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A Secretaria de Estado da Saúde, divulgou na noite desta terça-feira, 26, os números atuais da Covid no Piauí e bateu recorde de mortes nas últimas 24 horas: 15 óbitos. Os municípios que registraram óbitos são Barras, Buriti dos Montes, Campo Maior, Demerval Lobão, Esperantina, Parnaíba e Teresina.

De acordo com o boletim epidemiológico, as pessoas que faleceram em decorrência do novo coronavírus são 10 do sexo masculino e 5 do sexo feminino. Os homens tinham 74 anos (Barras); 65 anos (Buriti dos Montes); 82 anos (Campo Maior) e 47 anos, 55 anos, 62 anos, 63 anos, 67 anos, 69 anos, 69 anos (Teresina).

Já as mulheres tinham 76 anos (Demerval Lobão), 74 anos (Esperantina), 74 anos (Parnaíba) 82 anos e 85 anos (Teresina). Com exceção de um paciente de 63 e um de 69 anos, da capital, os demais tinham comorbidades relacionadas.

Dos 246 novos casos divulgados no boletim nesta terça, são 135 mulheres e 111 homens, com idades que variam de 1 mês a 98 anos.

Brasileira, Curral Novo do Piauí, Guadalupe, Milton Brandão, São João da Fronteira e Várzea Branca entraram na lista de municípios com os primeiros casos confirmados do novo coronavírus. 

Agora, são 146 cidades que possuem casos registrados de Covid-19. Campo Largo, que constava na relação, sai da lista de municípios com casos positivados, por conta da inconsistência de dados na notificação.

No total, o Piauí possui 3.966 casos positivos de Covid-19 e 134 mortes pela doença.

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Veja as cidades com casos confirmados de Covid-19

180graus

invernoCom a aproximação do inverno, a atenção à saúde deve ser redobrada, pois as baixas temperaturas podem influenciar diretamente no sistema vascular da população, uma vez que, na tentativa de manter o corpo aquecido, os vasos sanguíneos se contraem em um mecanismo chamado vasoconstrição. Consequentemente, o sangue tem mais dificuldade para circular e chegar às partes extremas do corpo, como pernas e pés.

Por isso, pessoas que moram em regiões mais frias, naturalmente, devem preocupar-se com a saúde vascular durante todo o ano.

Essas condições deixam o organismo mais propício a desenvolver o fenômeno de Raynaud, em que o estreitamento dos vasos sanguíneos reduz o fluxo sanguíneo para as extremidades e determina uma diminuição da oxigenação dos tecidos. "A pele pode ficar fria, pálida ou cianótica (arroxeada). Sintomas como dor e formigamento persistentes, além de feridas nos dedos, devem alertar para a necessidade de avaliação com um cirurgião vascular, pois denotam maior gravidade do quadro”, afirma o médico Luciano Amaral Domingues, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

De acordo com o especialista, a doença acomete de 3% a 5% da população, mas as probabilidades aumentam em mulheres jovens e pessoas que sofrem com estresse emocional e ansiedade. Outros problemas vasculares, como a doença arterial obstrutiva periférica (Daop), a isquemia cardíaca e a hipertensão podem se agravar nos períodos de frio intenso. Fatores preexistentes como a obesidade, colesterol alto, diabetes e tabagismo também contribuem para o surgimento de doenças cardiovasculares.

Exercícios físicos

Luciano Domingues destaca que exercícios físicos são aliados na manutenção da circulação sanguínea. É importante que, mesmo no inverno e com a situação de isolamento social, as pessoas pratiquem exercícios físicos regularmente em casa, para evitar o comprometimento da circulação sanguínea, sobretudo as que têm predisposição à trombose venosa profunda.

“As principais dicas para a diminuição desse risco são manter a hidratação corporal, bebendo bastante água, evitar bebidas alcoólicas, tabagismo e o uso de roupas muito apertadas. E, principalmente, fazer caminhadas, mesmo dentro de casa, exercícios na ponta dos pés com extensão e flexão, assim como movimentos para alongar as pernas, mesmo estando sentado”, afirma o médico.

