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A diretora de Saúde Pública da OMS (Organização Mundial da Saúde), a espanhola María Neira, afirmou nesta segunda-feira (25) que os modelos com os quais trabalham estão cada vez mais descartando uma segunda onda da covid-19.

No entanto, em entrevista à rádio RAC 1, de Barcelona, ela pediu "muita cautela e bom senso nesta fase muito crítica" da pandemia e de relaxamento das medidas de confinamento.

A diretora da OMS pediu que a população não fosse "paranoica ou excessivamente relaxada" e que "aprendesse a viver com doenças infecciosas"

"Existem muitos modelos que avançam com grande probabilidade. Vão desde um crescimento pontual até uma onda significativa, mas essa última possibilidade está sendo descartada cada vez mais. Estamos muito mais bem preparados em todas as áreas", afirmou a médica.

Segundo María Neira, "diminuímos de tal forma a taxa de transmissão que o vírus terá dificuldade em sobreviver. Devemos ter muito cuidado em afirmar se esse é o fim da onda, mas os dados pelo menos nos mostram que a transmissão e a explosão da primeiras semanas foram evitadas".

No entanto, ela ressaltou que "vale a pena não fazer muitas previsões, pois as próximas semanas representarão uma fase muito crítica".

"Com a abertura, você precisa ver como o vírus se comporta. Esperamos que não haja outros surtos, mas será uma batalha diária. Em duas ou três semanas, veremos o que aconteceu e se é necessário corrigi-lo cirurgicamente", afirmou a médica, sobre a fase 1 do relaxamento das medidas em que toda a Espanha entrou.


Além da Espanha, outros países europeus começaram a diminuir as restrições de circulação, após semanas de confinamento para impedir a propagação do vírus.

María Neira reconheceu que a OMS ainda tem "certas dúvidas sobre a relação do vírus com o clima", apesar de estarem vendo que "está fazendo a jornada geográfica que se espera de um vírus que queira sobreviver".

"Os números de imunidade são muito baixos. É preciso estar muito vigilante na desescalada", alertou a especialista novamente, admitindo que "o Brasil já é o segundo país com mais casos".

 

EFE

Pesquisadores do Instituto Vital Brazil e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) estão estudando um soro hiperimune que pode tratar a covid-19. Esse medicamento é do mesmo tipo daqueles usados contra a raiva e contra picada de animais peçonhentos.

Estado do Rio atinge 3.993 óbitos e 37.912 casos de covid-19

O soro é feito a partir do plasma sanguíneo de cavalos. No caso dos soros antiveneno, o sangue equino produz agentes de defesa contra a toxina inoculada no corpo. A partir desse plasma com anticorpos, é criado o soro.

O mesmo processo é usado no soro contra a raiva, aplicado em pessoas que possivelmente tiveram contato com o vírus e que impede que o agente viral se manifeste no corpo do infectado.

No estudo contra o novo coronavírus, a UFRJ isolará e inativará o vírus, para que ele possa começar a ser inoculado em cavalos do Instituto Vital Brazil. O teste começa na próxima quarta-feira (27).

“Já vimos em muitas pesquisas realizadas pelo mundo em que o tratamento a partir do plasma de pessoas curadas da covid-19 teve efeito positivo no tratamento de infectados em estado grave. A ideia é fazer um experimento agora a partir do plasma de cavalos, para que possa ser produzido em grande escala”, afirma o presidente do instituto, Adilson Stolet.

Caso os resultados sejam promissores, daqui a quatro meses o soro poderá ser testado em humanos. Em seis meses, seria possível produzir em grande escala. A capacidade do instituto é de produzir até 100 mil tratamentos por ano.

Outra pesquisa do Vital estuda anticorpos e DNA de lhamas. Com os dois estudos, é possível apostar no processo que der resultados mais rápidos.

 

Agência Brasil

crmO Conselho Regional de Medicina no Piauí (CRM-PI) revisa o protocolo do uso cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com Covid-19. Na semana passada, o Ministério da Saúde ampliou a utilização da medicação para casos leves da doença. Por outro lado, pesquisas mais recentes revelaram o risco maior de morte e piora cardíaca durante a hospitalização pelo Sars CoV-2.

"Com novos estudos e novas experiências no mundo, nós estamos revisando essas recomendações e hoje é apenas mais uma revisão dessa recomendação. Ninguém está falando ainda que o médico está proibido de prescrever nenhum tipo de fármaco nesse sentido, mas nós vamos deliberar sobre como fica a situação a partir de agora", explica o médico Leornado Luz, do CRM-PI. A reunião virtual ocorre nesta segunda-feira (25).

Questionado se há a possibilidade da prescrição do protocolo ser considerado antiético diante dos novos estudos, o conselheiro frisa que, a partir do momento que houver comprovação que o protocolo com o uso cloroquina causa mal à saúde, a recomendação será de não prescrevê-lo.

"A eticidade se dá muito pela questão da assistência ao paciente. Lógico que estamos atentos ao que chamamos de iatrogenia, de não causar mal ou um dano adicional ao paciente, mas o médico também tem que estar resguardado pelos conselhos, no sentido de que boas práticas devem ou não ser disponibilizadas. A partir do momento que houver comprovação que a cloroquina ou qualquer outra medicação não só não é eficaz, mas pode causar mal de fato, a recomendação será de não prescrevê-la para esses pacientes. Então será necessário um debruçar sobre esses trabalhos para que a gente possa tirar uma conclusão mais efetiva", reitera o conselheiro.

Em Teresina já existe hospitais particulares disponibilizando a medicação para pacientes com a doença. O conselheiro ressalta que "ao passo que o médico tem autonomia para prescrever essa medicação, os órgãos de responsabilidade, sejam públicos ou privados, devem disponibilizar essa medicação na rede, inclusive, recentemente, houve audiência pública com representantes do Ministério Público Federal e Justiça Federal e isso foi colocado como necessário", reitera Luz.

LEITOS DE UTI

Em Teresina, em pelo menos em três hospitais, não há mais vagas de leitos de UTIs para pacientes com Covid. O conselheiro frisa que o CRM-PI vê a situação com extrema preocupação não só na Capital, mas em todo o Piauí. 

"Antes, nós já tínhamos uma situação crônica de dificuldade de acesso aos leitos de UTIs, principalmente, na rede pública. Infelizmente, nesses dois meses de isolamento, o que percebemos é que estamos perdendo uma janela de oportunidade para a criação efetiva de mais leitos de UTI. Há uma desculpa, por uma questão de contratação de pessoal, que o respirador não chegou ou que vai chegar. Mas nós estamos atentos ao que não está sendo feito e viemos, novamente, cobrar as autoridades para que essa solução seja sanada porque poderia ser um ganho definitivo para a população, seria uma herança saudável da pandemia para a população em geral", destaca o Leonardo Luz.

cv