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O Ministério da Saúde recebe nesta quinta-feira (9), às 13h, o primeiro lote do antídoto fomepizol, medicamento usado no tratamento de intoxicações por metanol.

antidoto

A remessa, inédita no Brasil, soma 2.500 ampolas adquiridas por meio do Fundo Estratégico da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e será incorporada ao estoque estratégico do SUS (Sistema Único de Saúde).

Participam do recebimento a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Leandro Safatle, e a coordenadora de Inovação, Acesso a Medicamentos e Tecnologias em Saúde da Opas, Ileana Fleitas.

Após a chegada da carga, as autoridades concederão entrevistas à imprensa.

Medida emergencial A Anvisa concedeu uma autorização de importação excepcional do fomepizol no último fim de semana, destravando os trâmites para o transporte rápido do produto.

A compra do antídoto é uma das medidas do governo para responder a uma série de internações hospitalares decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol, substância que pode causar sequelas graves e até a morte.

Após a chegada e o desembaraço em Guarulhos, o Ministério da Saúde iniciará a distribuição imediata do fomepizol. A estratégia definida é concentrar o fomepizol nos CIATox (Centros de Informação e Assistência Toxicológica), presentes em todos os estados.

R7

Foto: Reprodução/Record

O câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, e a tendência é de crescimento. Segundo um estudo da Fundação do Câncer, o número de novos casos deve aumentar em cerca de 21% entre 2030 e 2040.

coloretal

Saber identificar os sinais da doença é fundamental para garantir o diagnóstico precoce e aumentar as chances de sucesso do tratamento. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, identificaram um sintoma-chave que pode indicar a presença do câncer colorretal ainda em seus estágios iniciais.

O sintoma precoce de câncer colorretal, segundo estudo Os pesquisadores apontaram o sangramento retal como um sintoma-chave capaz de indicar a presença do câncer colorretal em seus estágios iniciais. A análise apontou que adultos jovens que realizam uma colonoscopia após apresentarem esse sinal têm 8,5 vezes mais chances de receber o diagnóstico da doença em comparação com aqueles que não apresentam sangramento.

A investigação também revelou que apenas 13% dos casos iniciais estavam ligados a marcadores genéticos herdados. Por outro lado, ter histórico familiar da doença dobrou o risco, e o tabagismo prévio também se mostrou associado a uma maior probabilidade de desenvolver a condição.

Para chegar a esses resultados, os cientistas analisaram 443 pacientes com menos de 50 anos que passaram por colonoscopia no Sistema de Saúde da Universidade de Louisville entre 2021 e 2023. Desses, 195 (44%) receberam o diagnóstico de câncer colorretal de início precoce, enquanto 248 (56%) apresentaram resultados normais. Os achados foram apresentados durante o Congresso Clínico do Colégio Americano de Cirurgiões (ACS) de 2025, realizado em Chicago.

Quando buscar ajuda médica? Alguns dos sintomas mais comuns do câncer colorretal são:

Mudança nos hábitos intestinais, incluindo diarreia ou constipação Sangue nas fezes Dor ou distensão abdominal persistente Perda de peso sem causa aparente Fadiga constante Anemia devido a baixos níveis de ferro Náuseas e vômito Sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar Para identificar a doença, é recomendada a realização de exames, como explicou o oncologista Artur Malzyner em artigo prévio publicado no MinhaVida.

“É indicada a colonoscopia – introdução de uma câmera de televisão para examinar todo o intestino grosso e detectar pólipos, tumores ou outras moléstias em uma fase precoce de sua evolução, em que o paciente ainda está sem sintomas. Diagnosticado nestas condições, a remoção dos pólipos ou a retirada cirúrgica de um câncer já estabelecido tem grandes chances de cura”, informou.

Minha Vida

© Panuwat Dangsungnoen/Gettyimages

Um estudo realizado por pesquisadores das universidades Sun Yat-sen (China), Helsinque (Finlândia) e Leipzig (Alemanha) revelou que determinados alimentos podem reduzir em até 50% a gordura no fígado, oferecendo uma alternativa de tratamento para pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica.

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A pesquisa acompanhou 200 pessoas durante quatro meses, divididas em dois grupos: um seguiu a dieta habitual, enquanto o outro passou a consumir porções diárias de amido resistente, presente em alimentos como batata, arroz, leguminosas e banana verde.

O resultado foi significativo: no grupo que recebeu a dieta com amido, a gordura no fígado caiu de 25% para 13%. Já no grupo de dieta comum, a redução foi de apenas 24% para 21%. Além da melhora no fígado, os pacientes também apresentaram redução de inflamações e um equilíbrio mais saudável da microbiota intestinal, com queda de bactérias ligadas ao acúmulo de gordura abdominal.

Segundo os autores, pequenas mudanças na alimentação podem trazer benefícios reais para o fígado e para a saúde geral.

Como proteger o fígado no dia a dia

A nutricionista Ana Luzón, em entrevista ao HuffPost, recomenda incluir no cardápio:

Menopausa e fígado: estudo revela risco silencioso de doenças hepáticas Pesquisa publicada na Endocrine Reviews em junho de 2025 reforça o papel do estrogênio como protetor hepático e mostra como a queda hormonal da menopausa acelera o risco de gordura no fígado, inflamação, fibrose e até cirrose

Notícias ao Minuto/Rafael Damas

Foto: © DR

Passamos quase um terço da vida dormindo, e isso está longe de ser “tempo perdido”. Longe de ser uma pausa passiva, o sono é um processo ativo e essencial que ajuda a restaurar o corpo e a proteger o cérebro. Quando o sono é interrompido, o cérebro sente as consequências — às vezes de forma sutil, acumulando-se ao longo dos anos.