Segundo Domingues, nas baixas temperaturas, o aquecimento e o alongamento antes das atividades físicas  são indispensáveis. Também é indicado acompanhar a frequência cardíaca, pois é comum que no frio o coração trabalhe mais intensamente para manter o calor do corpo. Então, ao perceber que os batimentos estão muito acelerados, deve-se fazer uma pausa ou diminuir o ritmo das atividades.

A doença não tem relação com a covid-19, que é causada pelo novo coronavírus. “O fenômeno de Raynaud não parece ter relação com contágio ou gravidade da covid-19”, salientou o médico.

Tratamento de varizes

Apesar dos inúmeros cuidados, o frio pode ser um aliado na diminuição dos sintomas de alguns problemas vasculares. E, também, favorável ao tratamento de vasinhos e varizes, uma vez que o paciente, após os procedimentos, deve evitar a exposição ao sol.

“O frio não é só o vilão nas doenças vasculares. Varizes, linfedema [inchaço causado por deficiência na drenagem da linfa] e pacientes com sequelas de tromboses em geral têm mais sintomas no verão, pois o calor que gera a vasodilatação pode agravar os sintomas”, explica Domingues.

 

Agência Brasil

 Rovena Rosa/Agência Brasil

A preocupação com o peso e doenças como diabetes, hipertensão e dislipidemia sempre foi um tema “chato” para os pacientes durante as consultas com o endocrinologista. O enfoque ou é muito voltado para a parte estética ou muito às solicitações do profissional de saúde por uma qualidade de vida melhor. Insistir em um controle peso, alimentação saudável e exercícios físicos parece um discurso repetitivo dos médicos, mas que obviamente estão embasados em dados de morbidade e mortalidade que essas patologias causam. Doença cardiovascular (infarto e acidente vascular cerebral), câncer, doenças respiratórias são as doenças que mais matam no mundo (mais que o COVID-19) e tem relação com o estado metabólico do indivíduo (peso, níveis glicose e colesterol, pressão arterial).

A pandemia com COVID- 19 tornou esse tema ainda mais real à medida que os estudos observacionais identificaram um risco maior de mal prognóstico e mortalidade nos indivíduos obesos, diabéticos, hipertensos e com síndrome metabólica. Algumas regiões, 20-50% dos pacientes com COVID- 19 tem diabetes mellitus tipo 2 e 89.3% tem uma ou mais das seguintes condições: hipertensão arterial (49.7%), obesidade (48.3%), doença pulmonar (34.6%), diabetes mellitus (28.3%) e doença cardiovascular (27.8%).

Paradoxalmente, nas últimas guerras, as pessoas que mais sobreviveram à fome e escassez foram os indivíduos com maior reserva energética, agora esse excesso de adiposidade, níveis de glicose e lipídeos elevados são fatores negativos para sobrevida.


Conhecidamente essas doenças têm uma fisiopatologia que leva a uma lesão do endotélio vascular e menor resposta do sistema imune à uma agressão externa, que quando associado a infecção pelo COVID-19 agrava as lesões vasculares em múltiplos órgãos concomitantemente com uma menor resposta imunológica. Em outras palavras, pacientes que já estão com suas patologias causando um processo inflamatório crônico nos tecidos são agravados pela presença do vírus. Subitamente o tema vida saudável passou a ter uma relevância ainda maior na nossa vida.

Justamente num momento em que as pessoas se encontram em isolamento, com limitações de suas atividades físicas, sob intenso estresse psicológico e econômico, deparando com notícias frequentes do número crescente de óbitos, também precisam se preocupar com sua saúde física. Talvez esse momento seja oportuno para rever hábitos de vida, reorganizar sua alimentação (dentro das suas condições e preferências), valorizar e iniciar uma atividade física aeróbica, equilibrar o emocional e por em pratica a antiga meta de uma vida mais saudável, entendendo que saúde física e mental nem sempre são sinônimos de corpo esbelto e magro, e vida saudável não significa dietas restritivas ou limitadas.

