordo com informação a portaria de criação desse comitê deve ser publicada nesta quinta-feira (04).
“Até hoje não temos notificações que fuja ao controle, não tem ninguém (vacinado) internado, não tem ninguém (vacinado) na UTI (unidade de tratamento intensivo). Todo fármaco tem suas indicações de reações previstas na bula, os efeitos colaterais já previstos pelo fabricante. Temos somente sintomas leves, febre e dor muscular”.
As equipes da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi realizam capacitações e orientações sobre a bula das vacinas CoronaVac (Instituto Butantan) e da Oxford/AstraZeneca (Fiocruz) aos municípios. Essas duas vacinas são as que atualmente em aplicação no Piauí.
O Instituto Butantan explica que os efeitos mais comuns apresentados após a vacina CoronaVac foram: dor no local da aplicação e dor de cabeça após a primeira dose. Também não foram registrados efeitos adversos graves e de interesse especial relacionados à vacinação.
As capacitações orientam os municípios a acompanharem o pós-vacina, por exemplo: explicando a bula das vacinas, como identificar os efeitos colaterais e classificar as reações adversas em leves, moderadas ou graves.
Vacinas
Devido a pouca quantidade vacina, o Governo do Piauí elaborou um cronograma de vacinação. Inicialmente, apenas os trabalhadores da área da saúde, que atuam na linha de frente do combate a Covid-19, estão recebendo a vacina. Os idosos com mais de 60 anos e as pessoas com deficiência em instituições de acolhimento também recebem a vacina nesta primeira fase de vacinação.
Para a primeira fase da vacinação, o Piauí recebeu 61 mil doses da CoronaVac e 24 mil doses da AstraZeneca.
No dia 29 de janeiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu aos governadores a compra de 54 milhões de doses da CoronaVac, que serão distribuídas aos estados. Os governadores também cobram do Governo Federal o cronograma mais detalhado da vacinação.
O Instituto Butantan vai receber hoje (3) insumos vindos da China para a fabricação de 8,6 milhões de doses da vacina CoronaVac, contra a convid-19. O avião, que é operado pela Latam Cargo, com previsão de chegada no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 23h30, transporta 5,4 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), produto necessário para a fabricação da vacina.
Este é o primeiro lote de insumos que o Butantan recebe neste ano. De acordo com o diretor do instituto, Dimas Covas, as vacinas produzidas com o lote de matéria-prima que chegarão hoje começarão a ser entregues ao Ministério da Saúde no próximo dia 25.
Segundo o governo do estado de São Paulo, outra carga com 5,6 mil litros de IFA deverá chegar ao Brasil até o próximo dia 10 de fevereiro, o que possibilitará a produção de mais 8,7 milhões de doses em São Paulo.
Somadas, as cargas permitirão a fabricação de 17,3 milhões de doses da vacina, que começarão a ser entregues ao Ministério da Saúde a partir do final deste mês. A previsão do instituto é que a produção de vacinas contra a covid-19 alcance até 600 mil doses diárias com as duas novas remessas de matéria-prima.
Em janeiro, o Butantan entregou 8,7 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde. Foram 6 milhões de doses no dia 17, outras 900 mil no dia 22 e mais 1,8 milhão no dia 29, em cumprimento ao contrato que incluiu o imunizante no Plano Nacional de Imunizações.