Com o objetivo de deixar as pessoas mais bem informadas quanto aos perigos do coronavírus - COVID 19, a Prefeitura de Floriano, por meio da pasta da Comunicação, esteve trabalhando uma comunicação volante nessa segunda-feira, 23.
Carros de som foram contratados para circularem pelo centro e bairros da cidade. A mensagem, era que as pessoas permanecessem em suas casas e, desta forma, evitassem receber vistas e nem visitassem niguem.
O Luzimar Feitosa, proprietário desse carro de som volante mostrado na imagem, é um dos profissionais que está trabalhando na função de informar a sociedade quanto aos perigos do COVID 19.
A Secretaria de Saúde de Floriano lançou nesta sexta-feira, 19, o Plano de Contingência da Atenção Básica contra o COVID-19. O documento vai nortear profissionais de saúde, atendimentos de urgência e fluxograma dos casos suspeitos do novo vírus, além de orientar outras práticas. "O documento foi elaborado por técnicos da Secretaria de Saúde de Floriano de maneira clara e didática para que os nossos profissionais de saúde saibam como proceder em qualquer circunstância", disse James Rodrigues, Secretário de Saúde de Floriano.
As medidas são válidas enquanto permanecer a emergência estabelecida pelo Decreto Municipal N° 032, de 16 de março de 2020, que dispõe sobre as medidas para o enfrentamento da Emergência de Saúde Pública decorrente do Coronavírus (COVID-2019) no município de Floriano – PI.
Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, todo paciente que apresentar algum sintoma gripal ou que necessitar de atendimento não eletivo, deve se encaminhar a uma Unidade Básica de Saúde. Nesses locais, os profissionais devem orientar o paciente que apresente sintomas gripais leves (tosse, coriza, dor de garganta, mal estar e sem dificuldade respiratória) a permanecerem em isolamento domiciliar.
Somente nos casos de sintomas de síndrome gripais moderados ou graves como (febre > 37.8°, acompanhada de tosse seca ou com secreção) o usuário será encaminhado para Unidade Básica de Saúde referência, neste caso, a Funasa. E caso o paciente apresente sintomas de síndrome gripal considerados graves (dispneia, insuficiência respiratória), ele deverá ser encaminhado ao Hospital de Referência (HRTN).
O dispositivo suspende atendimentos odontológicos agendados com exceção das situações comprovadamente urgentes. O atendimento multiprofissional do NASF para grupos prioritários em dias pré-determinados, bem como agendamentos futuros, estão suspensos para evitar aglomerações.
As receitas para medicamentos com a expressão de “uso contínuo” terão seu prazo de validade ampliado para 90 (noventa) dias. Os profissionais da saúde acima de 60 anos ou com morbidades estão suspensos de suas atividades profissionais. "Mas cada um deve fazer sua parte. O florianense deve seguir à risca esse isolamento recomendado pelo Ministério da Saúde para que os efeitos desse vírus sejam mínimos em nossa comunidade", completou James Rodrigues.
Os Agentes Comunitários de Saúde manterão suas atividades nas UBS conforme programação já existente, mas as visitas domiciliares a pacientes com síndrome gripal deverão ser evitadas. O documento mantem no formato de agendamento as consultas de pré-natal, bem como autorização para realização de exames voltados a gestante.
Fica decidido ainda que o agendamentos e realização de consultas médicas especializadas está paralisada temporariamente. Com isso, as equipes das UBSs devem organizar progressivamente até 23 de março de 2020 (segunda-feira) a agenda médica e de enfermagem chegando a garantir que 100% das consultas estejam disponíveis para atendimento em demanda espontânea.
Para os profissionais de saúde das UBSs, o plano apresenta orientações para atendimento de casos suspeitos - conforme critérios atualizados definidos pela Vigilância Epidemiológica. Há também orientações aos profissionais no atendimento a pacientes com sintomas respiratórios e para médicos, enfermeiros e auxiliares/técnicos de enfermagem, profissionais do NASF em atendimento, que terão contato direto com o usuário.
Álcool Gel e álcool 70 sumiram das prateleitas do mercado florianense nos últimos dias, seja das farmácias, drogarias, laboratórios e até mesmo dos supermercados e mercadinhos.
A procura das pessoas com o objetico de combater o coronavirus e evitar o contágio da doença foi grande e chegou a formar filas em determinados locais para adquirir os produtos citados no começo da matéria. Cometendo um crime e se aproveitando do desespero do consumidor para adquirir os dois tipos de álcool, muitos dos donos de mercadinhos, supermercados e ainda propriétarios de farmácias e drogarias aumentaram os precos dos produtos em até 300%.
Produtos que estavam ao preço de cerca de R$ 30,00 passou a ser vendido por um valor que se aproximou dos R$ 100,00.
Com medo de ficar sem os produtos em casa, os consumidores não pensavam duas vezes e a única saída era comprar sem reclamar.
As empresas de manipulação de produtos farmacéuticos também foram alvos de quem queria adquirir álcool gel ou mesmo o álcool 70.