Voltamos a falar do velho equilíbrio e bom senso. Boa alimentação é mais do que ingerir nutrientes. Envolve como são combinados e preparados, o modo de comer e seu conteúdo simbólico, cultural e social. Aprender a gerenciar as escolhas com autonomia e autocuidado, cozinhando refeições saborosas e balanceadas, usando todos os grupos de alimentos, criando regularidade e ambientes apropriados, em companhia quando possível, reservando um momento para que as refeições sejam feitas com atenção. É hora também de treinar habilidades culinárias e trocar experiências!

 

Veja Saúde

 

antibioticoO uso excessivo de antibióticos para tratar coinfecções em pacientes com covid-19 está piorando a ameaça de bactérias resistentes a antimicrobianos e outras superbactérias, informa o BMJ, periódico científico do Reino Unido.

Apesar de não se saber como a pandemia está afetando os níveis gerais de resistência antimicrobiana, o jornal informa que mais de 70% dos pacientes receberam tratamento antimicrobiano, apesar de menos de 10% terem coinfecção bacteriana ou fúngica. Os dados são principalmente da Ásia.


Dawn Sievert, consultor científico sênior de resistência a antibióticos do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) do governo dos Estados Unidos, afirmou em entrevista ao jornal que "desde o surgimento da covid-19, os dados coletados mostraram um aumento no uso de antibióticos, embora a maioria das doenças iniciais em tratamento tenha sido causada por infecção viral da covid-19."

Segundo ele, o aumento da exposição aos ambientes hospitalares e procedimentos invasivos, junto com maior uso de antibióticos, aumenta o surgimento de patógenos resistentes.

A infectologista Sylvia Lemos, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e consultora em biossegurança e controle de infecções, explica que o surgimento de superbactérias já era uma preocupação da comunidade científica.

 

“Tínhamos protocolos para o uso adequado de antibióticos, mas agora o protocolo é salvar vidas, é a nossa prioridade. No médio e longo prazo teremos que nos preocupar com a resistência das bactérias aos medicamentos.”

A falta de informações sobre a covid-19 contribui ainda mais para o uso exacerbado dessas medicações. David Hyun, do projeto de resistência a antibióticos do Pew Charitable Trusts, afirmou ao BMJ que “há muita incerteza sobre o processo da doença e a patologia da infecção. Quando o clínico não tem todas as informações necessárias para entender realmente o que está acontecendo no paciente, ele tende a aumentar o uso de antibióticos".

 

Sylvia explica que não existem alternativas para o futuro. “Um antibiótico leva mais de 20 anos para ser desenvolvido, a comunidade científica agora está se ocupando de soluções e vacina para o coronavírus.”

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o uso de antibióticos apenas em casos graves de covid-19, com risco aumentado de infecções bacterianas e morte.

Acesso facilitado na China
Uma matéria do jornal de Hong Kong, South China Morning Post, informa que antibióticos estão sendo vendidos sem prescrição médica nas farmácias chinesas.

O jornal informa que em 2016, na cúpula do G20, a China elaborou um plano para combater a resistência antimicrobiana e uma das ações era a exigência de receita médica para a venda de antibióticos.

Porém, um estudo publicado no Antimicrobial Resistance & Infection Control constatou que os antibióticos poderiam ser obtidos sem receita médica em 84% das farmácias de varejo da China.


Quarenta estudantes de medicina visitaram as farmácias e fingiram ter um problema leve no trato respiratório superior, mas sem sintomas visíveis.

De todas as farmácias do estudo, 25% venderam antibióticos após a descrição de sintomas leves, 52% venderam antibióticos quando solicitados especificamente e 6% quando um tipo específico foi solicitado, como penicilina ou cefalosporinas.

Sylvia afirma que com a epidemia da covid-19 a automedicação pode ter piorado, o que promove ainda mais a proliferação de superbactérias.

 

R7

Foto: Pixabay