O presidente do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, Kirill Dmitriev, admitiu nesta segunda-feira (1º) que já há pedidos internacionais, inclusive da América Latina, pelo antiviral Afivavir, que foi registrado no país como eficaz contra a covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
"Na medida em que formos cobrindo a demanda interna, acreditamos ser possível exportar para o exterior. Já recebemos vários pedidos de países do Oriente Médio e América Latina", explicou o dirigente máximo do fundo soberano de apoio à economia russa.
Segundo Dmitriev, em 11 de junho, o Afivavir, produzido a partir da base de um antiviral japonês, começará a ser enviado para hospitais da Rússia, para atender pacientes com Covid-19.
De acordo com os desenvolvedores, o medicamento demonstrou 90% de eficácia nos casos tratados durante a pesquisa e fase de testes, mas está proibido para mulheres grávidas.
As autoridades russas já indicaram que o Afivavir não estará a venda em farmácias, sendo utilizado apenas para administração em hospitais.
De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, a Rússia registrou novos 9.035 casos de infecção pelo novo coronavírus e 162 mortes.
Pessoas com quadro grave de covid-19 podem vir a desenvolver um quadro chamado de superinfecção. “É quando você desenvolve uma pneumonia bacteriana em cima da pneumonia causada pelo coronavírus”, afirma o infectologista Luís Fernando Waib, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
O quadro é relativamente comum em pacientes graves e piora a situação clínica do infectado. Waib explica que são inúmeras as bactérias que podem causar essa pneumonia e que normalmente elas já estão no corpo do paciente.
Elas passam a atacar por conta de o pulmão estar mais fragilizado. Tem a colonização anterógrada, por exemplo, quando as bactérias do intestino passam a colonizar a faringe, por conta de sonda, da posição do paciente e de uma situação clínica mais agravada."
Segundo o infectologista Renato Girinbaum, da SBI, cerca de um terço dos pacientes pode vir a desenvolver esse quadro, mas essa não é uma característica exclusiva da covid-19. “Qualquer infecção viral respiratória pode apresentar uma complicação bacteriana".
Waib explica que o coronavírus também pode desencadear outros processos inflamatórios no corpo, mas que não são outras doenças e sim parte dos fenômenos da própria covid-19. “A infecção pode ir do 0 ao 100, com poucos sintomas ou muitas inflamações. Pode atingir as artérias, outros órgãos, alguns fenômenos trombóticos".
Além disso, a covid-19, assim como outras infecções, pode descompensar doenças crônicas preexistentes. “Hipertensão, diabetes, doenças pulmonares e cardiovasculares e até doenças da tireoide".
A infectologista Sylvia Lemos, consultora em biossegurança e controle de infecções, afirma que “qualquer co-infecção por bactéria em qualquer processo viral inicial é um fator de risco de complicação e maior chance de letalidade".
Ela ressalta que o sucesso na recuperação depende da resposta imunológica de cada paciente.
Jovens obesos morrem mais por covid-19 do que idosos obesos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. "Em todos os grupos de risco da doença, a maioria dos indivíduos tinha 60 anos ou mais, exceto para obesidade”, destaca o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde de 26 de abril. Os dados apontam uma taxa de letalidade de jovens obesos de 60% e, em idosos com mais de 60 anos, de 43%.
A endocrinologista Claudia Kalil, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, explica que não existe embasamento científico que justifique essa diferença na taxa de letalidade. Uma das hipóteses para que isso ocorra, segundo ela, é que o número de obesos acima de 60 anos é menor se comparado ao de idosos em geral.
De acordo com o IBGE, apenas 11% dos homens acima de 60 anos e 25% das mulheres têm obesidade. No entanto, cerca de 20% da população brasileira é obesa, segundo o Ministério da Saúde.
"Em todos os casos, ao cruzar mais de um grupo de risco, como idade e hipertensão, ou hipertensão, fumante e diabetes, pacientes acumulam mais chances de ter um agravamento de quadro caso se contamine com a covid-19", afirma.
De acordo com estudo publicado pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) do governo dos Estados Unidos, aproximadamente 168 mil mortes por ano no Brasil são atribuidas ao excesso de peso e obesidade.
O estudo também destaca que pessoas com o IMC (índice de massa corpórea), apresentam risco aumentado para diversas doenças crônicas, como cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias e câncer, e que 25% das mortes no país são por essas causas.
Hipótese de letalidade nos mais jovens O IMC é calculado pela divisão do peso pela altura elevada ao quadrado. Para ser considerado abaixo do peso, o IMC deve ser menor ou igual a 18,5; ideal, entre 18,5 e 24,9; sobrepeso, de 25 a 29,9; e, obesidade, acima de 30.
Pessoas obesas infectadas pelo novo coronavírus podem ter mais chances de desenvolver complicações graves da covid-19. A endocrinologista explica que isso ocorre porque o organismo está mais suscetível a inflamações e ao surgimento de outras doenças.
Processo de inflamação explica taxa de mortes A obesidade lidera os principais grupos de risco junto com idade avançada, hipertensão e diabetes. Segundo dados do Ministério da Saúde, 48,2% das vítimas da covid-19 também tinham obesidade, além de outras doenças.
“A pessoa que tem gordura, principalmente na região abdominal, produz citocinas. Isso causa um processo inflamatório crônico que acomete vasos, músculos e estados físicos, por isso esses pacientes são mais propensos a desenvolver doenças, como a covid-19”, explica.
Esse processo inflamatório torna o sistema imunológico e as defesas do corpo contra o vírus mais precárias.
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