Em um novo estudo, meus colegas e eu analisamos o comportamento do sono e dados detalhados de ressonância magnética cerebral de mais de 27 mil adultos do Reino Unido, entre 40 e 70 anos. Constatamos que pessoas com sono de má qualidade tinham cérebros que pareciam significativamente mais velhos do que o esperado para sua idade real.

O que significa o cérebro “parecer mais velho”? Embora todos envelheçamos cronologicamente no mesmo ritmo, o relógio biológico de algumas pessoas pode andar mais rápido ou mais devagar. Novos avanços em neuroimagem e inteligência artificial permitem estimar a idade do cérebro com base em padrões nas ressonâncias, como perda de tecido, afinamento do córtex e danos aos vasos sanguíneos.

No nosso estudo, a idade cerebral foi estimada usando mais de 1.000 marcadores de imagem obtidos nas ressonâncias. Primeiro, treinamos um modelo de aprendizado de máquina com os exames dos participantes mais saudáveis — pessoas sem grandes doenças, cujos cérebros deveriam se aproximar da idade cronológica. Depois que o modelo “aprendeu” como é o envelhecimento normal, aplicamos a toda a população do estudo.

Ter uma idade cerebral maior do que a idade real pode sinalizar um desvio do envelhecimento saudável. Pesquisas anteriores associaram um cérebro com aparência mais envelhecida a declínio cognitivo mais rápido, maior risco de demência e até risco aumentado de morte precoce.

O sono é complexo, e nenhuma medida isolada dá conta de toda a história da saúde do sono de alguém. Por isso, nosso estudo se concentrou em cinco aspectos autorrelatados: cronotipo (se a pessoa é “matutina” ou “noturna”), número de horas típicas de sono (sete a oito horas são consideradas ideais), presença de insônia, ocorrência de ronco e sensação de sonolência excessiva durante o dia.

Essas características podem interagir de forma sinérgica. Por exemplo, alguém com insônia frequente pode sentir mais sonolência diurna, e ter cronotipo tardio pode levar a menor duração do sono. Ao integrar as cinco características em um “escore de sono saudável”, obtivemos um retrato mais completo da saúde do sono.

Pessoas com quatro ou cinco atributos saudáveis foram classificadas com perfil de sono “saudável”; com dois ou três, perfil “intermediário”; e com zero ou um, perfil “ruim”.

Ao comparar a idade cerebral entre os perfis de sono, as diferenças foram nítidas. A lacuna entre a idade do cérebro e a cronológica aumentou em cerca de seis meses a cada ponto a menos no escore de sono saudável. Em média, quem tinha perfil de sono ruim apresentava cérebros quase um ano mais velhos do que o esperado para a idade; quem tinha perfil saudável não apresentou essa diferença.

Também analisamos as cinco características isoladamente: cronotipo tardio e duração anormal do sono se destacaram como os maiores contribuintes para o envelhecimento cerebral acelerado.

Um ano pode não parecer muito, mas para a saúde do cérebro isso importa. Pequenas acelerações no envelhecimento cerebral podem se somar ao longo do tempo, aumentando o risco de comprometimento cognitivo, demência e outras condições neurológicas.

A boa notícia é que os hábitos de sono são modificáveis. Embora nem todos os problemas de sono sejam fáceis de resolver, estratégias simples — manter horários regulares; limitar cafeína, álcool e telas antes de dormir; e criar um ambiente escuro e silencioso — podem melhorar o sono e proteger a saúde do cérebro. Como exatamente a qualidade do sono afeta a saúde do cérebro? Uma explicação é a inflamação. Evidências crescentes indicam que distúrbios do sono elevam os níveis inflamatórios no organismo. A inflamação, por sua vez, pode prejudicar o cérebro de várias maneiras: danificando vasos sanguíneos, favorecendo o acúmulo de proteínas tóxicas e acelerando a morte de células cerebrais.

Pudemos investigar o papel da inflamação graças a amostras de sangue coletadas no início do estudo. Essas amostras reúnem muitas informações sobre diferentes biomarcadores inflamatórios circulantes. Ao incluí-los na análise, verificamos que os níveis de inflamação explicavam cerca de 10% da ligação entre sono e envelhecimento cerebral.

Outra explicação envolve o sistema glinfático — a rede de limpeza de resíduos do cérebro, mais ativa durante o sono. Quando o sono é insuficiente ou fragmentado, esse sistema pode não funcionar bem, permitindo o acúmulo de substâncias nocivas no cérebro.

Mais uma possibilidade é que o sono ruim aumente o risco de outras condições que também prejudicam o cérebro, como diabetes tipo 2, obesidade e doenças cardiovasculares.

Nosso estudo é um dos maiores e mais abrangentes do gênero, com uma população muito numerosa, uma medida multidimensional da saúde do sono e uma estimativa detalhada da idade cerebral baseada em milhares de características de imagem. Embora trabalhos anteriores já relacionassem sono ruim a declínio cognitivo e demência, mostramos adicionalmente que o sono ruim está ligado a um cérebro visivelmente mais envelhecido — e que a inflamação pode explicar parte dessa conexão.

O envelhecimento cerebral não pode ser evitado, mas nosso comportamento e escolhas de estilo de vida moldam como ele ocorre. A mensagem é clara: para manter o cérebro saudável por mais tempo, é importante priorizar o sono.

Por Abigail Dove/G1