Na manhã de hoje, 21, a reportagem do Piauí Notícias flagou essa quantidade de pessoas numa empresa de manipulação do centro de Floriano-PI a espera do produto.
"Fui uma das primeiras pessoas a chegar ao local para adquirir o alcool gel", disse uma senhora horas depois de ter comprado o que queria.
O avanço da epidemia de covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV2) no Brasil impõe a necessidade de isolamento social e cuidados adicionais aos chamados grupos de risco.
Uma vez infectadas, essas pessoas têm mais chances de desenvolverem complicações. As taxas de letalidade da covid-19 entre indivíduos com comorbidades (doenças de base) são mais altas do que a média.
O novo coronavírus mata, em média, 3,7% das pessoas infectadas em todas as faixas etárias. Mas entre indivíduos acima de 70 anos essa taxa pode chegar a 20%.
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Idosos "O caminho que nós temos é um caminho longo, teremos em torno de 20 semanas, a partir do surto epidêmico, que serão extramente duras, para as famílias, para as pessoas. Cuidem dos idosos. É hora de filho, filha cuidar de pai, mãe, avó, tia-avó", clamou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na terça-feira (17).
Pessoas acima de 60 anos são consideradas de risco porque a própria idade já faz com que a capacidade do sistema imunológico de combater infecções seja menor, explica o infectologista Antônio Carlos Nicodemo, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
"O idoso, dependendo da faixa etária, pode ter uma imunossupressão relacionada ao avançar da idade naturalmente. A resposta imune é diferente e deficiente para algumas doenças, mesmo que não tenha doenças relacionadas."
O médico cita como exemplo a situação da Itália, que tem uma grande população idosa e onde a taxa de letalidade da covid-19 é maior do que nos demais países: 10,3%.
"A gente entende que o idoso é mais suscetível a formas graves e com maior risco de óbito, principalmente nas idades mais avançada", ressalta o médico. Algumas doenças crônicas, como diabetes e hipertensão também pode agravar a covid-19.
Nicodemo explica que se o indivíduo for insulinodependente e o nível de glicose no sangue estiver estabilizado, não há grandes preocupações.
O risco maior é para pessoas que, por muito tempo, permaneceram ou permanecem com níveis altos de açúcar no sangue. "Depois de um tempo de evolução, a diabetes causa danos em alguns órgãos ou sistemas do organismo."
Ser infectado pelo coronavírus poderia causar uma sobrecarga, eventualmente, em algum órgão já comprometido.
A situação é semelhante para indivíduos hipertensos. "A hipertensão não controlada, mais severa, causa dano ao coração, dilatação de câmaras, insuficiência cardíaca e mesmo dano renal, fatores que se somam e entram em falência", em uma eventual infecção.
Outras doenças crônicas que preocupam são as pulmonares. Por frequentemente provocar pneumonia, a covid-19 pode agravar quadros pré-existentes.
As mais comuns e graves são enfisema pulmonar e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Mas também entram no grupo de riscos indivíduos com bronquite, incluindo aqueles asmáticos.
"Todas essas pessoas têm algum déficit de função pulmonar", esclarece o médico.
Também já está comprovado que o coronavírus pode evoluir para um quadro chamado miocardite (inflamação do músculo do coração), causada "pelo próprio vírus ou fazendo parte de um quadro inflamatório sistêmico", diz Nicodemo.
Por isso, pessoas que tenham histórico de infarto agudo do miocárdio e outras doenças cardiovasculares precisam ter proteção extra contra o coronavírus. A miocardite pode levar à morte.
"O estresse agudo da infecção [pelo coronavírus] sobrecarrega outros setores do organismo, inclusive o coração", afirma o infectologista.
"Às vezes tem o pulmão preservado, mas tem uma doença no rim ou no coração e a situação pode se agravar se a pessoa pegar a covid-19", explica.
Indivíduos com sinusite e rinite, alérgicas ou crônicas, não são considerados como grupo de risco.
Imunossuprimidos
O organismo de pessoas imunossuprimidas tem menor capacidade de lidar com vírus e bactérias. O mais comum é em pessoas em tratamento contra câncer que fazem quimioterapia e radioterapia.
Algumas doenças autoimunes, como o lúpus, exigem medicamentos que diminuem a imunidade do paciente.
Pessoas que fizeram transplante de órgãos também precisam tomar medicamentos imunossupressores — pois diminuem a atividade do sistema imunológico para não haver rejeição do órgão. Com isso, ficam mais vulneráveis em caso de infecção por coronavírus.
Em relação aos pacientes portadores do vírus HIV, o infectologista diz que a principal preocupação é em relação àqueles que não têm controle da carga viral.
"Preocupa o indivíduo que não tem diagnóstico, que já pode ter algum comprometimento do sistema imune. Os pacientes aderentes, com vida saudável, e que tomam a medicação, de modo geral, estão em risco igual ao de outras pessoas imunocompetentes."